O remanescente na história
"Mas assuntos como o santuário, em conexão com os 2.300 dias, os mandamentos de Deus e a fé de Jesus, são perfeitamente apropriados para esclarecer o passado movimento adventista e mostrar qual é nossa presente posição, estabelecer a fé do vacilante e dar a certeza do glorioso futuro. Esses, tenho freqüentemente visto, são os principais assuntos sobre que os mensageiros se devem demorar." (Primeiros escritos, 63)
- O sábado através dos séculos
SÉCULO I
"Quase todas as igrejas no mundo celebram os sagrados mistérios [da Ceia do Senhor] no sábado de cada semana." Socrates Scholasticus, Eccl. History
"Então a semente espiritual de Abraão [os cristãos] fugiram para Pela, do outro lado do rio Jordão, onde encontraram um lugar de refúgio seguro, e assim puderam servir a seu Mestre e guardar o Seu sábado." Eusebius's Ecclesiastical History
Filo, filósofo e historiador, afirma que o sábado correspondia ao sétimo dia da semana.
SÉCULO II
"Os cristãos primitivos tinham grande veneração pelo sábado, e dedicavam o dia para devoção e sermões. ... Eles receberam essa prática dos apóstolos, conforme vários escritos para esse fim." D. T. H. Morer (Church of England), Dialogues on the Lord's Day, Londres, 1701
SÉCULOS II, III, IV
"Desde o tempo dos apóstolos até o Concílio de Laodicéia [364 d.C.), a sagrada observância do sábado dos judeus persistiu, como pode ser comprovado por muitos autores, não obstante o voto contrário do concílio." John Ley, Sunday A Sabbath, Londres, 1640
SÉCULO III
"Pelo ano 225 d.C., havia várias dioceses ou associações da Igreja Oriental, que guardavam o sábado, desde a Palestina até a Índia." Mingana Early Spread of Christianity
SÉCULO IV
"Na igreja de Milão (Itália), o sábado era tido em alta consideração. Não que as igrejas do Oriente ou qualquer outra das restantes que observavam esse dia, fossem inclinadas ao judaísmo, mas elas se reuniam no sábado para adorar a Jesus, o Senhor do sábado." Dr. Peter Heylyn, History of the Sabbath, Londres, 1636
"Por mais de 17 séculos a Igreja da Abissínia continuou a santificar o sábado como o dia sagrado do quarto mandamento." Ambrósio de Morbius
"Ambrósio, famoso bispo de Milão, disse que quando ele estava em Milão, guardou o sábado, mas quando passou a morar em Roma, observou o domingo. Isso deu origem ao provérbio: 'Quando você está em Roma, faça como Roma faz.'" Heylyn, History of the Sabbath
Pérsia 335-375 d.C. Eles [os cristãos] desprezam nosso deus do Sol.
"Eles [os cristãos] desprezam nosso deus do Sol. Zoroastro, o venerado fundador de nossas crenças divinas, não instituiu o domingo mil anos antes em honra ao Sol cancelando o sábado do Antigo Testamento? Os cristãos, contudo, realizam suas cerimônias religiosas no sábado." O'Leary, The Syriac Church and Fathers
"Os cristãos dos primeiros quatro séculos nunca confundiam o sábado com o domingo, mas, por um bom tempo, celebraram os dois dias, como é indicado nas Constituições dos Santos Apóstolos (obra apócrifa, cerca de 375 d.C.). "Guardem o sábado e o festival do dia do Senhor; porque o primeiro é o memorial da criação, e o último, da ressurreição." – SDA Bible Student's Source Book, vol. 9, artigo 1.414." (Lição Escola Sabatina, 4ºtrim.2004, p. 83).
