domingo, 2 de novembro de 2008

A Doutrina da Expiação - Comentário da Lição 06 - Expiação em símbolos – I

4º Trimestre de 2008 - A Doutrina da Expiação

Comentário da Lição 06 - Expiação em símbolos – I

 

 

sábado, 1/11/2008
› Introdução

Sabendo que não foi mediante coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados do vosso fútil procedimento que vossos pais vos legaram, mas pelo precioso sangue, como de Cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo". - I Ped. 1:18 e 19.

Deus criou o homem à Sua imagem e semelhança e colocou-o no jardim do Éden para viver vida eterna e feliz. Todavia, Adão foi vencido pelo inimigo e pecou. Adão devia morrer.

No entanto, Deus revelou a Adão o plano da salvação por meio da aliança eterna de Sua graça: "Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar". - Gên. 3:15

Para ensinar a Adão o processo da expiação, Deus usou um método simples mas dramático. Perante Adão e Eva, o primeiro cordeiro foi morto. Sem dúvida uma cena dramática para nossos primeiros pais. Sangue derramado e o dócil animal morrendo. Tipificava o "seu Descendente", que viria como Redentor e sofreria o castigo da sentença de morte, fazendo assim expiação da culpa e do pecado. O Descendente era Cristo, o Cordeiro de Deus. "No dia seguinte, viu João a Jesus que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo". - João 1:29.

No animal morto como substituto, o plano da expiação foi revelado para Adão como um dom da graça de Deus. Adão seria justificado por graça pela fé no Remidor vindouro. A lei moral não teria nenhuma participação no ato de justificação. Já havia desempenhado a sua parte: acusar e evidenciar o pecado de Adão. No processo de expiação o agente atuante seria outro: a graça de Deus por meio de Cristo Jesus. O método era típico, usando como substituto um animal inocente em lugar do transgressor culpado. O ensinamento sobre o processo da expiação partia do conhecido para o desconhecido, do terreno para o celestial, do mortal para o eterno, do símbolo para a Realidade.


Pense: "Adão e Eva, ao serem criados, tinham conhecimento da lei de Deus; estavam familiarizados com os reclamos da mesma relativamente a si; seus preceitos estavam escritos em seu coração". - PP. pág. 363.

Desafio: "O que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé". – I João 5:4 – NVI.



domingo, 2/11/2008
› Expiação e Sacrifícios Animais

Deus em Sua onisciência não enfrenta emergências imprevistas. Assim, quando Ele planejou a criação do universo e a criação de criaturas inteligentes, à Sua imagem e semelhança, com liberdade de escolha, Ele também estabeleceu o plano de salvação para a possível queda. A presciência de Deus não determina a predestinação. A presciência de Deus determina alternativas de ação da parte dEle, dependendo do uso da liberdade de escolha.

Prevendo a queda, fora estabelecido o plano de resgate. Declara o apóstolo Pedro: "Mas com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado. O qual, na verdade, em outro tempo foi conhecido, ainda antes da fundação do mundo, mas manifestado nestes últimos tempos por amor de vós". - I Ped. 1:19 e 20.

O plano determinava o tempo oportuno, quando Cristo viria a este mundo para executá-lo. Enquanto a plenitude deste tempo não chegasse ao seu cumprimento, o plano seria revelado e tornado hábil por meio de símbolos.

Neste processo, porém, avaliemos algumas questões importantes que esclarecem e dão compreensão. A lei ritual, dos símbolos, em si mesma expiava o pecado e justificava o pecador? Não. A morte do cordeiro em si mesmo expiava o pecado e justificava o pecador? Não. Como era então realizada a expiação e conferida a justificação? Pela fé. Fé no que? Na lei dos símbolos? Não. No cordeiro morto? Não. Onde ou em quem então centralizava-se a fé? A fé centralizava-se no Redentor vindouro. "Porque eu sei que o meu Redentor vive, e por fim se levantará sobre a terra". - Jó 19:25.


Pense: "Tomai, pois, irmãos, conhecimento de que se vos anuncia remissão de pecados por intermédio dEste; e por meio dEle todo o que crê é justificado de todas as coisas das quais vós não pudestes ser justificados pela lei de Moisés". - Atos 13:38 e 39.

Desafio: "Quando nossos olhos penetram pela fé no santuário e percebem a realidade da importância e santidade da obra que ali é feita, qualquer traço de egoísmo natural será abominado por nós. O pecado será visto como é na realidade - transgressão da santa lei de Deus. A expiação será melhor compreendida e, através de uma fé viva e ativa, perceberemos que qualquer virtude que a humanidade possua só existe por Jesus Cristo, o Redentor do mundo". - RH. 22/12/1896. - Lição ES. Out-Dez. 1996, pág. 5A.



segunda-feira, 3/11/2008
› Pecado e Impureza

Todo pecado gera impureza porque o pecado em si mesmo é impuro. "Muitos que pecaram anteriormente e não se arrependeram da impureza". "O Senhor castigará todas essas práticas, como já lhes dissemos e asseguramos. Porque Deus não nos chamou para a impureza, mas para a santidade". – II Cor. 12:21 e I Tess. 4:7 – NVI.

