Estudos da Bíblia: Primeiro Trimestre de 2009
Tema geral: O Dom Profético nas Escrituras e na história adventista
Estudo nº 09 – A integridade do dom profético
Semana de 21 a 28/02/2009
Comentário auxiliar elaborado pelo prof. Sikberto Renaldo Marks
marks@unijui.edu.br - Fone/fax: (0xx55) 3332.4868
Ijuí – Rio Grande do Sul, Brasil
CRISTO está muito próximo de voltar
Veja comentários sobre fatos proféticos em www.cristovoltara.com.br
Verso para memorizar: ""Tão certo como vive o Senhor, o que meu DEUS disser, isso falarei" (2 Crôn. 18:13).
- Introdução – santo sábado, dia da aliança entre criaturas e o Criador
Interessante constatação do autor da lição, de que os ataques à Bíblia são semelhantes aos ataques dirigidos contra Ellen G. White. Isso é um bom sinal. Isso dá credito a ela, tanto quanto a Bíblia merece crédito. Assim EGW é, pelos críticos, equiparada à Palavra de DEUS, se bem que ela mesma, e também a Igreja Adventista nunca tenham feito essa equiparação.
Gostaria de aqui fazer um apelo. Leiamos os livros de EGW. Há livros pequenos e há os grandes. Um livro bom para se iniciar a ler EGH, e aprender a gostar dessas leituras, é "No deserto da tentação". Tem pouco mais de 100 páginas, e é como um livro de aventura. Excelente para jovens que gostam de emoções mais fortes e aventuras dramáticas. Ninguém que leia esse livro continua o mesmo depois da leitura. Outro livro pequeno é "O maior discurso de CRISTO". Esse é de uma coleção de orientações para a vida que, se lido e posto em prática, torna a vida cristã sólida e atraente, num crescendo espiritual. Mas o livro que mais mudou a minha vida não é tão pequeno, porém, impossível de interromper sua leitura uma vez iniciada. É "O Desejado de todas as nações". Pode iniciar com aqueles livros que indiquei, depois leia este, e então vá para o livro "O grande conflito", que é simplesmente fantástico. Mas jamais leia a edição concentrada, que é um livro deformado em seu conteúdo principal. E se desejar, poderá complementar esse livro com um outro, que recomendo muito, escrito por Hantz Küng, um teólogo católico que escreveu um livro impressionante: "A igreja católica", da Editora Objetiva. Ele referenda o que EGW escreveu (mas nem a conhece), com mais riqueza de informações e detalhes impressionantes. É um livro crítico à Igreja Católica, escrito por um doutor católico, que até participou do Concílio Vaticano II. Especialmente os pastores e líderes deveriam ler esse livro. Contém informações inéditas relevantes para nós nesses últimos dias.
Se você fizer isto, terá vontade de ler todos os livros de EGW. E vai ganhar muito se o fizer, e pode estar certo, não vai perder nada. Aliás, terá sólidos princípios para identificar os erros e ciladas desses últimos tempos.
Outra coisa que sugiro fazer é adquirir o CD de EGW. É excelente material para pesquisa, e muito prático. Quem não tem, perde muito. Mas precisa de um computador. Como eu uso esse material? Faço pesquisa por assunto, e depois leio o que consegui, pinto, marco, sublinho, etc., e guardo em arquivos para poder reler. Por exemplo, você quer saber tudo o que EGW escreveu sobre o "alto clamor". Pelo CD isso é perfeitamente possível. Quer saber sobre "jugo desigual", sobre "teatro", sobre "pinheirinho de natal", enfim, se ela escreveu sobre algo, isso no CD se encontra facilmente pelo seu sistema de pesquisa. Todo adventista que tem um computador deveria ter esse material, pois facilita a vida para aprender mais e rapidamente, elaborar sermões, tirar dúvidas, satisfazer curiosidades, elaborar estudos, e muito mais.
- Primeiro dia: A integridade do profeta
Vamos analisar o caso de Micaías. Reflita sobre a situação. Dois reis, Acabe de Israel, e Josafá de Judá aliaram-se, a pedido de Acabe, para fazer guerra contar os arameus. Acabe era aquele rei, marido de Jezabel. Na verdade quem mandava era ela, o rei era um homem fraco. Mas Jezabel era uma idólatra, que adorava os deuses pagãos. Ela era filha do rei dos sidônios Etbaal. Com o dinheiro público sustentou os 450 profetas (ou sacerdotes) do deus Baal e os 400 profetas da deusa Achera, deusa fenícia da fertilidade. Acab, um israelita, inclinou-se a adorar os deuses de sua esposa.
