22 a 29 de novembro |
Metáforas da salvação |
Sábado à tarde | Ano Bíblico: 1Co 5–7 |
Verso para Memorizar: "Deus ofereceu Cristo como sacrifício para que, pela Sua morte na cruz, Cristo Se tornasse o meio de as pessoas receberem o perdão dos seus pecados, pela fé nEle" (Romanos 3:25, NTLH). |
Leituras da semana: Rm 2:1-29; 3:19-26; 2Co 5:18-21; 1Jo 4:7-11
Portanto, és indesculpável, ó homem, quando julgas, quem quer que sejas; porque, no que julgas a outro, a ti mesmo te condenas; pois praticas as próprias coisas que condenas. Bem sabemos que o juízo de Deus é segundo a verdade contra os que praticam tais coisas. Tu, ó homem, que condenas os que praticam tais coisas e fazes as mesmas, pensas que te livrarás do juízo de Deus? Ou desprezas a riqueza da sua bondade, e tolerância, e longanimidade, ignorando que a bondade de Deus é que te conduz ao arrependimento? Mas, segundo a tua dureza e coração impenitente, acumulas contra ti mesmo ira para o dia da ira e da revelação do justo juízo de Deus, que retribuirá a cada um segundo o seu procedimento: a vida eterna aos que, perseverando em fazer o bem, procuram glória, honra e incorruptibilidade; mas ira e indignação aos facciosos, que desobedecem à verdade e obedecem à injustiça. Tribulação e angústia virão sobre a alma de qualquer homem que faz o mal, ao judeu primeiro e também ao grego; glória, porém, e honra, e paz a todo aquele que pratica o bem, ao judeu primeiro e também ao grego. Porque para com Deus não há acepção de pessoas. Assim, pois, todos os que pecaram sem lei também sem lei perecerão; e todos os que com lei pecaram mediante lei serão julgados. Porque os simples ouvidores da lei não são justos diante de Deus, mas os que praticam a lei hão de ser justificados. Quando, pois, os gentios, que não têm lei, procedem, por natureza, de conformidade com a lei, não tendo lei, servem eles de lei para si mesmos. Estes mostram a norma da lei gravada no seu coração, testemunhando-lhes também a consciência e os seus pensamentos, mutuamente acusando-se ou defendendo-se, no dia em que Deus, por meio de Cristo Jesus, julgar os segredos dos homens, de conformidade com o meu evangelho. Se, porém, tu, que tens por sobrenome judeu, e repousas na lei, e te glorias em Deus; que conheces a sua vontade e aprovas as coisas excelentes, sendo instruído na lei; que estás persuadido de que és guia dos cegos, luz dos que se encontram em trevas, instrutor de ignorantes, mestre de crianças, tendo na lei a forma da sabedoria e da verdade; tu, pois, que ensinas a outrem, não te ensinas a ti mesmo? Tu, que pregas que não se deve furtar, furtas? Dizes que não se deve cometer adultério e o cometes? Abominas os ídolos e lhes roubas os templos? Tu, que te glorias na lei, desonras a Deus pela transgressão da lei? Pois, como está escrito, o nome de Deus é blasfemado entre os gentios por vossa causa. Porque a circuncisão tem valor se praticares a lei; se és, porém, transgressor da lei, a tua circuncisão já se tornou incircuncisão. Se, pois, a incircuncisão observa os preceitos da lei, não será ela, porventura, considerada como circuncisão? E, se aquele que é incircunciso por natureza cumpre a lei, certamente, ele te julgará a ti, que, não obstante a letra e a circuncisão, és transgressor da lei. Porque não é judeu quem o é apenas exteriormente, nem é circuncisão a que é somente na carne. Porém judeu é aquele que o é interiormente, e circuncisão, a que é do coração, no espírito, não segundo a letra, e cujo louvor não procede dos homens, mas de Deus." (Rom. 2)
Ora, sabemos que tudo o que a lei diz, aos que vivem na lei o diz para que se cale toda boca, e todo o mundo seja culpável perante Deus, visto que ninguém será justificado diante dele por obras da lei, em razão de que pela lei vem o pleno conhecimento do pecado. Mas agora, sem lei, se manifestou a justiça de Deus testemunhada pela lei e pelos profetas; justiça de Deus mediante a fé em Jesus Cristo, para todos [e sobre todos] os que crêem; porque não há distinção, pois todos pecaram e carecem da glória de Deus, sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus, a quem Deus propôs, no seu sangue, como propiciação, mediante a fé, para manifestar a sua justiça, por ter Deus, na sua tolerância, deixado impunes os pecados anteriormente cometidos; tendo em vista a manifestação da sua justiça no tempo presente, para ele mesmo ser justo e o justificador daquele que tem fé em Jesus. (Rom. 3:19-26)
