29 de novembro a 6 de dezembro |
Expiação na cruz |
Sábado à tarde | Ano Bíblico: 2Co 11–13 |
Verso para Memorizar: "Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do Seu amor, no qual temos a redenção, a remissão dos pecados" (Colossenses 1:13, 14). |
Leituras da semana: Mt 26:37, 38; 27:46; Mc 14:33, 34; Lc 22:40-44; Jo 19:28-30
e, levando consigo a Pedro e aos dois filhos de Zebedeu, começou a entristecer-se e a angustiar-se. Então, lhes disse: A minha alma está profundamente triste até à morte; ficai aqui e vigiai comigo. (Mat. 26:37-38)
Por volta da hora nona, clamou Jesus em alta voz, dizendo: Eli, Eli, lamá sabactâni? O que quer dizer: Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste? (Mat. 27:46)
E, levando consigo a Pedro, Tiago e João, começou a sentir-se tomado de pavor e de angústia. E lhes disse: A minha alma está profundamente triste até à morte; ficai aqui e vigiai. (Mar. 14:33-34)
Chegando ao lugar escolhido, Jesus lhes disse: Orai, para que não entreis em tentação. Ele, por sua vez, se afastou, cerca de um tiro de pedra, e, de joelhos, orava, dizendo: Pai, se queres, passa de mim este cálice; contudo, não se faça a minha vontade, e sim a tua. [Então, lhe apareceu um anjo do céu que o confortava. E, estando em agonia, orava mais intensamente. E aconteceu que o seu suor se tornou como gotas de sangue caindo sobre a terra.] (Luc. 22:40-44)
Depois, vendo Jesus que tudo já estava consumado, para se cumprir a Escritura, disse: Tenho sede! Estava ali um vaso cheio de vinagre. Embeberam de vinagre uma esponja e, fixando-a num caniço de hissopo, lha chegaram à boca. Quando, pois, Jesus tomou o vinagre, disse: Está consumado! E, inclinando a cabeça, rendeu o espírito. (João 19:28-30)
Pensamento-chave: Descrever a experiência de Jesus no Getsêmani e na cruz a fim de entender melhor o significado de Sua morte para nos reconciliar.
Um homem processou uma rede de lanchonetes, afirmando que sua obesidade e os problemas de saúde que a seguiam eram resultado de ele ter se alimentado quatro ou cinco vezes por semana no restaurante da rede. Ele culpou a empresa, não a si mesmo, por seus problemas!
No entanto, todos tendemos a ser assim, culpando os outros por nossos erros. Mas Deus não aceita desculpas; Ele considera cada um de nós responsável por nossos pecados. Porém, é aqui que o mistério da expiação começa a aparecer em sua beleza. Se assumirmos a responsabilidade pelos nossos pecados e tivermos fé verdadeira em Jesus, Deus está disposto a nos perdoar esses pecados. Quando reconhecemos nossa responsabilidade, somos libertados da penalidade da rebelião. O que aconteceu a essa penalidade? Deus não a deixou passar. Ao contrário, Ele permitiu que ela recaísse sobre Jesus, e a experiência de Cristo com esse castigo será nosso tema nesta semana.
Ano Bíblico: Gl 1–3 |
Angústia: caminhando para o Getsêmani
1. O que Jesus estava sentindo no Getsêmani? Mt 26:37, 38; Mc 14:33, 34
e, levando consigo a Pedro e aos dois filhos de Zebedeu, começou a entristecer-se e a angustiar-se. Então, lhes disse: A minha alma está profundamente triste até à morte; ficai aqui e vigiai comigo. (Mat. 26:37-38)
E, levando consigo a Pedro, Tiago e João, começou a sentir-se tomado de pavor e de angústia. E lhes disse: A minha alma está profundamente triste até à morte; ficai aqui e vigiai. (Mar. 14:33-34)
Resposta sugestiva - Pergunta 1: Tristeza, angústia e pavor.
