2 a 9 de agosto |
O Salvador compassivo |
Sábado à tarde | Ano Bíblico: Is 38–40 |
VERSO PARA MEMORIZAR: "Vendo Ele as multidões, compadeceu-Se delas, porque estavam aflitas e exaustas como ovelhas que não têm pastor" (Mt 9:36). |
LEITURAS DA SEMANA: Jo 1:14; Jo 3; Jo 4; 9:1-7; Ef 4:32; 1Jo 2:12
PENSAMENTO-CHAVE: Jesus sempre ministrava às necessidades das pessoas. O que podemos aprender de Seu exemplo para fazer o mesmo?
Estas linhas do poema "Novo Colosso", da poetisa Emma Lazarus, estão no pedestal da Estátua da Liberdade: "Dai-me os seus fatigados [das antigas terras], os seus pobres, as suas massas encurraladas ansiosas por respirar liberdade". Essas palavras refletem o ministério de Jesus, que disse: "Vinde a Mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e Eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o Meu jugo e aprendei de Mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma" (Mt 11:28, 29).
A compaixão motivava cada aspecto do ministério de Cristo. Ele servia a todos os tipos de pessoas, independentemente de classe social, gênero ou raça. Demonstrava amor e perdão incondicionais em Sua vida e, mais poderosamente, pela morte na cruz, pagando sobre Si mesmo a penalidade dos nossos pecados.
Nesta semana, vamos olhar mais para Jesus e como Ele ministrava, aprendendo o que pudermos para também nós ministrarmos.
Ano Bíblico: Is 41–44 |
Alcançando as massas
1. De onde acorriam as multidões para ouvir Jesus? O que isso nos diz sobre a eficácia do ministério de Cristo? Mt 4:25; Lc 6:17
Naquele tempo, não havia transportes coletivos; ninguém saltava de um avião, de um carro ou mesmo de uma bicicleta para ver Jesus. Em contraste com nossos dias, as viagens daquele tempo eram dolorosamente lentas e muito arriscadas. Mas isso não impedia que "numerosas multidões" fossem ouvir Jesus.
2. Quais eram alguns dos motivos que levavam as pessoas a ouvir Jesus? Mc 5:25-29; Jo 12:9; 6:15
As multidões que seguiam Jesus tinham todos os tipos de motivos para fazê-lo. Alguns tinham ouvido que Ele proferia palavras de vida, que falava com autoridade, e tinham fome de alimento espiritual. Outros estavam procurando a cura física para si mesmos ou para amigos ou familiares. Alguns queriam ver por si mesmos se Ele era o prometido que os libertaria do domínio romano. Outros, ainda, iam atrás das novidades.
Em certa ocasião, a multidão era tão grande e sufocante que Ele teve que entrar em um barco e ensiná-los de longe (Mt 13:2). As multidões eram tão grandes que os fariseus comentaram: "Eis aí vai o mundo após Ele!" (Jo 12:19).
Escreva um parágrafo respondendo a esta pergunta: Qual é meu motivo para seguir Jesus? Leve sua resposta para a classe no sábado. |
Ano Bíblico: Is 45–48 |
O toque pessoal
As pessoas eram atraídas a Jesus. Marcos diz que eles O ouviam "com prazer" (Mc 12:37) e a multidão "se maravilhava de Sua doutrina" (Mc 1:22; 11:18). Ele falava freqüentemente e ministrava às grandes multidões. Mas havia outro aspecto do ministério de Cristo.
3. Uma olhada superficial dos seguintes textos revela outra característica do ministério de Cristo. Qual é ela? Que mensagem importante podemos aprender com respeito ao ministério dEle? Jo 3; 4; 9:1-7
O fundamento do ministério de Jesus era o contato pessoal. Ele "andava… de cidade em cidade e de aldeia em aldeia, pregando e anunciando o evangelho do reino de Deus" (Lc 8:1).
Em poucas décadas, Sua mensagem se espalhou ao longo do mundo então conhecido. Mas isso aconteceu por uma razão – a mão do Mestre havia tocado vidas, pessoalmente, e aquelas vidas, particularmente Seus doze discípulos, continuavam a tocar outros pessoalmente.
Os doze discípulos viram Jesus interagir com o povo. Viram como Ele proferia palavras de conforto e encorajamento às pessoas que eram "aflitas e exaustas como ovelhas que não têm pastor" (Mt 9:36). Eles ouviram Jesus dizer: "Vinde a Mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e Eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o Meu jugo e aprendei de Mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma. Porque o Meu jugo é suave, e o Meu fardo é leve" (Mt 11:28-30).
Que mensagem mais atraente pode existir para pessoas hoje que estão estressadas, exaustas e em busca de conforto e paz?
