Estudos da Bíblia: Quarto Trimestre de 2008
Tema geral: A doutrina da Expiação
Estudo nº 07 – Expiação em símbolos - II
Semana de
Comentário auxiliar elaborado pelo prof. Sikberto Renaldo Marks
marks@unijui.edu.br - Fone/fax: (0xx55) 3332.4868
Ijuí – Rio Grande do Sul, Brasil
Comentário complementar ao estudo da lição da Escola Sabatina
Com a atenção dos leitores: CRISTO está perto de voltar! Veja comentários sobre fatos proféticos em www.cristovoltara.com.br
Verso para memorizar: "Entremos na Sua morada, adoremos ante o estrado de Seus pés" (Salmo 132:7).
- Introdução – santo sábado, dia da aliança entre criaturas e o Criador
Durante o ano os pecados dos israelitas eram simbolicamente depositados no Tabernáculo (depois Templo). Em que lugar? Por tudo, desde o altar, no lugar santo e no lugar santíssimo. Todo Tabernáculo era gradativamente contaminado pelas impurezas (pecados) do povo de Israel.
No dia da expiação havia um ritual bem significativo pelo qual isso tudo era purificado. A purificação ocorria pela transferência dos pecados sobre o bode para DEUS, símbolo de JESUS sendo morto na cruz. Ao se matar esse bode, tendo o sumo sacerdote antes confessado todos aqueles pecados sobre o bode, ele era morto. Simbolizava a morte de JESUS por aqueles pecados todos, assim como já havia simbolizado a morte de JESUS a cada vez que um cordeiro era morto pelos pecados individuais.
Depois de morto esse bode, o outro bode também recebia esses pecados, mas não para servir de morte para que fossem perdoados (seria mais uma vez) porque já foram perdoados por JESUS. Esse outro bode simbolizava satanás, e os pecados agora eram sobre ele colocados como um ato simbólico de que ele, que fizera esses pecados acontecerem, deveria sofrer por isso até morrer. Era a sua pena a ser paga. Portanto, os pecados fazem sofrer o pecador porque os comete, fizeram sofrer a JESUS que teve que morrer por eles, e farão sofrer o próprio causador de tudo ao ser remetido para o inferno onde passará por terríveis sofrimentos por tudo o que fez. Os mesmos pecados que fizeram matar JESUS para que fossemos perdoados também farão sofrer a satanás até que morra e se extinga para sempre. Além desses, os outros pecados, dos ímpios, e os dos anjos maus, e os dele mesmo, que ele provocou, também serão contabilizados para a sofrida extinção de satanás. Afinal ele foi quem originou esses pecados, precisa ser castigado por isso. Ou seria ele o único nessa história toda a passar por ela sem nenhum arranhão. Não será assim, a ferida em sua cabeça já foi dada, e ele deixará de existir em severo sofrimento pelo que fez.
Pois bem, os sacrifícios pelo perdão dos pecados são símbolo da intercessão de JESUS no santuário, lugar santo. Isso Ele vem fazendo desde que ascendeu ao Céu, 40 dias depois de ressuscitar. Ainda faz isso, ou seja, ainda intercede, pois ainda há graça sendo oferecida. O mesmo acontecia no dia da expiação em Israel, pois nesse dia também se ofereciam os normais sacrifícios da manhã e da tarde. Só depois deles é que ocorria o ritual da expiação.
