quarta-feira, 2 de julho de 2008

RELACIONAMENTOS - 11

    Lição 11 - O que eles viram em sua casa? 


    VERSO PARA MEMORIZAR: 'Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes dAquele que vos chamou das trevas para a Sua maravilhosa luz' (I Ped. 2:9). 

    Leituras da semana: Isa. 38; 39; 58:6, 7, 10-12; I Cor. 7:12-15; Heb. 6:12; 13:7; I Ped. 3:1, 2; III João 1:11 

    INTRODUÇÃO. Os emissários de Babilônia foram visitar o rei Ezequias, de Judá, a fim de ouvir de primeira mão a história de sua cura miraculosa. Ezequias recebeu alegremente esses convidados com uma excursão que mostrou seu arsenal e seu tesouro em expansão. Quando eles se foram, o profeta Isaías o confrontou com uma pergunta penetrante: 'Que viram em tua casa?' (Isa. 39:4). 

    Que pergunta! Suponha que lhe fizessem essa pergunta. O que as pessoas viram em sua casa? O que os anjos celestiais viram? O que alguém vê quando entra pela porta? Que tipo de espírito recende de nosso lar? É possível sentir o cheiro de oração? Existe generosidade, bondade, amor? Quem entrar ali vai sair pensando que Jesus está em seu lar? 

    Vamos dedicar-Lhe nossa vida doméstica e buscar a direção divina para que nosso lar seja uma glória a Deus. 


    Aprendendo do erro do rei 

    1. Releia o relato da cura de Ezequias e a visita dos embaixadores babilônios. II Crôn. 32:25 e 31; Isa. 38 e 39 

    A Bíblia conta que os mensageiros estavam interessados na recuperação miraculosa do rei Ezequias. Mas parece que Ezequias ficou mudo sobre sua experiência de cura. Ele não enfatizou as coisas que teriam aberto o coração desses embaixadores para o conhecimento do verdadeiro Deus. É clamoroso o contraste entre a gratidão pela sua cura no capítulo 38 e seu silêncio sobre esse assunto no capítulo 39. 

    Deus o desamparou para prová-lo. Esta visita de Estado foi uma ocasião significativa, mas não há registro de que Ezequias tenha buscado direção especial por meio de oração, dos profetas ou dos sacerdotes. Nem Deus interveio. Sozinho, fora das vistas públicas, sem consultar seus conselheiros espirituais, a operação de Deus em sua vida e na vida da sua nação parece ter desaparecido de sua mente. A intenção do historiador em II Crônicas 32:31 pode ter sido a de mostrar como a bênção de Deus pode facilmente ser considerada coisa natural e como os que recebem Sua misericórdia podem se tornar auto-suficientes. 

    2. Seguem algumas lições sobre a fidelidade na vida do lar que podem ser aproveitadas da experiência de Ezequias. Que outras lições você encontra? 

    • Toda visita aos lares dos cristãos é uma oportunidade para as pessoas conhecerem os seguidores de Cristo. 

    • Poucos visitantes haverão de começar uma conversa sobre coisas espirituais. Os cristãos devem encontrar caminhos que sejam sensíveis e apropriados para a ocasião a fim de compartilhar as boas-novas. 

    • Os cristãos não são chamados a exibir sua prosperidade ou realizações materiais, embora possam reconhecer que estas são bênçãos de Deus. Eles são chamados a proclamar 'as virtudes dAquele que vos chamou das trevas para a Sua maravilhosa luz' (I Ped. 2:9) ou, para usar a experiência de Ezequias como símbolo, declarar que estavam morrendo, mas Cristo os curou; estavam mortos no pecado, e Cristo os ressuscitou e os fez assentar-se em lugares celestiais (Efés. 2:4-6). 


    Primeiro para a família 

    Os destinatários mais naturais para receberem em primeira-mão nosso testemunho do evangelho são os que habitam em nossa casa. Não existe campo missionário mais importante do que este. 

    3. Que exemplo de testemunho aos de nossa casa encontramos em João 1:40-42? Veja também Deut. 6:6 e 7; Rute 1:14-18. 

    Um relatório entusiástico. André fez mais do que contar sua história; ele fez arranjos para seu irmão, Simão, conhecer Jesus. Um relato entusiástico sobre Jesus e uma apresentação a Ele como pessoa – que fórmula simples para compartilhar o evangelho com os parentes em nossos lares! Depois da apresentação, André se retirou. Dali em diante, Jesus e Pedro tiveram um relacionamento próprio. 

