domingo, 25 de julho de 2010

Comentário da Lição 05 - Justificação e a Lei - ESCOLA NO AR

3º Trimestre de 2010 - A Redenção em Romanos
Comentário da Lição 05 - Justificação e a Lei

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sábado, 24/7/2010 - › INTRODUÇÃO

"Anulamos, pois, a lei pela fé? Não, de maneira nenhuma! Antes, confirmamos a lei". – Rm 3:31.

Paulo demonstra aos romanos que a aliança da fé na graça de Deus não é coisa nova. Abraão já vivera esta experiência espiritual compreendendo a salvação pela graça e fora justificado por fé. "Ele creu no Senhor, e isso lhe foi imputado para justiça". - Gn 15:6. Obteve a justificação não pela prática das obras rituais, mas, pela fé: "Como, pois, lhe foi atribuída? estando ele já circuncidado ou ainda incircunciso? Não no regime da circuncisão, e, sim, quando incircunciso". - Rm 4:10 - Almeida Revista e Atualizada.

O evangelho da graça de Deus e da fé fora anunciado a Abraão, e ele aceitara-o. Como, em verdade Abraão conheceu o evangelho, as Boas Novas da redenção em Cristo Jesus? O testemunho escriturístico a respeito da experiência espiritual de Abraão é muito concludente: "... ali edificou um altar ao Senhor, e invocou o nome do Senhor... e levantou ali um altar ao Senhor" . - Gn 12:8 e 13:18 – Almeida Revista e Atualizada.

Em sua peregrinação, onde quer que armasse a tenda, ali erigia Abraão o altar para oferecer o sacrifício da fé na graça e adorar. Creu Abraão na promessa do Redentor "e isso lhe foi imputado para justiça". - Gn 15:6.

A experiência capital da fé de Abraão foi revelada a seu filho no caminho ao cume do monte Moriá. Isaque pergunta: "Meu pai... eis o fogo e a lenha, mas onde está o cordeiro para o holocausto? Respondeu Abraão: Deus proverá para si, meu filho, o cordeiro para o holocausto". - Gn 22:7 e 8 – Almeida Revista e Atualizada.

"Deus proverá", foi a visão gloriosa da cruz no topo do Gólgota com a dádiva de Deus sobre ela. Foi a visão do evangelho redentor. Consequentemente nele, por sua fé, seriam abençoados todos os povos, como filhos espirituais de Abraão.

Pense: "Ora, o salário do homem que trabalha não é considerado como favor, mas como dívida. Todavia, aquele que não trabalha, mas confia em Deus, que justifica o ímpio, sua fé lhe é creditada como justiça". – Rm 3:4 e 5 – Nova Versão Internacional.

Desafio: "Como é feliz aquele a quem o Senhor não atribui culpa". – Rm 3:8 – Nova Versão Internacional.



domingo, 25/7/2010 - › A LEI CONFIRMADA

A Bíblia de Jerusalém traduz Gálatas 3:1 com estas palavras: "Quem vos fascinou, a vós ante cujos olhos foi desenhada a imagem de Jesus Cristo crucificado" . Todo o ritualismo era uma figura, uma tela, um grande quadro apresentando Jesus crucificado, a graça de Deus em favor do pecador. Para os gálatas, Paulo apresentou este magnífico quadro que em seus ritos e símbolos culminava com a grande realidade: Jesus o Salvador. Paulo pergunta em tom estupefato: O que aconteceu com vocês? Vocês que viram o retrato de Jesus desenhado nos símbolos, mas aceitaram o Cristo vivo como o único Salvador, como tornaram a trocar a Realidade pela figura? Paulo mostra-se atônito com a inexplicável atitude dos gálatas.

Aos romanos Paulo faz a categórica afirmação: "Será que, pela fé, estamos tirando à lei todo o valor? Muito pelo contrário, estamos confirmando a lei". - Rm 3:31 – Tradução Ecumênica da Bíblia.
Depois da cruz, qual o valor da lei? Por que e como o valor da lei é confirmado pela fé? O seu valor é confirmado, porque revelar fé em Jesus como a fonte de graça para salvar, é uma demonstração de que os ritos e símbolos não falharam em seu papel de tutor. Anunciavam, ensinavam e orientavam através dos tipos sobre tudo o que seria encontrado em realidade viva e superabundante no Antítipo.

