Lições da Escola Sabatina Mundial – Estudos do Terceiro Trimestre de 2010
Tema geral do trimestre: A Redenção em Romanos
Estudo nº 05 – Justificados e a Lei
Semana de 24 a 31 de julho
Comentário auxiliar elaborado por Sikberto Renaldo Marks, professor titular no curso de Administração de Empresas da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ (RS)
Este comentário é meramente complementar ao estudo da lição original
www.cristovoltara.com.br - marks@unijui.edu.br - Fone/fax: (55) 3332.4868
Ijuí – Rio Grande do Sul, Brasil
Verso para memorizar: "Anulamos, pois, a lei pela fé? Não, de maneira nenhuma! Antes, confirmamos a lei" (Rom. 3:31).
Introdução de sábado à tarde
Primeiramente um comentário sobre o verso para memorizar. Para quem deseja interpretar a Bíblia de modo a satisfazer os seus interesses, as suas doutrinas e os seus motivos ocultos, até esse verso, que é claro e direto quanto a validade da Lei, serve. Mas para este verso, há algo especial: quem o distorcer, se revelará como tentativa de fraude de interpretação.
Como o interpretam alguns, ou muitos? Eles dizem assim: a lei, como não pode ser anulada, deve ser confirmada, isto é, ela deve ser cumprida. E quem mais poderia cumprir a Lei senão JESUS? Pois, em seus dias Ele a cumpriu, assim sendo, estamos desobrigados de cumpri-la, e mesmo assim, somos salvos, pela graça. Agora que JESUS a cumpriu, também a confirmou, e já não estamos mais debaixo da Lei, mas da graça. Na verdade esses dizem que só o quarto mandamento não precisa mais ser cumprido. Quem diz isto são os líderes protestantes e evangélicos, pois os líderes católicos foram mais longe, trocaram o sábado pelo domingo na própria lei, como se fossem legisladores. Não nos referimos ao povo protestante, evangélico ou católico, mas a alguns líderes, inimigos do povo dessas igrejas. Em todas as igrejas há povo santo de DEUS, e também inimigos, agentes de satanás.
Mas é exatamente essa a interpretação que esse verso não quer dar. Bem pelo contrário, em sua clareza direta o que ele diz é simplesmente o seguinte: A fé não anula a Lei, mas a confirma. É isso que o verso diz e mais nada.
Em Gênesis 15:6 diz assim: "Ele [Abrão] creu no Senhor, e isso lhe foi imputado [ou creditado] para justiça." O que esse verso quer dizer? DEUS recém havia animado Abrão com a promessa de um filho, e que os seus descendentes formariam uma grande nação. E Abrão creu nessa promessa como sendo verdadeira, e que assim seria de fato. Por ter crido, DEUS lhe prometeu mais, que receberia por herança a terra onde já havia chegado. Para receber esta terra Abrão devia ser homem justo. Era a terra da herança, assim como nós, com Abraão ao ressuscitar, estamos por receber a herança da Nova Terra. Pelo fato de Abrão ter crido, ele foi declarado justo, e recebeu Canaã por herança, em seus descendentes.
Mas há um detalhe importante, Abrão, depois de ter sido declarado justo por DEUS, continuou sendo sempre obediente a lei.
- Primeiro dia: A lei confirmada
"Anulamos, pois, a lei pela fé? Não, de maneira nenhuma! Antes, confirmamos a lei" (Rom. 3:31). Já comentamos esse texto, tão claro e inequívoco. Mas atenção para um alerta geral: sobre o texto bíblico certamente, sem sombra de dúvidas, os homens fazem a maior variedade de interpretações. Há inclusive uma, que é a verdadeira! Mas há um sem número de interpretações falsas.
Qual o motivo de tantas interpretações? Simples responder: estamos em guerra pór causa da adoração. A Bíblia ensina qual e como é a verdadeira adoração ao verdadeiro DEUS. Então não é de surpreender que esse seja o texto, entre milhões de outros livros, a ser mais atacado pelo inimigo de DEUS e de seus seguidores. Logo, esse texto de Rom. 3:31 também está sendo adulterado, mas no final do livro do Apocalipse está o destino daqueles que agem assim: jamais se salvarão.