Ora, tudo provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo e nos deu o ministério da reconciliação, a saber, que Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões, e nos confiou a palavra da reconciliação. De sorte que somos embaixadores em nome de Cristo, como se Deus exortasse por nosso intermédio. Em nome de Cristo, pois, rogamos que vos reconcilieis com Deus. Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus. (2 Cor. 5:18-21)
Amados, amemo-nos uns aos outros, porque o amor procede de Deus; e todo aquele que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. Aquele que não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor. Nisto se manifestou o amor de Deus em nós: em haver Deus enviado o seu Filho unigênito ao mundo, para vivermos por meio dele. Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou o seu Filho como propiciação pelos nossos pecados. Amados, se Deus de tal maneira nos amou, devemos nós também amar uns aos outros. (1 João 4:7-11)
Pensamento-chave: Resumir algumas das figuras que o Novo Testamento usa para interpretar a morte de Cristo.
Nenhuma imagem ou idéia, sozinha, é suficientemente grande para expressar todo o significado da morte de Cristo. Alguns argumentam que a morte de Cristo foi um resgate pago para nos libertar dos poderes do mal; outros afirmam que foi uma revelação sublime do amor de Deus, e que nos transforma. Alguns dizem que foi um sacrifício expiatório e que remove o pecado como uma barreira entre nós e Deus; alguns insistem que foi um ato de reconciliação, e outros, ainda, que foi uma declaração de absolvição. A verdade é que a morte de Cristo é tudo isso e muito mais. Não é possível trazer o pleno significado da morte de Cristo sob um conceito abrangente, embora algumas imagens sejam centrais, como a substituição sacrifical. Nesta semana, vamos estudar algumas das imagens-chave utilizadas para expressar o dom maravilhoso que recebemos pela morte de Jesus na cruz.
Ano Bíblico: 1Co 8–10 |
Redenção
1. Como você entende o conceito de "redenção"? Mc 10:45; Gl 3:13; Ef 1:7; 1Pe 1:18, 19
Pois o próprio Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos. (Mar. 10:45)
Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se ele próprio maldição em nosso lugar (porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado em madeiro), (Gál. 3:13)
no qual temos a redenção, pelo seu sangue, a remissão dos pecados, segundo a riqueza da sua graça, (Efés. 1:7)
sabendo que não foi mediante coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados do vosso fútil procedimento que vossos pais vos legaram, mas pelo precioso sangue, como de cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo, (1 Ped. 1:18-19)
Resposta sugestiva - Pergunta 1: Resgate pago pela liberdade de algum cativo.
Redenção é a libertação de uma dívida ou da escravidão pelo pagamento de um resgate, e é uma imagem usada no Novo Testamento para interpretar a morte de Cristo. Nesta idéia, o mundo todo se tornou prisioneiro do pecado, e a lei era o carcereiro (Gl 3:22, 23).
Mas a Escritura encerrou tudo sob o pecado, para que, mediante a fé em Jesus Cristo, fosse a promessa concedida aos que crêem. Mas, antes que viesse a fé, estávamos sob a tutela da lei e nela encerrados, para essa fé que, de futuro, haveria de revelar-se. (Gál. 3:22-23)
Como escravos do pecado, os seres humanos estavam destinados à morte eterna (Rm 6:6, 23).
sabendo isto: que foi crucificado com ele o nosso velho homem, para que o corpo do pecado seja destruído, e não sirvamos o pecado como escravos; (Rom. 6:6)
porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor. (Rom. 6:23)
A dívida só poderia ser paga pela renúncia à própria vida. Então, Cristo veio e pagou o preço da nossa redenção, tornando disponível a vida a todos os que cressem nEle. Esses indivíduos eram "escravos do pecado", mas agora "libertados do pecado, ..." se tornaram "servos da justiça" (Rm 6:17, 18).
