Lições da Escola Sabatina Mundial – Estudos do Segundo Trimestre de 2010
Tema geral do trimestre: Saúde e Cura
Estudo nº 02 – O poder da escolha
Semana de 03 a 10 de abril
Comentário auxiliar elaborado por Sikberto Renaldo Marks, professor titular no curso de Administração de Empresas da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ (RS)
Este comentário é meramente complementar ao estudo da lição original
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Ijuí – Rio Grande do Sul, Brasil
Verso para memorizar: "Resolveu, Daniel, firmemente, não contaminar-se com as finas iguarias do rei, nem com o vinho que ele bebia" (Daniel 1:8).
Introdução de sábado à tarde
DEUS criou neste planeta uma grande quantidade de seres viventes. Criou as plantas, os animais e o ser humano. Este último fez para cuidar dos demais seres, para tornar o ambiente muito feliz, e para ele viver feliz.
Há uma condição para que se possa ser plenamente feliz: ter liberdade de escolha. A felicidade depende dessa condição. Sem ela, a felicidade é limitada; sem ela, a consciência fica automática e pré-definida, o comportamento programado, com limitações, como nos animais.
Como a condição de liberdade faz seres serem felizes? Vem do prazer em conduzir a sua vida, em determinar o que vai fazer, em ser capaz de avaliar os resultados de suas decisões. Isso é vida plena, ter o controle do que faz, podendo decidir o que vai fazer. Os seres racionais, que tem livre arbítrio, são capazes de escolher com base em conhecimento anterior, e são capazes de avaliar (ao menos deveria ser) no que irão dar suas escolhas.
Por exemplo, um ser humano deve saber que, se escolher fumar, terá um pulmão contaminado com muitas drogas químicas, terá sua respiração prejudicada, e poderá adoecer e até morrer de câncer. Também deve saber que viverá menos tempo, e que seus últimos dias de vida serão bem sofríveis. Também deverá saber que seu habito é anti-social e que prejudicará outras pessoas. Tem que saber disso, pois é um ser racional. No caso do fumante, o livre arbítrio lhe foi ruim, porque o aproveitou mal.
Outro exemplo é o caso de uma pessoa que cuida de sua saúde, que cultiva boas amizades, que faz uma escolha cuidadosa com quem se casará, que decide seguir os princípios de vida da Bíblia (ensinados pela igreja). Essa pessoa, como se pode ver aí, seguiu uma sucessão de decisões. Será que se pode avaliar os resultados de tais decisões? Claro que se pode. Essa pessoa certamente será uma vencedora, terá boa saúde e DEUS fará parte de sua vida. Será que uma pessoa assim tem probabilidade de ser infeliz? Mesmo que adoeça de um mal que lhe tire a vida, ela terá alguma coisa que só pessoas que corretamente decidem tem: esperança em JESUS. E a tal esperança não permitirá que perca a alegria de viver. Ela sabe que suas escolhas fazem parte da vida eterna que JESUS lhe deu de graça.
Portanto, vejam só (e agora será bom para os jovens): escolhas que resultam em algo bom para o futuro tem geralmente a característica de sofrimento no presente; e escolhas que nos prejudicam no futuro, geralmente causam boas sensações no presente.
Por exemplo, um jovem que estuda muito na adolescência. Isto requer esforço, destinação de muito tempo ao estudo e menos tempo para lazer, e isso é, muitas vezes, sofrido. Tem que abrir mão de muitos atrativos para os jovens. Mas no futuro, ele vai colher por meio de uma vida mais fácil, um rendimento melhor, se sentirá realizado e um vencedor. Foi sofrido no início, mas VALEU A PENA. Já um outro jovem, que aproveitou, digamos assim, a vida enquanto novo, e não se preparou para a vida que vem depois, esse pode ter que se contentar com pouco, quando o tal futuro chegar.
Vamos a outro exemplo. Conheço uma pessoa que tem pouco estudo. Mas é uma pessoa muito esforçada, boa leitora da Bíblia. Ela coloca o que aprende em prática. É uma profissional da construção. Pode-se dizer que é alguém que está bem de vida. A cada dois anos compra um carro novo (simples, mas é novo), e tem uma boa casa, e não lhe falta nada. Qual é o segredo? Se esforçou no início de sua carreira para aprender a fazer tudo com qualidade. Hoje só trabalha para pessoas muito exigentes, que pagam bem. Parabéns a ela; que sirva de exemplo de boas escolhas.