Assim como declarou aos gálatas, de que a lei das cerimônias era uma grande tela, onde Cristo podia ser visualizado como a graça de Deus oferecendo perdão, justificação e reconciliação, assim declara aos romanos de que o objetivo final da lei das cerimônias é revelar a Cristo, em quem, todo o que crê, obtém justiça pela fé na graça. (Rom. 10:4).

Pense: "Por isso mesmo, Ele é o Mediador da nova aliança, a fim de que, intervindo a morte para remissão das transgressões que havia sob a primeira aliança, recebam a promessa da eterna herança aqueles que têm sido chamados". – Hb 9:15 – Almeida Revista e Atualizada.

Desafio: "Pois o fim da lei é Cristo, para que seja dada a justiça a todo homem que crê" . - Rm 10:4 – Tradução Ecumênica da Bíblia.



segunda-feira, 26/7/2010 - › GRAÇA OU DÍVIDA

Cada pecador precisa sentir a malignidade do pecado e compreender que por nascimento é pecador. Davi sentiu o poder do pecado sobre ele por herança e sua necessidade de graça, colocando-o nestas palavras diante de Deus: "Eu nasci na iniqüidade, e em pecado me concebeu minha mãe. " - Sl 51:5 – Almeida Revista e Atualizada. Deus o perdoou e justificou.

Davi que reconheceu trazer o vírus do pecado desde a concepção e a necessidade de libertação, também confessa seus pecados pessoais: "Pois eu conheço as minhas transgressões, e o meu pecado está sempre diante de mim. Pequei contra Ti, contra Ti somente, e fiz o que é mal perante os teus olhos, de maneira que serás tido por justo no Teu falar, e puro no Teu julgar" . - Sl 51:3 e 4 – Almeida Revista e Atualizada.

Davi reconhece que toda a operação de cura, perdão e restauração é obra de Deus por graça. Compreendia que, assim como foi perdoado e justificado por graça, obtendo a cura do pecado por herança, necessitava da graça para obter perdão e justificação de seu próprio pecado individual. Em nenhum momento evoca a observância da lei moral para ser declarado justo. Em verdade, ele havia transgredido a lei e ela o acusava "dia e noite", e o senso de culpa tornou o seu vigor "em sequidão de estio" . - Sl 32:4.

É importante destacar que dos escritores bíblicos do Velho Testamento, Davi é o que mais exalta a preciosidade dos princípios da lei moral para orientar a conduta. No entanto, quando necessita de graça, perdão e justificação, não os busca na lei moral, mas em Deus o seu grande Amigo. Davi aprendeu que o ato de justificar pertence a Deus e o declara com ênfase: "Serás tido por justo no teu julgar". Para Davi, a justificação não é mérito, mas graça.

Pense: "Então reconheci diante de ti o meu pecado e não encobri as minhas culpas. Eu disse: Confessarei as minhas transgressões ao Senhor, e tu perdoaste a culpa do meu pecado" . – Sl 32:5 – Nova Versão Internacional.

Desafio: "Cria em mim, ó Deus, um coração puro, e renova dentro de mim um espírito inabalável". – Sl 51:10 – Almeida Revista e Atualizada.



terça-feira, 27/7/2010 - › PROMESSA E LEI

Paulo demonstra a inutilidade das práticas rituais após a cruz e apresenta o método de justificação pela fé, como o único usado por Deus através de todos os tempos no trato com Seus filhos que caíram no pecado, e entraram em desarmonia com Ele. Evoca a experiência de Abraão em apoio a tese. A lei ritual, que foi dada quatrocentos e trinta anos depois da promessa feita para Abraão, apenas o foi para manter vivo na mente do israelita a vinda do Redentor. Serviu de instrutor e condutor para guiar os errantes pecadores a Cristo. Com Cristo, ela deixou de desempenhar seu papel e desapareceu como instrumento espiritual prático juntamente com o nacionalismo judeu, pois, como nação falharam em sua missão de transmitir o conhecimento de Deus às nações. E agora, todos os crentes vindos de todas as raças e classes são feitos herdeiros mediante a fé em Um - Cristo.

