Estudos da Bíblia: Primeiro Trimestre de 2009
Tema geral: O Dom Profético nas Escrituras e na história adventista
Estudo nº 08 – A autoridade dos profetas
Semana de
Comentário auxiliar elaborado pelo prof. Sikberto Renaldo Marks
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Ijuí – Rio Grande do Sul, Brasil
CRISTO está muito próximo de voltar
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Verso para memorizar: “Não desprezeis as profecias; julgai todas as coisas, retende o que é bom” (I Tess. 5:20, 21)
- Introdução – santo sábado, dia da aliança entre criaturas e o Criador
De onde vem a autoridade de um profeta de DEUS? Um profeta é porta-voz de DEUS, isto é, fala em nome de DEUS, ou ainda, é como DEUS falando por meio de um instrumento para se fazer ouvir. Portanto, ser profeta é algo muito solene, da mais alta responsabilidade entre todos os homens. Um profeta jamais pode dar margem a ser falso, e, aliás, se um profeta, depois de se tornar assim, mudar a sua vida, e falar mentiras, e se tornar infiel a DEUS, ele sofrerá as mais severas conseqüências. É uma incumbência dada por DEUS, a pessoa escolhida com muito cuidado por parte do próprio DEUS, que representa tanto um alto privilégio, como alta responsabilidade por vidas humanas, como ainda disposição de sofrer as conseqüências, tanto de ser fiel a DEUS quanto de Lhe ser infiel. O povo vê num profeta como um exemplo a imitar (se bem que não devamos agir assim), logo, um profeta deve corresponder à sua incumbência.
Mas o que é autoridade? É o direito legal, legítimo, fundamentado, que alguém possui de fazer algo, de dizer algo, de exigir, de exercer poder, enfim, de desempenhar alguma atividade que deva ser respeitada pelas demais pessoas. Pois bem, como se legitima a autoridade dos profetas de DEUS? Pela escolha que DEUS fez, é Ele quem determina as pessoas que podem ser profetas d’Ele. Em segundo lugar, pelos sinais do profeta, tudo o que ele diz em nome de DEUS deve ser infalível. O profeta na verdade é falho, embora seja uma pessoa mais fiel que as demais, mas enquanto fala em nome de DEUS, nisso não há falha alguma. Por exemplo, a Bíblia é a segura e infalível palavra de DEUS. Pode haver algum erro de tradução aqui e ali, mas isso pode ser pesquisado em originais pode ser e corrigido, e são coisas que acontecem porque os homens falharam, mas não a mensagem que DEUS deu por meio de profetas. Por isso que a própria Bíblia condena quem ouse realizar alterações em seu texto.
Embora a elevadíssima autoridade dos profetas, é maior o número de vezes que a sua palavra era e é desobedecida do que seguida. Conhecemos uma história de desobediência ao que DEUS determinou por meio dos profetas, uma história repleta de tragédias espirituais em indivíduos e em comunidades, tudo porque aquilo que os profetas disseram não fora levado a sério. Assim foi ao longo dos tempos, e assim será até o final, principalmente no final. É muito lógico que, ao nos aproximarmos do fim dos tempos de pecado, maior será o esforço de satanás em criar motivos para que a palavra dos profetas seja rejeitada. Em nossos dias os argumentos para a rejeição dos profetas geralmente tem uma das seguintes características:
ð Os tempos mudaram;
ð Precisamos respeitar a cultura e suas características;
ð Precisamos inovar para obter resultados;
ð A igreja precisa acompanhar os tempos;
ð Não devemos nos ater demais ao passado;
ð Precisamos aproveitar as oportunidades;
ð Devemos nos adaptar;
ð Um pouco não faz mal;
ð Os fins justificam os meios;
ð Precisamos pregar ao mundo todo;
E assim por diante. Muitas vezes na ânsia de cumprir o IDE, esquecemos que poder vem de DEUS, não de nossos rudimentares métodos. Principalmente nesses últimos dias, devemos nos manter fiéis aos profetas, pois eles tem escrito aquilo que DEUS lhes fez saber, e isso que DEUS fez saber tem valor no passado, no presente, e eternamente.