Na vida também temos que escolher entre usufruir agora, ou usufruir depois. Se for agora, será por algum tempo, se for depois, será para sempre. É da inteligência do ser humano fazer a escolha correta, de pensar no futuro mais que no presente. Bons cristãos são inteligentes porque pensam no futuro. Não são de sua vida terrena, mas da eternidade. Essas pessoas fazem escolhas inteligentes.
Qual foi a escolha de Daniel? Ele, um adolescente, e seus três amigos, decidiram firmemente não se contaminar com os alimentos do rei. Veja só o desafio. Foram jovens escolhidos dentre os melhores de Israel para serem preparados, afim de servirem como conselheiros de Nabucodonosor na direção de seu grande império. Portanto, jamais deveriam falhar. O quesito de sua avaliação era o desenvolvimento de seu desempenho intelectual, sua sabedoria e conhecimento. Daniel sabia disso. Ele também sabia que fazer o correto e esforçar-se nos estudos, deveria resultar em algo superior se seguisse a vontade de DEUS. Tinha certeza disso. Daniel e seus companheiros não jogaram na sorte. Eles, sabendo que DEUS orientava de um modo superior, tomaram firme decisão de obedecer a DEUS, e desafiaram Babilônia, dizendo que provassem depois de algum tempo, qual dos jovens alcançariam melhor desempenho: eles, servos de DEUS, ou os demais, servos de outros deuses. Esses jovens não estavam apostando, eles estavam tomando decisão consciente e bem fundamentada em conhecimento sólido. O resultado: eles foram aprovados pelo próprio rei do grande império. E Daniel veio a ser um grande profeta de DEUS, que é estudado até os nossos dias. Tudo efeito de uma decisão correta tomada por pessoas que sabiam o que estavam fazendo.
- Primeiro dia: A realidade da liberdade
Precisamos discutir um pouco o que é liberdade. Muitos, em nossos dias, confundem liberdade com libertinagem. Essa última palavra significa devassidão, licenciosidade, nenhum critério de avaliação das consequências do que faz, pois isso não importa aos libertinos.
Dá para entender, até aqui, algo sobre liberdade? Ela precisa limites, ou seja, a condição de liberdade requer critérios. Em outras palavras, há a necessidade de uma lei que garanta a liberdade perfeita, e que evite se cair na libertinagem.
E que lei é essa? Ora, sabemos, é a lei do amor, os Dez Mandamentos. E aqui está a infinita sabedoria de DEUS ao nosso alcance. DEUS, que é o próprio amor, sente-Se tão bem, é tão feliz, que deseja dividir Sua felicidade com outros seres. Foi por isso que Ele disse: "E disse DEUS, façamos o homem à nossa imagem". A palavra "DEUS" neste verso está no Hebraico ELOHIM, forma plural de ELOHÁ. O Hebraico possui três graus de número: Singular: um; Dual: dois; Plural: três ou mais. Portanto, aqui temos a Trindade Se expressando. São três elementos como um só, tamanho o amor entre Eles. Esses elementos são extremamente felizes em razão da quantidade de amor entre Eles, a ponto de, por Seus semblantes, irradiarem imensa luz que mortais, que possuem pouco amor, não podem contemplar. Eles tem um pensamento interessante e inteligente: querem reproduzir o Seu amor e a Sua felicidade com outros seres. Mas como não existiam outros seres, decidiram criá-los, e o fizeram à Sua imagem. Tal como um homem e a mulher, casados, que se amam desejam ter filhos para os amarem, assim DEUS desejou ter criaturas para os amar. Amar é relacionamento de favor de um pelo outro.
DEUS é livre para fazer tudo o que deseja. Ele pode fazer o que quiser. Mas nem tudo Ele faz. Embora DEUS seja livre para tudo, Ele só faz o que contribui para o bem. Por isso, em tudo o que vem de DEUS podemos agradecer, porque dEle só vem coisas boas. Aqui, nessas reflexões, encontramos a "realidade da liberdade". Assim como DEUS, as Suas criaturas, que seguem Seus princípios de vida, existem pelo bem, pela vida e pela felicidade dos outros. Aqui está a fórmula da liberdade verdadeira: ser em razão dos outros, não de nós mesmos. No momento antecedente à queda de Adão e Eva, eles pensaram em vantagem para eles: querer conhecer também o mal. No momento em que JESUS morria na cruz, Ele pensava na humanidade: salvá-la. Esse é o princípio para se saber o que convém pensar e o que convém fazer para sermos livres: se procuramos vantagem para nós, ou se procuramos o bem dos outros.