    Ajudando os filhos a desenvolver fé. Em um lar, os filhos freqüentemente podem ser esquecidos como objetos de nossos esforços de evangelismo. Os pais acreditam erradamente que os filhos vão absorver simplesmente a espiritualidade da família. Isto nem sempre acontece. Enquanto as crianças e os jovens aprendem dos modelos que observam, também é verdade que esses membros mais jovens da família do Senhor precisam de atenção e oportunidades individuais de ser apresentados pessoalmente a Ele. Deuteronômio 6 é enfático neste ponto: deve-se dar atenção ao tipo mais eficaz de educação religiosa. Os hábitos espirituais regulares de adoração pessoal e familiar devem ser encorajados no lar. Deve-se dedicar tempo e esforço sério em favor das crianças e dos jovens. 

    4. O que podemos aprender dos esforços evangelísticos de Noemi? Rute 1:8-22 

    Rute viu Noemi nos momentos de maior depressão: quando tentava afastar sua nora e quando, zangada e deprimida, se queixava contra Deus ao contar suas perdas (Rute 1:15, 20 e 21). Não pode haver testemunho mais eloqüente que o de Rute para mostrar que os jovens podem se encontrar com um Deus perfeito e assumir um compromisso com Ele, mesmo quando apresentados a Ele por um pai ou uma mãe defeituosos. 


    A paz que vence 

    5. Que conselho o Novo Testamento tem para os casamentos divididos pela religião? I Cor. 7:12-15; I Ped. 3:1 e 2 

    A bênção de ser um cônjuge cristão. Em I Coríntios, Paulo responde às preocupações dos convertidos de que permanecer casado com um cônjuge descrente poderia ser ofensivo a Deus ou trazer impureza sobre si mesmos e seus filhos. Não é assim, disse Paulo. O sagrado estado de matrimônio e suas intimidades devem continuar depois da conversão do cônjuge. A presença de um cônjuge cristão santifica o outro cônjuge e os filhos do casal. A palavra santifica deve ser entendida no sentido de que o cônjuge descrente entra em contato com as bênçãos da graça por viver com seu cônjuge cristão. 

    Embora seja doloroso, o cônjuge descrente pode resolver abandonar o casamento. Apesar de serem sérias as conseqüências, a palavra misericordiosa de nosso Deus – que sempre apóia a liberdade humana de escolha – é deixe que ele faça assim. 'Em tais casos, [o crente] não fica sujeito à servidão' (I Cor. 7:15). 

    Chamados para viver em paz. A preferência clara da Palavra de Deus é que, apesar dos desafios de um lar espiritualmente dividido, pode-se encontrar um caminho para que a paz de Cristo reine ali. A esperança é de manter o casamento intato, dar testemunho sobre o triunfo do evangelho em meio às dificuldades e promover o conforto do cônjuge com quem o crente é uma só carne. 

    6. Quais podem ser os limites da responsabilidade do cônjuge para com um companheiro descrente? 

    Bondade, fidelidade inalterável, serviço humilde e testemunho cativante por parte do crente cria a maior probabilidade de conquistar o cônjuge não cristão. A submissão em um casamento cristão surge pela reverência a Cristo (compare Efés. 5:21). Quando um cônjuge se relaciona em submissão cristã com um companheiro descrente, a primeira submissão é sempre a Cristo. A fidelidade às reivindicações de Deus em sua vida não exige que um cônjuge sofra abuso nas mãos de um parceiro violento. 


    A vida familiar é para compartilhar 

    7. Nos versos seguintes, descubra como o Novo Testamento usa a palavra imitar. O que essa palavra nos diz sobre o processo de se tornar cristão e crescer assim? O que sugere sobre a relação entre ser modelo e ser testemunha? I Cor. 4:16; Efés. 5:1; I Tess. 1:6; Heb. 6:12; 13:7; III João 11 

    A ênfase do Novo Testamento na imitação reconhece o papel importante do exemplo no processo de aprendizado. As pessoas costumam se tornar semelhantes a quem ou ao que observam. Este princípio se aplica às relações em geral e especialmente no lar, onde a imitação é comum. Ali, os filhos imitam seus pais e irmãos; os cônjuges freqüentemente imitam um ao outro. Este conceito provê um indício importante de como os casais e as famílias podem dar testemunho cristão a outros casais e famílias. 