Mas graças a Deus porque, outrora, escravos do pecado, contudo, viestes a obedecer de coração à forma de doutrina a que fostes entregues; e, uma vez libertados do pecado, fostes feitos servos da justiça. (Rom. 6:17-18)
Cristo também nos redimiu da "maldição da lei" (Gl 3:13, NIV). A maldição da lei é a reivindicação feita contra a vida dos que a violaram (v. 10).
Todos quantos, pois, são das obras da lei estão debaixo de maldição; porque está escrito: Maldito todo aquele que não permanece em todas as coisas escritas no Livro da lei, para praticá-las. (Gál. 3:10)
A lei, em si, não pode nos salvar de sua sentença de morte, porque não pode nos devolver a vida (v. 21); ela simplesmente fornece a base legal para a morte do culpado.
É, porventura, a lei contrária às promessas de Deus? De modo nenhum! Porque, se fosse promulgada uma lei que pudesse dar vida, a justiça, na verdade, seria procedente de lei. (Gál. 3:21)
A solução de Deus foi revelada quando Ele "enviou Seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, para resgatar os que estavam sob a lei, a fim de que recebêssemos a adoção de filhos" (Gl 4:4, 5).
vindo, porém, a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, para resgatar os que estavam sob a lei, a fim de que recebêssemos a adoção de filhos. (Gál. 4:4-5)
Cristo também "a Si mesmo Se deu por nós, a fim de remir-nos de toda iniqüidade e purificar, para Si mesmo, um povo exclusivamente Seu, zeloso de boas obras" (Tt 2:14).
o qual a si mesmo se deu por nós, a fim de remir-nos de toda iniqüidade e purificar, para si mesmo, um povo exclusivamente seu, zeloso de boas obras. (Tito 2:14)
Então, redenção inclui o processo de santificação, a purificação de nossa vida. Isso pressupõe que, na cruz, Cristo pagou nossa dívida, nos concedeu perdão dos pecados (Ef 1:7) e nos deu o dom da justificação (Rm 3:24).
no qual temos a redenção, pelo seu sangue, a remissão dos pecados, segundo a riqueza da sua graça, (Efés. 1:7)
sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus, (Rom. 3:24)
Em outras palavras, livres da condenação do pecado, pelo dom que Cristo nos comprou (o perdão de nossos pecados), fomos justificados pela fé em Cristo.
Deus não poderia ignorar o pecado, fingindo que ele nunca existiu. Ele satisfez Suas próprias demandas morais pagando Ele mesmo o resgate. Ele comprou de volta o direito de existência da raça humana e todo o planeta. Quer reconheçamos isso, quer não, todos nós pertencemos a Deus.
Leia 1 Coríntios 6:20. Porque fostes comprados por preço. Agora, pois, glorificai a Deus no vosso corpo. (1 Cor. 6:20) Pelo sangue de Cristo, que efeito nossa redenção deve ter sobre nossa vida diária? Qual é o valor de um presente se a pessoa a quem é oferecido nunca o aceitar? |
Ano Bíblico: 1Co 11–13 |
Reconciliação
2. O que é reconciliação? 2 Co 5:18-21
Ora, tudo provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo e nos deu o ministério da reconciliação, a saber, que Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões, e nos confiou a palavra da reconciliação. De sorte que somos embaixadores em nome de Cristo, como se Deus exortasse por nosso intermédio. Em nome de Cristo, pois, rogamos que vos reconcilieis com Deus. Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus. (2 Cor. 5:18-21)
Resposta sugestiva - Pergunta 2: Restabelecimento de relações entre pessoas.
Reconciliação é a restauração de relações pacíficas entre pessoas ou grupos que eram inimigos. Normalmente, é necessário um mediador ou negociador. Essa prática foi usada por Paulo para explicar a cruz.
Primeiro, Deus tomou a iniciativa de reconciliar os pecadores a Si mesmo; em outras palavras, apesar de nosso pecado, Deus ainda nos amou.
Segundo, Deus usou um Mediador por quem a reconciliação se tornou possível. Ele "nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo" (2Co 5:18); Ele "estava em Cristo reconciliando consigo o mundo" (v. 19).
Ora, tudo provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo e nos deu o ministério da reconciliação, (2 Cor. 5:18)
a saber, que Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões, e nos confiou a palavra da reconciliação. (2 Cor. 5:19)
Essa declaração sugere uma distância intransponível entre Deus e os seres humanos, exigindo um Mediador.