SÉCULO V
"Agostinho [cujo testemunho é mais incisivo pelo fato de ter sido um devotado observador do domingo] mostra... que o sábado era observado em seus dias 'na maior parte do mundo cristão'." Nicene and Post-Nicene Fathers, série 1, vol. 1, págs. 353 e 354
"No quinto século a observância do sábado judaico persistia na igreja cristã." Lyman Coleman, Ancient Christianity Exemplified, pág. 526
SÉCULO VI
"Neste último exemplo, eles [a Igreja da Escócia] parecem ter seguido o costume do qual encontramos vestígios na primitiva igreja monástica da Irlanda, ou seja, afirmavam que o sábado era o sétimo dia no qual descansavam de todas as atividades." W. T. Skene, Adamnan's Life of St. Columba, 1874, pág. 96
Sobre Columba de Iona: "Tendo trabalhado na Escócia por trinta e quatro anos, ele predisse clara e abertamente sua morte, e no dia 9 de junho, um sábado, disse a seu discípulo Diermit: 'Este é o dia chamado sábado, isto é, o dia de descanso, e como tal será para mim, pois ele colocará um fim aos meus labores'." Butler's Lives of the Saints, artigo sobre "St. Columba"
SÉCULO VII
"Parece que, nas igrejas célticas primitivas, era costume, tanto na Irlanda quanto na Escócia, guardar o sábado... como um dia de descanso. Eles obedeciam literalmente ao quarto mandamento no sétimo dia da semana." Jas. C. Moffatt, The Church in Scotland
Disse Gregório I, Papa de Roma (590-604): "Cidadãos romanos: Chegou a meu conhecimento que certos homens de espírito perverso têm disseminado entre vós coisas depravadas e contrárias à fé cristã, proibindo que nada seja feito no dia de sábado. Como eu deveria chamá-los senão de pregadores do anticristo?"
SÉCULO VIII
Índia, China, Pérsia, etc. "Abrangente e persistente foi a observância do sábado entre os crentes da Igreja Oriental e dos Cristãos de São Tomás da Índia, que jamais estiveram ligados a Roma. O mesmo costume foi mantido entre as congregações que se separaram de Roma após o Concílio de Calcedônia, como por exemplo, os abissínios, jacobitas, marionitas e armênios." New Achaff-Herzog Encyclopedia of Religious Knowledge, artigo intitulado "Nestorians"
SÉCULO IX
"O papa Nicolau I, no nono século, enviou ao príncipe governante da Bulgária um extenso documento dizendo que se devia cessar o trabalho no domingo, mas não no sábado. O líder da Igreja Grega, ofendido pela interferência do papado, declarou o papa excomungado." B. G. Wilkinson, Ph.D., The Truth Triumphant, pág. 232
SÉCULO X
"Os seguidores de Nestor não comem porco e guardam o sábado. Não crêem em confissão auricular nem no purgatório." New Schaff-Herzog Encyclopedia, artigo "Nestorians"
SÉCULO XI
"Margaret da Escócia, em 1060, tentou arruinar os descendentes espirituais de Columba, opondo-se aos que observavam o sábado do sétimo dia em vez de o domingo." Relatado por T. R. Barnett, Margaret of Scotland, Queen and Saint, pág. 97
SÉCULO XII
"Há vestígios de observadores do sábado no século doze, na Lombárdia." Strong's Encyclopedia
Sobre os valdenses, em 1120: "A observância do sábado... é uma fonte de alegria." Blair, History of the Waldenses, vol.1, pág. 220
França: "Por vinte anos Pedro de Bruys agitou o sul da França. Ele enfatizava especialmente um dia de adoração reconhecido na época entre as igrejas celtas das ilhas britânicas, entre os seguidores de Paulo, e na Igreja Oriental, isto é, o sábado do quarto mandamento." Coltheart, pág. 18
SÉCULO XIII
"Contra os observadores do sábado, Concílio de Toulouse, 1229: Canon 3: Os senhores dos diversos distritos devem procurar diligentemente as vilas, casas e matas, para destruir os lugares que servem de refúgio. Canon 4: Aos leigos não é permitido adquirir os livros tanto do Antigo quanto do Novo Testamentos." Hefele
SÉCULO XIV
"Em 1310, duzentos anos antes das teses de Lutero, os irmãos boêmios constituíam um quarto da população da Boêmia, e estavam em contato com os valdenses, que havia em grande número na Áustria, Lombárdia, Boêmia, norte da Alemanha, Turíngia, Brandenburgo e Morávia. Erasmo enfatizava que os valdenses da Boêmia guardavam o sétimo dia (sábado) de uma maneira estrita." Robert Cox, The Literature of the Sabbath Question, vol. 2, págs. 201 e 202
SÉCULO XV
"Erasmo dá testemunho de que por volta do ano 1500 os boêmios não apenas guardavam estritamente o sábado, mas eram também chamados de sabatistas." R. Cox, op. cit.