    O poder da influência social. Testemunhamos em nosso lar quando damos oportunidade para que os outros nos observem e tomem parte de nossas experiências domésticas em alguma forma. Muitos simplesmente não têm bons exemplos de casamento ou relações familiares a seguir. Em nossos lares, eles podem ver como o espírito de Jesus faz diferença. 'A influência social', escreveu Ellen White, 'é uma força maravilhosa. Se queremos, podemos valer-nos dela para auxiliar aqueles que nos rodeiam.' – Ellen G. White, A Ciência do Bom Viver, pág. 354. 

    8. No entanto, neste contexto, sobre o que devemos sempre ser cuidadosos? Jer. 17:9; João 2:25; Rom. 3:23 

    Seguir os crentes que seguem a Cristo. Todos os exemplos humanos são falíveis; assim, o testemunho do lar cristão não pretende a perfeição de um modelo absoluto. A noção do Novo Testamento sobre a imitação é um chamado para que as pessoas sigam os crentes que seguem a Cristo. A idéia é que as pessoas vão entender a fé cristã quando a virem demonstrada na vida de outros que são tão humanos e falíveis como eles mesmos. 


    Centros de amizade contagiante 

    9. Compare as referências bíblicas sobre a hospitalidade com incidentes reais acontecidos nos lares de várias famílias da Bíblia. Isa. 58:6, 7, 10-12; Rom. 12:13; I Ped. 4:9. Note os atributos da hospitalidade. 

    a. Abraão e Sara (Gên. 18:1-8) 

    b. Rebeca e sua família (Gên. 24:15-20; 31-33) 

    c. Zaqueu (Luc. 19:1-9) 

    A hospitalidade atende às necessidades básicas de outras pessoas referentes a descanso, alimento e companheirismo. É uma expressão concreta do amor abnegado. Jesus atribuiu significado teológico à hospitalidade quando ensinou que o ato de alimentar os famintos e dar de beber aos sedentos eram atos de serviço feitos a Ele mesmo (Mat. 25:34-40). O uso do próprio lar para servir pode variar de convidar simplesmente os vizinhos para uma refeição até a hospitalidade radical de ceder um quarto para uma vítima de abuso. Pode envolver simples amizade, a oportunidade de orar com e por alguém ou dirigir estudos da Bíblia. A verdadeira hospitalidade se origina do coração dos que foram tocados pelo amor de Deus e quiseram expressar esse amor em palavras e ações. 

    Às vezes, algumas famílias reclamam que não possuem casa apropriada, tempo, nem energia para oferecer hospitalidade. Outros sentem-se desajeitados, inexperientes e inseguros para alcançar pessoas com quem não estão familiarizados. Alguns desejam evitar para sua vida as complicações que podem surgir do envolvimento com outros. Muitas famílias contemporâneas confundem hospitalidade com diversão. 

    Como a sua vida em casa reflete sua condição espiritual? 


    Estudo adicional 

    Leia, de Ellen G. White, 'Poderoso Testemunho Cristão', O Lar Adventista, págs. 35-39; 'Atitude em Relação a um Companheiro Descrente', O Lar Adventista, págs. 348-352; 'O Ministério do Lar,' A Ciência do Bom Viver, págs. 349-355; 'Os Embaixadores de Babilônia', Profetas e Reis, págs. 340-348. 

    O poder do lar no evangelismo. 'Muito mais poderosa que qualquer sermão pregado é a influência de um verdadeiro lar, no coração e na vida. ... 

    'Nossa esfera de influência poderá parecer limitada, nossas capacidades diminutas, escassas as oportunidades, nossos recursos reduzidos; no entanto, se soubermos aproveitar fielmente as oportunidades de nossos lares, maravilhosas serão nossas possibilidades. Se abrirmos o coração e o lar aos divinos princípios da vida, poderemos ser condutos que levem correntes de força vivificante.' – Ellen G. White, A Ciência do Bom Viver, págs. 352 e 355. 

    Perguntas para consideração 

    1. Pergunte a alguém da classe se foi a influência do lar de alguém que o ajudou a tomar a decisão por Cristo. Comente o que lhe deu essa impressão. O que a classe pode aprender dessa experiência? 

    2. De que maneira prática vocês, como classe, podem ministrar a uma família com um dos cônjuges descrente? 

    3. Como classe, fale sobre algumas das pressões do lar que prejudicam a fé. Faça uma lista com algumas dessas coisas; em seguida, anote as soluções possíveis. 


   Lição 11   

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