Terceiro, o objeto da reconciliação é definido como "nós" e o "mundo". Deus "nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo" (v. 18).
Ora, tudo provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo e nos deu o ministério da reconciliação, (2 Cor. 5:18)
O verbo está no passado, indicando que a ação está completa. Significa que os crentes desfrutam os benefícios e a plenitude da reconciliação agora mesmo. Com relação ao mundo, lemos que "Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo" (v. 19).
a saber, que Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões, e nos confiou a palavra da reconciliação. (2 Cor. 5:19)
O contexto indica que a reconciliação do mundo ainda está em curso; não é, como com os crentes, um evento completo.
Quarto, a reconciliação como um processo é formada por duas ações divinas. Uma é o ato divino de reconciliação na cruz, definida como "não imputando aos homens as suas transgressões" (v. 19).
a saber, que Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões, e nos confiou a palavra da reconciliação. (2 Cor. 5:19)
O pecado era a barreira que tornava impossível para Deus reconciliar os seres humanos consigo mesmo. Conseqüentemente, por natureza, éramos objetos de Sua ira. Mas Ele decidiu permitir que Seu amor fluísse livremente em direção a nós, removendo a barreira do pecado. Sob a perspectiva divina, reconciliação é a remoção dessa barreira. O outro aspecto da reconciliação é o ministério de reconciliação (v. 18), a proclamação da mensagem de reconciliação (v. 19) confiada a nós.
Ora, tudo provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo e nos deu o ministério da reconciliação, (2 Cor. 5:18)
a saber, que Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões, e nos confiou a palavra da reconciliação. (2 Cor. 5:19)
"Somos embaixadores de Cristo" (v. 20) e, como tal, é o próprio Deus que está "fazendo Seu apelo por nosso intermédio. ... Reconciliem-se com Deus" (v. 20, NVI).
De sorte que somos embaixadores em nome de Cristo, como se Deus exortasse por nosso intermédio. Em nome de Cristo, pois, rogamos que vos reconcilieis com Deus. (2 Cor. 5:20)
É por esse ministério que a reconciliação alcança seu ideal, que é o fim da hostilidade humana contra Deus.
Existe alguém com quem você precisa ser reconciliado? Neste caso, como a compreensão da reconciliação feita por Jesus em seu favor o ajuda a se reconciliar com outros? |
Ano Bíblico: 1Co 14–16 |
Justificação
Fundamentalmente, justificação é um termo legal que se refere à absolvição de alguém que foi acusado de um crime mas foi considerado inocente em um tribunal. Esse conceito também foi usado no Novo Testamento para descrever o significado da cruz.
3. Por que Paulo contrasta a justificação pela fé com a obediência à lei, e como isso nos ajuda a entender a justificação? Rm 3:19-24
Ora, sabemos que tudo o que a lei diz, aos que vivem na lei o diz para que se cale toda boca, e todo o mundo seja culpável perante Deus, visto que ninguém será justificado diante dele por obras da lei, em razão de que pela lei vem o pleno conhecimento do pecado. Mas agora, sem lei, se manifestou a justiça de Deus testemunhada pela lei e pelos profetas; justiça de Deus mediante a fé em Jesus Cristo, para todos [e sobre todos] os que crêem; porque não há distinção, pois todos pecaram e carecem da glória de Deus, sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus, (Rom. 3:19-24)
Resposta sugestiva - Pergunta 3: Para mostrar que a justificação provém unicamente pela graça mediante a fé.
Alguns pontos podem ser notados nestes versos: Primeiro, o linguajar jurídico significa que os seres humanos foram acusados de um crime. Neste caso em particular, mediante a acusação, os seres humanos foram encontrados culpados; quer dizer, estão todos sob a condenação da lei (Romanos 2).