O ritual anual da expiação é símbolo do que JESUS faz agora, desde 1844, no santuário, no lugar santíssimo, onde já é juiz, por enquanto dos mortos em CRISTO, ou seja, daqueles que em vida vieram a conhecer e aceitar a CRISTO como seu Salvador. Um dia desses Ele sai do santuário, nem mais intercede pelo Seu povo, nem mais o julga, então fecha-se a porta da graça. Aí Ele se torna juiz daqueles que estão condenados por que rejeitaram o apelo da salvação. Aqueles que hoje estão sendo julgados, os santos, após JESUS sair do santuário, estarão selados para a vida eterna. Os demais, por terem rejeitado o plano da salvação, decidiram eles mesmos pela condenação, portanto, serão julgados pelo Juiz e também por aqueles que foram salvos. Esse julgamento dos ímpios ocorrerá durante o milênio. No final desse milênio eles receberão execução da sentença, que será não só a sua morte eterna, mas sua extinção. Nem restará deles algum vestígio, e nem de satanás, ou seja, não restarão nem os ramos, nem a raiz. Daí em diante, não havendo mais vestígio de pecado, de pecador, e de tentador, tudo se terá purificado, e para sempre.
- Primeiro dia: Santuário e expiação
Como poderemos entender o Tabernáculo de DEUS aqui na Terra? Vejamos uma síntese.
ð era o lugar da habitação de DEUS entre Seu povo (Ele gosta de estar junto com Suas criaturas);
ð era para o povo se encontrar com DEUS (Ele gosta de que venhamos até Ele);
ð para santificar o povo (Ele aprecia fazer o bem ao povo, e torná-lo capaz de viver conforme o amor, para ser feliz sem morrer);
ð para que o povo pudesse chamar por socorro a DEUS (Ele quer estar sempre disponível para as nossas necessidades);
ð para ir adorá-Lo (ou seja, para ir amar a DEUS).
O santuário era a casa de DEUS entre o Seu povo. Era também o centro administrativo. Era onde DEUS administrava, por meio dos sacerdotes, as questões de Israel. Eles tinham um Rei entre eles, e era o próprio Criador do Universo. Esse Rei queria viver junto deles, mesmo que tivesse que ficar refugiado entre grossas camadas de cortinas, por causa dos pecados do povo. Ali Ele estava sempre pronto a perdoar, e a favorecer o povo. Era algo bem sublime ter a presença visível (shequiná) de DEUS entre Seu povo. Era algo muito solene. Havia um ritual bem elaborado, preciso, e cheio de significados, para, com muito respeito, buscar perdão e louvar a DEUS. Nada era feito de improviso, e nada naquele culto era da iniciativa ou do planejamento do ser humano. O culto fora elaborado por DEUS.
Nesse ritual devemos destacar algumas coisas importantes. O mais importante era o derramamento de sangue. Ocorria ao algum animal ser morto. Era degolado. Logo corria o sangue, onde se encontra a vida do animal. Esse sangue, parte era coletado numa tigela para ser colocado nas pontas do altar, ou, ser aspergido diante da cortina do lugar santíssimo, o lugar onde DEUS estava. Simbolizava o sangue do pecador que deveria ser morto, mas havia um sangue substituto, o do animal, agora carregado com os pecados do pecador, que contaminava o santuário. Cada vez que sangue de algum animal era colocado nas pontas do altar, ou diante do lugar santíssimo, isso significava um registro (anotação) de pecado para o qual houve pedido de perdão. E que foi perdoado. Mas o registro estava ali, ficava ali até o dia da expiação, quando esses registros deveriam ser purificados.
Então, perceba bem, ao ocorrer o pecado, e ao o pecador oferecer um sacrifício para obter o perdão (por isso outro morria em lugar do pecador), ele era perdoado. No entanto, o registro desse pecado permanecia no santuário até o dia da expiação. Só então esse registro era apagado. Só então nada mais constava em relação aquele pecado cujo perdão já se havia concedido.
Havia também o altar de sacrifícios. Nele os animais eram sacrificados. Esse altar representa a cruz de CRISTO, onde Ele foi sacrificado, e derramou o Seu sangue por nós.
Havia três portas, a do pátio que se chamava "caminho"; a do lugar santo, que se chamava "verdade" e a do lugar santíssimo que se chamava "vida". Essas portas simbolizavam CRISTO, Ele mesmo disse "Eu Sou o caminho, a verdade e a vida", ou seja, Ele é o meio para se chegar a DEUS e obter a salvação para a vida.