Concílio Católico realizado em Bergen, Noruega, em 1435: "Estamos cientes de que algumas pessoas em diferentes partes de nosso reino adotam e observam o sábado. A todos é terminantemente proibido – no cânon da santa igreja – observar dias santos, exceto os que o papa, arcebispos e bispos ordenam. A observância do sábado não deve ser permitida, sob nenhuma circunstância, de agora em diante, além do que o cânon da igreja ordena. Assim, aconselhamos a todos os amigos de Deus na Noruega que desejam ser obedientes à santa igreja, a deixar de lado a observância do sábado; e os demais proibimos sob pena de severo castigo da igreja por guardarem o sábado como dia santo." Dip. Norveg., 7, 397
SÉCULO XVI
Noruega, 1544: "Alguns de vocês, em oposição à advertência, guardam o sábado. Vocês devem ser severamente punidos. Quem for visto guardando o sábado, pagará uma multa de dez marcos." Krag e Stephanius, History of King Christian III
Liechtenstein: "Os sabatistas ensinam que o dia de repouso, o sábado, ainda deve ser guardado. Dizem que o domingo [como dia semanal de descanso] é uma invenção do papa." Wolfgang Capito, Refutation of the Sabbath, c. de 1590
Índia: "Francisco Xavier, famoso jesuíta, chamado para a inquisição que foi preparada em Goa, Índia, em 1560, para verificar 'a maldade judaica, a observância do sábado'." Adeney, The Greek and Eastern Churches, págs. 527 e 528
Abissínia: "Não é pela imitação dos judeus, mas em obediência a Cristo e Seus apóstolos, que observamos este dia [o sábado]." De um legado abissínio na corte de Lisboa, 1534, citado na História da Igreja da Etiópia, de Geddes, págs. 87 e 88
SÉCULO XVII
"Cerca de 100 igrejas guardadoras do sábado, a maioria independentes, prosperaram na Inglaterra nos séculos dezessete e dezoito." Dr. Brian W. Ball, The Seventh-Day Men, Sabbatarians and Sabbatarianism in England and Wales, 1600-1800, Clarendon Press, Oxford University, 1994
SÉCULO XVIII
Alemanha: "Tennhardt de Nuremberg adere estritamente à doutrina do sábado, por ser um dos dez mandamentos." J. A. Bengel, Leben und Wirken, pág. 579
"Antes que Zinzendorf e os morávios de Belém [Pensilvânia] iniciassem a observância do sábado e prosperassem, havia um pequeno grupo de alemães observadores do sábado na Pensilvânia." Rupp, History of the Religious Denominations in the United States
"Os abissínios e muitos do continente europeu, especialmente na Romênia, Boêmia, Morávia, Holanda e Alemanha, continuaram a guardar o sábado. Onde quer que a igreja de Roma predominasse, esses sabatistas eram penalizados com o confisco de suas propriedades, multas, encarceramento e execução." Coltheart, pág. 26
SÉCULO XIX
China: "Os taiping, quando interrogados sobre a observância do sábado, responderam que, em primeiro lugar, porque a Bíblia o ensina, e, em segundo, porque seus ancestrais o guardavam como dia de culto." A Critical History of Sabbath and Sunday
SÉCULO XX
[Nota do editor: Há milhões de observadores do sábado no mundo, espalhados por mais de 25 denominações e centenas de congregações independentes, observadoras do sábado.]
http://www.dsa.org.br/Osabado/temas10.asp
Obtido em: 15-07-2004
- Judeus
Como povo de DEUS, desde o ano 34 o deixaram de ser. Mas, como depositários da Lei de DEUS, mantiveram-se fiéis mais que outros grupos, ao longo da história, até os dias de hoje. As diferentes diásporas os misturaram entre os demais povos, e assim testemunhavam, de uma ou de outra maneira, sobre a Lei de DEUS e sobre o sábado, a mortalidade da alma que é o ser humano completo.