Portanto, és indesculpável, ó homem, quando julgas, quem quer que sejas; porque, no que julgas a outro, a ti mesmo te condenas; pois praticas as próprias coisas que condenas. Bem sabemos que o juízo de Deus é segundo a verdade contra os que praticam tais coisas. Tu, ó homem, que condenas os que praticam tais coisas e fazes as mesmas, pensas que te livrarás do juízo de Deus? Ou desprezas a riqueza da sua bondade, e tolerância, e longanimidade, ignorando que a bondade de Deus é que te conduz ao arrependimento? Mas, segundo a tua dureza e coração impenitente, acumulas contra ti mesmo ira para o dia da ira e da revelação do justo juízo de Deus, que retribuirá a cada um segundo o seu procedimento: a vida eterna aos que, perseverando em fazer o bem, procuram glória, honra e incorruptibilidade; mas ira e indignação aos facciosos, que desobedecem à verdade e obedecem à injustiça. Tribulação e angústia virão sobre a alma de qualquer homem que faz o mal, ao judeu primeiro e também ao grego; glória, porém, e honra, e paz a todo aquele que pratica o bem, ao judeu primeiro e também ao grego. Porque para com Deus não há acepção de pessoas. Assim, pois, todos os que pecaram sem lei também sem lei perecerão; e todos os que com lei pecaram mediante lei serão julgados. Porque os simples ouvidores da lei não são justos diante de Deus, mas os que praticam a lei hão de ser justificados. Quando, pois, os gentios, que não têm lei, procedem, por natureza, de conformidade com a lei, não tendo lei, servem eles de lei para si mesmos. Estes mostram a norma da lei gravada no seu coração, testemunhando-lhes também a consciência e os seus pensamentos, mutuamente acusando-se ou defendendo-se, no dia em que Deus, por meio de Cristo Jesus, julgar os segredos dos homens, de conformidade com o meu evangelho. Se, porém, tu, que tens por sobrenome judeu, e repousas na lei, e te glorias em Deus; que conheces a sua vontade e aprovas as coisas excelentes, sendo instruído na lei; que estás persuadido de que és guia dos cegos, luz dos que se encontram em trevas, instrutor de ignorantes, mestre de crianças, tendo na lei a forma da sabedoria e da verdade; tu, pois, que ensinas a outrem, não te ensinas a ti mesmo? Tu, que pregas que não se deve furtar, furtas? Dizes que não se deve cometer adultério e o cometes? Abominas os ídolos e lhes roubas os templos? Tu, que te glorias na lei, desonras a Deus pela transgressão da lei? Pois, como está escrito, o nome de Deus é blasfemado entre os gentios por vossa causa. Porque a circuncisão tem valor se praticares a lei; se és, porém, transgressor da lei, a tua circuncisão já se tornou incircuncisão. Se, pois, a incircuncisão observa os preceitos da lei, não será ela, porventura, considerada como circuncisão? E, se aquele que é incircunciso por natureza cumpre a lei, certamente, ele te julgará a ti, que, não obstante a letra e a circuncisão, és transgressor da lei. Porque não é judeu quem o é apenas exteriormente, nem é circuncisão a que é somente na carne. Porém judeu é aquele que o é interiormente, e circuncisão, a que é do coração, no espírito, não segundo a letra, e cujo louvor não procede dos homens, mas de Deus." (Rom. 2)
Segundo, Deus forneceu aos seres humanos uma saída da dificuldade. "Agora", com a vinda de Cristo, "se manifestou uma justiça que provém de Deus, independente da lei", isto é, não determinada pela nossa obediência à lei (Rm 3:21, NVI). Paulo explica que essa "justiça de Deus [vem] mediante a fé em Jesus Cristo para todos os que crêem" (v. 22, NVI). Justiça, aqui, se refere não simplesmente à declaração divina de absolvição mas, particularmente, nossa participação pela fé na ação salvífica de Deus em Cristo.
Terceiro, essa justificação é dirigida tanto aos judeus como aos gentios (v. 22, 29).
justiça de Deus mediante a fé em Jesus Cristo, para todos [e sobre todos] os que crêem; porque não há distinção, (Rom. 3:22)
É, porventura, Deus somente dos judeus? Não o é também dos gentios? Sim, também dos gentios, (Rom. 3:29)
Deus não faz distinção de pessoas: Todos são pecadores, e todos são justificados "gratuitamente, por Sua graça" (v. 24).
sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus, (Rom. 3:24)
Conseqüentemente, a solução para a dificuldade humana é a justificação que vem pela fé a todos os que crêem. Esse dom de salvação é acompanhado da recepção do Espírito que nos habilita a andar em novidade de vida (Gl 3:2, 3; Rm 6:4).