A fé não anula a lei. Nem poderia. Como estamos explicando nessas lições, a lei é uma coisa, e a fé outra, e ambas se complementam. A lei exige obediência, e a fé é o retorno da confiança que havia em DEUS antes de pecar, rumo em direção a obediência outra vez. Os seres perfeitos todos eles confiam inteiramente em DEUS, mas os seres pecadores perderam essa confiança, que é fé. Ao se arrepender, ao ser perdoado, ao ter sincero desejo de voltar a obedecer, tem outra vez condições de ter fé, de viver entregue a DEUS, de ser santificado. Portanto, antes de pecar, todos os seres tanto obedecem como confiam, isto quer dizer, eles obedecem a lei porque confiam em DEUS, sabem que a lei é boa, e ter fé é o mesmo que confiar. A fé e a lei tem finalidades diferentes contudo fazem parte do mesmo sistema: ligação íntima com DEUS.
E como era antes da cruz? Naqueles tempos antigos as pessoas eram salvas pela graça ou pelas obras?
Jamais em tempo algum alguém foi salvo pelas obras. Mas em qualquer tempo, antes do pecado, e depois dele, sendo perdoados, se permanece salvo pela obediência, isto é, pelas obras. É fácil entender que DEUS não poderia ter dois modos de salvação, uma para antes da cruz, outro para depois da cruz. E sabemos que Abraão, por exemplo, foi justificado não por suas obras, mas pela sua fé. E assim foi com todos os outros personagens bíblicos de antes do dilúvio e também antes da cruz.
O sistema de sacrifícios era uma forma de anunciar a vinda da graça. Aquelas pessoas de antes da cruz, que morreram naqueles tempos, ficaram aguardando a confirmação da graça pela vitória na vida de CRISTO e na cruz. Se Ele falhasse eles estariam todos perdidos, inclusive Enoque, Moises e Elias, e nós também. Antes da cruz havia a graça aguardada, depois, a graça foi confirmada.
Só há um modo de salvação, é pela graça, mediante a fé. Depois de salvo, só há um modo de permanecer salvo, sendo obediente, e isto são obras da lei. Mas, se pecar outra vez, mais uma vez precisa ser salvo pela graça, pois havendo pecado, só a graça pode salvar, não a lei, que deve condenar.
- Segunda: Graça ou dívida
Esse assunto de hoje já está, digamos, bem batido. Porém, ele é vital, pois se não for bem compreendido, a pessoa pode perder a vida eterna por pura falta de conhecimento. Aqui o grande problema é a tremenda polêmica religiosa formada em torno de ser salvo pela graça ou pelas obras, e o que afinal é ser salvo pela graça. Muitos pregadores estão a dizer mundo afora que a salvação pela graça não requer mais obediência à lei. Outros estão a dizer que uma vez salvo, isso é para sempre. E quem cair numa conversa dessas, o que provavelmente vai acontecer com ele é se perder para sempre. Talvez alguns dos que acreditaram nessa conversa não se percam se nunca tiverem alcançado o verdadeiro conhecimento sobre o assunto, estando eles vivendo a sua verdade presente. Porém, o que compete aos servos de DEUS que tem a responsabilidade de difundir a verdade necessária para a salvação é esclarecer esses pontos antes que seja tarde demais. Aliás, isso será feito, e está sendo feito, sem dúvida.
DEUS salva por amor, não pela lei. Como já dissemos, a lei tem a função de orientar no comportamento das criaturas. O próprio DEUS Se comporta de acordo com a lei, ou seja, Ele ama inquestionavelmente. E esse tremendo amor é que possibilitou a nossa salvação pela graça. É coisa curiosa, pois a Lei na verdade é amor, ela é a síntese do caráter de DEUS. E isso é maravilhoso.
Mas há aqui um porém que devemos entender. O amor, enquanto Lei, requer, evidentemente obediência. E essa palavra, obediência é o cerne do funcionamento do governo celeste. Ali todos, a partir do próprio DEUS, obedecem aos princípios do amor. É por isso que esse governo funciona ao nível da perfeição. Então, o amor enquanto Lei, requer além da obediência, que em caso de desobediência haja punição. Isso é coisa curiosa, do amor exigir punição, mas é bem lógico, ou seja, no caso sendo uma Lei, se não houver punição, deixa de ter poder legal, e se torna algo como: obedeça se desejar, se desobedecer, nada acontece mesmo! Portanto, a firmeza e a perfeição do governo de DEUS está em ter uma lei perfeita, pela qual todos se amam, mas também por haver punição perfeita, a morte, pela qual se evita qualquer indício de impunidade ou perpetuação do pecado. Um governo assim é sério e justo.