Por que o toque pessoal é tão importante? Como você foi abençoado por aqueles que tomaram tempo para ajudá-lo, pessoalmente? Pense em maneiras de usar seus dons e tempo para atender diretamente às necessidades de outras pessoas. |
Ano Bíblico: Is 49–51 |
Perdão
A compaixão dirigia tudo o que Jesus dizia e fazia. Note quantas vezes os escritores dos Evangelhos dizem que Ele estava "cheio de compaixão" ou "teve compaixão". Às vezes, isso significava condenar fortemente o pecado. Outras, Jesus falava severamente aos líderes religiosos, mas Ele sempre fazia isso com amor.
No centro dessa expressão de compaixão estava o perdão. Jesus ensinou e revelou perdão com muita freqüência. Considerando a essência da teologia cristã, de que somos pecadores carentes do perdão de Deus, não é de estranhar que esse tema esteja presente na vida e nos ensinos de Jesus.
4. O que estes textos revelam sobre o perdão? Mt 18:21, 22; Lc 23:34; Jo 8:1-11; Ef 4:32; 1Jo 2:12
Com freqüência, Jesus comparava Sua graça ao perdão de uma grande dívida. Imagine se você devesse a um banco um milhão de reais, e a dívida fosse cancelada! Imagine como você se sentiria. É assim a graça de Deus. E a razão de essa dívida ter sido cancelada é que o próprio Jesus a pagou para nós.
Jesus também ensinou que aqueles que foram perdoados devem perdoar aos outros. Um cristão irreconciliável é uma grande contradição. Pense na parábola do servo ingrato (Mt 18:21-34), na história de Maria e o fariseu Simão (Lc 7:36-50), e até mesmo na oração do Senhor – "perdoa-nos os nossos pecados, pois também perdoamos a todos os que nos devem" (Lc 11:4, NVI). Quando consideramos o que aconteceu na cruz, e quanto custou a Deus a fim de poder perdoar com justiça os nossos pecados, não é tão difícil entender por que foi dada tanta ênfase em perdoar os outros. Pense em nosso mundo e como seria um lugar diferente se aprendêssemos a perdoar. Pense na diferença não só na política mundial mas em nossas próprias relações pessoais, nossa família, nosso lar, etc.
Quanto ressentimento, raiva e amargura reside em você porque ainda se recusa a perdoar? Como você pode aprender melhor a perdoar aqueles que agiram de modo errado? |
Ano Bíblico: Is 52–55 |
Deus conosco
5. Quais são as surpreendentes implicações do fato de ter o Filho habitado entre nós? O que isso nos diz sobre o caráter de Deus? Ao dar sua resposta, pense no tamanho e na complexidade do Universo. Jo 1:14
Entre os séculos 18 e 19, surgiu uma idéia, um subproduto da revolução científica, chamado deísmo. Embora ensinasse que Deus nos criou, esse Deus – longe de se envolver em nossa vida diária – praticamente nos abandonou, para vivermos como pudermos. De acordo com essa visão, o mundo seria como um relógio ao qual Deus deu corda e então o abandonou. Deus criou Suas leis naturais, e nós, aqui, temos que viver dentro delas o melhor que pudermos. É como um pai que cria um filho até os 18 anos, e então lhe diz: "Tudo bem, filho, agora, você está por sua conta. Nunca mais o verei. Boa sorte."
Mas esse deus não é o Deus da Bíblia, não é Jesus Cristo, que Se tornou um de nós, que viveu entre nós, que tomou sobre Si nossa humanidade e nessa humanidade morreu por nossos pecados, o Deus descrito em João 1:14.
A palavra grega traduzida por "habitou", skenoo, em João 1:14 significa "armar uma tenda" ou "viver em uma tenda", como viviam os nômades daquele tempo. Quando Jesus veio a este mundo, não viveu distante do povo a quem veio ministrar. Ele "armou Sua tenda" entre nós, vivendo e trabalhando entre nós – relacionando-Se conosco em nosso nível.
Mateus cita a profecia de Isaías sobre uma virgem dando à luz um filho chamado Emanuel e a aplica diretamente a Jesus. Ele até traduz o significado de Emanuel: "Deus conosco" (Mt 1:23).
Além de vir morrer como nosso substituto, Jesus veio à Terra para nos mostrar exatamente como é Deus. Em certa ocasião, Filipe fez um pedido a Jesus: "mostra-nos o Pai".
Como Jesus respondeu ao pedido de Filipe (Jo 14:8-11)? Como a resposta de Jesus nos ajuda a compreender como é Deus? Que aspectos de Seu caráter ficam mais claros? Existe alguma coisa que você acha perturbadora? Neste caso, o que é? |
Ano Bíblico: Is 56–58 |
Falando em parábolas
Jesus sabia como Se comunicar com as pessoas. Sua fala era dirigida ao nível delas. Ele não usava profunda linguagem filosófica e teológica, embora proferisse as verdades mais profundas. Ele falava empregando expressões simples, práticas para que todos pudessem entender. Ele falava de coisas que as pessoas pudessem aplicar à vida prática.