Nós só seremos perfeitamente livres se todos os nossos semelhantes também forem. Portanto, temos que trabalhar nesse sentido, contribuir com a felicidade dos outros, não com a ruína deles. Isso nos leva a, se formos bons cristãos, nunca nos envolvermos em algum tipo de competição, mas sempre em colaboração. SEMPRE! Só assim seremos perfeitamente felizes: se todos os nossos semelhantes também forem. Pois somos seres sociais. Por isso, sentimos pelos outros assim como sentimos por nós. Isso se chama empatia. As pessoas que gostam de ver os outros se dando mal e sofrendo (sado masoquistas) não são felizes, embora vivam do prazer pelo sofrimento alheio. A liberdade está intimamente vinculada com felicidade; portanto, para que sejamos livres também devemos saber como ser felizes. E para obtermos as duas condições, ao mesmo tempo (pois uma não se separa da outra), temos que saber amar. E para saber amar, temos que nos relacionar com DEUS, como Enoque, andar com Ele.
Sabendo amar, saberemos fazer escolhas construtivas, que contribuam para manter a liberdade e a felicidade, bem como a vida. Faremos escolhas que nos aproximam de DEUS e uns dos outros, pois nos tornaremos cada vez mais íntimos (achegados) uns dos outros.
- Segunda: Consequências: culpa e medo
Quais são as principais consequências de escolhas erradas? Comecemos por Adão e Eva. Que consequências imediatas ocorreram entre os dois? Num primeiro momento, lhes pareceu estarem numa atmosfera superior. Mas essa sensação, falsa, passou logo. Assim é até os nossos dias. O aluno que cola para passar, e acerta a questão, num primeiro momento sente-se esperto e vitorioso. Mas como ele vai se sentir quando perceber que o professor descobriu? Do mesmo modo como se sentiram Adão e Eva: envergonhados, senso de culpa (um senso e mal estar psíquico) e medo em relação ao que poderia acontecer como consequência.
O casal quando sentiu vergonha, tratou de fabricar algo como uma roupa rudimentar, para cobrir a sua vergonha. Eles perderam a sua glória, sua santidade, tornaram-se pecadores. Mas não ficou nisso. Eles tiveram um crescente senso de culpa, que os levou a terem medo. Medo de quem? De DEUS, pois fora Ele quem lhes disse que, comendo daquele fruto, morreriam. Mas DEUS não havia dito como seria essa morte, se logo a seguir, ou se gradativamente. Na verdade eles já estavam morrendo, desde o momento em que pecaram eles começaram a envelhecer. E com eles, toda a natureza envelhecia junto.
A principal e mais perturbadora consequência do pecado foi o medo. Tanto que fugiram de DEUS. Não queriam ver a face de DEUS, e temiam pelo que Ele faria, e se esconderam. Não havia como encobrir o pecado. Eles tinham a noção de que DEUS sabia de tudo. Então, fizeram umas roupas ridículas, fugiram se escondendo. E o que mais poderiam fazer? Havia mais uma coisa que poderiam fazer em decorrência do pecado: mentir e acusar. Foi o que fizeram quando DEUS apareceu e lhes fez perguntas. Tornando-se covardes, um acusou ao outro, e isso é uma forma de mentir. Em vez de assumir o que fizeram, queriam escapar transferindo a culpa ao outro. Adão acusou Eva que acusou a serpente, que dava a entender que a Lei de DEUS não funcionava bem, pois parecia que acabara de falhar.
Em nossos dias é diferente? Não é. Continua tudo igual, com o destaque que aumentaram as formas de encobrir, de fugir, de mentir e de acusar. O que acha, esse é ou não é um ambiente favorável para desentendimentos e brigas, para violência e guerras?
Outras consequências do pecado: prejudica a humildade; deteriora o senso de justiça e retidão; deteriora o bom relacionamento; abre espaço para as doenças e para a morte; acaba com a felicidade, instalando em seu lugar o ódio e a amargura. E uma consequência devastadora: muda a natureza do ser humano, da santidade e pureza para a inclinação em querer sempre pecar mais. E agora, como sair dessa? A cruz é o remédio.