Havia no lugar santo os doze pães, também simbolizando o pão da vida, JESUS. Havia o candelabro, com sete lâmpadas, simbolizando a luz que é CRISTO. Do lado de fora, junto ao altar, havia a pia para se lavar, simbolizando a purificação por meio de CRISTO. Tudo no santuário lembrava CRISTO, o meio de salvação.
- Segunda-feira: Trabalho sacerdotal e expiação
A Lei de DEUS é indestrutível. Quando Moisés viu que o povo estava adorando outro deus, ele jogou as duas tabuas morro abaixo e elas se quebraram. Mas DEUS escreveu outras. Isso significa que independentemente do que os homens façam, se desobedecem a lei, se tentam mudá-la, DEUS é quem mantém a lei, pois Ele e quem legisla, não os homens. Daquele ato de Moisés é que vem a expressão "quebrar a lei" ao se cometer algum pecado.
A quebra da lei não a anula, porém, coloca o pecador numa situação de condenação. Ele agora precisa de um mediador, como um advogado. Diante de DEUS esse advogado não é alguém que vai lá para argumentar que não houve o pecado, ou que não foi tão grave. É sim, alguém que simplesmente apresenta o pedido de perdão ao Senhor DEUS, que está de todo motivado a perdoar. Não há necessidade de grande retórica para convencer a DEUS, pois Ele quer mesmo perdoar. Só há necessidade de que haja vontade de ser perdoado. Esse intermediário, ou seja, mediador, é o sacerdote. Hoje quem faz isso é JESUS, que foi morto na cruz para ter esse direito.
A atividade do sacerdócio foi designada a Arão e seus descendentes. Arão, assim como Moisés, era da linhagem de Levi, portanto, eram levitas. Por causa do pecado DEUS ficou inacessível ao ser humano. Logo após o pecado de Adão e Eva deixou de haver perfeitas condições de falarem face a face com DEUS. Imediatamente eles tiveram medo e vergonha. Os dois fugiram da presença de DEUS. Imagine como essa separação se tornou cada vez mais grave séculos mais tarde. Por isso a humanidade precisava de um mediador. Esse é o primeiro ponto importante para sermos salvos. Os levitas ganharam essa incumbência, eles eram a tribo mais sincera diante dos princípios da adoração a DEUS, desde o próprio Levi, filho de Jacó. Portanto, o estabelecimento de um sacerdócio deveria gravar na mente do povo que ele precisava de Um Mediador. E esse é o primeiro ponto importante. A obra do santuário baseia-se na mediação.
O segundo ponto importante é a busca da reconciliação, não por parte do homem, mas por parte de DEUS. O homem percebia que algo não ia bem em sua vida, mas não conseguia mais saber profundamente o que se passava. Por exemplo, quantas pessoas no mundo hoje tem verdadeira noção de sua situação quanto a vida eterna? É um percentual mínimo!
O pecado separa-nos de DEUS, mas o sangue nos une a DEUS. Esse é o ministério do perdão, para a reconciliação, isto é, para estar de bem com DEUS, e desejar obedecer Seus bons mandamentos. É o que diz em Romanos 5:10 – "somo reconciliados com DEUS pela morte de Seu Filho", que é efetuada pelo seu sangue (II Crôn. 29:24).
O terceiro ponto do ritual é a santificação. Após a mediação e a reconciliação, vem a necessidade da mudança de vida, isto é, de santificação, que é a gradual separação das cosias que há no mundo e seus atrativos banais para se ligar às coisas do alto. Ou seja, do natural desejo de pecar a outro natural desejo de não pecar mais, de sentir atração interna para obedecer a lei do amor, que só nos faz bem. Esse sentimento vem do alto, é operado em nós pelo poder DEUS, sendo que nós tivemos o desejo de que seja assim. fomos atraídos pelo amor de DEUS. Assim como um rapaz sincero atrai uma moça para no futuro se tornar a sua esposa, para faze-la feliz. Ou seja, santificação é simplesmente "não pecar mais". Obviamente pelo poder vindo de DEUS.