Jesus ilustrava Seus ensinos com objetos da natureza e artigos domésticos comuns. Ele mencionava moedas (Lc 15:8-10); agricultores semeando (Mc 4:26-29); fermento e farinha (Mt 13:33); ovelhas (Mt 18:12-14); figueiras (Mc 13:28-32) – e numerosos outros artigos com que as pessoas pudessem se relacionar.
Escolha algumas das parábolas mencionadas acima. Leia-as. Que lição Jesus quis ensinar em cada caso? Por que essas imagens eram tão apropriadas? Pergunte a você mesmo: se Jesus estivesse andando entre nós hoje, literalmente, que imagens Ele usaria para ensinar essas mesmas lições?
Ao ler essas parábolas, talvez você haja notado nelas que, em sua maioria, se não em todas, as imagens seriam igualmente apropriadas hoje. Isto é, essas imagens têm força ainda hoje, independentemente de tempo e espaço, ainda dão força a Sua mensagem.
6. Como esse fato nos ajuda a entender por que, talvez, Jesus usou essas imagens específicas?
Mateus registra várias mini-parábolas que Jesus usava ao tentar descrever como é o reino do Céu. Ele disse que o reino do Céu é como "um grão de mostarda" (Mt 13:31); "fermento" (v. 33); "tesouro oculto no campo" (v. 44); "um que negocia e procura boas pérolas" (v. 45); "uma rede" (v. 47); "um pai de família que tira do seu depósito coisas novas e coisas velhas" (v. 52); "um dono de casa que saiu de madrugada para assalariar trabalhadores para a sua vinha" (Mt 20:1); "um rei que celebrou as bodas de seu filho" (Mt 22:2).
Qual dessas imagens é mais clara para você? Por que Jesus teria usado tantas imagens diferentes para ensinar a mesma lição? Que mensagem o Senhor pode estar nos enviando nesse uso deliberado de diferentes imagens? |
Ano Bíblico: Is 59–62 |
Estudo adicional
Ellen G. White, "Ide, Ensinai a Todas as Nações", em O Desejado de Todas as Nações, p. 818-828.
'Em todo verdadeiro ensino o elemento pessoal é essencial. Cristo, em Seu ensino, tratava com os homens individualmente. Foi pelo trato e convívio pessoal que Ele preparou os doze. Era em particular, e muitas vezes a um único ouvinte, que dava Suas preciosas instruções. Ao honrado rabi, na conferência noturna no Monte das Oliveiras, à desprezada mulher junto ao poço de Sicar, abriu Ele Seus mais ricos tesouros; pois descobriu nesses ouvintes o coração apto a ser impressionado, a mente aberta, o espírito pronto para receber. Mesmo a multidão que tantas vezes Lhe dificultava os passos não era para Cristo uma massa indistinta de seres humanos. Falava diretamente a cada espírito e apelava para cada coração. Observava a fisionomia dos ouvintes, notava-lhes a iluminação do semblante, o instantâneo e respondente olhar que dizia haver a verdade atingido a pessoa; e, então, vibrava-Lhe no coração uma corda correspondente de jubilosa simpatia" (Ellen G. White, Educação, p. 231).
Perguntas para consideração
1. Desde 1983, em sua maioria, as novas congregações adventistas ao redor do mundo foram estabelecidas por pioneiros da Missão Global (para mais informações, visite www.adventistmission.org.) Esses leigos adventistas vivem entre as pessoas a quem estão ministrando no mesmo nível socioeconômico. Por que você acha que eles tiveram tanto sucesso?
2. Comente com a classe as respostas às perguntas finais das lições de domingo e de quarta-feira.
Resumo: Jesus, o Salvador compassivo, odiava o pecado mas amava os pecadores. Seu método de servir ao povo em multidões e individualmente deve servir de modelo para nosso testemunho hoje. Por causa da salvação que recebemos dEle, podemos estender Seu amor e perdão aos outros.
Respostas sugestivas:
Pergunta 1. Da Galiléia, Decápolis, Jerusalém, Judéia, dalém do Jordão, de Tiro e Sidom. A mensagem de Jesus falava a todos os povos e culturas.
Pergunta 2. Ouvir Sua mensagem, obter cura, ver Seus sinais.
Pergunta 3. A mensagem de Jesus alcançava não só as multidões, mas o indivíduo em particular.
Pergunta 4. O perdão é uma das características da doutrina cristã. Deus nos perdoa, e assim precisamos nós perdoar a quem nos ofende.
Pergunta 5. Ele viveu como um de nós, revelando-nos Deus de uma forma inimaginável.
Pergunta 6. Nem todas as pessoas entendem da mesma forma as mesmas imagens. Apresentando diversas imagens, é possível alcançar diversas mentalidades.
FONTE:
http://www.cpb.com.br/htdocs/periodicos/les2008.html
http://www.cpb.com.br/htdocs/periodicos/licoes/adultos/2008/frlic632008.html
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