- Terça: Escolhas: boas e más
O que são escolhas boas, e o que são escolhas más? Cuidado, pois se focar o imediato, aquilo que acontece logo após a escolha, pode errar no julgamento sobre se uma escolha foi boa ou se foi má. Por exemplo, se escolher ir ao cinema ver um filme de ação, lá dentro talvez se sinta entretido, com a sua mente absorta pelas cenas. Mas depois essas cenas passarão a fazer parte de seu processo decisório, e lhe dominarão durante o restante de sua vida. Muitas vezes nem percebemos os efeitos nefastos de uma decisão errada. Outras vezes só conhecemos esses efeitos ao longo dos anos, e em certos casos só no final da vida. Por exemplo, comer muita carne, mais para o final da vida revelará entupimento de artérias, com alto risco de enfarte e outras consequências ruins. Então essas pessoas precisam viver tomando medicamento todos os dias, ou morrem. Todos sabem que a carne faz mal, mas poucos se importam com isso, e muitas pessoas, nem mesmo quando se vêem à beira de algum colapso, deixam de arriscar, continuando a comer carne em grande quantidade, até na janta. São escolhas e suas consequências. Uma sucessão de más escolhas gera o hábito de sempre fazer tais escolhas. A pessoa adquire gosto por elas. Assim como uma sucessão de boas escolhas gera o hábito de fazer essas escolhas sempre. Mas, em razão de nossa natureza pecadora, temos a tendência bem forte de mais facilmente formarmos maus hábitos.
Como, então, formar bons hábitos e reverter a tendência de pecar para uma sucessão de decisões construtivas? A Bíblia responde. No Salmo 119:11 orienta que devemos guardar no coração (mente) as palavras de DEUS, para não pecar contra Ele. Isso quer dizer o quê? Fácil, tendo o conhecimento de DEUS (a Bíblia) em nossa mente, esta se encherá desse conhecimento, e por meio dele teremos bem maior facilidade de obedecê-Lo. Sabe que obedecer a DEUS não é seguir supostas ordens dEle o tempo todo, e sim, viver segundo os princípios de liberdade que Ele estabeleceu, para vivermos felizes. A vontade de DEUS é ótima para os seres humanos, pois Ele gosta de nós, nos ama!
Em Filipenses 4:8 há uma lista em que devemos pousar nossos pensamentos. Em tudo o que é verdadeiro, respeitável, justo, puro, amável, de boa fama, e ainda, se nisso há louvor (se enaltece e honra a DEUS), isso deve ocupar os nossos pensamentos. Agora reflita um pouco. A pessoa que segue essa simples orientação, ela ao longo do tempo vai ou não vai experimentar mudança para melhor em sua vida? É evidente que com uma pessoa assim o ESPÍRITO SANTO estará colaborando. Portanto, as suas escolhas irão sempre melhorar.
Em Colossenses 3:2 diz que devemos pensar nas coisas do alto, não nas que são daqui da terra. Que conselho perfeito. Se nossos pensamentos se demorarem nas coisas do Céu, imagina se há condições de fazermos escolhas erradas! Só mesmo por falha humana, e ainda assim, estas falhas irão diminuindo ao longo do tempo, com a santificação da vida da pessoa.
Em Isaías 31:21 está o grande verso para nos orientar a tomar decisões corretas. "Quando te desviares para a direita e quando te desviares para a esquerda, os teus ouvidos ouvirão atrás de ti uma palavra dizendo: Este é o caminho, andai por ele". Esse é o ESPÍRITO SANTO orientando a cada momento o que é uma decisão boa e o que é uma decisão má. Nós devemos aprender a sentir essa palavra dita por Ele. Para isto devemos, evidentemente, fazer a reforma da saúde, pois assim nossos neurônios entenderão melhor essa sutil orientação. Devemos também ter forte desejo de sermos transformados para seres santos, separados desse mundo. Nesses casos, seres humildes sentirão, em seus pensamentos, essas orientações de DEUS sobre como devem se comportar.