O concerto feito com Abraão tinha por base a firme e decidida fé na promessa divina e na fidelidade da observância da lei de Deus: Abraão, a quem fora feita a promessa, pautava sua conduta pela lei moral antes de receber a promessa. "Ele creu no Senhor, e isso lhe foi imputado para justiça". E: "Porque Abraão obedeceu a Minha palavra, e guardou os Meus mandados, os Meus preceitos, os Meus estatutos e as Minhas leis". - Gn 15:6 e 26:5 Almeida Revista e Atualizada.

Esta é a base que gera filhos espirituais a Abraão. Assim aconteceu enquanto a nação-igreja viveu e proclamou o plano divino de salvar pecadores por amor e por graça. Assim acontece com a igreja-nações, enquanto permanece leal em viver e proclamar a mesma verdade.

Pense: "As obras de suas mãos são verdade e justiça; fiéis todos os seus preceitos. Estáveis são eles para todo o sempre, instituídos em fidelidade e retidão... Quanto às Tuas prescrições, há muito sei que as estabeleceste para sempre". - Sl 111:7 e 8; 119:152 – Almeida Revista e Atualizada.

Desafio: "Portanto, a promessa vem pela fé, para que seja de acordo com a graça e seja assim garantida a toda a descendência de Abraão; não apenas aos que estão sob o regime da Lei, mas também aos que têm a fé que Abraão teve" . – Rm 4:16 – Nova Versão Internacional.



quarta-feira, 28/7/2010 - › LEI E FÉ

A salvação sempre foi pela fé no Redentor. O israelita, para obter o perdão e ser declarado justo, recorria ao sacrifício de inocente animal acompanhado dos ritos cerimoniais. O cordeiro tipificava Cristo. O perdão era obtido não pela fé no animal, mas pela fé em Quem ele tipificava. O arrependimento e a confissão sinceros sempre eram aceitos por Deus em demonstrações que transmitiam esta certeza para o suplicante. Cumprido o ritual, pela fé no Redentor prometido, tornava para casa jubiloso sentindo-se reconciliado com Deus, o Pai, de quem se separara pela transgressão da lei moral.

O que aconteceu com o serviço típico israelita é que as lideranças espirituais encontraram nele uma lucrativa fonte monetária. Buscando a riqueza material, desvirtuaram o sistema e perderam de vista as riquezas espirituais, desprezando a pérola de grande preço. O perdão e a justificação eram oferecidos mediante os sacrifícios de animais, sem a fé no verdadeiro centro - Cristo.

Este fato está muito evidente nas duas vezes em que Jesus expulsou os mercadores espirituais do templo. A primeira vez no início de Seu ministério e a segunda nos últimos dias. O ato de Jesus estava ligado aos animais típicos que eram vendidos por preços extorsivos com o argumento de que por meio destes sacrifícios obtinham o perdão de seus pecados contra a lei moral. Obliteravam, no entanto, o profundo significado típico destes animais, não ensinando a fé no verdadeiro sacrifício pelos pecados na morte expiatória de Cristo. Para aqueles mercadores, quanto maior o número de transgressões da lei moral, maior o lucro monetário. Ali estava Aquele que era o Cordeiro de Deus que tira o pecado.

Pense: "O princípio de que o homem se pode salvar por suas próprias obras, e que jaz à base de toda religião pagã, tornara-se também o princípio da religião judaica. Implantara-o Satanás. Onde quer que seja mantido, os homens não têm barreira contra o pecado" . – O Desejado de Todas as Nações, págs. 35 e 36.

Desafio: "Mas a Escritura encerrou tudo debaixo do pecado, a fim de que a promessa, que é pela fé em Jesus Cristo, fosse dada aos que crêem". – Gl 3:22 – Nova Versão Internacional.



quinta-feira, 29/7/2010 - › LEI E PECADO

Pecado, em harmonia com a Escritura é uma atitude de rebelião e rompimento do relacionamento harmonioso, amoroso e perfeito com uma Pessoa amorosa e perfeita. Em primeira instância, pecado é contra uma Pessoa e não contra a lei, no caso a lei moral. O pecado de Lúcifer foi caracterizado por uma atitude ostensiva de rebelião contra Deus. A lei moral é o instrumento desta Pessoa perfeita, o Deus Eterno, que acusa e evidencia o pecado.