- Primeiro dia: O profeta como porta-voz de DEUS
O que é um porta-voz? Hoje empresas grandes e governos usam porta-vozes. É uma pessoa que fala em lugar de outrem, superior a ela. No caso do presidente da república, ele tem um porta-voz. Para uma declaração importante, tanto faz, se é o presidente quem fala, ou se é o seu porta-voz. O crédito do que foi dito é o mesmo.
Um porta-voz deve ter algumas qualidades especiais. É bem difícil ser porta-voz, pelas exigências inerentes ao cargo. Imagine então ser porta-voz de DEUS. Não é algo para qualquer pessoa.
Um porta-voz precisa estar atento e em dia a tudo o que acontece em sua organização. Um profeta da mesma forma, precisa estar sempre ciente da situação pela qual passa o povo de DEUS, suas fraquezas e suas virtudes. Ele não pode ser alguém que fala algo dito por DEUS, mas que ele mesmo desconhece as razões.
Um porta-voz precisa ser sensível com o público a quem vai falar. Não pode criar reações hostis ou contrárias à que a mensagem que ele foi encarregado de transmitir quer obter. Um profeta também. Ele precisa saber como transmitir a mensagem de DEUS para que o povo entenda e aceite, mas caso não aceitar, que nunca seja por falha na maneira de dizer o que DEUS ordenou.
Um porta-voz precisa estar atento e ser hábil para eventuais perguntas que vierem das pessoas a quem fala, no caso moderno, geralmente jornalistas. E você sabe, esses profissionais são capacitados para fazerem as perguntas mais inesperadas. O profeta também precisa saber lidar com as conseqüências das mensagens que DEUS transmite por meio dele. Nesse quesito, alguns profetas do passado falharam, foi o caso de Elias, poderoso e fiel profeta de DEUS, mas no episódio de Acabe, quando Jesabel jurou matá-lo, ele, em vez de se dispor a DEUS para completar seu trabalho, fugiu. Mas DEUS não o abandonou, e sim, lidou com paciência quanto a fragilidade de seu homem porta-voz.
Um porta-voz precisa conhecer a sua organização e o seu chefe. Os profetas precisam conhecer os princípios do governo de DEUS bem como o caráter de DEUS. E precisam aderir e viver livremente a esses princípios. Esse foi o caso de Ellen G. White. Como ela, profetas precisam ser muito humildes, dóceis a DEUS, sensíveis a Ele e ao povo, sábios conforme os princípios da lei de DEUS.
O mais importante quesito requerido a porta-vozes modernos é o “acesso de alto nível”. Eles precisam, além do conhecimento sobre seus chefes, estar muito ligados a tudo o que fazem, às razões porque fazem e seus planos. Um profeta, além da necessidade de conhecer bem a DEUS, precisa conhecer e entender os planos de DEUS com relação a Seu povo, naquilo que DEUS achar que o profeta deva ser esclarecido. Por exemplo, Ellen G. White, com o tempo, de tanta comunhão com DEUS, assimilou em seus pensamentos o modo divino de pensar. Portanto, ela poderia, por sua iniciativa dizer algumas coisas em lugar de DEUS. Mas, como uma fiel profetiza, jamais fez isso. Ela chegou a ter um grande conhecimento sobre como DEUS pensa e age, mas, até o fim, manteve-se totalmente dependente da vontade de DEUS. Assim também foi JESUS, quando esteve aqui na Terra. Os demais profetas que escreveram partes da Bíblia também foram assim.