- Paulicianos – do séc. III ao séc. XV
Seita adocionista do bispo de Paulo de Samosata, bispo de Antioquia, de 260 a 272. Veneravam a Cristo. Rejeitava a adoração a Maria e aos santos. Eram fortemente iconoclastas (contra imagens de escultura). Semelahntes a eles: bogonilos da Bulgária, e depois os cátaros e albigenses do sul das França, nos séc. XII a XIII.
Era anti-romanistas, repudiavam o batismo infantil, as relíquias e imagens. Praticavam o batismo por imersão, aos 30 anos. Usavam o Novo e o Velho Testamento. Viviam na parte oriental da cristandade. Eram um pequeno cisma.
"Na História de Gibbon, VI, pg 543, Gibbon classifica o paulicianismo como a forma primitiva do cristianismo: "De Antioquia e Palmira deve ter sido espalhada a Mesopotâmia e a Pérsia; e foi nestas regiões que se formou a base da fé, que se espalhou desde as cordilheiras do Tauro até o monte Arará. Foi estas a forma primitiva do Cristianismo.
"Noutro lugar, V, pg 386, diz ele: "O nome pauliciano, dizem os seus inimigos que se deriva de algum líder desconhecido; mas tenho certeza de que os paulicianos se gloriaram da sua afinidade com o apóstolo aos gentios".
"No livro A Chave da Verdade, escrito pelos próprios paulicianos, citado por Gregório Magistos no décimo primeiro século, e descoberto pelo Sr. Fred C. Conybeare, de Oxford, em 1891, na Biblioteca do Santo Sínodo, em Edjmiatzin da Armênia, afirma nas páginas 76-77 que são de origem apostólica: "Submetamo-nos então humildemente à Santa igreja universal, e sigamos o seu exemplo, que, agindo com uma só orientação e uma só fé, NOS ENSINOU. Pois ainda recebemos no tempo oportuno o santo e precioso mistério do nosso Senhor Jesus Cristo e do pai celestial: a saber, que no tempo de arrependimento e fé. Assim COMO APRENDEMOS DO SENHOR DO UNIVERSO E DA IGREJA APOSTÓLICA, prossigamos; e firmemos em fé verdadeira aqueles que não receberam o santo batismo (na margem: a saber, os latinos, os gregos e armênios que nunca foram batizados); como assim nunca provaram do corpo nem beberam do santo sangue do nosso Senhor Jesus Cristo. Portanto, de acordo com a Palavra do Senhor, devemos traze-los a fé, induzi-los ao arrependimento, e dar-lhes o batismo - rebatiza-los.""
"Fica claro que eles não se denominavam paulicianos, porém, "a igreja Santa, Universal e Apostólica". As igrejas romanas, gregas e armênias, eram duramente condenadas por eles. Condenavam principalmente o batismo por imposição (praticado pelos imperadores) e o batismo infantil." (1)
"Na enciclopédia acima mencionada diz que ... encheram com seus adeptos, a Siria, a Palestina, e a Babilônia. O maior grupo estava fixado nas regiões montanhosas do Arara e do Tauros. O motivo de escolherem este lugar de tão difícil acesso é a perseguição movida contra eles pelas igrejas gregas. Enquanto Montanistas, Novacianos e Donatistas eram perseguidos mais pelas igrejas romanas, as igrejas gregas perseguiam os paulicianos no oriente.