- Quarta: Escolha e próxima geração
O que os pais são, em grande parte, influenciará o que serão os filhos. Se os pais assistem demais televisão, os filhos assistirão mais ainda; isso é muito provável. Se os pais, ou um deles, for fanático por futebol, os filhos provavelmente também serão. Se os pais assistem novelas, os filhos, nesse caso, certamente também assistirão. Se os pais não fazem culto doméstico (sendo adventistas), os filhos provavelmente também não farão. Se os pais são viciados em alguma coisa prejudicial, os filhos também não verão problemas nisso. E assim vai. Para os filhos serem diferentes, deverão, no decorrer da vida, reverter tendências, mudar rumos.
A lição apresentou a questão do beber álcool. Se os pais bebem um pouco de álcool (como se diz, beber socialmente), ou como dizem as propagandas (por força de lei) "beba com moderação", os filhos também tenderão a beber álcool. Mas quem garante que sempre será com moderação? E de onde se tirou a ideia de que bebendo moderadamente não há problemas e nem nosso corpo é prejudicado?
Veja o caso do vinho. Pesquisas patrocinadas por empresas relacionadas à vinicultura afirmam que é bom para o coração, para o colesterol, e etc., beber meio como de vinho por dia, após o almoço. Interessante que é bom mesmo, pois o vinho contém substâncias positivas para esses casos. Mas essas pesquisas nada dizem sobre os malefícios do álcool que vem junto com o vinho, nem se referem sobre a possibilidade de o bebedor moderado se tornar um viciado, nem também se referem sobre as possibilidades dos filhos beberem álcool desde a adolescência. E por que não dizem isso? Porque não interessa. Elas só querem aumentar as vendas de vinho; portanto, só se fala o que é positivo. Assim foi lá no Jardim do Éden, quando Lúcifer engambelou Eva, com uma propaganda enganosa mas muito atraente para aquele momento. Por que essas pesquisas nada dizem sobre o bom suco de uva? Ele não rende tanto dinheiro. Vinhos nobres, por exemplo, valem muito dinheiro, acima de R$100,00 uma garrafa, e os mais antigos, alguns milhares de reais. É um negócio que rende muito dinheiro, e nesse mundo, o dinheiro fala mais alto. Muitas pesquisas científicas, e muita coisa do que se diz na televisão e se escreve nos jornais, é influenciada por interesses econômicos de lucro, e o povo cai nas armadilhas. Não foi assim tempos atrás, nas propagandas de cigarro? Felizmente, em razão dos elevados custos ao governo pelos tratamentos caros dos cancerosos, essas propagandas estão proibidas no Brasil.
Vamos chegar a uma conclusão. Aquilo que os pais fazem, há forte tendência de os filhos também fazerem. No tipo de conversa em que os pais se envolvem, os filhos também se envolverão. Se os pais são pessoas simples e fiéis a DEUS, mais facilmente assim também poderão ser os filhos. Se os pais forem pessoas zelosas na prática dos princípios bíblicos, há a tendência dos filhos também serem assim. Essa é a força do testemunho entre pessoas íntimas, pois ele é muito poderoso. Devemos "ser" conforme DEUS nos "quer", e se aliarmos a esse "ser como DEUS quer" os ensinamentos, nossos filhos terão todas as oportunidades de também "serem como DEUS deseja".
- Quinta: Escolha e acaso
Temos estudado que nossas decisões podem afetar outras pessoas. Hoje o foco é no sentido oposto, das decisões de outras pessoas que afetaram a nossa vida. Vamos a alguns casos, para ilustrar.
a) Uma menina era maltratada em casa pelos pais, até a sua idade adulta. Ela desenvolveu um comportamento anti-social, praticamente não tem amigos, e vive com dificuldade, brigando com todo mundo. Não tem profissão e trabalha aqui e ali, quando consegue algum serviço. Ela, em grande parte, é produto do que seus pais fizeram na primeira fase de sua vida.
b) Um senhor, empresário, durante o plano inicial FHC, não recebeu os pagamentos de seus devedores, faliu, e ficou devendo mais que possuía. Entrou em desespero, passou a beber, perdeu a família (esposa e duas filhas), foi viver na rua, embora tenha curso superior e fale três línguas, e conheça sobre empresas e comércio.
c) Uma senhora, que desde menina sonhava em ser feliz num lar com DEUS, casou-se com um rapaz que com o tempo passou a espancá-la, e tornou a vida dela um inferno todos os dias. Ela entrou em depressão, e anos mais tarde morreu com diversas doenças, e fora da igreja, provavelmente perdida para sempre.
d) Uma criança nasceu com graves problemas de saúde porque seus pais eram parentes próximos.
e) Um casal que tivera uma filha, e formavam um lar de plena felicidade, vivia o restante de sua vida em extrema tristeza e desgosto, pois a filha fora morta cruelmente por uma marginal, que antes a estuprou e a forçava por vários dias.
