O Espírito Santo Identifica-Se com as Pessoas
Eu pedirei ao Pai e Ele dará a vocês outro Consolador, que nunca deixará vocês. É o Espírito Santo, o Espírito que conduz a toda a verdade. João 14:16, 17, BV
O Espírito Santo Se preocupa com nosso estado espiritual e com nosso relacionamento com Deus, mas também está atento às coisas que são de importância prática para nós, como a saúde, o trabalho, a sobrevivência, a segurança e a nossa proteção. Ele, que é Deus na Terra, quer participar da solução dos nossos problemas e satisfazer as nossas necessidades diárias.
Não vai aqui nenhuma pretensão de definir o Espírito Santo. Não podemos entender Deus e Sua natureza. Apenas podemos sentir Seu amor por nós e conhecer aquilo que Ele mesmo quis nos revelar em Sua Palavra. E isso é o bastante.
Jesus havia prometido "outro Consolador" que assumiria Seu lugar na administração da igreja nascente logo após Sua ascensão. Finalmente, chegou o Dia do Pentecostes e o Espírito Santo inaugurou uma nova era na história da igreja. "O Pentecostes foi o dia de emposse do Espírito Santo como divino administrador da Igreja [...] E toda a administração da Igreja está entregue a Ele até que Cristo volte na glória do segundo advento" (E. Froom, A Vinda do Consolador, p. 90). O Pentecostes foi a vinda do Espírito Santo para residir na Terra, habitando nos crentes, cujos corpos se tornaram santuário de Deus. Sem exaltar-Se, a Terceira Pessoa da Santíssima Trindade está no mundo, hoje, para revelar o amor do Pai e a eficácia da obra redentora do Filho, colocando-a ao alcance de todas as pessoas que aceitarem Seu sacrifício expiatório.
O Espírito Santo quer falar a nós. Precisamos familiarizar- nos com Ele para conhecermos a Sua voz. E essa familiaridade só poderá acontecer mediante a oração, o estudo da Bíblia, a meditação e a reconsagração diária.
Diz Ellen White: "E se consentirmos, Ele por tal forma Se identificará com os nossos pensamentos e ideais, dirigirá nossos corações e espírito em tanta conformidade com o Seu querer, que, obedecendo-Lhe, não estaremos senão, seguindo nossos próprios impulsos" (O Desejado de Todas as Nações, p. 668).
Realmente, nada irá nos convencer mais do terno amor de Deus e de Seu interesse por nós, até mesmo de detalhes de nossa vida, do que esse andar diário no Espírito.
REFLEXÃO: "Ele vos dará outro Consolador" e "vós O conheceis, porque Ele habita convosco e estará em vós" (Jo 14:16, 17).
O Espírito Santo Comunica-Se com as Pessoas
Ora, nós somos testemunhas destes fatos, e bem assim o Espírito Santo, que Deus outorgou aos que Lhe obedecem. Atos 5:32
Nos dias da igreja primitiva, o Espírito Santo era tão familiar aos discípulos que temos a impressão de que apesar da Sua invisibilidade Ele era quase que visível para eles. Atentem para alguns exemplos:
– A experiência de Filipe (At 8:29): "Então disse o Espírito a Filipe: aproxima-te desse carro, e acompanha-o." Não posso dizer como foi que o Espírito falou a Filipe, se foi de maneira audível, se foi através do seu subconsciente, se foi por constrangimento ou por qualquer outro método de comunicação. Só sei que Filipe recebeu uma ordem que sabia ser de origem divina e a obedeceu: aproximou-se da carruagem e cumpriu a missão que o Espírito lhe dera.
– A experiência de Pedro (At 10:19, 20): "Enquanto (Pedro) meditava acerca da visão, disse-lhe o Espírito: estão aí dois homens que te procuram; levanta-te, pois, desce e vai com eles, nada duvidando; porque Eu os enviei." E o que fez Pedro? Notem: "E, descendo Pedro para junto dos homens, disse: aqui me tendes; sou eu a quem buscais? A que viestes?" (v. 21). Pedro entendeu as palavras do Espírito Santo, tanto assim que imediatamente foi ter com aqueles visitantes.