"Por incrível que pareça foram tolerados por muito tempo pelos maometanos. Isso deixou-os a vontade e foram eles os grandes missionários da idade das trevas entre os anabatistas. Espalharam-se pela Trácia em 970, pela Bulgária, Bosnia e Servia após o ano 1100. Em todos estes lugares foram como missionários enviados pelas igrejas paulicianas. O historiador Orchard revela que "um número considerável de paulicianos esteve estabelecido na Lombardia, na Insubria, mas principalmente em Milão, aí pelo meado do século onze e que muitos deles levaram vida errante na Franca, na Alemanha e outros países, onde ganharam a estima e admiração da multidão pela sua santidade. Na Itália foram chamados de Paterinos e Cátaros. Na França foram denominados búlgaros, do reino de sua emigração, também publicanos e boni homines, bons homens; mas foram principalmente conhecidos pelo termo albigenses, da cidade de Albi, no Languedoc superior".
"Em 1154 um grupo de paulicianos emigrou para a Inglaterra, tangidos ao exílio pela perseguição. Uma porção deles estabeleceram-se em Oxford. Willyan Newberry conta do terrível castigo aplicado ao pastor Gerhard e o povo. Seis anos mais tarde outra companhia de paulicianos entrou em Oxford. Henrique II ordenou que fossem ferreteados na testa com ferros quentes, chicoteados pelas ruas da cidade, suas roupas cortadas até a cintura e enxotados pelo campo aberto. As vilas não lhes deviam proporcionar abrigo ou alimento e eles sofreram lenta agonia de frio e fome." É interessante lembrar ao leitor, que João Wycliff (1320-1384), considerado a "estrela d'alva" da Reforma, iniciou justamente em Oxford sua luta para reformar a podridão do catolicismo. Sem dúvida ele teve algum contato com algum sobrevivente dos paulicianos.
"A partir do século XII o nome pauliciano foi caindo em desuso. Conforme suas emigrações e campos missionários, foram recebendo novos nomes ou se fundindo com os outros grupos de anabatistas da Europa. No sul o nome perdeu-se entre os albingenses e valdenses. No centro e norte da Europa foi aos poucos prevalecendo o nome de "anabatistas"." (1)
- Novacianos
Novaciano foi presbítero romano e teólogo notável, considerado um dos pais da Igreja. Tendiam ao fanatismo do puritanismo, com disciplina férrea.
"Rebatizavam a todos que vinham do Catolicismo". (Mosheim, Vol. I, pag 203)
"As igrejas assim formadas sobre o plano de comunhão restrita e rígida disciplina obtiveram a alcunha de puritanos. Foram a corporação mais antiga de igrejas cristãs das quais temos qualquer notícia, e uma sucessão delas, provaremos, continuou até hoje. Tão cedo como em 254 esses dissidentes (cristãos verdadeiros) são acusados de terem infeccionado a França com as suas doutrinas, o que nos ajudará no estudo dos albingenses... Estas igrejas existiram por sessenta anos sob um governo pagão, durante cujo tempo os velhos interesses corruptos em Roma, Cartago e outros lugares não possuíam meios senão os da persuasão e da censura para pararem o progresso dos dissidentes. Durante este período as igrejas novacianas foram muito prósperas e foram plantadas por todo o império romano. É impossível calcular o benefício do seu serviço a comunidade. Conquanto rígidos na disciplina, cismáticos no caráter, foram achados extensivos e numa condição florescente quando Constantino subiu ao trono em 306 A.D." (Orchard em Alix's Piedmont C 17, pg.. 176) (1)
"Na conclusão do quarto século tinham os novacianos três ou quatro igrejas em Constantinopla, assim como em Nice, Nicomédia, Cocíveto e Frigia, todas elas grandes e extensivas corporações, além de serem muito numerosas no Império Ocidental. Havia diversas igrejas em Alexandria no século quinto. Aqui Cirilo, ordenado bispo dos Católicos Romanos, trancou as igrejas dos novacianos. O motivo foi o rebatismo dos católicos. Foi lavrado um édito em 413 pelos imperadores Teodósio e Honório declarando que todas as pessoas rebatizadas e os rebatizadores seriam punidos com a morte. Conformemente, Albano, zeloso ministro com outros foi assim punidos por batizar. Como resultado da perseguição nesse tempo muitos abandonaram as cidades e buscaram retiro no país e nos Vales do Piemonte, onde mais tarde foram chamados de valdenses.". (W. N. Nevins) (1)
"O Dr. Robinson em Eclesiastical Reserches, 126 traça a sua continuação até a reforma e a aparição do movimento anabatistas do século. XVI. E acrescenta: "Depois quando as leis penais os obrigaram a se esconder em lugares retirados e a adorarem a Deus secretamente, foram designados por vários nomes"." (1)
- Montanistas
Movimento apocalíptico do séc. II, em Papuza, dos profetas Montano, Prisca e Maximila. Outros nomes: prescilianistas, frígios ou catafrígios.