Mas Josafá era um homem temente a DEUS. Ele ixigiu que se consultasse algum profeta para saber se deveriam mesmo fazer aquela guerra. Qual não foi a sua surpresa quando Acabe consultou os profetas que serviam a Baal. Eles todos foram favoráveis aos planos de guerra. Inclusive disseram que seriam bem sucedidos, e que esmagariam os inimigos. Acabe ficou feliz com o que eles profetizaram, mas Josafá não acreditou. Perguntou, como que em tom de deboche, se há havia ali algum profeta do Senhor. Com isso o rei de Judá queria dizer, esses teus profetas não valem nada, quero um profeta 'do Senhor', do verdadeiro DEUS, a quem eu sirvo, não profetas, sejam quantos forem, a quem tu serves.
É óbvio que Acabe não gostou da observação, mas como era um rei aliado, e como precisava daquela aliança, tratou logo de buscar um profeta de DEUS. Acharam Micaías, um que Acabe detestava, pois nunca falava nada favorável a respeito de Acabe. Ou seja, nunca concordava com o que diziam os profetas de Baal.
Então veja só, os homens querem que os profetas digam coisas que sejam de sua vontade, e depois ainda por cima querem que isso se cumpra. Mas profetas não são DEUS, e muito menos são eles que determinam a vontade de DEUS, mas, pelo contrário, eles transmitem a vontade de DEUS, e isso quando algo por Ele é revelado.
E sabe o que o mensageiro do rei Acabe disse a Micaías, antes dele ficar diante dos dois reis? Falou um tremendo disparate, algo digno de risos. Disse que Micaías falasse conforme disseram os profetas de Baal. E eles eram 450, Micaías era só um. Portanto, que se cuidasse, e profetizasse algo bem favorável ao rei. Absurdo total. Micaías disse que só falaria o que DEUS lhe revelasse.
Analise um pouco essa situação. O mensageiro do rei, a mando deste, estava tentando intimidar Micaías, o profeta do Senhor. Algo assim: quem é você contra os 450 do rei? E, como acima debatemos, esse mensageiro, bem como o rei, achavam que eram os profetas que determinavam a sorte do futuro. Na verdade, em relação aos profetas de Baal era isso mesmo. Eles inventavam na hora algo para dizer ao rei. E, portanto, querendo o favor do rei, diziam sempre coisas favoráveis. Mas com Micaías era diferente. Não era ele quem inventava as profecias, mas elas eram recebidas de DEUS, o seu Senhor. Por isso que Micaís disse que só falaria o que DEUS lhe revelasse, foses o que fosse.
Quando Micaías, diante do rei Acabe e Josafá disse que a guerra seria um desastre, Acabe ficou furioso. Não era isso que ele queria ouvir. Reclamou perante Josafá que esse Micaías só falava coisas ruins a seu respeito, enquanto os outros 450 falavam sempre coisas favoráveis. Acabe colocou Josafá numa situação difícil: ou creria num só homem, ou creria na palavra de 450 homens. E agora que já estava comprometido, como fazer para não mais ir à guerra, segundo a palavra de Micaías. É assim mesmo, depois que nós adentramos num caminho errado, nem sempre temos força para retroceder, e nos damos mal.
Josafá, que deveria ter ouvido o seu profeta, que trazia a palavra de seu DEUS, vacilou, e mesmo sabendo que a guerra não daria certo, foi com Acabe. Não teve coragem de dizer: não irei, O Senhor, pelo Seu profeta, está dizendo que será um fracasso, portanto, se quizer guerrear, vá sozinho. Cuidado, meu amigo e amiga, com as tentações de satanás que são aparentemente inocentes, depois fica complicado voltar atrás. Mesmo assim, DEUS protegeu Josafá. Um soldado inimigo acertou uma flechada bem no peito de Acabe, e ela entrou pela junta de sua proteção de guerra. Por outro lado, um grupo de soldados havia cercado Josafá, mas o deixaram ir. E mais ainda, Acabe estava vestido como soldado comum, enquanto que o rei Josafá estava vestido como rei. Foi uma combinação entre os dois reis, por certo, Acabe queria a força do exército de Josafá ao seu lado, mas não se importava que ele morresse, conforme profetizara seu próprio profeta Micaías. Acabe confiave em seus 450 videntes. Mas pela palavra deles, falsa, se deu mal. Para todos os efeitos, aos olhos dos inimigos, ali só havia um rei, Josafá. Numa guerra sempre o rei, o comandante, os líderes são os mais visados para serem mortos. Pois deixaram Josafá e e acidentalmente mataram Acabe. Ele nem teve como fazer um acerto de contas contra os seus profetas falsos, e nem teve como pedir desculpas a Micaías, que havia mandado prender por causa da profecia desfavorável. Enquanto isso, Josafá voltou para casa meditando no incidente dos 450 profetas falsos de Baal e de Micaías.
