ESCOLA NO AR
2º Trimestre de 2009 - A Caminhada Cristã
Comentário da Lição 06 – Pecado
Sábado, 2/5/2009 - › INTRODUÇÃO
"Pois assim como, por uma só ofensa, veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também, por um só ato de justiça, veio a graça sobre todos os homens para a justificação que dá vida". – Rom. 5:18
INTRODUÇÃO – O sábio Salomão descreve com duas frases o que o homem era, quando saiu das mãos de Deus e o que aconteceu com a queda: "Eis a única coisa que achei: Deus fez o ser humano reto, mas eles procuraram maquinações sem conta". – Ecles. 7:29 – TEB.
O homem foi criado reto, ou mais claramente expresso, perfeito, em completa harmonia com o Criador, pois trazia em si a Sua imagem e semelhança. O pecado separou o homem de Deus, a sua fonte de equilíbrio emocional e felicidade, corrompeu o delicado sistema mental e emocional do homem, e este, em inquietantes frustrações foi e continua indo em busca de maquinações sem conta.
Por estas razões, é muito comum haver o conflito entre a razão e as emoções. O intelecto, a razão determina uma maneira de pensar e agir, as emoções outra.
A maneira humanista de pensar e orientar não aceita a palavra pecado, ao lidar com as mazelas emocionais do homem. Porque aceitar de que o homem está sob o domínio do pecado e de que este provoca os mais variados traumas emocionais, forçosamente introduz a Deus em toda a análise do caso e responsabiliza o homem por seus atos. No contexto do desconhecimento do pecado, o crime é qualificado como doença, os assaltos e roubos como comportamento anti-social, o adultério como um "caso extra-conjugal", o envolvimento sexual não comprometido, é uma "transa" .
No entanto, esses conceitos paliativos não atingem a raiz dessa enfermidade mental, que é o pecado. A conduta regida pelas emoções é apenas o fruto de um problema que está esmagando a mente do homem dominada pelo grande inimigo de Deus.
Pense: "Assim encontro esta lei que atua em mim: Quando quero fazer o bem, o mal está junto a mim. No íntimo do meu ser tenho prazer na Lei de Deus; mas vejo outra lei atuando nos membros de meu corpo, guerreando contra a lei da minha mente, tornando-me prisioneiro da lei do pecado que atua em meus membros". – Rom. 7:21-23 – NVI.
Desafio: "Como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com virtude; o qual andou fazendo o bem, e curando a todos os oprimidos do diabo, porque Deus era com ele". - Atos 10:38.
Domingo, 3/5/2009 - › PECADO É REBELIÃO
"Houve então uma guerra nos céus. Miguel e seus anjos lutaram contra o dragão,... Ele está cheio de fúria, pois sabe que lhe resta pouco tempo". – Apoc. 12:7-12 – NVI.
Por que houve guerra nos céus? Não é o Céu um lugar de perfeita harmonia, amor e felicidade? O que as Escrituras ensinam sobre esta guerra e a sua razão?
Deus, ao criar seres inteligentes, à Sua semelhança, dotou-os com o direito à liberdade de escolha. Deus correu o risco de ver criaturas Suas rebelarem-se contra Ele. A liberdade que Deus outorgou às Suas criaturas era regida pelos princípios de Sua lei. Na eternidade, para os habitantes do Céu e de outros mundos, a norma de justiça era o próprio caráter de Deus. No entanto, entende-se pela Escritura que havia também uma forma de código, porque é declarado: "Bendigam o Senhor, vocês, seus anjos poderosos, que obedecem à sua palavra". – Salmo 103:20 – NVI.
"Obedecem à Sua palavra". evidencia com muita clareza que o Soberano do Universo tornou conhecida para os seres celestiais a Sua vontade e os princípios de conduta em harmonia com esta vontade, por meio de Sua palavra. As determinações comunicadas eram a expressão de Seu caráter. Os anjos revelavam a sua harmonia com o caráter de Deus, pela obediência espontânea e amorosa às ordens de Sua palavra.
Quando Lúcifer, na eternidade no passado, se rebelou contra Deus e seu governo, ele deu origem aos atos que passaram a ser qualificados de pecado. A respeito da criação de Lúcifer declara o profeta Ezequiel: "Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado, até que se achou iniqüidade em ti... se encheu o teu interior de violência, e pecaste". - Ez. 28:15 e 16 - ARA.