Jesus sabia exatamente o que enfrentaria dentro das horas seguintes. A experiência era extremamente dolorosa e perturbadora. No momento em que chegou ao Getsêmani, Ele não pôde mais conter Suas emoções e começou a compartilhá-las com Pedro, Tiago e João (Mt 26:37, 38; Mc 14:33, 34).
e, levando consigo a Pedro e aos dois filhos de Zebedeu, começou a entristecer-se e a angustiar-se. Então, lhes disse: A minha alma está profundamente triste até à morte; ficai aqui e vigiai comigo. (Mat. 26:37-38)
E, levando consigo a Pedro, Tiago e João, começou a sentir-se tomado de pavor e de angústia. E lhes disse: A minha alma está profundamente triste até à morte; ficai aqui e vigiai. (Mar. 14:33-34)
A linguagem que Ele usou é muito importante.
"Começou a sentir-Se tomado de pavor e de angústia" (Mc 14:33).
E, levando consigo a Pedro, Tiago e João, começou a sentir-se tomado de pavor e de angústia. (Mar. 14:33)
O verbo grego ekthambeo, traduzido como "tomado de pavor", se refere a uma situação altamente emocional de profunda excitação provocada por alguma coisa desconcertante, surpreendente ou desorientadora. Uma situação assim é freqüentemente acompanhada por medo, até terror e tremor. Mateus usa o verbo lupeo, traduzido como "subjugado pela tristeza", para designar um elevado nível de angústia emocional, tristeza e ansiedade (Mt 26:38).
Então, lhes disse: A minha alma está profundamente triste até à morte; ficai aqui e vigiai comigo. (Mat. 26:38)
O segundo verbo em Marcos 14:33, "tomado de angústia" (grego ademoneo), expressa mais claramente ansiedade, angústia e horror.
E, levando consigo a Pedro, Tiago e João, começou a sentir-se tomado de pavor e de angústia. (Mar. 14:33)
A condição emocional e física de Jesus estava chegando a profundidades novas e desconhecidas de desconforto e agitação. A paz que O caracterizava parecia estar desaparecendo; em seu lugar, medo, tremor e ansiedade estavam assumindo o comando. Note que Marcos diz que Jesus "começou" a sentir-Se daquela maneira quando chegou ao Getsêmani. Esse tumulto emocional iria se aprofundar.
Também, embora não seja dada nenhuma razão específica para o estado físico e emocional de Jesus, à luz do Novo Testamento, podemos concluir que esse era o resultado de levar os pecados do mundo, não de medo do que os homens Lhe fariam.
"A Minha alma está profundamente triste até à morte" (Mc 14:34).
E lhes disse: A minha alma está profundamente triste até à morte; ficai aqui e vigiai. (Mar. 14:34)
Foi assim que Jesus descreveu Seus sentimentos aos discípulos. "Minha alma" pode ser interpretado como uma expressão enfática: "Eu, Eu mesmo", ou para expressar a natureza inclusiva de Sua experiência. A expressão "profundamente triste" é a tradução da palavra grega perilupos, que normalmente descreve uma tristeza ou aflição imensa em intensidade e profundidade. Neste caso particular, a intensidade da tristeza estava levando Jesus para as margens da segunda morte. Ele já estava começando a sofrer o destino que deveria ter sido o nosso.