- Terça e quarta-feira: Dia da Expiação I e II
Para ajudar no entendimento sobre o ritual da expiação, e seu significado, faremos aqui, nesses dois dias, um esquema do que acontecia no dia da expiação. É mais detalhado que outro que já havíamos publicado na semana anterior. Iremos então aprofundar. Aliás, tudo começava dez dias antes. Está baseado no livro "O ritual do santuário" de M. L. Andreasen.
ð A preparação para esse dia começava dez dias antes; eram dias de reflexão, tristeza e arrependimento dos pecados do ano, para mudança de coração;
ð No dia da expiação era definido quem continuaria vivendo que quem iria morrer, ou seja, quem não se havia arrependido de algo, era expulso do meio do povo e isso significava a sua morte;
ð O sumo sacerdote passava a semana anterior em oração e nos preparativos do ritual;
ð No dia da expiação, o sumo sacerdote oficiava os sacrifício da manhã e da tarde; depois vinha o solene ritual da expiação;
ð Então, primeiro o sumo sacerdote deveria banhar-se e vestir as vestes santas brancas, em lugar das vestes que usava durante o ano;
ð Havia 4 animais para esse ritual: 2 bodes, um carneiro e um novilho;
ð São lançadas sortes sobre os dois bodes, para ver qual representa JESUS e qual representa satanás;
ð O sumo sacerdote imola o novilho, uma oferta por ele e sua família (diferente de JESUS, esse sacerdote apenas ilustrativo, era também ele mesmo pecador, por isso precisava, antes de interceder pelos outros, pedir perdão por ele e sua família);
ð Ele entra no santíssimo com brasas do altar e com incenso suave e coloca nesse lugar, é para que ele não morra (por que é pecador, e logo voltará para buscar o perdão para ele);
ð Volta e recebe do sacerdote o sangue do novilho e retorna ao santíssimo, esparge sangue sobre o propiciatório, fazendo expiação por si e por sua casa (agora ele foi purificado, e assim pode representar CRISTO, que sempre foi puro);
ð Agora o sumo sacerdote mata o bode do Senhor, que é expiação pelo povo (note que nesse caso, como no novilho, não houve a colocação das mãos sobre o animal nem a respectiva confissão de pecados sobre o animal, significando que agora estava entrando sangue puro, sem pecados, representando o sangue de JESUS, para purificar, não como nos sacrifícios durante o ano, cujos sangues entrava carregados de pecados)
ð Retorna ao santíssimo (terceira vez) e com o sangue faz expiação pelo lugar santíssimo;
ð No retorno faz expiação pelo lugar santo;
ð E saindo, faz expiação pelo altar;
ð Agora a tenda da congregação está purificada dos pecados do povo;
ð Toma o bode vivo, colocando ambas as mãos sobre a cabeça, confessa todos os pecados do ano, transferindo-os para esse bode;
ð Um homem levará esse bode ao deserto, carregando sobre si todas as iniquidades, representa satanás e seu castigo final;
ð Concluído esse ritual o sumo sacerdote tira as roupas brancas de linho, lava-as, e coloca as roupas regulares de sumo sacerdote;
ð O homem que levou o bode para o deserto banha-se, lava as suas roupas antes de retornar;
Durante o ano se faziam os sacrifícios diários da manhã e da tarde. Esses dois sacrifícios registravam a ocorrência de pecados. E esses pecados requeriam que os respectivos pecadores viessem pedir perdão por eles, mediante outros sacrifícios. E eles eram também uma expiação provisória para muitos casos especiais. Muitos ofensores tardavam em levar seus sacrifícios para pedir perdão. Outros estavam em viagem, outros doentes, outros não se davam conta de alguns pecados. Mas eram pessoas que se arrependiam dos males que faziam. Então esses dois sacrifícios serviam para estes casos, de prover perdão mesmo para quem, por se tratar de um ser humano falho, por algum motivo não o fizesse. Simbolizava uma provisão temporária de perdão, até que o pecador aparecesse com seu sacrifício. Ou, aqueles que não o fizessem por alguma razão justa (doença, velhice, viagem longa, esquecimento, morte antes de oferecer o sacrifício, etc), mas que em seus corações se arrependeram, esses dois sacrifícios diários proviam perdão. Ninguém permanecia culpado por alguma falha sua de esquecimento ou não percepção de que pecou. Mas esse serviço não cobria os pecados dos que não se arrependiam ou que apostatavam. Esses eram extirpados do meio do povo de DEUS no dia da expiação. Esse serviço diário que ocorria às 9:00 e 15:00, simbolizava também a morte de CRISTO por todos os pecados de todas as pessoas, provendo o perdão a quem necessitasse.