Nem toda a impureza é pecado, mas é uma conseqüência do pecado. Avaliemos a declaração: "Quando uma mulher engravidar e der à luz um menino, estará impura por sete dias". – Lev. 12:2 – NVI. O ato de gerar um filho é pecado? Há, no entanto, algumas conseqüências no ato de dar à luz uma criança que criam situações de impureza. O corpo da mulher deve libertar-se de maneira natural de todos os fatores que de alguma forma participam do ato de dar à luz. Foram úteis durante a gestação e até mesmo no processo de nascimento, mas não mais são necessários para a criança que nasceu. Hoje, a medicina auxilia muito neste processo de normalizar o corpo da mulher após o nascimento do bebê. Especular de como seria o nascimento de uma criança em um ambiente sem pecado, nada contribuirá para o tema em foco.


Pense: "Entre vocês não deve haver nem sequer menção de imoralidade sexual como também de nenhuma espécie de impureza e de cobiça; pois essas coisas não são próprias para os santos". – Ef. 5:3 – NVI.

Desafio: "Tendo, pois, ó amados, tais promessas, purifiquemo-nos de toda impureza, tanto da carne como do espírito, aperfeiçoando a nossa santidade no amor de Deus". – II Cor. 7:1 – ARA.



terça-feira, 4/11/2008
› Os Sacrifícios

Qual o procedimento do israelita em face do pecado? Levíticos capítulo quatro tem as orientações bem claras e definidas de como deviam proceder. Quando pecavam contra qualquer dos mandamentos do Senhor, eles recorriam à lei cerimonial com seus ritos e sacrifícios, e desta maneira o seu pecado lhes era perdoado. "Disse mais o Senhor a Moisés: Quando alguém pecar por ignorância contra qualquer dos mandamentos do Senhor... se o sacerdote ungido pecar,... Mas se toda a congregação de Israel pecar... Quando um príncipe pecar,... Se qualquer pessoa do povo da terra pecar,... E, se alguma pessoa pecar,... assim, o sacerdote, por essa pessoa, fará expiação do seu pecado que cometeu, e lhe será perdoado". - Lev. 4:1, 2, 3, 13, 22, 27, 5:17 e 4:35 - ARA.

Para obter o perdão e ser declarado justo, o transgressor recorria ao sacrifício de inocente animal acompanhado dos ritos cerimoniais. Na apresentação e sacrifício do inocente substituto, o pecador estava expressando o seu arrependimento e fazendo a confissão de seus pecados e conseqüentemente pedindo o perdão, a expiação e a justificação. O animal que morria em favor do pecador, tipificava Cristo. O perdão era obtido não pela fé no sangue do animal, mas pela fé no sangue de Quem ele tipificava. O arrependimento e a confissão sinceros sempre eram aceitos por Deus em demonstrações que transmitiam esta certeza para o suplicante. Cumprido o ritual, tornava para casa jubiloso sentindo-se reconciliado com Deus, o Pai, de quem se separara pela transgressão da lei moral.


Pense: "Pois eu mesmo reconheço as minhas transgressões, e o meu pecado sempre me persegue". – Salmo 51:3 – NVI.

Desafio: "Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para perdoar os nossos pecados e nos purificar de toda injustiça". - I João 1:9 – NVI.



quarta-feira, 5/11/2008
› Remoção do Pecado/Impureza

O pecado contaminou, sujou a capital do corpo humano, a sua mente, a consciência. A sujeira é tamanha que o homem "é propenso para o mal". – Êx. 32:22 – NVI. A malignidade da sujeira do pecado é tão grande, é tão imunda que somente pode ser purificada com sangue. No entanto, unicamente o sangue de um, e de mais ninguém, "o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado". – I João 1:7.

Avaliemos as duas declarações: Jesus remove o pecado e Jesus purifica do pecado. A remoção significa tirar o pecado; a purificação significa destruir o pecado. Na restauração final e completa do homem e do meio ambiente, não restarão lembranças de pecados, mas somente da tragédia do pecado.

No serviço do santuário, nos sacrifícios diários os pecados confessados eram removidos, tirados do pecador pelo sangue do animal substituto e transferidos para o santuário. No dia da expiação, processava-se a purificação do ambiente do santuário e os pecados eram destruídos, também por meio de sangue. Os pecados eram transferidos para o bode emissário que era enviado para o deserto, onde simbolicamente eram apagados, destruídos. No final do milênio, com a destruição de Satanás e de todos os pecadores impenitentes, o pecado será destruído e nunca mais terá existência. O pecado não pode subsistir em um ambiente santo e puro.

A única lembrança da tragédia do pecado serão as mãos, os pés e o lado de Jesus. O profeta Naum proclama: "Não se levantará por duas vezes a angústia". – Naum 1:9.