Profetas podem transmitir mensagens de duas origens: de DEUS, e deles mesmos. Nesse último caso, eles estão falando como qualqeur um de nós. Ou seja, eles também expressam suas opiniões próprias. Mas um profeta sempre deve identificar quando fala em nome de DEUS e quando fala em seu proprio nome. Nesse último caso, há possibilidde de falhas, pois trata-se de algo não inspirado. Veremos sobre isso ainda nessa semana. Os 450 profetas de Baal fizeram algo falso porque falaram em nome deles mesmos, mas disseram ser profecia de Baal. Ora, como Baal era apenas uma estátua, nada mais, ele jamais poderia inspirar esses profetas, e eles, para manterem a crença, precisavam inventar as supostas profecias de Baal.
- Segunda-feira: A integridade da mensagem
A mensagem dos profetas, como já vimos, é de DEUS. Portanto, um profeta falando, e dizendo ser de DEUS, sendo um profeta que passa pelas provas bíblicas, por mais estranha que possa parecer a tal mensagem, devemos aceitar. Mas duas coisas devemos sempre atentar: se o profeta afirma que a mensagem é de DEUS, e não uma opinião pessoal dele, e se é realmente um profeta de DEUS.
Atentamos para o caso dos líderes de Israel depois da queda de Jerusalém. O rei Nabucodonosor nomeou Gedalias, um judeu, como governador da Judéia. Deveria governar em nome de Nabucodonosor, portanto, era representante do rei para os judeus. Isso quer dizer que um judeu estava agora governando sob as ordens de um rei que os havia conquistado, situação humilhante para o povo. Eles não possuíam mais liberdade política nem soberania nacional. Outro estava por trás do governador, o que facilmente torna esse governador uma pessoa antipática para outros lideres e pessoas influentes do povo.
Quem foi mesmo Gedalias? Filho de Aicã e neto de Safa, havia sido secretário do rei Josias, que foi derrotado por Nabucodonosor. Como Gedalias conhecia as questões burocráticas e políticas dos Judeus, Nabucodonosor o nomeou como governador, após a destruição de Jerusalém. O pai de Gedalias havia protegido Jeremias, profeta muito respeitado entre os babilônios, mas não entre os Judeus. Portanto, Nabucodonosor pensou que Gedalias seria uma pessoa bem indicada para governar em seu nome. E foi assim, era um homem moderado como foi seu pai. Ele estabeleceu seu governo em Mispa, para onde fugiram muitos judeus durante a guerra. Ajudava as pessoas em necessidade, e evitava envolvimento com questões políticas e militares. Era fiel a Nabucodonosor e correto para com os judeus, era um homem equilibrado.
Mas esse foi um período em que havia grande violência na judéia. Após apenas dois meses de governo, Ismael andou matando muitos judeus, soldados da Babilônia e o próprio governador Gedalias. Depois sentiram medo dos babilônios. Parecia evidente que eles viriam para se vingar. Planejaram fugir para o Egito, país poderoso, inimigo de Babilônia. Parecia um plano correto. Então consultaram Jeremias para saber se esse era mesmo um bom plano. Aos olhos humanos era o melhor, pois lá certamente os babilônios não os molestariam, pois teriam que também enfrentar os egípcios. Lá, pensavam, estariam a salvo. Mas Jeremias, pela palavra de DEUS disse o contrário. Deveria ficar na judéia. Era ilógico, ali é que estariam ao alcance fácil de Nabucodonosor. Mas era a palavra de Jeremias, vinda de DEUS. Como acreditar em algo assim, tão contraditório? Pela fé! E provando o profeta, se ele realmente é de DEUS, e se disse que essa palavra veio de DEUS. Mas os judeus não creram no profeta, e disseram que fora Baruque, seu assistente, e não DEUS, que havia tido a idéia de tal orientação sem sentido.