Portanto, em síntese, os dois serviços diários eram para registrar a ocorrência de pecados. As ofertas individuais eram para pedir perdão individual dos pecados, quando ao lado do pecado se anotava "perdoado", e a expiação era para purificar dos registros dos pecados, que assim deixavam de existir. No dia da expiação se apagava tanto a ocorrência do pecado registrado nos dois sacrifícios diários como a tal anotação de "perdoado" e assim desaparecia até a lembrança de que houve pecado e respectivo perdão. O pecador agora, além de perdoado estava purificado, na condição de "nada consta" que uma vez pesava contra ele, que depois fora perdoado, e na expiação fora eliminado totalmente.
Os sacrifícios individuais eram oferecidos pela busca de perdão do pecado. De fato o pecador retornava perdoado. Porém, ficava no santuário o registro (símbolo dos apontamentos nos livros celestes) desse pecado. Ou seja, embora houvesse o perdão, o sangue que forra derramado, ou no altar, ou no lugar santo, estava ali, carregado com os respectivos pecados. É isso que acontece hoje. Se pecarmos, e pedirmos perdão, somos perdoados, mas o registro do que fizemos fica no respectivo livro no Céu, e escrito ao lado: perdoado.
Uma vez ao ano esses registros eram eliminados do santuário. Assim também, é isso que nosso Sumo Sacerdote faz hoje, quando entra no lugar santíssimo, com relação aos mortos
Então perdão e purificação são duas coisas diferentes. Somos perdoados, mas, enquanto vivos, podemos nos arrepender do perdão, e retornar a esse pecado. Isso é muito freqüente. Ao morrermos, ou um pouco antes do fechamento da porta da graça (antes do início das pragas), se estivermos vivos, teremos que ser apresentados perante o tribunal celeste, para lá se ver se nos registros dos nossos pecados consta arrependimento e perdão para todos. Em caso afirmativo, tudo é apagado. Em caso negativo, fica para durante o milênio ser tudo bem revisado outra vez. Quem fará isto serão os que forem salvos.
Note outra coisa. Só iam para o dia da expiação aquelas pessoas que faziam parte do povo de Israel. Ou seja, as pessoas do povo de DEUS. e aqueles, do povo de DEUS, que não se haviam arrependido de tudo, eram excluídos, para então fazerem parte desses outros, já perdidos. Esses outros nem participavam da expiação, faziam parte dos perdidos. Isso significa que no juízo final só irão para o julgamento para verificação se serão ou não salvos, aqueles que vieram a pertencer ao povo de DEUS, com a verdade presente que possuíram. É de se observar que haverá muitos que passaram a fazer parte do povo de DEUS e nem o perceberam. São pessoas de muitas igrejas não totalmente conforme a Bíblia, mas que seguiram com sinceridade a verdade presente que conheciam. Esses são parte do povo de DEUS mas que estão em outros rebanhos. Serão salvos, farão parte do julgamento que ora JESUS está conduzindo no lugar santíssimo.
