Lição 8 - Chaves da unidade familiar
VERSO PARA MEMORIZAR: 'A fim de que todos sejam um; e como és Tu, ó Pai, em Mim e Eu em Ti, também sejam eles em Nós; para que o mundo creia que Tu Me enviaste' (João 17:21).
Leituras da semana: Gên. 33:12-14; Rute 1:16-18; João 17:21-26; Gál. 3:28; Efés. 2:11-22; 5:21–6:9
A vida na família de Deus deve nos ajudar a nos aproximar mais uns dos outros em casa, pois nos dois casos os mesmos princípios devem estar em ação – princípios de amor, humildade, abnegação e interesse pelos outros.
Tudo isso não vem automaticamente. Pelo contrário, todos temos que lutar constantemente contra as propensões pecaminosas e egoístas de nossa natureza caída.
Embora no corpo de Jesus Cristo na cruz toda a humanidade tenha sido reconciliada com Deus e uns com os outros (Efés. 2:13-16; Col. 1:21-23), na prática devemos apropriar-nos da graça de Cristo, o único dom que pode fazer dessa unidade uma experiência viva para todos os que a buscam em fé. Essa deve ser uma experiência diária em nossa vida. Felizmente, pela graça de Cristo, isso é possível. Portanto, temos que tomar a decisão de ser o que o Senhor deseja que sejamos.
1. Que ilustração Paulo usa para descrever a nova unidade que existe entre as pessoas em Cristo? Como Cristo fez 'um' dos 'dois'? Efés. 2:11-22; veja também Gál. 3:28
A cruz de Cristo remove as barreiras que separam as pessoas. Havia muros separando os adoradores no templo judaico, os homens das mulheres e os judeus dos gentios. Descrevendo a unidade entre judeus e gentios em Cristo, Paulo usou uma linguagem que se aplica igualmente a outras divisões entre as nações, grupos de pessoas, níveis sociais e gênero. 'Para que dos dois criasse, em Si mesmo, um novo homem, fazendo a paz' (Efés. 2:15). Esta é uma grande notícia que ajuda os casais a conhecer verdadeiramente a unidade de uma só carne no casamento. Da mesma forma, pela fé em Cristo, famílias há muito divididas podem ser reconciliadas.
2. Uma coisa é citar textos da Bíblia sobre a unidade em Cristo; outra coisa completamente diferente é vivê-la realmente. Que mudanças práticas Cristo traz à nossa vida, capacitando-nos a viver a unidade prometida? (Veja, por exemplo, Rom. 6:4-7; II Cor. 5:17; Efés. 4:24-32)
'Imagine um grande círculo, de cuja periferia saiam linhas que se dirigem todas para o centro. Quanto mais próximo do centro, mais próximas estão estas linhas umas das outras.
'Quanto mais perto nos achegarmos de Cristo, mais perto estaremos uns dos outros.' – Ellen G. White, O Lar Adventista, pág. 179.
'Entre pai e filho, marido e esposa... está Cristo, o Mediador, mesmo que não O reconheçam. Não podemos estabelecer contato direto para fora de nós mesmos a não ser por Ele, por Sua palavra, quando O seguimos.' – Dietrich Bonhoeffer, The Cost of Discipleship, pág. 86.
Transformando-se pelo Seu amor
'E o Senhor vos faça crescer e aumentar no amor uns para com os outros e para com todos' (I Tess. 3:12).
3. Jesus orou ao Pai pelos Seus seguidores: 'Para que sejam um, como Nós o somos' (João 17:22). Que tipo de amor é necessário para que as famílias alcancem essa unidade?
Nesta oração, Jesus tinha em mente a unidade entre Seus seguidores. A vivência do amor ágape é essencial para essa unidade. Ágape é a palavra que a Bíblia usa para o amor de Deus, nesta oração e em muitos outros lugares no Novo Testamento. Esse amor é a própria natureza de Deus (I João 4:8) e identifica os seguidores de Jesus (João 13:35). O amor de Deus não é natural para o coração humano pecaminoso. Vem à vida quando Jesus habita com o crente por meio do Seu Espírito (Rom. 5:5; 8:9 e 11).
