terça-feira, 17 de agosto de 2010

Meditações Dias 1º - 07/08/2010

1º de agosto Domingo


Por que Jesus não salvou João Batista?


E deu ordens e decapitou a João no cárcere. Mateus 14:10


Deus salvou Daniel na cova dos leões. Salvou Sadraque, Mesaque e Abednego na fornalha de fogo ardente. Durante Seu ministério, Jesus operou muitos milagres de cura, ressuscitou o filho da viúva de Naim, a filha de Jairo, e Lázaro. Por que não impediu que João Batista fosse morto?


Poderíamos nos perguntar também: Por que uns são especialmente protegidos e outros não? Quando um cristão piedoso escapa milagrosamente de um acidente, dizemos que Deus o protegeu. Quando isto acontece com um descrente, achamos que ele "teve sorte". Quando um bom cristão morre prematuramente, entendemos que "foi da vontade de Deus". Quando o mesmo ocorre com um incrédulo, pensamos que ele colheu as consequências de seus atos.


Podemos saber a verdade sobre cada caso? No momento, não. Esta é uma informação à qual não temos acesso nesta vida. Não sabemos o que acontece por trás dos bastidores, no mundo invisível, até que ponto os anjos bons puderam interferir e a partir de que ponto Satanás pôde agir para causar sofrimento e morte. Podemos apenas ter alguns vislumbres dessas realidades através daquilo que nos foi revelado. Lembremo-nos da experiência de Jó, que só foi afligido por Satanás até onde Deus permitiu.


No caso de João Batista, por exemplo, alguns pensam que se ele tivesse ficado calado sobre a situação conjugal irregular de Herodes, não teria despertado a ira de Herodias, e ela não teria tido motivos para desejar sua morte. Podemos também creditar parte dessa tragédia ao efeito do álcool, que subiu à cabeça de Herodes e o levou a fazer um oferecimento irresponsável a Salomé. Ou podemos ainda pensar que foi da vontade de Deus que Seu servo tivesse uma morte trágica e prematura.


Já afirmamos que não temos acesso a esse tipo de informação agora. Só saberemos isso durante o milênio, quando examinarmos os registros celestiais. Por enquanto, precisamos nos contentar com o que foi revelado através do Espírito de Profecia: "Jesus não Se interpôs para livrar Seu servo. Sabia que João havia de suportar a prova [...] Com prazer teria libertado Seu fiel servo. Mas por amor de milhares que haveriam em anos posteriores, de passar da prisão para a morte, João devia beber o cálice do martírio" (O Desejado de Todas as Nações, p. 224).


Mais importante do que perguntar por que Jesus não salvou João Batista, é perguntar por que não salvou a Si mesmo, na cruz.


Você sabe a resposta.

 



2 de agosto Segunda


Três dias de chuva


Porque, assim como descem a chuva e a neve dos céus e para lá não tornam, sem que primeiro reguem a terra, e a fecundem, e a façam brotar, para dar semente ao semeador e pão ao que come, assim será a palavra que sair da Minha boca: não voltará para Mim vazia. Isaías 55:10, 11


José Martins Pereira havia recentemente aprendido o ofício de pedreiro, e um dia foi com mais três amigos à cidade de Ribeirão Pires, no ABC paulista, para construir um cômodo na casa de um cunhado. A intenção deles era chegar bem cedo, levantar o cômodo e voltar à noite para casa.


De fato, chegaram cedo, mas chovia muito, e eles não puderam realizar a tarefa. Os colegas voltaram para casa e José Martins continuou ali, esperando que a chuva parasse. Enquanto isso procurou na estante do cunhado um livro para ler. Encontrou uma Bíblia e começou a lê-la avidamente.


Havia muitos anos que ouvia falar na Bíblia, mas nunca vira uma de perto. E agora, ao manusear e ler a Palavra de Deus sentia-se emocionado. Leu e leu sem parar, pois sua fome de conhecimento da verdade era muito grande. Parecia que Deus estava sorrindo para ele, convidando-o a conhecer Sua vontade. Tomava as refeições lendo e dormiu umas poucas horas nas duas noites seguintes.


Choveu durante três dias sem parar. E José Martins, também sem parar, leu a Bíblia naqueles três dias. Ele havia reclamado bastante quando começou a chover, pois não pôde realizar o trabalho planejado. Deus, no entanto, tinha algo muito melhor para ele, pois aqueles três dias de chuva se transformaram em bênçãos que durariam a vida toda.