Em síntese, para ser um porta-voz de DEUS precisa inspirar motivos de confiabilidade nas pessoas às quais o profeta vai falar. Isso não quer dizer que essas pessoas confiarão no profeta. Dito de outra maneira, os profetas precisam passar nos testes bíblicos, se eles realmente são fidedignos, isto é, dignos de confiança. Se são fiéis a DEUS em todas as provas. Assim sendo, não há desculpas para não se crer neles, e nesse caso, não crer, significa flagrante rebeldia, nunca para com o profeta, mas para DEUS, que fala por meio do profeta.
- Segunda-feira: A autoridade da palavra encarnada
Os homens nos tempos de JESUS que apreciavam ter poder. Descontentes com o poder de JESUS, indagaram querendo saber de onde Ele obtivera a autoridade para fazer o que estava fazendo (o que falava, milagres que fazia, sua popularidade, etc). Na verdade eles estavam perdendo poder diante da autoridade de JESUS. Eles estavam perdendo importância perante o povo.
Imagine a cena. Aquelas autoridades eclesiásticas dos tempos de JESUS eram aliadas com o poder romano. Elas recebiam de Roma “autoridade” para manter o povo calmo e submisso ao Império Romano. Em troca, recebiam favores de Roma, e assim eram bem sucedidos na vida, e possuíam poder, muito poder. E se viam, a seus olhos, como sendo muito importantes.
Mas qual a diferença entre autoridade e poder? Autoridade, como já vimos, é o direito que alguém recebe para fazer algo, ou para exercer poder. E, por sua vez, poder é capacidade de se impor, de fazer outros obedecerem. Vamos a um exemplo. O presidente Lula tem autoridade e tem poder. Autoridade ele recebeu através das urnas, e poder ele possui pela lei brasileira, que lhe coloca sobre as forças armadas, que ele pode usar se desejar, para se fazer obedecer. A lei brasileira dá poder ao executivo de administrar, e o povo deve obedecer, senão, vem a mão pesada da lei e aplica multas, pode até prender e encarcerar. Autoridade é o direito de mandar, por exemplo, e poder é a capacidade de mandar. Toda pessoa num posto de governo, ou um executivo de empresa precisa sempre das duas, ou não faz nada.
Pode-se ter autoridade sem poder, autoridade com poder, e poder sem autoridade. No primeiro caso, uma pessoa tem o direito de mandar, mas ninguém obedece, pois não tem poder para se fazer obedecer. No segundo caso, é como acima já expomos. No terceiro caso, é alguém que se impõe, mas não tem direito a isso. É o caso de um assaltante. Ele possui uma arma (poder) e quem é assaltado, se quiser sair vivo, tem que obedecer, é o que todo mundo recomenda.
Portanto, se prestou atenção, o poder e a autoridade tem que estar juntos para serem eficazes, mas a autoridade vem antes, para legitimar o poder. O desejável é o poder com autoridade legítima, para que as decisões sejam aceitas e obedecidas.
JESUS possuía as duas coisas. Ou seja, Ele possuía o direito de fazer tudo o que fazia. Esse direito recebeu do Pai celeste. E também possuía poder. E que poder, não é mesmo? Ele fazia o mar se acalmar, as ondas se suavizarem, o vento Lhe obedecia, os demônios lhe obedeciam (esses de medo, não por amor). Só quem não queria obedecer a JESUS eram aqueles homens que viam n’Ele um concorrente de sua autoridade (recebida do Imperador Romano) e de seu poder (garantido pelo exército romano). Agora apareceu no cenário Um que parecia ter muito mais poder que eles, pois o povo seguia a JESUS, não mais a esses mestres, cuja autoridade vinha de uma origem que o povo abominava, e cujo poder era exercido com abusos sobre o povo, esses mestres se sentiram ameaçados e resolveram destruir JESUS.