Pense: "Desde o princípio a grande controvérsia fora a respeito da lei de Deus. Satanás procurara provar que Deus era injusto, que Sua lei era defeituosa, e que o bem do universo exigia que ela fosse mudada. Atacando a lei, visava ele subverter a autoridade de seu Autor. Mostrar-se-ia no conflito se os estatutos divinos eram deficientes e passíveis de mudança, ou perfeitos e imutáveis". – PP. pág. 65.
Desafio: "Quem não glorificará o teu nome? Pois tu somente és santo. Todas as nações virão à tua presença e te adorarão, pois os teus atos de justiça se tornaram manifestos'". – Apoc. 15:3 e 4 – NVI.
Segunda-Feira, 4/5/2009 - › ERRANDO O ALVO
Paulo assim descreve o fruto dos pensamentos que alimentamos: "Quem vive segundo a carne tem a mente voltada para o que a carne deseja; mas quem vive de acordo com o Espírito, tem a mente voltada para o que o Espírito deseja". – Rom. 8:5 – NVI.
Com Eva, o diabo usou a lisonja e o engano: "Disse a serpente à mulher: ´Certamente não morrerão! Deus sabe que, no dia em que dele comerem, seus olhos se abrirão, e vocês, como Deus, serão conhecedores do bem e do mal". – Gen. 3:5 – NVI.
Sob a atuação do pecado o homem quebrou a sua harmonia com Deus e entrou em desarmonia consigo mesmo. A harmonia com Deus, que mantinha o equilíbrio de todo o delicado sistema psicológico do homem, foi destruída pela interferência do pecado, e deste modo o homem passou a viver em um mundo de maquinações, imaginações, fantasias, sonhos, miragens que se perdem no horizonte da vida, buscando a realização de todos os seus anseios por si mesmo. Desligado da Fonte que supre todas as suas necessidades passou a debater-se em angústias e ansiedades, como um náufrago perdido em mar revolto.
O profeta Isaias retrata esta situação com estas palavras candentes de advertência: "Ai dos que ao mal chamam bem e ao bem mal, dos que transformam as trevas em luz e a luz em trevas, dos que mudam o amargo em doce e o doce em amargo! Ai dos que são sábios a seus próprios olhos e inteligentes na sua própria opinião". - Is. 5:20 e 21 – BJ.
Com a mente emocionalmente desequilibrada, por separar-se da Fonte do equilíbrio, não consegue discernir o valor moral de seus atos. Perdeu o senso do certo e do errado. Não consegue acertar o alvo.
Pense: "Se, porém, cedessem uma vez à tentação, sua natureza se tornaria tão depravada que não teriam em si poder nem disposição para resistir a Satanás". – PP. pág. 45.
Desafio: "Porque o que faço não o aprovo; pois o que quero isto não faço, mas o que aborreço isso faço… Porque não faço o bem que quero, mas o mal que não quero esse faço". – Rom. 7:15 e 19 -ARC.
Terça-Feira, 5/5/2009 - › "PECADO ORIGINAL"
O pecado de Adão contaminou todos os seus descendentes e, portanto, como herança recebemos uma natureza pecaminosa.
O rei Davi reconheceu a influência desta trágica herança com uma exclamação de lamento: "Eis que eu nasci na iniquidade, minha mãe concebeu-me no pecado". – Salmo 51:7 – BJ.
Para obter a cura o pecador precisa compreender e reconhecer a sua infecção pelo vírus do pecado. Quer queira quer não, o pecador já nasce com a ferida purulenta da lepra do pecado. Negar essa contaminação letal não livra o pecador de suas conseqüências. Davi compreendeu a necessidade de buscar a cura para o seu pecado de herança. Davi não confessou a culpa pelo pecado de herança, mas reconheceu a sua ação destruidora em sua vida e como não conheceu nenhuma outra alternativa para libertar-se dessa chaga mortal, suplica a Deus que o cure.
No entanto, ele compreendeu também a necessidade de reconhecer a culpa e confessar o seu próprio pecado: "Esconde a tua face dos meus pecados e apaga as minhas iniquidades todas. Ó Deus, cria em mim um coração puro, renova um espírito firme no meu peito… Devolve-me o júbilo da tua salvação". - Salmo 51:11-14 – BJ.