Mas, o mais curioso é o seguinte. O amor enquanto princípio requer também misericórdia. Esse é um dos pontos mais atraentes do governo de DEUS. Ele abre espaço ao perdão de quem desobedece, para que não necessite morrer para sempre. Muito importante esse ponto.
Mas essa misericórdia não isenta da punição, que é a morte. Portanto, para que pudesse haver o perdão, JESUS, que é DEUS, Se tornou homem mortal, e morreu pelos pecadores. Assim Ele mesmo Se incumbiu de suportar a punição que os seres humanos deveriam suportar. Dessa maneira a lei pode ser cumprida, ela não fica prejudicada, e também o pecador pode ser restaurado à perfeição. Isso Ele fez por causa do amor. Quem ama quer sempre perdoar, mas não pode perdoar simplesmente passando a mão por cima, como se nada houvesse acontecido, pois nesse caso a Lei se tornaria ineficaz, como dissemos, obedece só quem quer.
O que na realidade aconteceu na cruz foi a troca de punidos. Em vês do homem, foi o próprio Filho de DEUS. O interessante é que JESUS morreu mas não porque pecou, e sim porque pagou por nossos pecados. Na verdade Ele morreu sendo justo. Assim, como foi Ele quem morreu, Ele tem o direito de fazer uma troca: nós passamos para Ele os nossos pecados e Ele passa para nós a Sua justiça. A primeira parte, nós passarmos para Ele nossos pecados isso já foi feita, e Ele já pagou por tudo. Essa primeira parte dependia só d'Ele, mas a segunda parte, de recebermos a justiça d'Ele, isso depende de nós queremos, se tivermos vontade de realmente sermos justos. Para termos a tal vontade, temos que nos arrepender do passado e desejar um futuro perfeito. Então Ele nos concederá (ou, imputará, palavrinha pouco compreendida) ou transferirá a Sua justiça a nós. Desse modo seremos justos, como se jamais houvéssemos pecado.
- Terça: Promessa e lei
Por que Paulo insiste tanto no ponto da justificação pela fé, e não pelas obras? É que naqueles tempos os judeus se intitularam o povo de DEUS como tendo o privilégio da lei. Inclusive eles trataram de criar uma regulamentação da lei, sobre como obedecê-la. Era sua exclusividade perante os outros povos, classificados como gentios, ou seja, espiritualmente inferiores. Eram orgulhosos de ter a Lei, a Torá. E se tornou uma obsessão, pois pregavam abertamente que só quem possuía a Lei e a obedecia é que se salvava. Mas isso é um erro grave, e Paulo tratou de enfrentar essa forma errada de crer. E era um erro incrustado por séculos de nesse pensamento. Ou, eles já se tornaram cegos nesse assunto, era necessário que houvesse uma advertência forte para derrubar a forma errada de entender a salvação.
Em nossos dias, dá-se o contrário. Muitas são as igrejas e muitos são os pregadores que ensinam que a Lei perdeu o seu valor, e principalmente o mandamento do sábado foi anulado. Esse é outro extremo errado de crer.
Assim sendo, os escritos de Paulo tanto servem para corrigir os erros daqueles tempos, quando, para corrigir os do nosso tempo. Como Paulo não só se ateve a indicar o erro, mas também explicou o modo como ocorre a salvação, essa matéria interessa a nos também.
E Paulo usa como exemplo Abraão, o pai da fé. Abraão foi justificado, como DEUS mesmo disse, não pelas suas obras, mas porque creu na promessa.
O que afinal aconteceu com Abraão? Ele recebeu uma ordem de DEUS, de sair da terra de seus parentes e ir par outra terra, que DEUS ainda indicaria a ele. E Abraão foi. Esse é o grande ponto em toda essa discussão. Ele foi porque creu que DEUS de fato lhe daria uma terra por herança, e que tornaria seus descendentes uma grande nação. A vida de Abraão passou a girar em torno dessa promessa.