Pense nos sofrimentos de Jesus e perceba que ali deveria ter estado você, não Ele. Como você se sente diante desse fato? Como esses sentimentos devem ser traduzidos para uma vida transformada? |
Ano Bíblico: Gl 4–6 |
O cálice: submissão voluntária
2. Qual foi o foco da oração de Jesus no Getsêmani? Que elemento importante se destaca com relação à atitude de Jesus quanto ao que Ele deveria enfrentar? Mt 26:39-42; Mc 14:35, 36; Lc 22:40-44
Adiantando-se um pouco, prostrou-se sobre o seu rosto, orando e dizendo: Meu Pai, se possível, passe de mim este cálice! Todavia, não seja como eu quero, e sim como tu queres. E, voltando para os discípulos, achou-os dormindo; e disse a Pedro: Então, nem uma hora pudestes vós vigiar comigo? Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca. Tornando a retirar-se, orou de novo, dizendo: Meu Pai, se não é possível passar de mim este cálice sem que eu o beba, faça-se a tua vontade. (Mat. 26:39-42)
E, adiantando-se um pouco, prostrou-se em terra; e orava para que, se possível, lhe fosse poupada aquela hora. E dizia: Aba, Pai, tudo te é possível; passa de mim este cálice; contudo, não seja o que eu quero, e sim o que tu queres. (Mar. 14:35-36)
Chegando ao lugar escolhido, Jesus lhes disse: Orai, para que não entreis em tentação. Ele, por sua vez, se afastou, cerca de um tiro de pedra, e, de joelhos, orava, dizendo: Pai, se queres, passa de mim este cálice; contudo, não se faça a minha vontade, e sim a tua. [Então, lhe apareceu um anjo do céu que o confortava. E, estando em agonia, orava mais intensamente. E aconteceu que o seu suor se tornou como gotas de sangue caindo sobre a terra.] (Luc. 22:40-44)
Resposta sugestiva - Pergunta 2: Ser dispensado da morte, se fosse possível, e submissão à vontade do Pai em qualquer situação.
No jardim, Jesus usou a metáfora do cálice para nos ajudar a entender Seus sentimentos interiores. O cálice é usado na Bíblia para se referir às bênçãos recebidas do Senhor (Sl 16:5; 23:5) ou à salvação que Ele nos oferece (Sl 116:13).
O SENHOR é a porção da minha herança e o meu cálice; tu és o arrimo da minha sorte. (Sal. 16:5)
Preparas-me uma mesa na presença dos meus adversários, unges-me a cabeça com óleo; o meu cálice transborda. (Sal. 23:5)
Tomarei o cálice da salvação e invocarei o nome do SENHOR. (Sal. 116:13)
Mas, com freqüência, se refere ao juízo de Deus contra o pecado e os pecadores (Sl 75:8).
Porque na mão do SENHOR há um cálice cujo vinho espuma, cheio de mistura; dele dá a beber; sorvem-no, até às escórias, todos os ímpios da terra. (Sal. 75:8)
Esse cálice continha o vinho de Sua ira contra Seus inimigos, Sua ira judicial (Jr 25:15, 16).
Porque assim me disse o SENHOR, o Deus de Israel: Toma da minha mão este cálice do vinho do meu furor e darás a beber dele a todas as nações às quais eu te enviar. Para que bebam, e tremam, e enlouqueçam, por causa da espada que eu enviarei para o meio delas. (Jer. 25:15-16)
Foi também a esse cálice que Jesus Se referiu quando pediu ao Pai que passasse dEle, se possível (Mt 26:39; Mc 14:36).
Adiantando-se um pouco, prostrou-se sobre o seu rosto, orando e dizendo: Meu Pai, se possível, passe de mim este cálice! Todavia, não seja como eu quero, e sim como tu queres. (Mat. 26:39)
E dizia: Aba, Pai, tudo te é possível; passa de mim este cálice; contudo, não seja o que eu quero, e sim o que tu queres. (Mar. 14:36)
Ele estava experimentando solidão – o abandono dos discípulos e, particularmente, o abandono de Deus. Ele buscou a companhia e apoio dos discípulos, mas não os obteve. E agora, totalmente sozinho, Ele pediu ao Pai que não O abandonasse. A resposta que voltou a Ele dentro da escuridão do silêncio divino foi: "Não existe nenhum outro caminho para salvar a raça humana". Jesus consentiu voluntariamente com a vontade do Pai.
3. Quando a turba chegou para levá-Lo, Pedro tentou proteger Jesus. Como as palavras de Jesus a Pedro (Jo 18:11) nos ajudam a entender melhor a disposição de Cristo de sofrer por nós?