Quero apenas saber isto de vós: recebestes o Espírito pelas obras da lei ou pela pregação da fé? Sois assim insensatos que, tendo começado no Espírito, estejais, agora, vos aperfeiçoando na carne? (Gál. 3:2-3)
Fomos, pois, sepultados com ele na morte pelo batismo; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também andemos nós em novidade de vida. (Rom. 6:4)
Quarto, a decisão de Deus é justificável pela obra redentiva de Cristo. Aqui, temos a combinação de duas imagens, redenção e justificação, que descrevem e fornecem a base legal para a decisão de Deus de justificar aqueles que aceitam a justiça de Cristo (Rm 4:3-6).
Pois que diz a Escritura? Abraão creu em Deus, e isso lhe foi imputado para justiça. Ora, ao que trabalha, o salário não é considerado como favor, e sim como dívida. Mas, ao que não trabalha, porém crê naquele que justifica o ímpio, a sua fé lhe é atribuída como justiça. E é assim também que Davi declara ser bem-aventurado o homem a quem Deus atribui justiça, independentemente de obras: (Rom. 4:3-6)
Deus pode fazer o inimaginável porque Cristo tomou sobre Si o nosso pecado e morreu em nosso lugar (2Co 5:21).
Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus. (2 Cor. 5:21)
Leia novamente Romanos 3:19-24. Ora, sabemos que tudo o que a lei diz, aos que vivem na lei o diz para que se cale toda boca, e todo o mundo seja culpável perante Deus, visto que ninguém será justificado diante dele por obras da lei, em razão de que pela lei vem o pleno conhecimento do pecado. Mas agora, sem lei, se manifestou a justiça de Deus testemunhada pela lei e pelos profetas; justiça de Deus mediante a fé em Jesus Cristo, para todos [e sobre todos] os que crêem; porque não há distinção, pois todos pecaram e carecem da glória de Deus, sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus, (Rom. 3:19-24) Aplique essa mensagem a você mesmo. O que você encontra nesse texto que o ajuda a perceber como pode estar bem com Deus? |
Ano Bíblico: 2Co 1–4 |
Sacrifício expiatório
4. O que o sacrifício de Cristo fez por nós? Rm 3:25, 26
a quem Deus propôs, no seu sangue, como propiciação, mediante a fé, para manifestar a sua justiça, por ter Deus, na sua tolerância, deixado impunes os pecados anteriormente cometidos; tendo em vista a manifestação da sua justiça no tempo presente, para ele mesmo ser justo e o justificador daquele que tem fé em Jesus. (Rom. 3:25-26)
Resposta sugestiva - Pergunta 4: Dando Sua vida pela nossa vida, Seu sangue pela nossa justificação.
O uso específico da palavra propiciação para designar a morte de Cristo não é simbólico ou metafórico, mas expressa a realidade do que aconteceu; Cristo Se sacrificou por nós. Os sacrifícios do Antigo Testamento eram meras representações desse sacrifício verdadeiro e genuíno, que se situa no cerne do que Deus fez por nós.
Primeiro, esse sacrifício foi fornecido pelo próprio Deus para restabelecer nossa relação com Ele (Rm 3:25).
a quem Deus propôs, no seu sangue, como propiciação, mediante a fé, para manifestar a sua justiça, por ter Deus, na sua tolerância, deixado impunes os pecados anteriormente cometidos; (Rom. 3:25)
O que não podíamos fazer, Deus fez por nós na pessoa de Seu Filho. Segundo, esse foi um ato de substituição. Cristo é descrito como sendo sem pecado, sem qualquer defeito; mas foi oferecido como oferta de pecado (Rm 8:3; 2Co 5:21).
Porquanto o que fora impossível à lei, no que estava enferma pela carne, isso fez Deus enviando o seu próprio Filho em semelhança de carne pecaminosa e no tocante ao pecado; e, com efeito, condenou Deus, na carne, o pecado, (Rom. 8:3)
Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus. (2 Cor. 5:21)
Ele levou nossos pecados na cruz e morreu por nós e em nosso lugar (1Pe 2:21-24).
Porquanto para isto mesmo fostes chamados, pois que também Cristo sofreu em vosso lugar, deixando-vos exemplo para seguirdes os seus passos, o qual não cometeu pecado, nem dolo algum se achou em sua boca; pois ele, quando ultrajado, não revidava com ultraje; quando maltratado, não fazia ameaças, mas entregava-se àquele que julga retamente, carregando ele mesmo em seu corpo, sobre o madeiro, os nossos pecados, para que nós, mortos para os pecados, vivamos para a justiça; por suas chagas, fostes sarados. (1 Ped. 2:21-24)
Levando nosso pecado sobre Si, Ele nos purificou e nos devolveu à unidade com Deus.