Pois bem, o que aconteceu? Foram ao Egito, mesmo contra a orientação do profeta, e ainda levaram o profeta junto. Queriam mostrar ao profeta como eram eles que estavam certos. E os babilônios invadiram o Egito, deixaram de lado a judéia, e mataram aquelas homens, mas deixaram em paz o profeta que eles respeitavam muito mais que os próprios judeus.
Ellen G. White sofreu problemas parecidos. Ainda hoje é acusada de plágio, de que muito do que escreveu não vem dela, e sim de suas secretárias. Outras coisas ela teria copiado de outros autores, ou que escreveu por vontade própria. A internet possui muitas acusações contra ela, de pessoas que são da própria igreja adventista, e de outras também. Isso, em si, já é um bom sinal de que ela é uma profetiza verdadeira de DEUS, pois caso contrário, não seria tão combatida, tão desprestigiada mesmo dentro da igreja. Um profeta do Senhor fiéis simpatizantes e severos inimigos. Sempre foi assim. E será ainda mais, quanto mais nos aproximarmos do fim. O que você acha, os inimigos de DEUS deixariam de combater os profetas d'Ele? Seria incompetência deles, e de satanás.
Muito interessante a informação sobre o advogado contratado para dar um parecer sobre plágio por EGW. Uma informação assim precisa ser melhor divulgada, pois ela é vital. Por exemplo, o nome desse advogado, sua empresa, o teor de seu parecer, a data quando foi feito. Temos que defender nossa profetiza, e temos interesse nesse sentido, mas com informações mais consistentes.
Faço aqui um apelo aos leitores. Não deixem jamais de crer na Bíblia, na igreja e em seus profetas. Os ataques contra a igreja sempre envolvem ataques contra seus profetas. Os ataques contra DEUS também sempre são assim. Eles se intensificarão em quantidade e em astúcia. E os principais inimigos da igreja saem e continuarão saindo de dentro da igreja. Não seja você um deles, nem esteja entre eles, muito menos com eles. Quanto a mim e minha casa, já fizemos um pacto de sermos fiéis à igreja, o que não significa sermos ingênuos e simplistas.
- Terça-feira: "Assim diz o Senhor"
O profeta precisa dizer quando fala em nome do Senhor e quando fala por conta própria. Porque os seus ouvintes ou leitores precisam dessa informação. É diferente a credibilidade da palavra do profeta e da palavra que ele transmite em nome de DEUS, incomparavelmente diferente. A que ele fala em nome de DEUS é totalmente confiável, mas a que ele fala em seu nome, pode haver falhas, como qualquer pessoa de bons princípios, honesta e fiel serva de DEUS.
E os profetas têm feito isso. Eles têm identificado quando falam em seu nome e quanto falam em nome de DUES. Usam algumas expressões que definem que falam em nome de DEUS. Por exemplo, eles têm dito assim, "a palavra do Senhor que foi dirigida a Oséias"; "a mim veio a palavra do Senhor"; "assim diz o Senhor", etc. Ellen G. White com freqüência dizia assim, "vi que". Muitas outras expressões os profetas tem utilizado, algumas um tanto indiretas, mas eles têm identificado a origem de DEUS, quando esse era o caso.
Novamente se dá a oportunidade de comparamos a Bíblia com EGW. Os dois escritos têm o mesmo modo de realização, foram inspirados por DEUS e redigidos por profeta autorizado por Ele. A credibilidade de ambos é a mesma, mas o estatus da Bíblia é superior. Essa é a declaração da autora EGW, portanto, assim deve ser. Ambos também, como já vimos, tem tido oponentes que agem de forma parecida. Ambos tem sido contestados por argumentos parecidos. O inimigo de um é o inimigo do outro.
Os escritos de EGW são específicos para a última igreja, os escritos da Bíblia são para todos os tempos e para os povos do mundo inteiro. EGW escreveu para uma igreja para que esta se qualificasse na apresentação da Bíblia ao mundo. O mundo precisa conhecer a Bíblia, os adventistas precisam conhecer ambos, mas bem mais a Bíblia. Nós devemos utilizar os escritos de EGW para melhor dominar o conhecimento Bíblico, e para poder melhor defender os seus princípios perante a oposição que vem de Babilônia e seus falsos mestres. Os escritos de EGW exaltam o valor e a compreensão da Bíblia, mas a Bíblia só se refere a esses escritos como que viriam a ocorrer para esse tempo do fim, e os chama de "espírito de profecia".