Mas Jesus disse a Pedro: Mete a espada na bainha; não beberei, porventura, o cálice que o Pai me deu? (João 18:11)
Resposta sugestiva - Pergunta 3: Aquela era a vontade de Deus, e ela não deveria ser impedida pela intervenção humana.
Jesus veio a este planeta para morrer: "O próprio Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a Sua vida em resgate por muitos" (Mc 10:45).
Pois o próprio Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos. (Mar. 10:45)
Por definição, Deus não pode morrer, mas, a fim de aceitar nosso pecado e sua penalidade, Ele se tornou humano, uma criatura, e as criaturas não têm vida em si mesmas; podem morrer. No Getsêmani, Jesus estava pronto a morrer, entregar a vida pelos pecadores indignos em todos os lugares.
Quando foi a última vez em que você se permitiu conscientemente suportar grande sofrimento, em favor de outra pessoa e sem proveito pessoal para si mesmo? De sua resposta, o que você pode aprender sobre si mesmo? E o que você também pode aprender sobre Jesus? |
Ano Bíblico: Ef 1–3 |
Trevas: entregue ao inimigo
No Getsêmani, e agora nos eventos que levavam à cruz, Jesus enfrentou as forças do mal como nunca dantes. A luta contra os poderes satânicos deveria alcançar dimensões indescritíveis, provando o Salvador até o cerne de Seu ser.
Em meio às indignidades, Ele estava sendo "entregue nas mãos dos pecadores" (Mt 26:45).
Então, voltou para os discípulos e lhes disse: Ainda dormis e repousais! Eis que é chegada a hora, e o Filho do Homem está sendo entregue nas mãos de pecadores. (Mat. 26:45)
O verbo entregue (grego paradidomi, "dar") é usado várias vezes para descrever o que aconteceria a Jesus. Aqui, o contexto sugere que foi Judas que O traiu, mas, por trás da decisão má e voluntária de Judas, o plano divino estava sendo misteriosamente cumprido. Foi Deus que entregou Cristo à morte "por causa das nossas transgressões" (Rm 4:25).
o qual foi entregue por causa das nossas transgressões e ressuscitou por causa da nossa justificação. (Rom. 4:25)
Mas Cristo também Se entregou por nós, como é visto em Gálatas 2:20 e Efésios 5:2 – referências claras à Sua morte como sacrifício na cruz.
logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim. (Gál. 2:20)
e andai em amor, como também Cristo nos amou e se entregou a si mesmo por nós, como oferta e sacrifício a Deus, em aroma suave. (Efés. 5:2)
De acordo com Mateus 26:45, 46, Jesus foi entregue às mãos dos pecadores.
Então, voltou para os discípulos e lhes disse: Ainda dormis e repousais! Eis que é chegada a hora, e o Filho do Homem está sendo entregue nas mãos de pecadores. Levantai-vos, vamos! Eis que o traidor se aproxima. (Mat. 26:45-46)
O verbo expressa a idéia de transferência de uma posse de uma pessoa a outra. Realmente, já "a luz de Deus estava retrocedendo de Sua vista, e Ele estava passando às mãos dos poderes das trevas" (Ellen G. White, Bible Echo and Signs of the Times, 1º de agosto de 1892). Agora, Ele seria totalmente entregue às mãos dos pecadores; isto é, às mãos dos poderes do mal. Para Ele, essa era a hora "quando as trevas reinam" (Lc 22:53, NVI), em que Ele iria experimentar a total separação do amor do Pai. Cristo estava entrando sem ajuda no reino das trevas; e seria lá, nesse reino, que Ele derrotaria o mal de uma vez por todas. Como o Deus encarnado, Ele venceu o reino de Satanás.