Pense: "Sendo assim, aproximemo-nos de Deus com um coração sincero e com plena convicção de fé, tendo os corações aspergidos para nos purificar de uma consciência culpada, e tendo os nossos corpos lavados com água pura". – Heb. 10:22 – NVI.

Desafio: "Há um só poder capaz de romper no coração do homem a força do mal, e esse é o poder de Deus em Jesus Cristo. Unicamente pelo sangue do Crucificado pode haver purificação do pecado". – TS. Vol. III, pág. 269.



quinta-feira, 6/11/2008
› Outros Sacrifícios

Todo o sistema ritual instituído por Deus para o povo de Israel era educativo. Importantes lições espirituais eram ministradas para o povo, instruindo-o no correto relacionamento para com Ele. Os privilégios e deveres da experiência espiritual eram transmitidos pela prática de ritos típicos. Cada rito tipificava aspectos específicos e sua repetição constituía-se um programa permanente de ensino.

A grande lição objetiva do conjunto do ritualismo era ensinar ao homem pecador o correto posicionamento e relacionamento de Deus para com o homem e do homem para com Deus. Ensinar ao homem a soberana e suprema autoridade divina, o senso de dependência do homem e o problema do pecado, bem como a sua solução.

Holocaustos - Como resposta ao amor de Deus, provendo o Redentor, o homem apresentava o seu holocausto ou oferta queimada. (Lev. 1:1-7). Não era uma oferta preceitual, mas voluntária. O ofertante possuía a liberdade para escolher o animal, entre os normalmente usados. Assim como o sacrifício contínuo simbolizava a total entrega de Deus em favor do homem, executando em Si mesmo a sentença da transgressão, o holocausto era a resposta do homem, entregando-se inteiramente a Deus, em um ato de louvor e gratidão por tão grande livramento. Tipificando a entrega total, era inteiramente queimado.

Pacíficos - Os sacrifícios pacíficos eram oferecidos como um ato de gratidão por uma bênção especial. Quando recebia uma bênção inesperada, o israelita agradecido, trazia sua oferta "por ações de graça." - Lev. 7:12. (Leia nota adicional sobre quinta-feira do autor)


Pense: "Portanto, irmãos, rogo-lhes pelas misericórdias de Deus que se ofereçam em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus; este é o culto racional de vocês. Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa agradável e perfeita vontade de Deus". – Rom. 12:1 e 2 – NVI.

Desafio: "Quem me oferece sua gratidão como sacrifício, honra-me e eu mostrarei a salvação de Deus ao que anda nos meus caminhos". – Salmo 50:23 – NVI.



sexta-feira, 7/11/2008
› Estudo Adicional

No que realmente consistiu o pecado de Adão? Ele desobedeceu uma ordem: não tomar do fruto proibido. É a lei. Esta é uma resposta simplista, no entanto, é assim que os escritores comissionados por Deus o declaram. Paulo, coloca o ato de Adão nestas palavras : "Porque, como pela desobediência de um só homem muitos se tornaram pecadores...". - Rom. 5:19. – ARA.

"Adão e Eva, ao serem criados, tinham conhecimento da lei de Deus; estavam familiarizados com os reclamos da mesma relativamente a si; seus preceitos estavam escritos em seu coração". - PP. pág. 363.

A lei escrita no coração revela que o relacionamento entre Deus e suas criaturas, desde o princípio foi estabelecido sobre o firme fundamento do amor e da justiça. Sem dúvida, os dias vividos no lar Edênico, foram usados por Deus para instruir Adão e Eva em relação à Sua vontade.

A experiência espiritual vivida por nossos primeiros pais era de companheirismo em perfeita harmonia com o Criador. Não necessitavam da lei moral escrita, pois esta estava gravada em seu coração e em sua mente. Viviam o relacionamento de intimidade do qual fala o profeta Jeremias que era o objetivo de Deus para seu povo Israel e é o mesmo para seus filhos hoje: "Porque esta é a aliança que firmarei com a casa de Israel, depois daqueles dias, diz o Senhor. Na mente lhes imprimirei as minhas leis, também no coração lhas inscreverei; eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo". - Jer. 31:33.

A verdade é que em qualquer direcionamento, para o bem ou para o mal, é o relacionamento que determina a conduta. Dos discípulos de Jesus foi dito: "Reconhecendo que eram companheiros de Jesus". - At. 4:13 - TEB.


Pense: "Se afirmamos que estamos sem pecado, enganamos a nós mesmos, e a verdade não está em nós". – I João 1:8 – NVI.

Desafio: "Aquele que afirma que permanece nele, deve andar com ele andou". – I João 2:6 – NVI.


 

Conheça o autor

Pr. Albino Marks
Especialista em aconselhamento familiar e profundo estudioso da Bíblia, o pastor Albino Marks já atuou como preceptor (IAP, IACS, IAE-SP); capelão (IACS e Hospital do Pênfigo); diretor geral do IAP; departamental em várias associações e na UCB.

 

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FONTE: http://www.escolanoar.org.br/Novo/impressao.asp?nivel=adultos_pt&data=7/11/2008