- Quarta-feira: Crescimento na compreensão
DEUS nem sempre dava o conhecimento completo aos profetas, sobre o futuro. Principalmente se era o caso de uma profecia longa, como foi a que Daniel recebeu, e que se estenderia por 2.300 anos ou 23 séculos. Os profetas também estudavam, e muito, as profecias anteriores, e estavam atentos aos fatos políticos de seu tempo, tentando entender quais seriam as tendências. Esse foi o caso de Daniel. Ele estava estudando o livro de Jeremias (principalmente Jer. 25:12; 27:6 a 8 e 29:10 a 13; 51:1 a 13, comparar com Dan. 9:1 e 2), e por esse profeta entendeu que o tempo da duração do cativeiro na Babilônia seria de 70 anos.
Por quê DEUS não revelou logo tudo a Daniel? Ele deu uma visão que deixou o profeta bem preocupado, seriam só 70 anos de servidão em babilônia, ou seriam 2.300 anos (Dan. 8:13, 27? Mas ao Daniel ter estudado profundamente o profeta Jeremias, e ter entendido que seriam 70 anos de cativeiro, com a nova visão lhe parecia que esse tempo fora estendido por DEUS, devido aos pecados do povo. O profeta orou fervorosamente para que DEUS tivesse misericórdia deles (Dam. 9:4 a 19). Durante a oração DEUS lhe revelou o restante da profecia e seu significado, dizendo que os judeus teriam ainda 490 anos de tempo para se definirem espiritualmente a quem iriam servir (Dan. 9:24). E revelou o tempo preciso da primeira vinda do Messias, sendo o Seu ministério exatamente na última semana desse tempo de 490 anos (Dan. 9:26 e 27).
Veja só, por que DEUS age assim? Por que Ele não revela tudo de uma só vez? Temos algumas razões.
ð Para que os profetas também se esforcem, estudem, orem, busquem a DEUS;
ð Para que a comunicação entre DEUS e profeta seja mais freqüente;
ð Para que o povo receba instruções progressivas, e assimile aos poucos verdades que talvez fossem dadas numa só vez, poderiam ser pesadas demais, e desestimular a fé.
E hoje, como são as coisas? São da mesma maneira. Temos profecias sem uma palavra de profeta quanto ao seu significado. Uma delas é a de Apocalipse 17, a dos sete reis mais o oitavo rei (Apoc. 17:9 a 11). O que EGW orientou é que devemos estudar o livro de Apocalipse (revelação) conectado com o de Daniel. E devemos prestar atenção aos fatos que acontecem. Essa profecia dos sete reis deve ser algo que chega aos nossos dias, pois senão ela não faria muito sentido, e também deve ser algo que abrange tempos logos no passado, para alcançar as profecias de Daniel, e seus impérios. Portanto, devemos estudar essa profecia, mas não devemos especular buscando possibilidades de interpretação que não se coadunam com o restante da Bíblia. Uma dessas interpretações diz que os sete reis são os sete papas após 1929 (ano em que a ferida foi curada pelo tratado de Latrão, ou quase curada, pois falta ainda o poder sobre o mundo, que os EUA ainda não devolveram ao papa). Se a interpretação correta fosse essa, então a própria Bíblia estaria colocando mais importância à igreja inimiga de CRISTO do que à Sua igreja. Ou seja, CRISTO retornaria ao mundo ao entrar em cena o oitavo rei (Apoc. 17:11). Mas isso é inadmissível, pois Ele volta quando a Sua igreja tiver concluído a pregação para qual foi incumbida (Mateus 24:14).
DEUS age de forma muito interessante. Ele revela algo, e deixa de revelar o restante, ou o faz mais tarde. E assim nós nos apegamos a Sua Palavra e a estudamos com muito mais afinco. Aliás, é assim que também tenho feito com os estudantes (sou professor numa universidade secular). Depois que eles sofreram bastante, se não acertaram, revelo o que buscavam. DEUS age assim para que nós O busquemos e nos esforcemos pela obtenção do conhecimento. Assim nos ligamos mais a Ele.