4. Como Jesus descreve Sua vitória sobre o poder das trevas? Lc 11:20-22
Se, porém, eu expulso os demônios pelo dedo de Deus, certamente, é chegado o reino de Deus sobre vós. Quando o valente, bem armado, guarda a sua própria casa, ficam em segurança todos os seus bens. Sobrevindo, porém, um mais valente do que ele, vence-o, tira-lhe a armadura em que confiava e lhe divide os despojos. (Luc. 11:20-22)
Resposta sugestiva - Pergunta 4: Pelo poder de Deus.
Lucas diz que Jesus estava enfrentando a hora do poder das trevas (Lc 22:53), e Paulo acrescenta que Deus "nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do Seu amor, no qual temos a redenção, a remissão dos pecados" (Cl 1:13, 14).
Diariamente, estando eu convosco no templo, não pusestes as mãos sobre mim. Esta, porém, é a vossa hora e o poder das trevas. (Luc. 22:53)
Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do seu amor, no qual temos a redenção, a remissão dos pecados. (Col. 1:13-14)
Cristo entrou no império das trevas, experimentou o que deveríamos ter experimentado, e fez isso a fim de nos livrar do poder de Satanás (At 26:18).
para lhes abrires os olhos e os converteres das trevas para a luz e da potestade de Satanás para Deus, a fim de que recebam eles remissão de pecados e herança entre os que são santificados pela fé em mim. (Atos 26:18)B
Enquanto lá esteve, "tendo despojado os poderes e as autoridades, fez deles um espetáculo público, triunfando sobre eles na cruz" (Cl 2:15, NVI).
Como nosso conhecimento da vitória de Cristo sobre essas forças do mal deve nos encorajar na luta diária em meio ao grande conflito? O que a vitória de Cristo significa para nós? Como podemos nos valer dessa vitória em nossa vida? |
Ano Bíblico: Ef 4–6 |
O grito: explorando o mistério
Na cruz, Jesus estava sofrendo intensamente. Mas o mesmo estava se passando com o Pai. Deus estava em Cristo e, portanto, "Deus sofria com Seu Filho" (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 693). Até poderia ser dito que "o próprio Deus foi crucificado com Cristo; pois Cristo era um com o Pai" (Ellen G. White em Signs of the Times, 26 de março de 1894). Qual foi a natureza do sofrimento experimentado pela Divindade que levou Cristo a perguntar: "Deus Meu, Deus Meu, por que Me desamparaste?" (Mt 27:46).
Por volta da hora nona, clamou Jesus em alta voz, dizendo: Eli, Eli, lamá sabactâni? O que quer dizer: Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste? (Mat. 27:46)
5. Como você entende o grito de Jesus nesse verso?
Resposta sugestiva - Pergunta 5: Um grito de profunda dor, desespero, abandono, extrema angústia e apelo. Naquele momento, Jesus Se tornou pecado por nós, maldição por nós, o que fez com que o Pai Se afastasse dEle.
Na cruz, Deus experimentou algo que nunca antes havia experimentado: A penalidade pelo pecado. "Foi necessário que a densa escuridão caísse sobre Ele por causa da retirada do amor e do favor do Pai; pois Ele estava Se colocando no lugar do pecador. ... O Justo devia sofrer a condenação e a ira de Deus, não por vingança; pois o coração de Deus se condoia com profunda tristeza enquanto Seu Filho, o inocente, sofria a penalidade do pecado. Essa ruptura dos poderes divinos nunca mais acontecerá ao longo da eternidade" (Comentários de Ellen G. White, SDA Bible Commentary, v. 7, p. 924).
Esta declaração indica, primeiramente, que o Pai retirou Seu amor do Filho não porque não O amasse, mas porque Jesus estava morrendo em nosso lugar. Não havia ninguém que pudesse servir de mediador do amor de Deus a Seu Filho! Segundo, não havia nenhuma disposição para vingança no coração do Pai quando Seu Filho estava morrendo pelos pecados do mundo. Ele não Se regozijava com a morte do Filho, mas estava sofrendo com Ele. Terceiro, a verdadeira penalidade que Deus pagou por nossos pecados foi "a ruptura dos poderes divinos". Ellen White nos revela o mistério das relações entre o Pai, o Filho e o Espírito Santo ao descrever o que a Divindade sofreu quando Jesus Se encontrava na cruz. O verbo romper significa "partir", "forçar uma separação". Aquilo que deveria ter permanecido unido foi dividido.