– A experiência de Paulo e Silas (At 16:6-10): "E percorrendo a região frígio-gálata, tendo sido impedidos pelo Espírito Santo de pregar a Palavra na Ásia [...] tentavam ir para a Bitínia, mas o Espírito de Jesus não permitiu." O Espírito Santo agiu como o divino administrador da igreja, impedindo que eles evangelizassem esses lugares, nessas ocasiões, pois naquele momento, a urgência maior e mais necessária era a Macedônia (v. 9). Agora, é impossível saber como foi que Paulo e Silas receberam a comunicação do Espírito Santo para não fazer isto e fazer aquilo. Mas eles receberam a comunicação, entenderam-na e a executaram como o Espírito determinou. Tudo isso mostra como o Espírito Santo era bem familiar aos apóstolos. "Paulo conhecia o pensamento do Espírito de Deus" (Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, p. 200).
Temos que permitir que nosso relacionamento com a maravilhosa Pessoa do Espírito Santo seja bastante íntimo e familiar, assim como sucedia com os apóstolos. Ele deseja ser nosso amigo e companheiro de todos os momentos. Precisamos conhecer Sua voz.
REFLEXÃO: "O Consolador, o Espírito Santo [...] vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito" (Jo 14:26).
O Dia do Pentecostes
Ao cumprir-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar; de repente, veio do céu um som, como de um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam assentados. Atos 2:1, 2
O Pentecostes era uma festa muito importante para a nação judaica, pois, essa ocasião atraía a Jerusalém judeus devotos de "todas as nações debaixo do céu". Esse era um momento bastante oportuno e apropriado para a vinda do Consolador.
Os discípulos estavam numa reunião de oração quando tudo aconteceu. Durante aqueles dias de espera e de oração abraçaram-se fraternalmente e perdoaram-se. A cada dia, perguntavam entre si: será hoje? Que tempo solene foi aquele!
Finalmente, raiou o décimo dia, quando, de repente, o silêncio foi quebrado. Será?... Suspense na sala! Eram as primeiras horas da manhã, quando ouviram um som como o rugido de uma tempestade prestes a desabar. "Não vinha do norte, sul, leste ou oeste, mas do Céu, como se fora um furacão."
Certa ocasião, eu estava na cidade de Heidelberg, Alemanha, ainda na época da chamada "Guerra Fria". Naquela cidade havia uma base militar da OTAN, e eram freqüentes os treinamentos militares com aviões supersônicos. Numa manhã, estava eu observando esses aviões voando sobre a cidade quando um deles aumentou a velocidade e, em poucos segundos, ultrapassou a barreira do som provocando um estrondo ensurdecedor. Creio que aquele som que os discípulos ouviram, e todo o povo também, devia ser algo parecido com esse estrondo.
A multidão correu para o lugar de onde parecia ter vindo aquele som misterioso; e ali, atônitos, ouviram os discípulos falando em seus próprios idiomas. Línguas como que de fogo fixaram-se sobre cada discípulo e podiam ser vistas pelas pessoas. "Raiara um novo dia para a humanidade [...] e uma nova era no relacionamento entre Deus e o homem" (E. Froom, A Vinda do Consolador, p. 112).
A descida do Espírito Santo revelou para o mundo e o Universo que havia, daquele momento em diante, uma nova harmonia íntima entre o Céu e a Terra e que passamos a viver sob a dispensação do Espírito Santo. No Pentecostes, o Espírito Santo veio para ficar, inaugurando uma nova fase da Sua obra de regeneração. E Ele ficará conosco até a segunda vinda de Cristo. Já não mais temos que esperar pela vinda do Espírito. Ele já está entre nós! Estará, porém, em nós?
REFLEXÃO: "Eu rogarei ao Pai, e Ele vos dará outro Consolador [...] vós O conheceis, porque Ele habita convosco e estará em vós" (Jo 14:16, 17).
Antes e Depois do Pentecostes
Recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis Minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da Terra. Atos 1:8
Durou vários dias aquele festival espiritual de fé que marcou oficialmente a solenidade inaugural do ministério do Espírito Santo como Consolador, nesta dispensação, enriquecido com sermões poderosos, orações fervorosas, cânticos de louvor e batismos.
Apesar de, do ponto de vista histórico, ser um acontecimento único e de âmbito internacional, pois estavam presentes judeus e gentios que viviam em outros países, não foram convidados para participar do evento grandes oradores, renomados evangelistas ou filósofos eruditos. Não! Os evangelistas eram os mesmos de sempre, mas com um novo poder. Os mesmos, entretanto diferentes.