Atente bem ao seguinte. Abraão viveu na terra da promessa toda a sua vida, sem nunca ter recebido aterra por herança. Seu filho também, seu neto Jacó também, os filhos de Jacó idem, e assim foi, até que, com Moisés, séculos depois, finalmente a promessa se cumpriu. Esses descentes de Abraão receberam a terra porque o homem creu em DEUS. Por ter crido Abraão foi justificado, e seus descendentes, séculos depois, receberam a herança. Essa é a história.
E Paulo deixa bem claro que Abraão não foi justificado porque fez boas obras. Mas que obras Abraão fez? Ele obedeceu! Abraão pegou sua esposa, suas coisas, seus servos, seus bens, e se pôs a caminhar para onde DEUS lhe indicaria. Essa foi a obediência de Abraão, uma de suas principais obras. Outras obras de Abraão: ele guardava o sábado e toda a lei dos Dez Mandamentos sem que estes ainda estivessem escritos em duas tábuas, embora, uma vez tenha adulterado com Agar, gerando Ismael. Ele recebeu os viajantes e os tratou bem, sem saber que eram anjos. Abraão foi fiel a DEUS. E Abraão foi justificado, ou seja, foi perdoado, e DEUS deixa bem claro, não pelas boas obras que ele fazia tão bem, mas por que creu.
Abraão creu em quê? Na promessa de que herdaria uma terra, uma pátria superior, e que teria um filho, e desse filho DEUS formaria uma grande nação. Ele creu nisso, e a partir da fé, DEUS cumpriu as suas promessas dadas a Abraão bem como tornou ele, e a sua esposa, pessoas justas, isto é, perdoadas, sem pecados. Portanto, a justificação pela fé é algo bem antigo.
A Lei de DEUS tem por objetivo instruir os seres criados a que não pequem, e caso pequem, tem o dever de condená-los. A Lei exige obras boas, as obras da obediência para não condenar, mas se alguém pratica uma obra má, como fizeram Adão e Eva, não é nesse caso função da Lei perdoar, e sim, condenar. Vamos estudar, trecho a trecho, o texto de Romanos 4:14 a 18.
* "Pois, se os da Lei é que são os herdeiros, anula-se a fé e cancela-se a promessa": Quer dizer, se aqueles seres humanos, que pecaram, pelas obras da lei (obediência) é que são salvos, então a fé perde o sentido, é desnecessária, e a promessa de herança da vida eterna, que é pela fé, é cancelada porque a Lei nesse caso não condena, então nem precisa a tal promessa;
* "porque a Lei suscita a ira; mas onde não há Lei, também não há transgressão": ou seja, a ira da Lei é a condenação do pecador, suscitar ira é condenação por ter transgredido a Lei; pois onde não há Lei também não há transgressão, isto é, não há pecado nem condenação, ou ainda, onde há uma lei fraca, que não condena, ou absolve sem cobrar nada, aí há impunidade;
* "Essa é a razão por que provém a fé, para que seja segundo a graça, afim de que seja firme a promessa para toda a descendência, não somente ao que está no regime da Lei, mas também ao que é da fé que teve Abraão (porque Abraão é o pai de todos nós": A fé existe porque a Lei só condena o pecador, o caminho da fé para salvação é outro, que vai algo além da obediência, é o caminho da graça, ou seja, a salvação é um dom gratuito e imerecido dado por DEUS aos que crêem (tem fé);
* "como está escrito: Por pai de muitas nações te constituí) perante aquele no qual creu, o DEUS que vivifica os mortos e chama à existência as cousas que não existem." Aqui, após o parêntesis, explica que é DEUS quem ressuscita os mortos, só Ele é capaz disso, e também é capaz de criar do nada, portanto, é um DEUS de incrível poder, esse pode cumprir a promessa.
* "Abraão, esperando contra a esperança, creu para vir a ser pai de muitas nações, segundo lhe foi dito.": o esperando contra a promessa por certo diz que, embora humanamente impossível eles terem filhos, ainda assim, Abraão continuou crendo na promessa, pois isto lhe foi dito por DEUS, e ele nunca duvidou.
Concluindo hoje: depois que alguém comete um pecado, não existe obediência alguma que o possa libertar daquele pecado. Depois que se nasce pecador, identicamente não há quantidade de obediência que possam torná-lo não pecador. O único caminho é crer em DEUS que Ele nos perdoará.