Davi também reconheceu que toda a operação de cura, perdão e restauração era obra de Deus por graça. Compreendeu que, assim como foi perdoado e justificado por graça, obtendo a cura do pecado por herança, necessitava da graça para obter perdão e justificação de seu próprio pecado individual que foi acariciado e cultivado em seu íntimo, produzindo hediondos atos contra o semelhante e contra Deus.
Pense: "Assim encontro esta lei que atua em mim: Quando quero fazer o bem, o mal está junto a mim. No íntimo do meu ser tenho prazer na Lei de Deus; mas vejo outra lei atuando nos membros de meu corpo, guerreando contra a lei da minha mente, tornando-me prisioneiro da lei do pecado que atua em meus membros". – Rom. 7:21-23 – NVI.
Desafio: "Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração; prova-me, e conhece as minhas inquietações. Vê se em minha conduta algo te ofende, e dirige-me pelo caminho eterno". – Salmo 139:23 e 24 – NVI.
Quarta-Feira, 6/5/2009 - › PECADO COLETIVO OU PESSOAL
Como a Escritura Sagrada explica o problema do pecado? Precisamos compreendê-lo sob dois aspectos. Primeiro: Quando Adão pecou, seu pecado foi como raça. Ele havia recebido a Terra como seu domínio: "tenha ele domínio sobre... toda a terra". - Gên. 1:26. Portanto, o pecado de Adão atingiu a todos os seus descendentes e toda a criação em relação à nossa Terra, porque em Adão todos pecaram.
No entanto, assim como a condenação foi ampla, atingindo todos os descendentes de Adão, assim a salvação é ampla para toda a raça humana. Cristo Jesus veio a este mundo e sofreu a sentença de morte eterna para conceder a cada pecador a oportunidade de reconciliação. Declara Paulo: "muito mais aqueles que recebem de Deus a imensa provisão da graça e a dádiva da justiça reinarão em vida por meio de um único homem, Jesus Cristo". – Rom. 5:17 – NVI. O dom da graça e da justiça para livrar o pecador da condenação, em conseqüência do pecado de Adão, está em Cristo Jesus. É uma questão de aceitar e receber a dádiva oferecida.
Segundo - Como todos, estamos sujeitos às tentações de Satanás, somos induzidos a cometer pecados que são individuais. O pecado do pai não é da responsabilidade do filho, tal como o pecado do filho não é da responsabilidade do pai. "A alma que pecar, essa morrerá". - Ez. 18:20 - ARA.
João, o apóstolo do amor, destaca claramente os dois aspectos do pecado: O pecado da raça, cometido por Adão e o pecado individual. "Filhinhos meus, estas coisas vos escrevo para que não pequeis. Se, todavia, alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo; e Ele é a propiciação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos próprios, mas ainda pelos do mundo inteiro". - I João 2:1 e 2 – ARA.
Pense: "Porque sabemos de que a própria criação a um só tempo geme e suspira angústias até agora... Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens porque todos pecaram". - Rom. 8:22 e 5:12 - ARA.
Desafio: Assim também, por meio da obediência de um único homem muitos serão feitos justos". – Rom. 6:19 – NVI.
Quinta-Feira, 7/5/2009 - › A ÚNICA SOLUÇÃO PARA O PECADO
O pecado rompeu o relacionamento com Deus e a lei moral condenou o pecador. Não foi possível anular a lei moral. Não foi possível anular a morte substituta de Cristo quando Ele rogou ao Pai: "Meu Pai, se é possível, passe de mim este cálice". - Mat. 26:39.
O único meio e o único caminho para salvar o homem por graça imerecida era a morte requerida pela lei moral. Morreu o inocente para oferecer graça para o culpado. Incomensurável, inesgotável e incompreensível amor! O amor por graça proveu a salvação do culpado e a justiça da lei foi executada e a sua eternidade confirmada.
"O Espírito Santo era o mais elevado dos dons que Ele podia solicitar do Pai para exaltação de Seu povo. O Espírito ia ser dado como agente de regeneração, sem o qual o sacrifício de Cristo de nenhum proveito teria sido. O poder do mal se estivera fortalecendo por séculos, e espantosa era a submissão dos homens a esse cativeiro satânico. Ao pecado só se poderia resistir e vencer por meio da poderosa atuação da terceira pessoa da Divindade, a qual não viria com energia modificada, mas na plenitude do divino poder. É o Espírito que torna eficaz o que foi realizado pelo Redentor do mundo. É por meio do Espírito que o coração é purificado. Por Ele, o crente torna-se participante da natureza divina. Cristo deu Seu Espírito como um poder divino para vencer todas as tendências hereditárias e cultivadas para o mal, e para gravar Seu próprio caráter em Sua igreja". – Rev. and Her. 19 de novembro de 1908 – MM. 1999, pág. 13.