Terceiro, o sacrifício de Cristo é propiciatório no sentido de que nos libertou da ira de Deus. Em Romanos, Paulo introduz o sacrifício de Cristo depois de demonstrar que o mundo estava sob o pecado e legalmente sob a condenação de Deus (Rm 1–3). A ira de Deus já estava se fazendo apresentar contra as injustiças e perversões humanas (Rm 1:18).
A ira de Deus se revela do céu contra toda impiedade e perversão dos homens que detêm a verdade pela injustiça; (Rom. 1:18)
Pelo sacrifício de Cristo, somos libertados dessa ira, e o amor de Deus nos alcança em salvação. Propiciação não significa que Cristo persuadiu o Pai a nos amar; significa que o sacrifício de Cristo tornou possível que o amor de Deus nos alcançasse. Cristo experimentou a ira de Deus contra o pecado para que não tivéssemos que experimentá-la nós mesmos. Conseqüentemente, a cruz não é apenas o lugar em que o amor de Deus se revela, mas também o lugar em que Sua ira contra o pecado se manifestou.
Quarto, o sacrifício de Cristo expressa, isto é, põe em prática e fornece a fundamentação legal para a vontade de Deus de nos salvar. Nossa redenção e reconciliação não teria sido possível sem o sangue sacrifical de Cristo (At 20:28; Cl 1:20; Ap 5:9).
Atendei por vós e por todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu bispos, para pastoreardes a igreja de Deus, a qual ele comprou com o seu próprio sangue. (Atos 20:28)
e que, havendo feito a paz pelo sangue da sua cruz, por meio dele, reconciliasse consigo mesmo todas as coisas, quer sobre a terra, quer nos céus. (Col. 1:20)
e entoavam novo cântico, dizendo: Digno és de tomar o livro e de abrir-lhe os selos, porque foste morto e com o teu sangue compraste para Deus os que procedem de toda tribo, língua, povo e nação (Apoc. 5:9)
É por causa de Sua morte na cruz como a vítima sacrifical, única e sem igual, que Deus pode justificar aqueles que crêem (Rm 5:9).
Logo, muito mais agora, sendo justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira. (Rom. 5:9)
Ao condenar o pecado em Cristo, Deus demonstrou que é justo quando justifica aqueles que nEle crêem (Rm 3:26).
tendo em vista a manifestação da sua justiça no tempo presente, para ele mesmo ser justo e o justificador daquele que tem fé em Jesus. (Rom. 3:26)
Ano Bíblico: 2Co 5–7 |
Demonstração do amor de Deus
O instrumento que configurou o plano de salvação e o pôs em ação foi o amor divino, a própria essência de Deus (1Jo 4:8).
Aquele que não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor. (1 João 4:8)
Cada aspecto da obra redentora de Deus está engastado na matriz divina do amor. Deus enviou Seu Filho para morrer por nós porque amava o mundo (Jo 3:16).
Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. (João 3:16)
O Filho veio a este mundo para dar a vida por nós porque ama tanto o Pai (Jo 14:31) como a nós (Jo 13:1).
contudo, assim procedo para que o mundo saiba que eu amo o Pai e que faço como o Pai me ordenou. Levantai-vos, vamo-nos daqui. (João 14:31)
Ora, antes da Festa da Páscoa, sabendo Jesus que era chegada a sua hora de passar deste mundo para o Pai, tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até ao fim. (João 13:1)
Os que pela fé são unidos a Cristo amam a Deus (Tg 2:5), a Jesus (Jo 14:21), e uns aos outros (1Jo 3:11).
Ouvi, meus amados irmãos. Não escolheu Deus os que para o mundo são pobres, para serem ricos em fé e herdeiros do reino que ele prometeu aos que o amam? (Tia. 2:5)
Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado por meu Pai, e eu também o amarei e me manifestarei a ele. (João 14:21)
Porque a mensagem que ouvistes desde o princípio é esta: que nos amemos uns aos outros; (1 João 3:11)
De fato, a vida de obediência aos mandamentos de Deus é nossa expressão de amor a Cristo pelo que Ele fez por nós (1Jo 5:3).