Dessas histórias há muitas, e cada um de nós certamente conhece várias. São vidas que se tornaram um pesadelo porque pessoas tomaram decisões erradas, e prejudicaram gravemente outras pessoas. Pode-se afirmar que toda decisão afeta a vida de quem a tomou, e é muito provável que exerça efeitos sobre a vida de outras pessoas. Esses efeitos podem criar condições na vida dessas pessoas, e tais condições podem ser positivas ou negativas. As positivas resultarão em algo que vai melhorar a vida dessas pessoas, mas as condições negativas irão restringir em algum aspecto a vida dessas pessoas. Isto se refere, como a lição destaca, em restrições de oportunidades na vida, ou o contrário, dependendo da situação. Mas, como estamos num mundo de pecado e de maldade, é de se crer que é grande o percentual de pessoas que tiveram sua vida arruinada ou com graves restrições porque outras decidiram mal. É o caso, por exemplo, das meninas e mulheres violentadas, das crianças abusadas de diversas maneiras.
Vamos a um exemplo que tempos atrás me chamou atenção. Uma grande oportunidade na vida, que as pessoas do mundo correm atrás, é ganhar em alguma loteria (isso é jogo e é pecado que garante ao menos uma coisa certa: a perda da vida eterna para quem se envolve, pois se ganhar, é dinheiro ilícito, e vai ter força para devolver?). Um canal de televisão mostrou dez casos de pessoas que ganharam grande quantidade de dinheiro por essa via. Dessas dez, oito estavam em situação pior que antes. Não só gastaram mal como se afundaram em dívidas. Esse é o mundo, cria situações para que as pessoas sejam iludidas e se deem mal. Do mundo também vem influências, geralmente negativas, porque alguma organização decidiu, como no caso, vender loterias. Pense nos cassinos, quantas pessoas tiveram sua vida arruinada, perdendo tudo.
Então, o que devemos aprender do estudo de hoje? Ao menos três coisas: que nós devemos ter muito cuidado sobre a influência que exercemos sobre os outros, pois podemos, por meio dela, ajudar essas pessoas, mas também podemos criar problemas para elas. Outra coisa é que devemos lutar com DEUS para que as influências negativas que nós mesmos sofremos sejam revertidas pelo poder de DEUS. E a terceira coisa, devemos ter mais compreensão em relação às pessoas que sofrem, ou as que são inconvenientes, pois sabe-se lá por que situações passaram antes para se tornarem assim. JESUS, diante da prostituta, que geralmente é uma pessoa mal vista pela sociedade (que dela abusa) mas que foi bem vista por JESUS, a perdoou e lhe indicou um caminho superior, de não pecar mais. Era tudo o que essa prostituta queria ouvir, e de um instante para outro, tornou-se uma ex-prostituta. Em todos os casos, seja conosco ou seja com nossos semelhantes, devemos buscar as mudanças por meio do poder do ESPÍRITO SANTO. E devemos buscar compreender, por meio de mais empatia (colocar-se na pele da outra pessoa), porque certas pessoas agem de modo errado. Há muitas pessoas assim na igreja, e elas merecem não só nossa compreensão como ajuda para que consigam mudar sua vida.
Para DEUS, nos casos dramáticos de pessoas extremamente afetadas por más influências, é mais difícil a reforma dessa vida? Não, para DEUS não há dificuldade maior ou menor. PORÉM, há dificuldade na pessoa. Ela pode estar tão debilitada que não tem mais esperança ou acha que nem DEUS pode fazer algo por ela. Ela mesma se acha tão degradada que já não acredita em nada. E daí? Essas pessoas necessitam de uma coisa urgente: amor! Elas precisam ser amadas, para sentirem o amor de DEUS, no qual muitas delas já não acreditam mais. Só nós, outros seres humanos, podemos nos posicionar ao lado de alguém assim, e demonstrar amor por ela. Aí então sim, tal pessoa pode ter sua situação revertida gradativamente, e logo ela descobrirá que o amor que damos a ela vem de DEUS, que DEUS existe mesmo e que a ama também, e ela se agradará dEle, e se entregará a Ele.