Então, as ofertas durante o ano eram para obter o perdão, o ritual da expiação era para confirmar o perdão por meio da purificação dos registros dos pecados que foram feitos durante o ano. Todos os que se haviam arrependido, tinham apagados seus pecados, e outro ciclo anual recomeçava. Isso significa que, no final dos tempos, fechada a porta da graça, quem estiver puro, isto é, perdoado e todos os pecados apagados, será salvo. Quem estiver impuro, está perdido para sempre. O dia da expiação anual simbolizava o juízo final que ocorre uma só vez.
Outro ponto importante é o lugar da contaminação. Quando uma pessoa comum ou um príncipe pecava, o sangue do animal era colocado sobre as pontas do altar (que ficava no pátio externo). E o sacerdote comia parte da carne do animal, simbolizando que ele fora contaminado, e também foi contaminado o altar. Ao o sacerdote entrar no lugar santo, contaminava-o com sua presença porque carregava em si o pecado do pecador que veio confessar e pedir perdão. Quando um sacerdote ungido pecava, como não houvesse mais ninguém acima dele para levar o pecado dele, tinha que pegar do sangue do animal e levar perante o santíssimo, e aspergir ali perante o véu. Assim também se procedia ao a nação inteira cometer um pecado coletivo.
Então, durante o ano, era contaminado o altar, o sacerdócio, o lugar santo e o lugar santíssimo. Mas os pecadores estavam perdoados, esses pecados, seus registros ficavam no santuário com o devido registro de perdoado. E no dia da expiação, havia solene reunião de dez dias de arrependimento. Então os perdões eram confirmados pela purificação, que era a limpeza dos registros. Não havia mais nem lembrança do que se havia feito de iniqüidade.
Por final, o bode emissário, que representava satanás, era declarado culpado porque pela tentação fez o povo de DEUS pecar. Ele recebia todos os pecados para sofrer a morte eterna por esse motivo.
- Quinta-feira: Expiação: o que é?
Expiação é purificação, ou seja, remoção dos pecados do santuário. Durante o ano os judeus cometiam pecados e por isso iam ao santuário oferecer um sacrifício para obter o perdão. Isso era concedido, mas nem por isso, o problema estava completamente resolvido (como já vimos). Embora o adorador estivesse perdoado, no santuário permanecia a imundícia do que ele fez, ou seja, o sangue que fora derramado por ele para ser perdoado. Era sangue contaminado daquele pecado, e estava ali, como um registro de que houve aquele pecado, e que fora perdoado ao pecador. Por ter sido perdoado, o pecado não pesava mais sobre o pecador, mas fora deslocado para dentro do santuário. Durante o ano duas coisas poderiam acontecer em relação àquele pecado: o adorador poderia manter a sua decisão de querer o perdão, então ele, com o poder de DEUS, sustentaria uma vida de santificação, isto é, de libertação daquele pecado, bem como de outros. Mas poderia também acontecer de o adorador arrepender-se de ter pedido perdão, e querer voltar a pecar. Nesse caso, o perdão daquele pecado se anulava, e o pecador retornava a ser culpado dele, e dos outros que adicionava posteriormente.
Essa lógica remete a que? Ao que se passa no lugar santíssimo depois de 1844. Nesse ano JESUS oficia no lugar santo e no santíssimo. Quando Ele está no santíssimo, são examinados os nomes dos que aceitaram a verdade, para ver se houve arrependimento de todos os pecados que eles haviam cometido
Logo, expiação é a purificação dos registros dos pecados realizados pelo povo de DEUS. Ou seja, é a confirmação do perdão. Ou melhor, se após pecar a pessoa pediu perdão, ele prontamente foi concedido. E se a pessoa se manteve querendo o perdão durante o ano, e não quis mais pecar (mesmo que o tenha feito, mas se outra vez se arrependeu), no dia da expiação o perdão já concedido era confirmado e o seu pecado era eliminado do templo, e não a pessoa eliminada do povo.