Resumindo, a autoridade e o poder de JESUS, que Ele recebeu de DEUS e que exercia com humildade, esvaziava a autoridade e o poder dos líderes nacionais daqueles dias, que havia recebido de Roma. Eles, que temiam perder seus privilégios se não correspondessem ao imperador romano, agora se viam realmente ameaçados por um homem que consideravam forasteiro, que era pobre, não havia estudado em seus colégios e não fazia parte do grupo deles. Era, portanto, um concorrente, já que o povo decidira seguí-Lo, e era também uma ameaça, já que, com o aparecimento de JESUS, eles imaginavam não conseguir mais garantir a fidelidade desse povo ao Império Romano. O povo queria um libertador, e via em JESUS a oportunidade.
Nessas condições, olhando só para a perda de seus privilégios temporais, os líderes dos judeus, foram até JESUS perguntar quem Lhe dera a autoridade que Ele usava. Eles estavam furiosos com a perda de autoridade e poder. Como JESUS não recebeu autoridade do imperador romano, então, pensavam, com base em que autoridade ele estava agindo?
Agora, raciocine um pouco: JESUS entraria num debate improdutivo com homens maldosos que apenas queriam uma oportunidade para acusá-Lo de sedição do povo? Não, em hipótese alguma. E o que Ele fez? Respondeu com uma contra pergunta, dando a entender que por meio dela construiria a Sua resposta. Ele perguntou de onde vinha o batismo de João, se de DEUS, ou se dos homens. Entendeu? JESUS queria saber a fonte da autoridade de João, se de DEUS (como Ele possuía) ou se de homens, como do Imperador Romano (que os oponentes de JESUS possuíam). Aí eles se viram em situação apertada, pois se dissessem “de DEUS”, na hora JESUS lhes perguntaria: “então porque não o obedeceram?”. Mas se dissessem, “dos homens” isto é, do Imperador, temiam o povo, que considerava João um profeta de DEUS, e isso ele era mesmo. E o povo odiava o Imperador, queria ser liberto do poder dele e de seus capachos oportunistas. Desarmados, disseram que não sabiam (mas que resposta rasteira, sem imaginação, resposta de derrotado, pois sabiam sim). Eles demonstraram o fracasso da fonte da autoridade deles diante da fonte da autoridade de JESUS. JESUS, diante disso, viu-Se desobrigado de responder à pergunta deles uma vez que eles também não responderam a contra-pergunta que fizera. Na verdade, para bom entendedor ele haviam respondido, pois ficou claro que não queriam admitir que a autoridade de João vinha de DEUS, não do Imperador.
Isso que é poder, percebeu? Eles foram derrotados pelo poder da pergunta de JESUS. Portanto, poder também vem de sabedoria, conhecimento, e capacidade de uso do conhecimento, que é a inteligência. E isso também vem de DEUS. A autoridade e o poder de JESUS eram legítimos devido a fonte de quem recebeu e devido a fidelidade d’Ele para com essa fonte. Ele foi obediente, e até a morte.
- Terça-feira: A autoridade da Palavra escrita
As pessoas, perante a Palavra escrita de DEUS, podem ter três atitudes: aceitação, indiferença e rejeição. As atitudes diante da Palavra de DEUS tem conseqüências inevitáveis. Cada atitude tem a sua correspondente conseqüência. Essas conseqüências podem ser naturais e de punição por parte de DEUS. Vamos estudar um pouco sobre esse assunto.
A rejeição da palavra ocorre por um grande grupo de pessoas nesse mundo. Mas não é a maioria. São aqueles que combatem a Bíblia, tentam desacreditá-la, tirar-lhe a autoridade, torná-la aos olhos das pessoas como uma coleção de fábulas sem sentido. Muitos que fazem parte desse grupo são cientistas e acadêmicos, influenciados pela teoria da evolução. E muitos desses são religiosos, cientes do que fazem, pois servem conscientemente a satanás, e querem o poder que ele oferece. Eles não se importam com as conseqüências de sua atitude, querem poder, prestígio e riquezas agora, já. E essas coisas satanás possibilita. Outros combatem a Bíblia e nem sabem porque. Geralmente porque está na moda ser ateu, e ridicularizar crentes.