Se a lei moral desempenha um papel tão importante em relação à prática do pecado, então, o que é a lei moral? No Salmo 119:144 e 172 são feitas as seguintes afirmações: "Eterna é a justiça dos teus mandamentos...", e "... todos os teus mandamentos são justiça". – Almeida Revista e Atualizada Logo, a lei moral é a justiça eterna. Todavia, a compreensão da lei moral não pode ficar restrita apenas a este conceito. Na eternidade, para os habitantes do Céu e de outros mundos, a norma de justiça é o próprio caráter de Deus. Lúcifer contestou esta norma e rebelou-se contra o seu Deus e Criador. Como resultado desta rebelião surgiu a injustiça no Universo. "ela multidão das tuas iniquidades, pela injustiça do teu comércio profanaste os teus santuários" . - Ez. 28:18 – Almeida Revista e Atualizada. Contestar e acusar a perfeita justiça do caráter de Deus, lançar dúvidas sobre a integridade de Seu caráter, foi a mercadoria comercializada por Lúcifer.

Concluímos, portanto, que a lei moral, pela qual Deus rege seu governo, é existente desde a eternidade porque é a transcrição de Seu caráter. O pecado é a contestação do caráter de Deus, e este ato é acusado e condenado pela lei moral.

Pense: "A lei de Deus é tão sagrada como Ele próprio. É uma revelação de sua vontade, uma transcrição de Seu caráter, expressão do amor e sabedoria divinos". – Patriarcas e Profetas, pág. 44.

Desafio: "Portanto, ninguém será declarado justo diante dele baseando-se na obediência à Lei, pois é mediante a Lei que nos tornamos plenamente conscientes do pecado" . – Rm 3: 20 – Nova Versão Internacional.



sexta-feira, 30/7/2010 - › ESTUDO ADICIONAL

A lei moral não é um tutor que nos conduz a Cristo, pois, Cristo é quem nos conduz à submissão da lei. "Se Me amais, guardareis os Meus mandamentos... Ora, sabemos que O temos conhecido por isto: se guardamos os Seus mandamentos. Aquele que diz: Eu O conheço e não guarda os Seus mandamentos é mentiroso, e nele não está a verdade". - Jo 14:15; 1Jo 2:3 e 4 – Almeida Revista e Atualizada.

Como seres livres nos submetemos com prazer a alguém, quando sabemos que este alguém nos ama e tudo faz para o nosso bem. Cristo em Seu amor é quem nos atrai. "De longe se me deixou ver o Senhor, dizendo: Com amor eterno Eu te amei, por isso com benignidade te atraí". - Jr 31:3. Esta é a razão base que nos conduz à submissão à Sua vontade expressa na lei moral. A submissão à lei moral em si, não nos leva a Cristo. Este é o caso dos judeus que guardando a lei moral não aceitaram a Cristo. Eles fizeram da lei moral apenas um código de conduta para regulamentar os seus deveres como cidadãos de um reino terrestre. Não compreendiam que a lei moral determina o comportamento de quem aceita a Cristo como Salvador e Senhor e estabelece um relacionamento de submissão por amor. Na sua obediência à lei, rejeitaram a Cristo como Salvador por fé.

Obedecer à lei como norma de conduta, pode até tornar-nos melhores cidadãos neste mundo, mas nunca nos une em um relacionamento de amor e fé com Deus, o Pai, Jesus Cristo, nosso Salvador e Senhor e o Espírito Santo, nosso Consolador em nossa peregrinação para o lar eterno.

Aceitar a justiça de Cristo pela fé, conduz inquestionavelmente à obediência por amor, movido pela fé. (Rm 1:17).

Pense: "Respondeu Jesus: Se alguém me ama, guardará a minha palavra; e meu Pai o amará, e viremos para ele e faremos nele morada... Nisto conhecemos que amamos os filhos de Deus: quando amamos a Deus e praticamos os Seus mandamentos" . - Jo 14:23 e 1Jo 5:2 – Almeida Revista e Atualizada.

Desafio: "Vocês serão meus amigos, se fizerem o que eu lhes ordeno" . – Jo 15:14 – Nova Versão Internacional.



Conheça o autor
Pr. Albino Marks
Especialista em aconselhamento familiar e profundo estudioso da Bíblia, o pastor Albino Marks já atuou como preceptor (IAP, IACS, IAE-SP); capelão (IACS e Hospital do Pênfigo); diretor geral do IAP; departamental em várias associações e na UCB.

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