Após a descida do Espírito Santo, uma das coisas importantes que aconteceu foi a transformação que se operou na vida e comportamento da igreja e dos discípulos. Antes do Pentecostes, eram vacilantes, indecisos, impotentes, incapazes, egoístas, tímidos e medrosos. Eram tanto assim que, dias antes, após a ressurreição de Jesus, Ele os encontrou dentro de uma casa com as portas trancadas, com medo dos judeus. Assim não poderiam testemunhar. Impossível!
Depois do Pentecostes tudo mudou. Com a vinda do Espírito Santo, os Céus abriram as comportas e as forças do mundo invisível inundaram os discípulos e eles foram agraciados com nova vida e poder. O Espírito Santo mudou-lhes os motivos, o estilo de vida, a conduta, os métodos e os conceitos de como realizar um serviço verdadeiro e eficaz para Deus.
Como conseqüência, após o Pentecostes vemos homens corajosos, intrépidos e ousados. "Antes do Pentecostes [...] eram devotos, porém vencidos. No entanto, depois do Pentecostes, os covardes tornaram-se corajosos, os corações antes inflados de rivalidade e suspeita, foram cheios de humildade e amor" (E. Froom, A Vinda do Consolador, p. 114, 115).
Quando o Espírito Santo toma Seu devido lugar em nossa vida e na vida da nossa igreja, tudo muda. Por isso, digo a você, nesta manhã: Devemos ter o nosso pentecostes individual cada dia. Basta nos atrevermos a testemunhar e pregar quando estivermos convictos e seguros da presença do Espírito Santo em nossa vida.
REFLEXÃO: "Todos ficaram cheios do Espírito Santo e, com intrepidez, anunciavam a Palavra de Deus" (At 4:31).
Com o Espírito e com Fogo
Ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo. Mateus 3:11
A partir do Pentecostes, quando o prometido Consolador veio a cada genuíno crente nascido de novo, foi-lhe dada a garantia do Espírito Santo em sua vida. Ele foi, então, batizado com o Espírito Santo. Segundo o Dr. A. V. Wallenkampf, "qualquer pessoa que se tenha rendido em fé e obediência ao Senhor Jesus Cristo foi batizada no Espírito Santo".
Quanto aos discípulos, de antes e depois do Pentecostes, o Espírito Santo Se revelou de duas maneiras: antes, Ele estava com eles; depois, Ele estaria neles, residindo dentro deles, transformando- os em templos de Deus. Portanto, o batismo do Espírito Santo é a maneira da qual Deus Se serve para transmitir Sua vida a nós, produzindo em nós energia como se fosse um fogo divino que purifica todo o nosso ser, aperfeiçoa nosso caráter e consome todas as nossas tendências pecaminosas.
A declaração bíblica é: "com o Espírito Santo e com fogo". Essas duas expressões, "com o Espírito Santo" e "com fogo", é a maneira que João Batista encontrou para enfatizar a mesma verdade. A segunda expressão fortalece a primeira, querendo dizer que a obra do Espírito Santo é completa tanto na sua realização como nos seus resultados.
Ser batizado com o Espírito Santo é o mesmo que ser batizado com fogo divino. "O Espírito Santo consumirá o pecado em todos quantos se submeterem a Seu poder [...] Quando alguém é batizado por Jesus com o Espírito Santo e com fogo, é então revelado tão grande acervo de orgulho, egoísmo, suspeita, amor a posição, irritabilidade e evidente ignomínia que ele fica espantado" (E. Froom, A Vinda do Consolador, p. 267, 268). São essas coisas e muitas outras mais que esse "fogo" espiritual deve consumir.
O fogo do Espírito Santo separa o bom do ruim, como o ouro e a escória são separados no cadinho da fundição. O fogo do Espírito Santo amolece o duro coração e abranda a nossa natureza má e pervertida. O fogo do Espírito Santo gera poder para vencer as tentações.
Só é batismo do Espírito Santo quando sacramentado com fogo divino. E o fogo é santo quando purifica, santifica e produz arrependimento. Se isso não acontece é fogo falso "aceso pelo diabo".
Oremos: Senhor, meu Deus e Pai, queima o pecado que ainda existe dentro de mim. Envia do Teu altar uma brasa chamejante para purificar meus lábios e meu coração e minha igreja. Amém!
REFLEXÃO: "Ora, já me aquentei, já vi o fogo" (Is 44:16, ARC).
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