Contra toda forma de mundanismo, importância ao martírio. Expectativa das segunda vinda (parousia) Montano dizia que era o Paracleto (consolador) prometido.
Iniciaram na Ásia menor e depois no ocidente. Tertuliano tornou-se montanista em 207. No ocidente o movimento morreu no séc. III. No oriente foi suprimido durante o reinado de Justiniano (527-565).
O historiador contemporâneo Earle E. Cairns diz que o movimento "foi uma tentativa de resolver os problemas de formalismo na igreja e a dependência da igreja da liderança humana quando deveria depender totalmente do Espirito Santo." E também acrescentou que o "montanismo representou o protesto perene suscitado dentro da igreja quando se aumenta a força da instituição e se diminui a dependência do Espirito Santo." (O Cristianismo através dos Séculos, pg 82 e 83).
"Como sua mensagem era uma necessidade para as igrejas o movimento espalhou-se rápido pela Ásia Menor, África do Norte, Roma e no Oriente. Algumas igrejas grandes chegaram mesmas a serem chamadas de Montanistas. Foi o caso da igreja de Éfeso. Tertuliano, considerado um dos maiores Pais da Igreja, por ser bom estudante da Bíblia, atendeu aos apelos do grupo e tornou-se montanista. Apesar de serem radicais quanto as regras de fé de uma igreja era povo humilde e manso." (1)
- Donatismo
Movimento cismático do início do séc. IV, em Cartago, norte da África, pelo bispo Donato, de Cartago. Formaram-se contra a igreja tradicional, principalmente contra os sacramentos. O estopim da controvérsia foi a eleição de Ceciliano, bispo de Cartago, em 311. O grupo afirmava que a consagração não era válida. Os donatistas apelaram três vezes a Constantino. O Norte da África revoltou-se, Constantino retaliou exilando os bispos donatistas. Em 411 os donatistas foram declarados ilegais pelo imperador. "O motivo foi simples: Recusaram comunhão comum com os pastores apóstatas como foi o caso de Felix, pastor da maior igreja em Cartago. Felix sacrificou aos ídolos e ao imperador na perseguição de Diocleciano. Muitos fiéis morreram na mesma época por recusar agir da mesma forma. Findada a perseguição Felix ordenou ao ministério Ciciliano, acusado de ser um traidor. Donato solicitou a sua deposição, pois, sustentava que o fato de não ter sido fiel no tempo da perseguição invalidava a possibilidade de Felix ordenar. Apoiado pelos pastores das grandes igrejas do ocidente, Felix permaneceu no cargo. Desapontados em ver as escrituras sendo atropeladas os cristãos fiéis do norte da África fizeram o mesmo que os do Oriente, Ásia Menor e do Ocidente, excluíram da comunhão os pastores e igrejas infiéis. Os que assim agiram foram conhecidos como Donatistas." (1)
"Foram perseguidos por Aurélio Agostinho. O bispo donatista Petiliano, contra quem Agostinho debateu, assim respondeu ao bispo católico: - "Pensai vós em servir a Deus matando-nos com as vossas mãos? Enganais a vós mesmos. Deus não tem assassinos por sacerdotes. Cristo nos ensina a suportar a perseguição, não vingá-la". E o bispo donatista Gaudencio diz: - "Deus não nomeou príncipes e soldados para propagarem a fé. Nomeou profetas e pescadores"." (1)
"No concílio feito por Teodósio II em 441 na cidade de Cartago, compareceram 286 bispos da igreja oficial e 279 bispos donatistas. Robinsom declara que: "tornaram-se tão poderosos que a corporação católica invocou o interesse do imperador Constantino contra eles, pelo que os donatistas inqueriram: - que tem o imperador a ver com a igreja? Que tem os cristãos a ver com o rei? Que tem os bispos a ver no tribunal?". O historiador Orchard, relatou que: "tornaram-se quase tão numerosos como os católicos romanos". E o historiador Jones diz na sua Conferencia Eclesiastica, Vol. I, pg 474: "Rara era a cidade ou vila na África em que não houvesse uma igreja donatista"." (1)
Eram contra o batismo de crianças, só batizavam adultos, e rebatizavam os católicos que se uniam a eles.