- Quinta-feira: Quando os profetas entendem errado
Estudando a lição, dá para se perceber que o título do dia de hoje está um pouco desfocado. Deveria ser, quando os profetas falam por si, podem errar. Vamos ao caso de Natã. Davi criou o plano de construir o templo. Que coisa mais louvável haveria em construir um templo de material, para deixar a tenda móvel, que já deveria estar envelhecida. E a tenda era provisória, feita para a situação em que o povo se deslocava de um lugar para outro. Agora, já fazia tempo, poderiam ter construído um templo definitivo. Aliás, para Davi parecia ser o momento, pois as grandes guerras se haviam feito. O rei Saul ha tempos havia morrido, e o país estava se consolidando em sua terra. Era o momento de realizar a obra para DEUS.
Davi falou sobre isso com o profeta Natã. Este, entendeu ser tão óbvio o momento da construção do templo que nem mesmo consultou a DEUS. Era mais que evidente que DEUS aprovaria. Seria DEUS contra a vontade de um homem em construir-Lhe um templo? É óbvio que não. Além desses argumentos, Davi ainda possuía outro. Seu filho Salomão, que o sucederia, ainda era bastante jovem, e talvez não fosse hábil e sábio para tal empreendimento. De modo que Davi construiria o templo e em tempo o entregaria a Salomão, quando assumisse o reino. Um plano bom, aceitável, bem lógico. Era só colocar mãos à obra.
Nada disso. DEUS não estava concordando com o plano. E Natã teve uma visão de DEUS. Não era para Davi construir o templo, mas justamente Salomão o deveria fazer, o jovem. DEUS disse que Davi era homem de guerra, essa fora a sua função como rei. Ele havia derramado muito sangue, matado muitas pessoas. Não ficava coerente agora ele construir um templo.
Mas por quê? DEUS não é de guerra, é de paz. Guerras aqui na Terra são um mal necessário, pois aqui existe o pecado, portanto, ocorrem guerras. Mas o templo de DEUS deveria ser um símbolo de paz, de aliança, de concórdia, para todos os povos. Um homem que lutou com povos vizinhos, agora construir um templo, seria até um ato irônico, um deboche sobre esses povos. O povo de Israel era para ser uma bênção aos demais povos, os que ainda não haviam passado os limites da misericórdia. Logo, o homem que destruíra vários povos, não seria adequado construir esse templo.
A lógica de DEUS é diferente da lógica dos homens. DEUS vê cosais que os homens não percebem.
Façamos uma analogia. Escrevo essa parte desse comentário no dia 22 de janeiro. Fazem dois dias que Barak Obama tomou posse. O presidente George Bush foi um homem de guerra. Não haveria credibilidade para ele intervir para um acordo de paz entre judeus e palestinos. O seu governo foi violento, sob a premissa dos ataques preventivos. Agora Obama, no seu primeiro telefonema oficial, falou com a autoridade palestina, e no segundo telefonema, com a autoridade israelense. Obama pode tentar a paz naquela região, ele ainda não se contaminou com o estigma da violência e da guerra. E ele fez uma campanha enfatizando a paz.
Portanto, no nosso caso, Salomão, um jovem, ainda puro, sem a maldade dos guerreiros, sem o espírito dos violentos, esse sim, deveria ser incumbido de construir o templo para DEUS. Assim ele entraria no governo fazendo uma obra símbolo para todas as nações, uma obra de adoração ao DEUS de paz, DEUS da vida e do amor.
Pois isso vale para nós também. Essa é uma questão de testemunho. O que dizem a nosso respeito? Às vezes pessoas que possuam cargo na igreja dão um testemunho contrário ao que falam quando exercem seu cargo. Outros são artistas, mas testemunham de uma maneira tal em seu corpo, seus ornamentos, seus vestuários que transmitem a seguinte mensagem: tudo isso pode. Outros são líderes, pastores, esposas de líderes, e assim por diante. E o seu testemunho muitas vezes é, para os mais humildes, que isso e aquilo pode, que não tem problema. E os membros mais novos, os mais fracos, os que recém chegaram, observando-os, pecam da mesma maneira, pois os tem como exemplos. Há, poderia você, mas exemplo deve ser só CRISTO! Não é bem assim. Aqueles que têm menos experiência, que ainda não conhecem nossos princípios, eles olham para os mais "experientes", espelham-se neles e seguem seus exemplos. Pensam que esses mais experientes conhecem bem a CRISTO, e, portanto, o que eles fazem, certamente é aprovado por CRISTO. E vai ver, é exatamente o contrário. Esse é o caminho pelo qual muitos se perderão, o mau exemplo dos membros antigos na igreja, ou dos que possuem grandes responsabilidades. DEUS está observando, e um dia vai tomar providências.