A indiferença é a pior das atitudes. Estes não são contra nem a favor da Bíblia. É a maioria da população. Muitos deles pertencem a alguma igreja, inclusive à Igreja Adventista. A maioria deles conhece superficialmente a Bíblia, mas também há aqueles que a conhecem em profundidade, inclusive com curso de teologia. Muitos deles ocupam elevados cargos em suas igrejas. O que os identifica é um ponto bem distinto: eles não se importam com o que a Bíblia diz. Portanto, ou nem querem saber o que ela requer, ou, se sabem, não querem obedecer. Outro ponto que os identifica, é que esse grupo não combate a Bíblia, somente é indiferente ao que nela está escrito. É um grupo muito favorável ao mundanismo, a introdução de práticas paganizadas nas igrejas. Será esse grupo que fortemente atuará favoravelmente à união das igrejas para a adoração a satanás. Em geral, muitos deles querem se salvar mas não querem abandonar os atrativos tão cobiçados do mundo. Acontece que esse grupo tem outros interesses aos espirituais: ele prefere as benesses passageiras desse mundo.
O terceiro grupo, que aceita a Bíblia, é bem reduzido. É formado de pessoas que atualmente ainda se encontram em todas as igrejas, mas que ao tempo do clamor do anjo de Apoc 18:4, se unirá num só povo, para concluir a obra da evangelização nessa Terra e aguardar a volta de JESUS. Esse grupo acredita na Bíblia, e a leva em consideração em suas vidas diárias. Os componentes desse grupo estão crescendo espiritualmente, estão sendo transformados, santificados. Não importa o tipo ou a repugnância dos pecados que eventualmente no passado tenham cometido, são pessoas que DEUS está transformando diariamente, pois crêem n’Ele. Esse grupo é o sal da Terra, ou seja, é por causa dele que o mundo ainda tem alguma estabilidade, e a sociedade ainda não entrou no colapso total. É por causa desse grupo que os quatro anjos de Apo. 7 ainda seguram os ventos da destruição. Esse grupo tem uma tarefa a fazer, Unir-se e preparar a segunda vinda de CRISTO. Faz isso enquanto os participantes dos outros dois grupos se unem no mundo inteiro para criar uma Nova Ordem Mundial, em favor da adoração a satanás. Mas o que eles visualizam de imediato é a oportunidade de uma vida bem melhor aqui nessa Terra, sem a transformação de suas vidas.
Pois bem, a posição diante da Palavra de DEUS, seja aceitação, seja indiferença, seja rejeição, tem conseqüências. Há conseqüências naturais, há provações e há punição direta de DEUS. As conseqüências naturais surgem por razão direta da obediência ou desobediência. Por exemplo, se cuidarmos da nossa saúde, se tivermos o nosso corpo como o templo do ESPÍRITO SANTO, ao natural seremos mais saudáveis, teremos uma qualidade de vida melhor e viveremos mais tempo. Essas são bênçãos naturais advindas da obediência. Mas se desobedecermos, mais facilmente ficaremos doentes, e certamente viveremos menos tempo com uma qualidade de vida inferior.
Existem também as provações. Elas podem ser autorizadas por DEUS ou podem até ser enviadas por Ele. Quando autorizadas, são permissões que ocorrem, que DEUS deixa que aconteçam em nossa vida, para que nos flagremos de que estamos nos afastando da vida. Já as provações enviadas por DEUS são castigos que Ele providencia, mas com mesma finalidade das anteriores. Com isso DEUS quer que retornemos ao caminho que conduz à vida eterna.
Por sua vez, a punição DEUS só envia sobre pessoas que não tem mais capacidade de se tornarem adoradoras d’Ele, que já passaram os limites da iniqüidade, como os antigos cananeus, os antediluvianos, os de Sodoma e Gomorra. Estes o ESPIRITO SANTO não consegue mais influenciar. Serão castigados se eles forem uma ameaça a outros que ainda podem ser salvos. No final, todos os ímpios serão castigados com a morte eterna, uma escolha que eles fizeram apesar da pregação da verdade a eles.