'Que vos ameis uns aos outros, assim como Eu vos amei' (João 15:12). No passado, o apóstolo João, que escreveu estas palavras, não fora amável, mas orgulhoso, faminto de poder, crítico e explosivo (Mar. 3:17; Luc. 9:54 e 55; veja também O Desejado de Todas as Nações, pág. 295). Mais tarde, ele se lembrou de como Jesus continuou a amá-lo, apesar dessas características. O amor de Jesus gradualmente transformou João, levando-o a amar os outros em unidade cristã. 'Nós amamos porque Ele nos amou primeiro' (I João 4:19), ele escreveu, e 'se Deus de tal maneira nos amou, devemos nós também amar uns aos outros' (v. 11).
Leia I Coríntios 13:4-8. Tente colocar seu nome onde a palavra amor aparece. Soa bem? Peça que Jesus ponha essas qualidades de amor em sua vida, pelo Seu Espírito. Que mudanças o Espírito precisa fazer em sua vida para alcançar este ideal cristão?
Egoísmo: destruidor da família
'Se o orgulho e o egoísmo fossem colocados de lado, cinco minutos bastariam para remover a maioria das dificuldades.' – Ellen G. White, Primeiros Escritos, pág. 119.
Como seres humanos, nossa natureza foi corrompida pelo pecado. E talvez o maior exemplo desse dano seja a maldição do egoísmo. Parece que nascemos egoístas; podemos ver essa realidade nas pequenas crianças, cuja natureza básica é querer tudo para si mesmas. Meu, me, mim... Quando alcançamos a maioridade, esta característica pode se manifestar de alguns modos terríveis, especialmente no lar.
Evidentemente, Jesus veio para mudar essa realidade (Efés. 4:24). Sua Palavra promete que, por meio dEle, não precisamos ser dominados por esse pecado destrutivo. Toda a Sua vida é um exemplo perfeito do que significa viver sem egoísmo; na medida em que imitarmos Sua vida (I João 2:6), seremos capazes de vencer a propensão de viver só para nós mesmos.
4. Qual é o segredo para vivermos com abnegação?
Como Ellen White escreveu acima, se o orgulho e o egoísmo fossem abandonados, muitos problemas poderiam ser resolvidos rapidamente, muito antes de se corromper, fermentar e se transformar finalmente em algo sórdido. Todos os membros da família, especialmente os pais, devem ser purificados (Prov. 16:6) desse pecado ao pé da cruz (o maior exemplo de abnegação em todo o Universo), mesmo que signifique voltar constantemente para a cruz e ajoelhar-se em oração, com fé, lágrimas e submissão.
Quanto tempo você está passando diante da cruz, lutando contra o egoísmo que aparece em sua vida? Como este verso (Mat. 7:16) ajuda a mostrar se você está passando tempo suficiente ali?
5. Que conselho Paulo deu sobre a humildade e serviço nos relacionamentos? Efés. 5:21. Como essa atitude contribui para a unidade na igreja? Por que é tão importante no lar? Efés. 5:22-6:9
A palavra sujeitar (Efés. 5:21) significa pôr-se humildemente diante de outra pessoa por escolha voluntária. Este princípio começou com Cristo (Mat. 20:26-28; João 13:4 e 5; Filip. 2:5-8) e caracteriza todos os que estão cheios do Seu Espírito (Efés. 5:18). 'No temor de Cristo' deve ser o motivo para nos submetermos assim (v. 21). A mutualidade na doação própria foi, e ainda é, um ensino cristão revolucionário nas relações sociais. Traz à vida a realidade espiritual de que todos são um em Cristo; não existe exceção.
Um princípio doméstico. O campo de prova da submissão cristã é o lar. Se esse princípio for eficaz aqui, haverá uma diferença dramática na igreja. Paulo parte imediatamente da introdução do princípio da submissão para a sua aplicação às famílias.