Pense: "Se a lei pudesse ser mudada, ter-se-ia podido salvar o homem sem o sacrifício de Cristo; mas o fato de que foi necessário Cristo dar a vida pela raça caída prova que a lei de Deus não livrará o pecador de suas reivindicações sobre ele... O próprio fato de que Cristo arrostou a pena da transgressão do homem, é um poderoso argumento a todos os seres criados, de que a lei é imutável". - PP. pág. 66.
Desafio: "Respondeu Jesus: 'Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, a não ser por mim.'" - João 14:6 – NVI.
Sexta-Feira, 8/5/2009 - › ESTUDO ADICIONAL
Lúcifer, desde que foi criado vivia em perfeita harmonia com o padrão da justiça, o caráter de Deus, até que pecou, cometendo injustiça, seja, desafiando a integridade do caráter de Deus. Colocando em dúvida a integridade do caráter de Deus, Lúcifer contestou a Sua soberania e a justiça de Sua lei. Com este procedimento rompeu a relação de amor com Deus, e também quebrou a norma divina de conduta, comunicada pela palavra de Deus, porque o pecado também é o quebrantamento da lei.
Analisando o pensamento do profeta Ezequiel no capítulo 28:15-18, compreende-se que o pecado é um ato que apresenta várias características: iniqüidade, violência, orgulho, injustiça, profanação, corrupção. Todas estas características são muito significativas e esclarecedoras em relação ao pecado. São justamente o oposto aos atributos do caráter de Deus. Portanto, era impossível que as duas formas de conduta convivessem em um mesmo ambiente. Como as idéias eram conflitantes, tornou-se inevitável o conflito real. Deus enfrentou e lidou com o problema do pecado no centro do universo
Como a palavra expressa de Lúcifer desafiou a integridade do caráter de Deus em seu trato com as Suas criaturas, tornou-se necessária uma demonstração inequívoca e final, da parte de Deus, para vindicar o Seu caráter. Por esta razão, Lúcifer e seus anjos não foram destruídos imediatamente, mas foram expulsos do lugar, no universo, onde está o trono de Deus; foram expulsos do acesso aos mundos já habitados por criaturas de Deus e que rejeitaram as idéias de Lúcifer; e foram confinados ao planeta Terra, quando este ainda não havia sido tornado habitável para o homem.
Todavia, como o universo criado por Deus, forma um grande Reino indiviso, a permanência de rebeldes ao Reino de justiça, amor e santidade, mesmo confinados, é impossível. Assim, quando o caráter de Deus e o caráter de Lúcifer estiverem plenamente evidenciados perante todo o universo, Lúcifer e seus anjos serão aniquilados. Aniquiladas também serão as idéias de pecado que foram semeadas contra o governo de Deus.
Pense: "E cantavam o cântico de Moisés, servo de Deus, e o cântico do Cordeiro: 'Grandes e maravilhosas são as tuas obras, Senhor Deus todo-poderoso, justos e verdadeiros são os teus caminhos, ó Rei das nações. Quem não te temerá, ó Senhor? Quem não glorificará o teu nome? Pois tu somente és santo. Todas as nações virão à tua presença e te adorarão, pois os teus atos de justiça se tornaram manifestos'". – Apoc. 15:3 e 4 – NVI.
Desafio: "O que projetais vós contra o Senhor? Ele mesmo vos consumirá de todo; não se levantará por duas vezes a angustia". – Naum 1:9 - BT.
Conheça o autor
Pr. Albino Marks
Especialista em aconselhamento familiar e profundo estudioso da Bíblia, o pastor Albino Marks já atuou como preceptor (IAP, IACS, IAE-SP); capelão (IACS e Hospital do Pênfigo); diretor geral do IAP; departamental em várias associações e na UCB.
FONTE: http://www.escolanoar.org.br/Novo/impressao.asp?nivel=adultos_pt&data=8/5/2009