Em sua leitura José Martins soube pela primeira vez que o sábado é o dia de guarda, e não o domingo. Aprendeu sobre a distinção que há entre animais limpos e imundos, o maravilhoso plano de salvação, o estado do homem na morte, o batismo por imersão, a volta de Jesus e todas as demais doutrinas bíblicas. E começou a procurar uma igreja cujos ensinos coincidissem com o que havia lido nas Escrituras Sagradas. Essa procura durou vinte anos.


Um dia, ao fazer sua refeição numa pensão da cidade de Bela Vista, MS, onde estava residindo, ouviu no rádio da pensão o programa "A Voz da Profecia". Solicitou os estudos oferecidos por correspondência, soube que era um programa da Igreja Adventista do Sétimo Dia e, após o devido preparo, foi batizado.


Talvez você também esteja passando pelos seus "três dias de chuva". Transformá-los em bênçãos depende de você.


Leia amanhã mais um episódio ocorrido com José Martins, quando foi à igreja pela primeira vez.

 


 

3 de agosto Terça


Como Deus usou um mal-entendido


Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a Minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, comigo. Apocalipse 3:20


Em 1963 o irmão José Martins Pereira mudou-se para Ponta Porã, MS. No primeiro sábado em que foi à igreja adventista local, ouviu alguém dizer, no final da Escola Sabatina: "Vamos agora ouvir a pregação do irmão José Martins Pereira." Sendo um pouco surdo e distraído, havia entendido mal o anúncio, que na verdade fora o seguinte: "Vamos agora fazer a apresentação do irmão José Martins Pereira."


Ele achou muito estranha a ideia e pensou: "Será que as coisas funcionam assim por aqui? Venho à igreja pela primeira vez e já sou convidado para pregar?" Olhou para os lados, e como não viu ninguém se movimentando, levantou-se, tomou a sua Bíblia e foi à plataforma da Escola Sabatina.


Leu de início Apocalipse 3:20, fez um breve comentário sobre o texto, falou o que lhe ocorreu no momento, e leu o mesmo texto novamente. Fez mais um comentário, e como não soubesse de cor outra referência contendo uma mensagem similar, expandiu um pouco mais o assunto. Já se haviam passado mais de vinte minutos e ele já havia utilizado mais da metade do tempo da pregação. Como não havia mais tempo para o sermão do pregador escalado, o culto foi encerrado.


Passados alguns meses o irmão Martins mudou-se para aquela igreja e passou a frequentá-la regularmente. Num dia em que havia vários colportores em sua casa, alguém lembrou-se daquela gafe. Depois de muitos comentários e risos, os presentes observaram que o irmão Argemiro, que havia sido recentemente batizado, estava muito quieto.


– Você não está gostando da conversa? – perguntaram- lhe.


– Não, não é isso. É que para vocês, o que foi algo errado e cômico, para mim foi muito sério, pois foi o momento da minha decisão. Eu estava frequentando a igreja, mas não me decidia. Naquele dia em que o irmão José Martins leu várias vezes Apocalipse 3:20 e fez tantos apelos, meu coração não resistiu ao Espírito Santo. Então eu e minha família decidimos servir a Jesus para sempre.


Posteriormente eles ficaram sabendo também que o irmão Rosalino, que estava afastado da igreja, ao ouvir aquela pregação, resolveu voltar. E talvez haja outras pessoas que tenham sido influenciadas pelo mesmo sermão, pregado por engano. (Narrado pelo Prof. José Carlos Martins Pereira, filho do irmão José.)


Deus tem mil maneiras de alcançar as pessoas.

 


 

4 de agosto Quarta

 

Pedras no telhado


O que ganha almas é sábio. Provérbios 11:30


Em 1966, Reinaldo dos Reis, gerente de uma indústria de erva-mate, foi transferido para a pequena localidade de Coronel Bicaco, no Rio Grande do Sul.


Instalou-se com a família numa casa que fazia fundos com a igreja católica local. Adventistas fiéis, realizavam o culto vespertino com cânticos de louvor, no dia seguinte, quando um grupo de crianças, instigadas pelo padre local, jogou pedras no seu telhado, quebrando algumas telhas.


O filho mais velho, nervoso, tirou o cinto para ir atrás dos garotos. Mas a mãe, D. Emília, o impediu dizendo:


– Não, não vamos fazer isso com as crianças. Pode deixar que eu resolvo!


E saiu à rua. Eram umas doze ou treze crianças. Os meninos maiores fugiram. Mas D. Emília conseguiu dizer calmamente às crianças menores:


– Olhem, eu gosto de crianças e quero ser amiga de vocês. Acabo de chegar aqui e quero convidá-los para vir a minha casa, amanhã à noite, para tomar um chá bem gostoso, com bolachinhas e doces. Então vou lhes contar uma história muito bonita, de um menino como vocês.