- Quarta: Lei e fé
De certa forma iremos revisar alguns conceitos, pois já os estudamos antes. O que compete a lei e o que compete a fé? A justiça de DEUS é uma só, mas podemos entende-la de modo completo como a justiça da lei e a justiça da fé.
O que é a justiça da Lei? É condenar o pecador a morte. Reprisemos bem esse ponto. Qual é a primeira grande finalidade de toda e qualquer lei? É orientar para uma vida correta, justa, digna, e no caso da Lei de DEUS, para uma vida santa, eterna e feliz. Em havendo transgressão, o que compete a toda e qualquer lei? Prever a devida punição. sempre é bom relembrar que lei sem previsão de punição em caso de transgressão não vale nada, e leis brandas, como as que temos aqui na terra, promovem a impunidade, ou seja, o castigo é suportável, portanto, podemos arriscar transgredir. Vamos a um exemplo, é a Lei Seca no Brasil. Ela prevê punição pesada, mas, na realidade, quantos são punidos? Poucos, bem poucos. Portanto, aqueles cujo pecado é beber, o que eles pensam? Vamos arriscar, talvez o guarda não nos pegue. Eles em chegam a pensar em acidente, pois isso só acontece com os outros (até que chegue o dia...). leis assim não valem nada, pois desse modo não são levadas em consideração.
A rigor, falando com fundamento, na realidade para que uma lei seja respeitada, e para que um governo seja firme, e para que se mantenha, seja sustentável, toda a transgressão, seja pequena ou grande, deveria ser punida com morte. Ao menos depois de algum tempo de vida após a transgressão. E assim é a Lei de DEUS.
Mas, agora pensando por outro lado, essa lei não é muito dura? Principalmente tendo em mente que o governo de DEUS, Seu Reino, é de amor? Ora, ou a Lei é dura, para que o governo seja estável, ou lá não existe condições para o amor.
No entanto, o governo de DEUS tem algo que nenhum governo da Terra consegue ter: misericórdia. Ou seja, a duríssima punição da Lei de DEUS pode ser abrandada como nenhum governo da Terra consegue. Aqui as leis são abrandadas gerando impunidade, mas no Governo da perfeição não. DEUS é misericordioso, Ela ama, e Ele mesmo paga a punição, e daí, aqueles que desejarem ser transformados para a perfeição outra vez, podem. O fato é que o requisito da Lei foi atendido, e o outro lado da justiça de DEUS, a justiça da Fé, também. Essa vem por meio da misericórdia originada do amor, assim com a punição também se originou no mesmo amor, mas esse foi pela via da punição, e a fé pelo caminho da misericórdia. Assim, tanto a Lei foi atendida e não abrandada, como o pecador escapa de morrer para sempre.
Será que poderia existir no Universo algum governo superior a este? Quem pode falar mal de um governo assim? É ótimo viver num regime desses, principalmente já se sabendo que o pecado não ressurgirá outra vez. A justiça de DEUS á de tal modo perfeita que só será necessária uma vez, no caso da Terra, pois o amor de DEUS ficará de tal modo confirmado que não há como questioná-lo outra vez. Ou seja, não há como derrubar a perfeição de DEUS e Sua justiça, pois ela pune mesmo a quem peca e não se arrepende (caso de satanás) mas ela perdoa integralmente a quem peca mas se arrepende, caso de muitos seres humanos).
- Quinta: Lei e pecado
Estamos em guerra espiritual, nesse mundo já perto de seis mil anos. Então não sejamos ingênuos, há de ter inimigos da verdade. Isso é certo. Há inimigos por toda parte, inclusive dentro da igreja verdadeira, ou seja, principalmente nela. Os inimigos agem como Lúcifer sempre agiu, discretamente, se passando por amigos. Aliás, como satanás com JESUS no deserto da tentação, ele e seus aliados sempre se fizeram passar por agentes que querem ajudar. Então, meu irmão e minha irmã, vê se não cai nalguma cilada sem perceber, pois o inimigo não vem com crachá escrito "agente de satanás" e sim, muitas vezes com credenciais de elevado status. E devemos crer, e Ellen White mesmo alerta, que principalmente no final dos tempos, antes do fechamento da porta da graça, inimigos agiriam dentro da igreja com grande sutileza. Assim também está escrito na Bíblia, ver em Tess. 2:7 a 12 e João 2:18 a 22.