- Aplicação do estudo – Sexta-feira, dia da preparação para o santo sábado:
E agora, o que falta ainda, para que a justiça seja completa? Imagine-se daqui a um milênio, talvez um pouco mais, pelo tempo que ainda teremos que ficar aqui na Terra. Onde estará nesses dias? Retornando à Terra, certo? Pois bem, no final do milênio qual será a situação das cosias relacionadas a esse mundo?
ð Os justos já estarão salvos há mil anos, transformados, com vida eterna garantida;
ð Os pecados dos justos, todos foram perdoados, e há mil anos, ou até mais, já foram apagados, portanto, o Céu está purificado deles, pois nada consta contra os justos;
ð Eles já terão revisado os arquivos dos atos dos ímpios, um por um, e toda a tarefa se terá concluída;
ð Falta então limpar o Céu dos pecados dos ímpios, que de certa forma ainda mancham os livros de registros, mas não o Tabernáculo, pois para lá nunca terão ido, já que os ímpios não pediram perdão deles;
ð Os que uma vez foram justos, que pertenceram a JESUS, mas que retornaram à vida anterior, seus pecados também estão registrados, mas não no Tabernáculo, pois assim como no dia da expiação tudo era purificado, no Céu estes também não estão mais no Tabernáculo;
ð Falta agora a execução da sentença de morte eterna, a todos os ímpios e a satanás e seus anjos;
ð Então é que se cumpre o simbolismo do ritual da eliminação do mal com raiz e ramos, e tudo a eles relacionado, não permanecendo mais nenhum vestígio de pecado, exceto as marcas no corpo de JESUS;
ð Satanás levará sobre ele, para efeito de castigo e sofrimento até a sua morte, os pecados de todas as pessoas que fez pecar, essa parte dos pecados é de responsabilidade dele, e precisa sofrer por eles, ou seja, ele sofrerá pelos pecados de todas as pessoas, dos anjos que fez cair e os dele mesmo;
ð O que satanás vai sofrer nada tem a ver com expiação, mas sim, o cumprimento da justiça por ser ele pecador e fazer outros pecarem;
ð Então todo o Universo estará outra vez livre de tudo o que estava relacionado a pecado e suas conseqüências.
Assim como no santuário típico, o daqui da Terra, era totalmente purificado ao se lançar os pecados dos justos, que foram perdoados (mas cuja cumplicidade de satanás ainda reclamava providências) e a parte da culpa do próprio satanás, além dos pecados daqueles que não se arrependeram (que seriam eliminados do meio do povo), colocando-se essa imundícia sobre o bode que representa satanás, que era enviado para morrer no deserto, assim irão ser postos sobre satanás os pecados da humanidade sobre o tentador, para ser enviado ao inferno e ali extinto para sempre. Em todos os pecados cometidos, ele tem parte da culpa, precisa pagar por essa culpa. Pagará, não pelos outros ímpios nem pelos justos, mas pelo que lhe cabe na culpa.
escrito entre: 03/10/2008 a 10/10/008 - corrigido em 10/10/2008
Declaração do professor Sikberto R. Marks
O Prof. Sikberto Renaldo Marks orienta-se pelos princípios denominacionais da Igreja Adventista do Sétimo Dia e suas instituições oficiais, crê na condução por parte de CRISTO como o comandante superior da igreja e de Seus servos aqui na Terra. Discorda de todas as publicações, pela internet ou por outros meios, que denigrem a imagem da igreja da Bíblia e em nada contribuem para que pessoas sejam estimuladas ao caminho da salvação. O professor ratifica a sua fé na integralidade da Bíblia como a Palavra de DEUS, e no Espírito de Profecia como um conjunto de orientações seguras à compreensão da vontade de DEUS apresentada por elas. E aceita também a superioridade da Bíblia como a verdade de DEUS e texto acima de todos os demais escritos sobre assuntos religiosos.
FONTE: www.cristovoltara.com.br/
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