sábado, 6/3/2010 - › INTRODUÇÃO "Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos". – Mt 5:6. A justiça é atributo do caráter de Deus e revela a Sua lealdade nos compromissos assumidos. Ele comprometeu-se salvar o homem do pecado e da sentença de morte. Ele não falhará neste compromisso porque é a justiça. O apóstolo João falando da lealdade e justiça de Deus nos Seus compromissos declara: "Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça". - 1Jo 1:9 – Almeida Revista e Atualizada.
Mas a justiça também revela a retidão de Seu modo em julgar o pecador. Ele estabeleceu princípios que não deixam dúvidas quanto ao seu justo julgamento. O rei Davi, depois de reconhecer e confessar o seu pecado, fala sobre a justiça de Deus no julgamento: "De maneira que serás tido por justo no Teu falar e puro no Teu julgar". - Sl 51:4 – Almeida Revista e Atualizada.
Davi pôde experimentar em sua própria experiência como pecador arrependido e perdoado que o amor e a justiça de Deus são perfeitos e atuam com perfeição no trato com o pecado e o pecador.
Os filhos de Coré, em seu lindo Salmo proclamam a justiça de Deus: "A justiça irá adiante dele, cujas pegadas ela transforma em caminho". - Sl 85:13 – Almeida Revista e Atualizada. Em todo o Seu trato com as Suas criaturas Deus sempre é justo e transforma esta Sua justiça em caminho para os homens. Também o rei Davi transmite este conceito de orientação divina: "Lâmpada para os meus pés é a Tua palavra, e luz para os meus caminhos". - Sl 119:105 – Almeida Revista e Atualizada.
A justiça divina é comunicada ao pecador arrependido e perdoado, pela fé. Mediante a obediência à lei moral, o pecador vive esta justiça e a transmite aos que o cercam. Demonstra por sua vida justa que os princípios da justiça de Deus orientam os seus caminhos.
Pense: "O amor necessita da justiça, e a justiça necessita do amor; ambos estão ordenados na lei de Deus e são perfeitamente revelados no caráter de Deus". - Sist. Teol. pág. 272.
Desafio: "A minha língua celebre a Tua lei, pois todos os Teus mandamentos são justiça". - Sl 119:172 – Almeida Revista e Atualizada.
domingo, 7/3/2010 - › A NECESSIDADE DE JUSTIÇA Acusado de pecado, o homem ficou sob a condenação da lei moral que reclamava a sua morte e morte eterna. Para escapar dessa sentença fatal por si mesmo o homem não encontraria saída. Estava irrecorrivelmente condenado.
Pondere-se esta questão: Tem a mesma lei o poder de acusar e condenar para logo a seguir justificar e salvar? Não parece ser coerente. "A lei de Deus podia condenar mas não podia perdoar". – História da Redenção, pág. 26.
Quem unicamente pode livrar o homem, justificando-o e salvando-o? Paulo responde em Romanos 3:24: "Sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus". – Almeida Revista e Atualizada. Logo, o pecador é justificado por um ato de graça da parte de Deus mediante Cristo Jesus nosso Senhor.
Para obter a justificação, o pecador precisa sentir a sua condição de condenado, necessitado da graça divina. Esta é uma decisão pessoal sob a atuação do Espírito Santo despertando o pecador.
Despertando de sua condição de perdido e condenado, mediante o convite do Espírito Santo, o pecador é atraído pela graça de Deus em Cristo Jesus e sente que uma seqüência de gloriosos acontecimentos passam a ter lugar sob a fé manifestada na graça.
O pecador é justificado porque é pecador. Ao ser declarado justo, significa que é absolvido da culpa e liberto da condenação. Ao ser declarado justo torna-se um santo vencedor. Pelo poder de Cristo vence o pecado. Como o pecado é um ato de rebelião contra Deus, acusado pela lei moral, significa que o ato de justificação reconcilia o homem com Deus e coloca-o em harmonia com a lei moral.