Um dos mais óbvios ataques do inimigo evidentemente só poderia ser contar a Lei de DEUS, e em específico, contra o sábado. Ora, se a Lei é de DEUS, e se satanás tem planos contra DEUS, seria de se esperar que ele apoiasse essa Lei, sendo que Ele quer ser semelhante a DEUS? É lógico que não. E se o sábado é o dia para lembrar do Criador, que é DEUS, e tendo satanás intenção de ser ele adorado, portanto, lembrado, seria de esperar que ele apoiasse o sábado? Certamente não. É por esse motivo que a lei é tão combatida, e em especial, o sábado. A essa conclusão qualquer ser pensante deveria chegar, sem mesmo abrir a Bíblia, pois essa é uma questão de lógica. Se, então abrir a Bíblia, muito mais facilmente deveria chegar a tal conclusão, pois afinal, ela é a Palavra de DEUS.
Resumindo até aqui: há uma guerra espiritual, ela envolve adoração, na Lei de DEUS está a essência da adoração, portanto, se satanás pretende o trono de DEUS e não atacar essa Lei, ele seria um estrategista sem cérebro, um tremendo ingênuo. Mas não, ele é astuto, portanto, ataca no miolo da questão da adoração, que é a Lei, e também, o louvor. Espere-se nesses assuntos violentos ataques, por parte de satanás, e de seus agentes, estejam eles dentro da igreja verdadeira ou estejam fora.
Um dos fortíssimos ataques, e que enreda a maioria dos cristãos, é que com a ressurreição de JESUS o sábado foi mudado para o domingo. Como essa tese não tem a menor base bíblica, a própria Igreja Católica assume que ela fez a mudança, alegando poderes para isto. Mas se o legislador é DEUS (Tiago 4:12), como alguém que não é DEUS pode fazer tal alteração? É um flagrante ataque do inimigo, e as pessoas precisam se dar conta disso.
Outro ataque, muito ingênuo, para não dizer até estúpido, é de que a Lei, depois da cruz, foi abolida. Ora, essa idéia é tão absurda que, se isso fosse verdade, o Reino de DEUS seria inferior aos reinos (nações) aqui da Terra. Veja só, o Reino de DEUS sem lei, mas os dos homens tem leis. O reino perfeito nem lei tem, os imperfeitos tem leis. Alguém que tem capacidade de reflexão, tente explicar como um reino ou país pode funcionar sem lei?
Aliás, sem lei não haveria pecado. Então, porque ainda persistem as conseqüências do pecado, que é a morte? Se não houvesse Lei, não haveria pecado, e também não haveria condenação.
Anote o seguinte: um governo sem lei também não tem justiça, pois ela é baseada em lei. Então o governo de DEUS é sem justiça? Membros de todas as igrejas, raciocinem!
Outro ataque ridículo é o que diz que a cruz anulou a lei. Além dos problemas enunciados acima, tem, outro: por quê, se após JESUS morrer na cruz, pro causa de nossos pecados, depois disso, a Lei que O levou à morte, foi anulada? Mas, que DEUS seria esse que entende tão necessário a morte de JESUS para nos salvar, para depois anular o que levou a esse ato extremo? Duas perguntas então: isso quer dizer que aqueles que nasceram e viveram depois da cruz, não havendo mais lei, não são pecadores? E porque continuam morrendo como os de antes da cruz? Outra pergunta: se fosse assim, por que DEUS não anulou a Lei antes da cruz, ou seja, logo após Adão e Eva terem pecado, evitando toda essa grande tragédia que já dura quase seis mil anos? Por quê tanto sofrimento nesses últimos dias?
Pois bem, pregar que a Lei foi anulada com a cruz é algo ridículo, e nem é aceitável, pois, curiosamente, todas as igrejas, mesmo aquelas cujos pregadores afirma isso, tem uma lei, e de Dez Mandamentos. Embora seja modificada, falsificada, elas tem lei. Quase todas as igrejas tem Dez Mandamentos copiados do Catecismo. Mas o que elas tem que copiar do Catecismo, são por ventura Igrejas Católicas? Tem a Bíblia, como a Católica, mas num ponto, seguem o Catecismo.