No dia seguinte apareceram três meninos. Tomaram chá com bolachas e doces, ouviram histórias de Jesus, e foram convidados a voltar no dia seguinte, sábado, trazendo os amiguinhos.


Vieram cinco meninos. E o número foi aumentando nos dias e semanas seguintes. Daí as crianças trouxeram os pais. Em três meses havia 23 pessoas, entre adultos e crianças, participando dos cultos.


O trabalho foi crescendo, e então D. Emília começou um trabalho assistencial. Conseguiu que outras senhoras ensinassem corte e costura, bordado e tricô. Além disso, alfabetizaram 36 pessoas adultas. O seu trabalho chamou a atenção das autoridades e comerciantes locais, que passaram a doar roupas, calçados e alimentos. O próprio padre ficou seu amigo.


Mais tarde vieram os primeiros pastores para dar estudos bíblicos e realizar batismos. Quando D. Emília saiu de lá, em 1980, Coronel Bicaco tinha um grupo de 96 pessoas batizadas. Foi construída uma igreja, que existe ainda hoje, e é fruto da consciência missionária de uma família que não perdia tempo nem oportunidades para testemunhar de sua fé.


A sabedoria cristã de D. Emília mostrou-lhe como transformar as pedras lançadas em seu telhado em almas para o reino de Deus. "O que ganha almas, é sábio" – mesmo que não tenha escolaridade.

 


 

5 de agosto Quinta


A praça é nossa


As praças da cidade se encherão de meninos e meninas, que nelas brincarão. Zacarias 8:5


Cansados da vida agitada de São Paulo, Rosa Turbiani e o marido Heliovaldo, venderam a oficina mecânica e vieram para Tatuí, SP, em 1994.


Seu objetivo era montar uma oficina num bairro da cidade, mas a prefeitura local embargou o projeto, por se tratar de bairro residencial.


Um dia, o sogro de Rosa, que já morava em Tatuí, lhe disse que no bairro Andrea Ville havia um povo muito educado, que ia bem vestido à igreja, e que procurassem conhecê-los, pois isso seria muito bom para todos, especialmente para as crianças.


Um sábado à tarde, Rosa convidou uma vizinha para ir até a praça do Andrea Ville. Para sua surpresa, a vizinha lhe disse:


– Deus me livre! Você vai ser enxotada se for lá, porque aquela praça tem dono. Ela pertence aos adventistas.


– Ah, mas eu vou assim mesmo, porque nunca vi praça ter dono – respondeu Rosa. – Quero ver alguém me tirar de lá.


Então ela, o marido e o casal de filhos pequenos se dirigiram para lá. Chegando à praça, sentaram num banco e começaram a conversar, enquanto as crianças ficaram andando de bicicleta ali em volta.


Não demorou muito, chegou uma senhora empurrando um carrinho de bebê. Ela se aproximou e disse:


– Boa tarde. Vocês são adventistas? Moram por aqui?


Heliovaldo cutucou-a e disse:


– Vamos ser enxotados.


– Não, não sou adventista nem moro aqui – respondeu Rosa desconfiada. – Por quê, não posso ficar aqui?


– É claro que pode. Essa praça é de todos, e é muito bom ver a senhora e sua família aqui.


Então eles começaram a conversar, a senhora convidou-a para conhecer uma de nossas igrejas, e daí foi até sua casa buscar o endereço. Ao voltar, trouxe, além do endereço, um folheto, o livro O Grande Conflito, duas revistas Vida e Saúde e dois exemplares do Nosso Amiguinho.


Rosa e seu marido ficaram felizes por verem que a advertência da vizinha não correspondia à verdade. Heliovaldo começou a ler O Grande Conflito, interessou-se, e passaram a frequentar a igreja, receberam estudos bíblicos e hoje toda a família está na igreja.


Tudo isto graças ao testemunho amoroso de irmãos que demonstraram interesse em contar a outros a razão da sua esperança. Um dia, pela graça de Deus, todos estarão na praça da Nova Jerusalém, que "é de ouro puro, como vidro transparente" (Ap 21:21).

 



6 de agosto Sexta


ESPERANÇA PARA OS SUICIDAS?

 

Rendei graças ao Senhor, porque Ele é bom, porque a Sua misericórdia dura para sempre. Salmo 136:1.

 

Em julho de 1996, num momento de profunda e agonia e depressão, Sidnei, um garoto de 16 anos, encostou um rifle sob o queixo e calmamente puxou o gatilho. Miraculosamente a arma não disparou.