Pense: "Cristo veio para revelar ao pecador a justiça e o amor de Deus, a fim de que desse Ele arrependimento e remissão de pecados a Israel. Quando o pecador contempla a Jesus erguido na cruz, sofrendo a culpa do transgressor, suportando a pena do pecado; quando ele contempla o aborrecimento de Deus ao pecado, na terrível manifestação da morte na cruz, e Seu amor pelo homem caído, ele é levado ao arrependimento para com Deus por haver transgredido a lei, que é santa, justa e boa. Exerce ele fé em Cristo, por haver o divino Salvador Se tornado seu substituto, seu penhor e advogado, aquele em quem se concentra sua vida. Ao pecador arrependido pode Deus mostrar Sua misericórdia e verdade, e conceder-lhe Seu perdão e amor". – Mensagens Escolhidas, vol 1, págs 323-325.
Desafio: "Vocês foram libertados do pecado e tornaram-se escravos da justiça". – Rm 6:18 – Nova Versão Internacional.
segunda-feira, 8/3/2010 - › JUSTIÇA "FAZ VOCÊ MESMO" A palavra grega dikaiosune em Mateus 5:20, comunica uma idéia muito mais ampla do que o nosso vernáculo: justiça. Ter e praticar a justiça é aceito como observar com zelo leis estabelecidas para a conduta. O que na letra está certo. No entanto, o termo usado no grego, qualifica o caráter moral da pessoa. Portanto, em harmonia com o termo grego, Jesus está declarando que se o nosso caráter moral não exceder em muito o dos escribas e fariseus, é impossível entrar no Seu reino. O modelo para o nosso caráter moral é o caráter de Jesus.
Para obter o caráter moral semelhante ao caráter de Jesus, é preciso entender outra idéia contida na palavra grega dikaiosune, e aceitar o ato que ela define no contexto de Romanos 1:17: De fato, é nele que a justiça – dikaiosune – de Deus se revela, pela fé e para a fé, segundo o que está escrito: Aquele que é justo pela fé viverá". – Tradução Ecumênica da Bíblia.
O evangelho eterno que revela a dikaiosune de Deus é Jesus. Por meio de Jesus, Deus revelou a Sua graça justificadora e santificadora que é o poder de Deus para transformar pecadores em santos, habilitados para viver eternamente na presença de Deus. Portanto, a nossa justiça somente ultrapassará a justiça dos fariseus quando aceitarmos a dikaiosune de Deus: graça justificadora e santificadora que nos confere caráter moral semelhante ao de Deus. Isto é pela fé em Jesus. É dom de Deus.
Se o crente tentar orientar-se apenas pela letra da lei moral, estará buscando uma experiência espiritual superficial. Esta, sem dúvida, não será duradoura. Para desenvolver uma vivência cristã forte e vitoriosa sobre o pecado, ele precisa viver o espírito da lei moral. Mas este viver é fruto da atuação do Espírito Santo no caráter do pecador transformando-o em nova criatura, pela graça justificadora e santificadora de Jesus e é por meio desta experiência que encontra alegria, prazer no espírito dos princípios morais.
Pense: "A vida cristã não é uma modificação ou melhoramento da antiga, mas uma transformação da natureza. Tem lugar a morte do eu e do pecado, e nasce uma vida toda nova. Essa mudança só se pode efetuar mediante a eficaz operação do Espírito Santo". – O Desejado de Todas as Nações, pág. 172.
Desafio: "Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças, como trapo da imundícia" - Is 64:6 – Almeida Revista e Atualizada.
terça-feira, 9/3/2010 - › CRISTO JUSTIÇA NOSSA Para melhor compreensão precisamos considerar que o pecado de Adão foi como raça. Ele havia recebido a Terra como seu domínio: "tenha ele domínio sobre... toda a terra". - Gên. 1:26. Portanto, o pecado de Adão atingiu a todos os seus descendentes e toda a criação em relação à nossa Terra, porque em Adão todos pecaram.
Em Jesus, todos obtém a oportunidade para a justificação do pecado como raça: "Se pela ofensa de um e por meio de um só, reinou a morte, muito mais os que recebem a abundância da graça e o dom da justiça, reinarão em vida por meio de um só, a saber, Jesus Cristo". - Rm 5:17 – Almeida Revista e Atualizada.
Assim como a condenação foi ampla, atingindo todos os descendentes de Adão, assim a justificação é ampla para toda a raça humana. A provisão da graça feita pela aliança eterna, foi oferecida para Adão e para todos os seus descendentes. Cristo Jesus veio a este mundo e sofreu a sentença de morte eterna para conceder a cada pecador a oportunidade de reconciliação. Declara Paulo: "muito mais aqueles que recebem de Deus a imensa provisão da graça e a dádiva da justiça reinarão em vida por meio de um único homem, Jesus Cristo". – Rm 5:17 – Nova Versão Internacional. O dom da graça e da justiça para livrar o pecador da condenação, em conseqüência do pecado de Adão, está em Cristo Jesus. É uma questão de aceitar e receber a dádiva oferecida.