É no entanto de se lembrar que todas as pessoas só serão destruídas se elas desejarem. Se conhecemos bem o nosso DEUS, então saberemos que não existe situação de pecador que DEUS não possa aceitar para perdoar e transformar. A pior pessoa desse mundo que hoje esteja viva, que tenha feito coisas que nem se pode imaginar, se essa pessoa desejar, Ele pode transformar por completo. Por exemplo, um traficante de drogas e de armas, cruel assassino em série, estuprador, assaltante, sádico torturador, que já matou seus pais, seus irmãos, e isso só é o começo da lista dele. Uma pessoa assim ainda tem solução por parte de DEUS? Tem sim. Basta que, como qualquer outra pessoa, ela se entregue a JESUS, confesse seus pecados, queira se converter (mudar de vida), e será perdoada e nela se iniciará uma vida de transformação diária. É óbvio que, para a segurança dela mesmo, e para a sociedade (pois enquanto a transformação não se completa pode haver recaídas nos pecados de onde ele está saindo) fique preso pelo resto de sua vida. Mas mesmo onde a ciência diz não haver solução, mesmo onde algumas sociedades dizem que tal pessoa deve ser executada, ainda assim, para DEUS, se houver vontade da pessoa, não há dificuldade alguma em recriar tal ser humano. E na Nova Terra ele poderá se encontrar com algumas de suas vítimas, e ali serem eternos e perfeitos amigos. Que coisa linda será poder, lá, ver histórias parecidas com essa. Lá teremos novidades impressionantes, lá sim que veremos e saberemos do que DEUS é capaz, e qual foi a importância da morte de JESUS na cruz.
E tudo porquê? Porque a pessoa creu na Palavra escrita de DEUS.
- Quarta-feira: A autoridade da Palavra falada
A estrutura organizacional da Igreja Adventista foi definida basicamente na Conferência Geral de 1901, sob orientação do que falou EGW. Desde lá até os nossos dias o modelo permaneceu o mesmo. É um modelo democrático, onde a participação ocorre de baixo para cima. A organização adventista funciona por meio de regulamentos que devem ser aprovados pelas respectivas assembléias, que no caso das Associações, Uniões, Divisões e Conferência Geral funcionam por representação, ou delegados. Aprovados os regulamentos (estatutos e regimentos), quem administra, que são os executivos, precisam obedecer esses regulamentos. Organizações modernas de grande porte funcionam assim.
As igrejas locais são dirigidas pelo pastor nomeado pelo respectivo campo local (Missão ou Associação), auxiliado por voluntários, os anciões e diáconos (que necessitam de ordenação), e os ministérios locais. Esses voluntários são designados pela Comissão de Nomeações de sua respectiva igreja e eleitos pela assembléia da igreja local. Seus cargos tem validade para um ano, podendo ser reeleitos indefinidamente.
A direção dos campos locais (Associação ou Missão) são eleitos por delegados, de número proporcional ao número de membros de suas igrejas que representam, que por sua vez, foram eleitos pelas assembléias das igrejas locais. As direções das Uniões, das Divisões e da Conferência Geral são eleitas também por delegados, sempre designados pelo respectivo nível inferior. A Conferência Geral, dirigida por um presidente e sete vice-presidentes, compõe-se de treze divisões. É portanto uma organização tipicamente de uma estrutura democrática representativa, que obedece regulamentos. A estrutura é assim, mas na prática nem sempre quem ocupa algum cargo realiza uma liderança democrática. São as condições nem sempre evitáveis do ser humano enquanto pecador.