Sidnei sentou-se na beira da cama por um longo momento, tentando digerir sua surpresa. Por alguma razão ele não havia morrido. O coração continuava batendo, sentia intensa dor latejando em suas têmporas, e ouvia os pássaros gorjeando nas árvores lá fora.
"Por quê?", perguntou-se ele no quarto vazio. "Por que ainda estou vivo?"


Em meio ao silêncio ele ouviu uma voz bradando em sua mente: Porque Eu quero que você viva!"


Sidnei descreve o sentimento que tomou conta dele em seguida, como de "uma paz absoluta". Ele disse: "Tenho certeza de que Deus estava me vigiando. E se Ele quer que eu viva, acho que devo tentar."


Temendo ser levado novamente à beira do precipício, ele procurou o pai e contou tudo, tropeçando nas palavras. E pela primeira vez, pediu ajuda.


Três personagens bíblicos se suicidaram em circunstâncias que não oferecem esperança de salvação. Um deles foi Aitofel, conselheiro de Davi, que, pela sua traição e suicídio, é considerado o Judas do Antigo Testamento (2Sm 17:23). Saul desobedeceu às ordens divinas em várias ocasiões, e o Espírito do Senhor apartou-se dele. Após consultar uma médium, Saul pelejou contra os filisteus e durante a batalha cometeu suicídio (1Sm 31). Judas, após trair o Mestre, devolveu as trinta moedas de prata aos sacerdotes e enforcou-se.


Entretanto, como diz o Dr. Calvin Rock, "há pessoas que sofrem de depressão e se suicidam devido a um desequilíbrio químico não resultante de um estilo de vida errôneo. Será que Deus responsabilizará uma pessoa que tomou tal decisão tendo suas faculdades mentais seriamente enfraquecidas? Muitos cristãos saudáveis e lúcidos são tão afetados por um acidente, doença ou velhice que perdem sua lucidez e podem cometer suicídio. Meu conceito do amor de Deus não exclui a possibilidade de sua salvação" (Adventist Review, 8 de junho, 1989, p. 13).


Se você tem algum parente ou amigo que cometeu esse ato extremo, não se desespere. Deus saberá julgá-lo com a mesma misericórdia que teve com outros seres humanos.

 



7 de agosto Sábado


Arrancando tiriricas no sábado


Então, lhes perguntou: É lícito nos sábados fazer o bem ou fazer o mal? Salvar a vida ou tirá-la? Mas eles ficaram em silêncio. Marcos 3:4


A guarda do sábado é geralmente associada com o que se pode e o que não se pode fazer nesse dia. Um sábado à tarde um pai caminhava por um belo gramado com a filha. De repente, ele se abaixou e arrancou uma tiririca. A filha deu uma risadinha e perguntou: "Pai, quantas tiriricas se pode arrancar sem transgredir o sábado?"


Se a pergunta fosse feita aos fariseus do tempo de Cristo, eles por certo teriam a resposta pronta, pois eram especialistas em legislar sobre questões de menor importância. A Mishnah (coleção das tradições rabínicas) enumera 39 tipos de tarefas que não deveriam ser executadas aos sábados, e havia inúmeras outras instruções detalhadas sobre a observância do sábado.


"Eram proibidos atos como atar ou desatar um nó, escrever ou apagar duas ou mais letras do alfabeto, acender ou apagar fogo.

 

Também era considerado transgressão do sábado olhar para um espelho fixado na parede. Um ovo posto no sábado podia ser vendido para um gentio, mas não comido, e um gentio podia ser contratado para acender uma vela ou fogo no sábado.


"Era considerado ilícito cuspir no chão, pois dessa maneira uma folha de grama poderia ser irrigada. Não era permitido carregar um lenço no sábado, a menos que uma de suas pontas fosse costurada à roupa, o que nesse caso seria tecnicamente uma parte da roupa. Dessa maneira os rabinos enfatizavam os aspectos negativos da observância do sábado, obscurecendo o seu verdadeiro propósito" (SDABD, p. 937).


Jesus Se opôs a esse abuso, afirmando que o sábado havia sido estabelecido para o benefício do homem (Mc 2:27, 28) e enalteceu os aspectos positivos de sua observância, tais como o comparecimento aos serviços religiosos (Lc 4:16), o ensino religioso (Mc 1:21), atividades sociais apropriadas (Mc 1:29-31; 2:23) e atos de misericórdia (Lc 14:1-3). Sete dos Seus milagres de cura foram operados no sábado.


A guarda do sábado não é um fim em si, e só o observaremos de modo positivo se fizermos dele um dia deleitoso, como uma resposta de amor ao Deus que nos criou. "Se Me amais, guardareis os Meus mandamentos" (Jo 14:15).

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