Então, quem justifica o pecador? Paulo responde em Romanos 3:24: "Sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus". Logo, o pecador é justificado por um ato de graça da parte de Deus mediante Cristo Jesus nosso Senhor, a Quem o profeta Jeremias assim identifica: "será este o seu nome, com que será chamado: o Senhor Justiça Nossa". - Jr 23:6 – Almeida Revista e Atualizada.
Pense: "Porque no evangelho é revelada a justiça de Deus, uma justiça que do princípio ao fim é pela fé, como está escrito: 'O justo viverá pela fé'". – Rm 1:17 – Nova Versão Internacional.
Desafio: "Deus tornou pecado por nós aquele que não tinha pecado, para que nele nos tornássemos justiça e Deus". – 2Co 5:21 – Nova Versão Internacional.
quarta-feira, 10/3/2010 - › JUSTIÇA E OBEDIÊNCIA Em verdade, nada pode fazer o pecador para justificar-se, mas uma vez justificado por graça, desenvolverá conduta em harmonia com a norma de justiça, porque a justificação lhe devolveu o relacionamento com o seu Deus e Amigo, rompido pelo pecado. Somente uma coisa o pecador precisa fazer. É preciso decidir aceitar o amor e a oferta de perdão do Pai. E preciso erguer-se e dizer: irei ter com meu Pai. Então ir e cair em seus braços de amor e dizer: Pai, pequei, perdoa o meu pecado. Ele o perdoará. Não por mérito, mas por graça. Então passa a amar entranhavelmente o misericordioso Pai. Não de boca, mas de coração, fazendo a Sua vontade porque recebeu a Sua justiça.
Aceitar a Jesus como Salvador é a aceitação da justificação pela fé; submeter-se a Jesus como Senhor, é a aceitação de Sua lei moral como norma de conduta para viver sob o processo transformador da santificação vivendo os princípios da justiça. O pecador é justificado quando reconhece sua herança pecaminosa, sua incapacidade de livrar-se por si mesmo desta condição, sua necessidade de um Salvador que por graça o livrará, e a aceitação, pela fé, desta oferta de graça. Não existe outro meio ou caminho.
No entanto, perdoado e justificado, o pecador que estava sob o domínio do pecado, como pecador vencido e escravizado, é feito vencedor pela vitória de Cristo, e de escravo do pecado é transformado em servo da justiça, passando a praticar obras justas. Por sua própria vontade e força? Por compulsão da lei moral? Não! Mas porque a graça de Deus demonstrada pelo amor na dádiva de Jesus, pela fé, faz nascer uma vida de amor e gratidão que tem prazer no relacionamento com Jesus e na conseqüente conduta harmoniosa com a justiça da lei, o que significa, harmonia com o caráter de Deus.
Pense: "É estudado esforço de Satanás desviar as mentes da esperança da salvação pela fé em Cristo e obediência à lei de Deus. Em cada século o arquinimigo adapta suas tentações aos preconceitos ou inclinações daqueles a quem está procurando enganar. Nos tempos apostólicos levou os judeus a exaltar a lei cerimonial e rejeitar a Cristo; no presente ele induz muitos cristãos professos, sob a pretensão de honrarem a Cristo, a pôr em controvérsia a lei moral, e a ensinar que seus preceitos podem ser transgredidos Impunemente. É dever de cada servo de Deus opor-se firme e decididamente a esses pervertedores da fé, e expor destemidamente seus erros, pela Palavra da verdade". – Atos dos Apóstolos, pág. 387.
Desafio: "Por meio dele e por causa do seu nome, recebemos graça e apostolado para chamar dentre todas as nações um povo para a obediência que pela fé". – Rm 1:5 – Nova Versão Internacional.
quinta-feira, 11/3/2010 - › A VIDA JUSTA "Porque nisto consiste o amor a Deus: em obedecer aos seus mandamentos. E os seus mandamentos não são pesados" – 1Jo 5:3 – Nova Versão Internacional.