Porque este é o amor de Deus: que guardemos os seus mandamentos; ora, os seus mandamentos não são penosos, (1 João 5:3)
Toda a vida e a morte de Cristo foram uma exibição magnífica do caráter de Deus, a revelação mais sublime de amor.
5. Qual deve ser nossa reação à exibição do amor de Deus na morte de Cristo? 1Jo 4:7-11
Amados, amemo-nos uns aos outros, porque o amor procede de Deus; e todo aquele que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. Aquele que não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor. Nisto se manifestou o amor de Deus em nós: em haver Deus enviado o seu Filho unigênito ao mundo, para vivermos por meio dele. Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou o seu Filho como propiciação pelos nossos pecados. Amados, se Deus de tal maneira nos amou, devemos nós também amar uns aos outros. (1 João 4:7-11)
Resposta sugestiva - Pergunta 5: Amar-nos mutuamente, refletindo assim o amor de Deus.
O significado do amor de Deus, revelado no sacrifício de Cristo, é compreendido mais completamente quando o colocamos no contexto do conflito cósmico. As acusações de Satanás contra Deus lançaram dúvidas na mente dos seres celestiais quanto à natureza de Deus. Era Deus realmente um Deus amoroso, pronto a sacrificar-Se, como afirmava ser, ou Sua verdadeira natureza era egoísta, escondida sob a aparência de abnegação? A cruz de Cristo dissipou, para sempre, todas as dúvidas quanto ao caráter de Deus. Que o Criador, de boa-vontade, tenha decidido Se tornar humano e sofrer e morrer em uma cruz a fim de salvar uma raça que não merecia, revelou que o amor de Deus estava além da plena compreensão das inteligências celestiais. A natureza abnegada do sacrifício insondável é demonstrada corretamente no fato de que aquilo que Deus fez em Cristo foi feito para benefício de outros, não para Seu próprio benefício ou proveito pessoal.
Ano Bíblico: 2Co 8–10 |
Estudo adicional
Reconciliação: "Reconciliação quer dizer que se removeu toda barreira entre a pessoa e Deus, e que o pecador reconhece o que significa o amor perdoador de Deus. Por motivo do sacrifício feito por Cristo pelos homens caídos, Deus pode com justiça perdoar o transgressor que aceite os méritos de Cristo. Cristo foi o conduto pelo qual a misericórdia, amor e justiça puderam fluir, do coração de Deus para o coração do pecador" (Ellen G. White, Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 396).
Ira de Deus: "Cristo deveria tomar sobre Si a ira de Deus que, por justiça, devia cair sobre o homem. Ele se tornou um refúgio para o homem, e embora este seja realmente um criminoso, merecedor da ira de Deus, pela fé em Cristo, ele pode correr para o refúgio fornecido e sentir-se seguro. Em meio à morte, haveria vida, se o homem escolhesse aceitá-la." (Ellen G. White, Review and Herald, 24 de fevereiro de 1874.)
Perguntas para consideração
1. Das diferentes imagens mencionadas nesta semana, com quais você pode se relacionar melhor? Por quê? Mencione em classe as diferentes imagens e diga quais foram as razões de sua escolha.
2. Pense nesta idéia de reconciliação. Que relatos humanos de reconciliação podem nos ajudar a entender melhor essa metáfora da salvação?
3. Como a cruz é a maior manifestação e expressão do amor de Deus? Que conforto podemos tirar da cruz sobre a natureza de Deus, ajudando-nos a permanecer fiéis em tempos difíceis?
4. A ira de Deus contra o pecado não podia ser simplesmente desligada; o que isso deve nos dizer sobre a natureza do pecado? Em outras palavras, por que Deus não esqueceu simplesmente o pecado em vez de ter que derramar Sua ira contra ele?
Resumo: A Bíblia emprega diferentes imagens para nos ajudar a entender a morte de Cristo. A redenção indica que Sua morte nos liberta do poder do pecado. Sua morte restabelece uma relação pacífica com Deus; ela nos reconcilia, vencendo a rebelião. Pela morte de Cristo, somos declarados inocentes perante o tribunal celestial porque Ele morreu em nosso lugar como um substituto. Sua morte na cruz é o lugar em que Deus exclama e nos diz: "Veja, é assim que amo você!"
FONTE: http://www.cpb.com.br/htdocs/periodicos/licoes/adultos/2008/frlic942008.html