"O movimento foi praticamente exterminado com a chegada dos muçulmanos. Em 722 A.D. o islamismo tomou conta do norte da África. As igrejas cristãs na África, tanto donatistas, como as católicas - tanto as de rito ocidentais como as orientais - foram destruídas. O movimento ssobreviveu com outros nomes em outros lugares. Os que conseguiram sobreviver foram para o sul da França, em Albi, para os Alpes no sul da Europa, como o Piemonte. Devido aos decretos de punição com a morte de quem não batizasse as criancinhas, ficaram os donatistas praticamente impedidos de entrar nas cidades ocidentais e orientais da Europa." (1)
- Albigenses
Herdaram ideais dualistas dos bogomilops e dos paulicianos. Seu centro foi a cidade de Albi, no suleste da França. Espalharam-se para o norte da Espanha e norte da Itália, no séc. XII. Também eram conhecidos por cátaros (puros) ou patarinos. Adotaram a noção gnóstica de que a matéria encerra o princípio do mal, que o mundo material foi criado por força maligna. Salientavam o evangelho de João. Protestavam contar a Igreja Medieval. Usavam o rito da "consolação", um batismo espiritual sem água, por imposição das mãos, que transmitia o consolo do perdão dos pecados. Era praticado um pouco antes da morte, rito necessário à salvação. Que era submetido a ele, tornava-se perfeito. Criam na reencarnação.
- Anabatistas = rebatizadores
Surgiram em 1521, em Zurique, Alemanha. Questionavam o batismo infantil. Batismo, só de adultos convertidos. Tinham os bens em comum. Conceito não-trinitariano de DEUS. Negavam a divindade e a humanidade de JESUS. Pregavam a liberdade religiosa, a separação da igreja do estado. Tinham forte ênfase missionária. Diziam ter o dom profético. Os modernos Menonitas (Meno Simons, 1536) vem deles. Os batistas dizem vir deles, mas não há esse elo a despeito das similitudes.
- Waldenses
Movimento fundado por Pedro Waldo, rico negociante de Lyon, na França, entre 1140-1218. vendeu tudo o que tinha e ingressou na vida religiosa em 1176. Quis conhecer as escrituras, mas não conhecia o latim. Contratou dois homens para traduzir porções das Escrituras para o dialeto francês.
Seus seguidores tornaram-se estudiosos das Escritras. Recitavam passagens memorizadas. Não lhes foi permitido fundar uma ordem, mas o papa permitiu que pregassem onde os bispos concordassem.
Andavam em farrapos, mendicando e pregando. Contavam com apenas poucas passagens bíblicas.
Com o tempo aumentou a oposição católica a eles. Repudiavam doutrinas como: indulgências, purgatório, imagens, veneração a santos, missa dos mortos, sacramentos. Foram condenados como hereges pelo concílio de Verona, em 1183 e fugiram para outros países. Na década de 1520, Calvino interessou-se por eles e treinou alguns deles. Atualmente existem na Itália e nos EUA.
- Huguenotes
Movimento iniciado em 1560, na França, com idéias protestantes. Eram contrários à posição papal, o sistema de monarquia, forma indesejável de poder, conforme diziam. Tornaram-se um dos principais partidos políticos da França. Participaram na Revolução Francesa. Napoleão garantiu igualdade religiosa para eles.
Fontes:
(1) http://geocities.yahoo.com.br/batistacatanduva/stefanohist05.html
(2) CHAMPLIN R. N. e BENTES, J. M. , Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia.
FONTE: www.cristovoltara.com.br/