O tipo de estrutura organizacional da Igreja Adventista é a mais propícia para grande porte, para a criatividade, para a inovação, para a participação, para se exercer liderança envolvente. Funciona por meio de colegiados, isto é, pessoas que para decidir precisam se reunir. As definições importantes, portanto, são sempre tomadas em grupos formais, que precisam ser convocados com antecedência, e receber a matéria a ser apreciada também com antecedência.
É também uma estrutura bastante dinâmica, que permite soluções rápidas, por meio de mesas administrativas, quando ali se resolvem problemas e imprevistos com boa rapidez. É o caso de transferências de líderes, pastores e obreiros. Ou seja, um dos problemas das grandes organizações é a sua lentidão para decidir situações difíceis, coisa que na IASD é até admiravelmente dinâmico, considerando o seu porte global. Também é de se constatar que a estrutura permite a qualificação das pessoas que nela trabalham. Isso significa que essa estrutura tem capacidade de se renovar sem se alterar significativamente, ou seja, por meio da capacitação das pessoas o seu funcionamento se adapta às novas circunstâncias do contexto externo. Grandes empresas já faliram porque não souberam se adaptar às novas demandas externas. Portanto, temos uma estrutura organizacional, por certo, a mais adequada para levar a igreja até os últimos dias nessa Terra.
A palavra falada é dita e não registrada em algum texto. Hoje não é recomendável só falar e não registrar. Sempre que algo de importante for dito, deve ser registrado ou pelo menos gravado. Porém, o valor de algo que foi dito por inspiração divina é semelhante ao que foi escrito. O problema é que esse conhecimento pode ser passado com falhas de uma pessoa para o outra, e aí perde a sua autoridade, não porque vale menos, mas por causa da falta de confiabilidade dos seres humanos em entender corretamente o que ouviram e em retransmiti-lo com fidelidade. Por isso, temos a Bíblia e os escritos. Resumindo esse ponto, a palavra falada só teria autoridade se saindo da boca de um profeta. Se for algo dito por pessoas que ouviram o profeta, já não é mais confiável, pois as pessoas podem ter, voluntária ou involuntariamente, distorcido o que ele falou.
- Quinta-feira: Autoridade dos profetas não canônicos
Há escritos, por profetas antigos, que poderiam ter sido incluídos na Bíblia. Muitos não foram porque se perderam. Outros, talvez, por qualquer outra razão, que não conhecemos. Mas uma coisa é certa, todos os livros e cartas que foram incluídos na Bíblia são inspirados. Portanto, alguns escritos que poderiam estar na Bíblia não estão, mas nenhum que não poderia estar foi incluído.
Portanto, podemos dizer que esses outros escritos, que são de profetas antigos, são tão inspirados quanto os que fora incluídos, mas não tem o mesmo valor canônico como os que forma a Bíblia. E do mesmo modo os escritos de Ellen G. White. Mas por que os que Ellen G. White escreveu não foram incluídos? Por várias razões bem óbvias. Vejamos algumas:
ð Ela é uma profetiza de não mais de cem anos atrás, e a Bíblia em seu tempo já havia completado o seu cânon, a sua relação de livros;
ð Ela é identificada uma igreja que vai ser a mais combatida no mundo, portanto, se os seus escritos fossem incluídos, a Bíblia seria descaracterizada perante as demais igrejas, e haveria forte oposição à Bíblia;
ð Se os adventistas fizessem uma bíblia sua, incluindo ao menos parte do que EGW escreveu, a oposição seria tão forte ao que se prega que talvez inviabilizasse a conclusão da pregação do evangelho ao mundo todo;
ð EGW sofre forte rejeição de parte de muitos, mesmo dentro da igreja, portanto, não haveria acordo para incluir esses livros;
ð Com os escritos dela, a Bíblia ficaria de um tamanho enorme, num tamanho que a transformaria numa grande enciclopédia, portanto, inacessível à maioria das pessoas;
ð Como se faria a clássica leitura da Bíblia num ano, se fosse, digamos, umas cinco vezes maior?