Davi teve que fazer guerras. DEUS estava com ele nas guerras. Mas, pinturas, vestuário extravagante, modismos, mundanismo, isso nem mesmo é algo que devemos fazer. E DEUS não está nessas coisas. Porém, sendo que muitos membros fazem, pessoas consideradas oficiais pelas demais, exemplos que podem ser seguidos, dão um testemunho que DEUS vai ter que repreender ou sacudir para fora da igreja. Esse é um tempo em que nos devemos apegar aos princípios que estão escritos. Cada um de nós deve ler os escritos, da Bíblia e de Ellen G. White, e imediatamente colocar em prática. Essa é a lição que aprendemos no estudo de hoje: não seguir exemplos humanos, e ser referência correta aos que estão chegando, que ainda não possuem a devida instrução.
- Aplicação do estudo – Sexta-feira, dia da preparação para o santo sábado:
O que pode ser um diferencial entre um profeta e uma pessoa comum? Um profeta muitas vezes fala coisas incríveis, difíceis de serem aceitas pela racionalidade humana. pode estar falando absurdos segundo os critérios dos seres humanos. Por isso é importante ver pelo menos duas coisas: se o que os profetas dizem, e que já se deveria ter cumprido, realmente se cumpriu, e se os profetas tem coerência entre si.
Veja bem o seguinte. A Bíblia não é composta pelos escritos de um só profeta nem suas profecias se cumprem em um só dia, mas ao longo de milênios. Assim fica fácil verificar se aquilo que já se deveria ter cumprido foi fiel ao previsto. E isso é perfeitamente comprovável. E devemos então selecionar os profetas. Aqueles que estão de acordo com os princípios gerais da Bíblia podemos aceitar como sendo inspirados por DEUS, portanto, é certo que as suas profecias para o futuro se cumprirão tal como as profecias do passado já se cumpriram. E tudo o mais que disseram sob inspiração, quando declararam ter vindo de DEUS, devemos aceitar como verdadeiro. Ou seja, DEUS tem muitos profetas, e todos eles são e devem ser coerentes entre si.
Esse é o caso de Ellen G. White. Ela diz ter visto muitas coisas realmente incríveis, como relata a lição, na parte de sexta-feira. Como crer nisso que ela falou? Simples, fazendo a prova para ver se ela é uma profetiza de DEUS ou se não é. Se ela faz parte dos muitos profetas de DUES, e se é coerente com o que esses muitos outros profetas escreveram. Se ela passa no teste, então devemos crer. Ou seja, ela se alinha com os demais profetas de DEUS, faz parte deles, e já temos milênios de história que pode comprovar que esses profetas são confiáveis. Todo profeta de DEUS precisa ser confiável, DEUS jamais teria um profeta seu com um grau de acerto menor que 100%, pois não é o profeta quem cria as profecias, nem as visões, nem as revelações, mas elas vêm de DEUS.
Bem, se nós não quisermos crer assim, então deveremos correr atrás de nosso próprio nariz, e ver onde chegaremos.
escrito entre: 18/01/2009 a 23/01/009 - corrigido em 23/01/2009
Declaração do professor Sikberto R. Marks
O Prof. Sikberto Renaldo Marks orienta-se pelos princípios denominacionais da Igreja Adventista do Sétimo Dia e suas instituições oficiais, crê na condução por parte de CRISTO como o comandante superior da igreja e de Seus servos aqui na Terra. Discorda de todas as publicações, pela internet ou por outros meios, que denigrem a imagem da igreja da Bíblia e em nada contribuem para que pessoas sejam estimuladas ao caminho da salvação. O professor ratifica a sua fé na integralidade da Bíblia como a Palavra de DEUS, e no Espírito de Profecia como um conjunto de orientações seguras à compreensão da vontade de DEUS apresentada por elas. E aceita também a superioridade da Bíblia como a verdade de DEUS e texto acima de todos os demais escritos sobre assuntos religiosos.
FONTE: www.cristovoltara.com.br