Vamos ao ponto final. Pro se pregar tanto que não há lei, por se negar a Bíblia em seus pontos mais relevantes, é que o mundo está indo de mal a pior, é que a criminalidade está aumentando. Portanto, adoradores de todas as igrejas, ide e pesquisai em vossas Bíblias, e ali encontrareis exatamente o contrário do que muitos falsos pregadores dizem em relação a Lei e ao sábado. Fazei isso enquanto é tempo.
- Aplicação do estudo – Sexta-feira, dia da preparação para o santo sábado:
É de se ler, com calma, as citações do estudo adicional, uma excelente seleção. É de se ler e meditar em cada palavra, pois são esclarecedoras sobre o assunto em pauta.
Vamos nos ater em um ponto apenas: justiça. Há várias facetas quanto a justiça. Há a justiça do governo de DEUS, há seres justos, há seres não justos e há a justificação.
A justiça do governo de DEUS, como as demais facetas aqui lembradas, é baseada num único ponto: a Lei de DEUS. Sem lei não pode haver o conceito de justiça. Sabe por qual razão? É porque um governo só pode ser justo se tiver uma lei para aplicar, e tem que ser uma lei justa. A Lei de DEUS é o amor, se resumirmos, e o amor é um princípio justo, afinal, ele diz que devemos amar a DEUS e ao próximo, devemos servir, não ser servidos. E isso é o correto para que possa haver vida com felicidade. Portanto, a lei baseada no princípio do amor é boa, e um governo baseado num princípio assim, cujas leis esteja de acordo com ele, é um governo justo.
E o que são seres justos? São seres que obedecem a lei de seu governo. São justos pois não precisam ser condenados. Vivem de acordo com a lei. No caso do governo de DEUS, os seres ali vivem exclusivamente para servir, não para serem servidos, e aí tudo funciona. Tente ao menos encontrar uma maneira de haver alguma encrenca num ambiente onde as pessoas estejam para servir, não para serem servidas, ou, se preferir, em outras palavras, onde esteja para amar sem exigir amor em troca. Tente quanto tempo puder, e vai ficar surpreso, pois não há como ocorrer o menor problema num ambiente assim. A vida é assim tão simples, no governo de DEUS, simples e funcional. Aqui na Terra, como um quer explorar o outro, um quer ser mais que o outro (é o caso da copa do mundo, onde até cristãos caem na tentação de ser mais que os outros) aí não pode funcionar, a não ser o surgimento de disputas e de conflitos. Seres perfeitos não se envolvem em disputas porque eles não vivem para si, e sim,para os outros. Esse é o segredo!
E o que são os seres não justos? São os que transgrediram a Lei. Eles não pode seres justos pois são transgressores. Ao menos enquanto não forem perdoados com um perdão válido (o baseado na cruz), serão injustos eternamente, mesmo depois da morte. Seres injustos não merecem viver pois eles tem sempre a intenção de tirar proveito dos outros, e de serem mais que os outros. Eles deterioram qualquer sociedade do Universo com seu aviltado modo de vida. Eles são um perigo para o Universo inteiro, inclusive para si mesmos.
E o que é justificação? Tanto estudado, faremos apenas um lembrete. É o perdão da culpa por meio da morte de JESUS, sendo que o transgressor precisa ter firme desejo de ser um ex-transgressor.
escrito entre: 16/06 a 22/06/2010 - revisado em 23/06/2010
Declaração do professor Sikberto R. Marks
O Prof. Sikberto Renaldo Marks orienta-se pelos princípios denominacionais da Igreja Adventista do Sétimo Dia e suas instituições oficiais, crê na condução por parte de CRISTO como o comandante superior da igreja e de Seus servos aqui na Terra. Discorda de todas as publicações, pela internet ou por outros meios, que denigrem a imagem da igreja da Bíblia e em nada contribuem para que pessoas sejam estimuladas ao caminho da salvação. O professor ratifica a sua fé na integralidade da Bíblia como a Palavra de DEUS, e no Espírito de Profecia como um conjunto de orientações seguras à compreensão da vontade de DEUS apresentada por elas. E aceita também a superioridade da Bíblia como a verdade de DEUS e texto acima de todos os demais escritos sobre assuntos religiosos.