Em resumo, mediante o sacrifício de Cristo, a Divindade aceitou a responsabilidade pelos pecados do mundo e, mais ainda, sofreu as conseqüências desses pecados. Será que Deus, que não pode morrer, sentiu de forma inigualável a separação temporária dos poderes divinos – a plena intensidade da morte eterna da raça caída, pela exclusão temporária do Filho da união que existe dentro da Divindade? Por um momento, o plano da salvação, a expiação separou a Divindade. Esta experiência de "dor" extrema dentro da Trindade aconteceu só uma vez e nunca acontecerá novamente.
Esse é o preço da nossa salvação!
Ano Bíblico: Filipenses |
Está consumado: da morte para a vida
6. Descreva as experiências de Jesus imediatamente antes de morrer (Jo 19:28-30). O que Jesus quis dizer ao exclamar "está consumado"? O que estava consumado?
Depois, vendo Jesus que tudo já estava consumado, para se cumprir a Escritura, disse: Tenho sede! Estava ali um vaso cheio de vinagre. Embeberam de vinagre uma esponja e, fixando-a num caniço de hissopo, lha chegaram à boca. Quando, pois, Jesus tomou o vinagre, disse: Está consumado! E, inclinando a cabeça, rendeu o espírito. (João 19:28-30)
Resposta sugestiva - Pergunta 6: Está concluído. Está pago, A reconciliação do ser humano estava garantida.
Embora o inimigo, Satanás, juntamente com alguns dos líderes, houvesse orquestrado a morte de Cristo, no momento crucial, Jesus rendeu voluntariamente a vida ao Pai: "Inclinando a cabeça, [Jesus] rendeu o espírito" (Jo 19:30).
Quando, pois, Jesus tomou o vinagre, disse: Está consumado! E, inclinando a cabeça, rendeu o espírito. (João 19:30)
A linguagem sugere que Ele foi dormir, confiante na bondade, benevolência e amor do Pai. Ele havia dito aos discípulos: "Eu dou a Minha vida para a reassumir. Ninguém a tira de Mim; pelo contrário, Eu espontaneamente a dou" (Jo 10:17, 18).
Por isso, o Pai me ama, porque eu dou a minha vida para a reassumir. Ninguém a tira de mim; pelo contrário, eu espontaneamente a dou. Tenho autoridade para a entregar e também para reavê-la. Este mandato recebi de meu Pai. (João 10:17-18)
Agora, quando o momento apropriado chegou, Ele fez justamente isso.
"Está consumado" significava que o perfeito sacrifício expiatório tinha sido oferecido de uma vez por todas e que o Céu e a Terra tinham sido reconectados por esse meio. O plano da salvação, mantido em segredo por muito tempo, agora estava completamente revelado ao Universo na morte obediente do Filho de Deus na cruz. Deus fornecera o sacrifício e, agora, Seu poder reconciliador estava disponível a cada ser humano que olhasse para a cruz como o meio exclusivo de salvação. Conseqüentemente, o sistema sacrifical do Antigo Testamento havia acabado. No momento em que Jesus morreu, o véu do templo foi rasgado de alto a baixo (Mt 27:51; Mc 15:38), indicando que a presença de Deus e nosso acesso a Ele estavam agora localizados no sacrifício e na pessoa de Seu Filho amado.