ð Os seus escritos predominariam em voluma sobre os escritos dos demais profetas;
ð E perderiam sua função, que é conduzir à verdade bíblica o último povo de DEUS;
ð Os seus escritos são, portanto, uma luz menor para conduzir à Bíblia, e não são a própria Bíblia, embora inspirados como ela;
ð A Bíblia contém os princípios da vida cristã, e os escritos de EGW explicam esses princípios, portanto, é bom que a explicação fique a parte, para consulta, e não inclusos no texto principal;
ð Os escritos proféticos de EGW não são codificados em forma de símbolos como as partes proféticas da Bíblia, eles são escritos em linguagem direta, portanto, geram forte oposição por parte de crentes de muitas igrejas, que deixariam de aceitar a Bíblia; eis que ela tem uma linguagem universal, em forma de símbolos, sendo mais facilmente aceita por todos.
Cremos que a autoridade dos escritos de EGW são tão inspirados quanto a dos demais profetas. Até mesmo porque não poderia haver inspiração maior e inspiração menor (menos confiável). Mas a coleção que faz parte da Bíblia é a base de nossa fé, os escritos de EGW são um complemento explicativo, confiável tanto quanto a Bíblia, porém, não fazem parte dela, assim, não podem ter o mesmo valor canônico. Por valor canônico entendemos o direito de pertencer ao texto bíblico. Aliás, nem se poderia admitir algo diferente. Ou seja, como a explicação de um livro sagrado seria menos confiável que o próprio livro? Se assim fosse, se a explicação fosse inferior, como se entenderia a Bíblia? A explicação seria não tão confiável, e nesse caso, ela provocaria interpretações distorcidas.
- Aplicação do estudo – Sexta-feira, dia da preparação para o santo sábado:
Em síntese, como nós, adventistas vemos os escritos de Ellen G. White, em relação à Bíblia? Em três pontos gerais vemos assim:
ð Eles tem igual autoridade quanto a inspiração;
ð Não fazem parte da Bíblia, não devem fazer parte, por isso não tem a autoridade canônica dela, e são úteis para ensino, esclarecimentos e fortalecimento de nossa fé na Bíblia;
ð A nossa base de fé é a Bíblia, regra para todos os demais escritos, sejam os de EGW, sejam de outros autores, inspirados ou não.
A lição enfatiza hoje que se evitem dois extremos: (1) os escritos de EGW não são outra Bliblia, mas são escritos inspirados extra canônicos de profeta, e (2) não simplesmente escritos por autor que não é profeta de DEUS.
Há forte e crescente oposição aos escritos de EGW, fora e dentro da igreja. Mas essas oposições sempre vem da parte de pessoas que discordam dela quanto à exortações de vida por ela escritos. Há oposição sempre que seus escritos ferem o modo de viver das pessoas. Em última análise, essas pessoas discordam também da Bíblia, mas procuram evitar que assim pareça.
escrito entre: 10/01/2009 a 16/01/009 - corrigido em 16/01/2009
Declaração do professor Sikberto R. Marks
O Prof. Sikberto Renaldo Marks orienta-se pelos princípios denominacionais da Igreja Adventista do Sétimo Dia e suas instituições oficiais, crê na condução por parte de CRISTO como o comandante superior da igreja e de Seus servos aqui na Terra. Discorda de todas as publicações, pela internet ou por outros meios, que denigrem a imagem da igreja da Bíblia e em nada contribuem para que pessoas sejam estimuladas ao caminho da salvação. O professor ratifica a sua fé na integralidade da Bíblia como a Palavra de DEUS, e no Espírito de Profecia como um conjunto de orientações seguras à compreensão da vontade de DEUS apresentada por elas. E aceita também a superioridade da Bíblia como a verdade de DEUS e texto acima de todos os demais escritos sobre assuntos religiosos.
FONTE: www.cristovoltara.com.br