Três pares de relações são mencionados em Efésios 5:22–6:9 – as relações mais comuns e mais desiguais na sociedade. A intenção não é reforçar uma ordem social existente, mas mostrar como a cultura da fé em Cristo opera quando existe submissão voluntária entre os crentes.
6. Por que Paulo sempre fala primeiro aos que são socialmente mais fracos – esposas, filhos e escravos? Escreva a expressão qualificativa relacionada com a submissão em cada um destes versos.
Os que detinham maior poder social – maridos, pais e senhores – sempre são mencionados em segundo lugar. Cada um recebe uma orientação incomum à sua cultura. Essas orientações devem ter surpreendido os crentes do primeiro século. Elas nivelavam a todos ao redor da cruz e abriam o caminho para a verdadeira unidade nas relações.
Em última instância, a coesão e unidade da família dependem do compromisso dos membros da família, começando com o compromisso dos cônjuges, de zelar um pelo outro. Infelizmente, a história bíblica está repleta de exemplos de promessas esquecidas, confiança quebrada e falta de compromisso onde devia ter estado presente. A Escritura também tem exemplos ativos de pessoas comuns que, com a ajuda de Deus, se comprometeram com amigos e familiares e mantiveram suas promessas.
7. Estude os níveis de compromisso nas seguintes famílias. Como o compromisso poderia ter sido fortalecido em algumas famílias? O que provocou o compromisso mostrado nas outras?
Compromisso pai-filho (Gên. 33:12-14; Êxo. 2:1-10).
Compromisso entre irmãos (Gên. 37:17-28).
Compromisso de família (Rute 1:16-18; 2:11, 12 e 20; 3:9-13; 4:10 e 13).
Compromisso matrimonial (Osé. 1:2, 3, 6 e 8; 3:1-3).
Quando nos comprometemos com outra pessoa, como no casamento ou na decisão de ter ou adotar um filho, deve haver voluntária submissão de nós mesmos, a entrega do controle sobre um segmento importante da vida. As leis podem impedir o comportamento negativo, mas o casamento e as relações de família dentro dele necessitam de amor a fim de capacitá-los a florescer.
O que a promessa de compromisso de Jesus (Heb. 13:5) significa para você? Que efeito esse compromisso de Cristo para com você deve ter sobre o seu compromisso para com Ele, para com seu cônjuge, seus filhos e seus irmãos de fé?
Leia, de Ellen G. White, 'Círculo Sagrado', em O Lar Adventista, págs. 177-180; Testemunhos Para a Igreja, vol. 6, págs. 236–238.
Unidade – a primeira tarefa. 'A primeira obra dos cristãos é serem unidos na família. ... Quanto mais intimamente forem unidos os membros da família em sua obra no lar, tanto mais de molde a elevar e auxiliar será a influência que pais, mães, filhos e filhas exercerão fora dele.' – Ellen G. White, O Lar Adventista, pág. 37.
O segredo da unidade familiar. 'A causa da divisão e discórdia na família e na igreja é a separação de Cristo. Aproximar-se de Cristo é aproximarem-se uns dos outros. O segredo da verdadeira união na igreja e na família não é a diplomacia, o trato habilidoso, o sobre-humano esforço para vencer dificuldades – embora haja muito disto a ser feito – mas a união com Cristo.' – Ibidem, pág. 179.
1. Existem muitas forças em nossa sociedade que trabalham contra a unidade da família. Que soluções práticas você pode oferecer a uma família que esteja lutando contra essas influências?
2. Agora mesmo, existe em sua igreja alguma família que se rompeu? O que vocês, como classe, podem fazer para ajudar os membro neste tempo de crise?
3. Comente com a classe esta questão de submissão. Como deve ser entendida em um contexto cristão? Como este princípio pode ser abusado?
Resumo: A Bíblia exalta Cristo como o grande centralizador que reúne em Seu corpo na cruz todas as relações desconectadas. Seu amor atrai e conquista pecadores, reconciliando-os dentro de uma comunhão cálida e atenciosa que surpreende o mundo e glorifica a Deus.
Lição 8
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