Eis que o véu do santuário se rasgou em duas partes de alto a baixo; tremeu a terra, fenderam-se as rochas; (Mat. 27:51)
E o véu do santuário rasgou-se em duas partes, de alto a baixo. (Mar. 15:38)
"Está consumado" foi um brado triunfal. Ele viera para derrotar Satanás, e o realizara na fraqueza da carne humana e em meio a um confronto mortal (Hb 2:14).
Visto, pois, que os filhos têm participação comum de carne e sangue, destes também ele, igualmente, participou, para que, por sua morte, destruísse aquele que tem o poder da morte, a saber, o diabo, (Heb. 2:14)
A completa destruição de Satanás e de seus anjos foi decretada na cruz.
Essa vitória foi revelada e selada por Sua ressurreição, quando as forças do mal se viram impossibilitadas de reter o Filho de Deus dentro do túmulo. Naquela gloriosa manhã de domingo, as palavras de Jesus se cumpriram: "Tenho autoridade para a entregar [Minha vida] e também para reavê-la. Este mandato recebi de Meu Pai" (Jo 10:18).
Ninguém a tira de mim; pelo contrário, eu espontaneamente a dou. Tenho autoridade para a entregar e também para reavê-la. Este mandato recebi de meu Pai. (João 10:18)
Jesus pode exclamar: Eu sou "aquele que vive; estive morto, mas eis que estou vivo pelos séculos dos séculos e tenho as chaves da morte e do inferno" (Ap 1:18).
e aquele que vive; estive morto, mas eis que estou vivo pelos séculos dos séculos e tenho as chaves da morte e do inferno. (Apoc. 1:18)
Ano Bíblico: Colossenses |
Estudo adicional
"O homem não foi feito portador de pecados e jamais conhecerá o horror da maldição do pecado que o Salvador suportou. Nenhuma tristeza pode se comparar com a daquele sobre quem recaiu a ira de Deus com força irresistível. A natureza humana não pode suportar mais que uma medida limitada de provas e tentação. O que é finito só pode suportar a medida finita, e então, a natureza humana sucumbe; mas a natureza de Cristo tinha uma capacidade maior de sofrimento; pois o humano existia na divina natureza, e criou uma capacidade de sofrimento a fim de suportar aquilo que resultasse dos pecados de um mundo perdido. A agonia que Cristo suportou amplia, aprofunda e dá uma concepção mais extensa do caráter do pecado e da retribuição que Deus trará sobre os que continuam em pecado. O salário do pecado é a morte, mas o dom de Deus é a vida eterna por meio de Jesus Cristo para o pecador arrependido e crente" (Comentários de Ellen G. White, SDA Bible Commentary, v. 5, p. 1.103).
Perguntas para consideração
1. Leia cuidadosamente a citação acima, de Ellen G. White. Em essência, ela está dizendo que nada que algum de nós, como criaturas finitas, já sofreu, pode se comparar com o sofrimento do Filho de Deus na cruz. O que isso nos diz sobre o quanto o pecado custou a Deus? Como essa idéia, de que o sofrimento de Cristo foi pior que tudo que possamos enfrentar, nos ajuda a entender como o sofrimento pôde existir em um mundo criado por um Deus amoroso? Que conforto você pode tirar de saber que Deus sofreu do pecado muito mais do que qualquer de nós já sofreu?
2. Pense na lição de quarta-feira, na idéia da separação temporária da Divindade. O que você pode aprender para entender melhor a profundidade da expiação? Como essa experiência na Divindade foi uma "penalidade" pelo nosso pecado? Comente sua resposta em classe no sábado.
3. O que significa dar de si mesmo altruistamente aos outros? Que exemplos desse princípio em ação na vida diária você pode mencionar? Como podemos, como indivíduos e como igreja, manifestar melhor esse dar desinteressado?
Resumo: Na cruz, Jesus experimentou a plenitude da separação eterna entre o pecador e Deus. O próprio Deus estava em Cristo pagando a penalidade do pecado, expiando nossos pecados.
FONTE: http://www.cpb.com.br/htdocs/periodicos/licoes/adultos/2008/frlic1042008.html