Como o pecador justificado por Cristo passa a viver vida justa? Em Romanos 6:18, Paulo faz esta importante declaração: "E, uma vez libertados do pecado, fostes feitos servos da justiça". – Almeida Revista e Atualizada. Quando o pecador aceita a Jesus com seu Salvador, ele é justificado por um ato de graça e liberto da escravidão do pecado. Por esse ato, de transgressor da lei moral, ele é colocado em harmonia com a lei moral, e feito servo da Justiça.
Portanto, a morte de Cristo que é o eterno dom da graça de Deus em favor do pecador, é também a confirmação da eterna vigência da lei moral. Se o eterno dom da graça - Cristo Jesus - não anulou a lei moral, a fé do pecador no eterno dom da graça de igual modo não a anula. Pelo contrário, a fé confirma a sua vigência. Pois, se a lei moral anulada fosse, a morte de Cristo e a fé do pecador não teriam sentido algum. Por que morte e fé, se houve justificação por absolvição e anulação? Paulo, que compreendia perfeitamente este processo, declara com convicção: "Anulamos, pois, a lei pela fé? Não, de maneira nenhuma, antes confirmamos a lei". - Rm 3:31 – Almeida Revista e Atualizada.
Em verdade, a rejeição da lei moral como norma de conduta para viver a vida justa é a conseqüência inevitável da rejeição de Deus como o grande Amigo, Pai e Criador. Transgredir ou quebrar a lei moral, depois de justiçado por graça, significa que este ato não aconteceu e que a relação de amizade rompida com Deus, não foi restaurada. Vivemos vida justa quando revelamos nosso amor a Deus, "obedecendo aos seus mandamentos". – 1Jo 5:?2 –Nova Versão Internacional.
Pense: "Todo aquele que vive habitualmente no pecado também vive na rebeldia, pois o pecado é rebeldia". – 1Jo 3:4 – Imprensa Bíblica Brasileira.
Desafio: "Se vocês me amam, obedecerão aos meus mandamentos". – Jo 14:15 – Nova Versão Internacional.
sexta-feira, 12/3/2010 - › ESTUDO ADICIONAL O apóstolo Paulo, escrevendo aos Romanos, coloca perante os santos o propósito de Deus para aqueles que aceitam a justiça de Deus manifesta na morte de Jesus: "Portanto, irmãos, rogo-lhes pelas misericórdias de Deus que se ofereçam, em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus; este é o culto racional de vocês. Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação de sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus". – Rom. 12:1 e 2 – NVI.
Todo aquele que professa aceitar a Jesus como seu Salvador e Senhor, necessita apresentar-se como sacrifício vivo, santo e agradável a Deus. O sacrifício no serviço típico realizado no santuário, era morto, mas necessitava ser perfeito.
O fruto da justiça transforma o pecador justificado em Santo. Desenvolve na razão o senso de fazer escolhas segundo a vontade de Deus. Quem se entrega a Deus para glorificá-lO na conduta, abandona os padrões mundanos em todo o seu comportamento e pauta a sua conduta em harmonia com os princípios da Palavra de Deus.
É desenvolvido no caráter o processo de renovação da mente pela assimilação da justiça de Deus. Primeiro, aceitando a Jesus como Salvador, a justiça personificada; segundo, pelo conhecimento da justiça de Deus expressa em Sua lei. São os princípios orientadores e modeladores do caráter, para identificar quem compreende o que significa reivindicar o caráter de Deus.
O cristão genuíno, vive de tal modo os princípios da Escritura Sagrada, que ele comprova que a vontade de Deus expressa em Sua palavra e em Sua lei, é boa e agradável e perfeita.
Pense: "Cheios do fruto da justiça, fruto que vem por meio de Jesus Cristo, para glória e louvor de Deus". – Fp 1:11 – Nova Versão Internacional.
Desafio: "Quando o caráter de Cristo se reproduzir perfeitamente em seu povo, então virá para reclamá-los como Seus". – Parábolas de Jesus, pág. 69.
| Conheça o autor |  | Pr. Albino Marks Especialista em aconselhamento familiar e profundo estudioso da Bíblia, o pastor Albino Marks já atuou como preceptor (IAP, IACS, IAE-SP); capelão (IACS e Hospital do Pênfigo); diretor geral do IAP; departamental em várias associações e na UCB. | |