- Aplicação do estudo – sexta-feira, dia da preparação para o santo sábado:
É impressionante a frequência das reclamações que pessoas fazem de DEUS, por não ter evitado, por exemplo, algum acidente. Veja o exemplo: um homem entra em seu automóvel, sai para a estrada, acelera para uma velocidade bem acima do limite, causa um grave acidente, há feridos graves e mortes. Ele mesmo foi um dos que morreu, e outros também, que são inocentes. Então vem aquela pergunta: porque DEUS permitiu que inocentes morressem?
Nós, que estudamos a lição dessa semana não temos mais o direito de fazer tal pergunta sem sentido, e sim, temos o dever de explicar os porquês. O que nesse caso houve, foi a desobediência de uma pessoa que trouxe consequências sobre outras pessoas. Essas outras estavam no lugar errado, no momento errado, e foram atingidas, e sofreram as consequências de um irresponsável.
Mas DEUS não teria obrigação de fazer evitar o envolvimento de inocentes? Ora, se fizesse isso o tempo todo Ele estaria inutilizando o livre arbítrio. Veja só, o que fazemos na maioria dos casos tem consequências sociais, afeta outras pessoas; portanto, devemos ser responsáveis pelo que decidimos e pelo que fazemos. Se só cada um sofresse por causa das respectivas desobediências, a sociedade não teria o livre arbítrio.
Vamos entender isso melhor. Na verdade, para sermos realmente livres, temos que poder influenciar uns sobre os outros. E sabe por que? Por causa do amor. Para que nos sintamos felizes, a vontade de DEUS é que influenciemos uns sobre os outros as doces e suaves sensações e sentimentos do amor. O amor requer sempre, no mínimo, um outro. Por isso DEUS criou um casal, para se complementarem no amor, um influenciando amor sobre o outro. O amor sempre foca no outro, nunca em si mesmo. Ele busca fazer o outro feliz. Por isso se necessita do livre arbítrio. O amor é social, precisa de no mínimo uma outra pessoa para se manifestar. Somos seres sociais, precisamos nos influenciar mutuamente, para promovermos o bem nos nossos próximos e semelhantes.
Ora, se fomos feitos para assim criarmos efeitos uns nos outros, então, num ambiente de pecado, também deveremos aceitar o mesmo. Num ambiente perfeito, as influências recíprocas serão sempre boas que promovem a felicidade, mas num ambiente de pecado, essas influências serão também negativas, que causam tristeza, dor e até a morte. Eis a questão, portanto: se DEUS saísse por aí protegendo a todas as pessoas dos atos irresponsáveis, Ele estaria demonstrando que o sistema social que Ele criou, para sermos felizes, não é bom, e não funciona. Portanto, temos que aceitar fatos lamentáveis que continuarão ocorrendo enquanto aqui houver pecado. Nunca esqueçamos que o fato de maior injustiça que aqui nessa Terra ocorreu foi com JESUS. Os humanos O mataram cruelmente, e isso foi pura injustiça; porém, por incrível que pareça, resultou em justiça para sermos salvos. Sendo assim, é melhor mesmo em tudo dar graças a DEUS, pois se esse mundo é um lugar de injustiças, DEUS é superior a esse estado de coisas, e administra de tal modo que todos tenham suas oportunidades de salvação. Aqui está o que interessa.
escrito entre: 28/02 a 03/03/2010 - revisado em: 03/03/2010
Corrigido por: Jair Reis Bezerra
Declaração do professor Sikberto R. Marks
O Prof. Sikberto Renaldo Marks orienta-se pelos princípios denominacionais da Igreja Adventista do Sétimo Dia e suas instituições oficiais, crê na condução por parte de CRISTO como o comandante superior da igreja e de Seus servos aqui na Terra. Discorda de todas as publicações, pela internet ou por outros meios, que denigrem a imagem da igreja da Bíblia e em nada contribuem para que pessoas sejam estimuladas ao caminho da salvação. O professor ratifica a sua fé na integralidade da Bíblia como a Palavra de DEUS, e no Espírito de Profecia como um conjunto de orientações seguras à compreensão da vontade de DEUS apresentada por elas. E aceita também a superioridade da Bíblia como a verdade de DEUS e texto acima de todos os demais escritos sobre assuntos religiosos.