Estudos da Bíblia: Quarto Trimestre de 2009
Tema geral: O povo a caminho: o livro de Números
Estudo nº 09 – O pecado de Moisés e Arão
Semana de 21 a 28/11/2009
Comentário auxiliar elaborado pelo prof. Sikberto Renaldo Marks
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Ijuí – Rio Grande do Sul, Brasil
"Aquele, pois, que pensa estar em pé, veja que não caia" (I Cor. 10:12)
Verso para memorizar: "Suba ao ponto mais alto do Pisga e olhe para o norte, para o sul, para o leste, e para o oeste. Veja a terra com seus próprios olhos, pois você não atravessará o Jordão" (Deut. 3:27, NVI).
- Introdução – santo sábado, dia da aliança entre criaturas e o Criador
Nesta semana estudamos um assunto vital e mortal ao mesmo tempo. Ele trava a respeito do testemunho dos líderes. O poder de um líder para influenciar os membros da igreja é enorme. As pessoas olham para os líderes esperando neles o exemplo de JESUS. E se esses homens e mulheres assumem comportamento estranho aos ensinamentos bíblicos e Espírito de Profecia, quase todos os liderados pensam que tal comportamento não está errado, e agem assim também, e por essa via se perdem junto com os lideres.
Moisés e Arão eram os dois líderes máximos nas jornadas da saída do Egito para Canaã. O povo saía do Egito, a babilônia deles, o ambiente de idolatria onde nasceram, cresceram e se tornaram adultos. Esse povo olhava para esses dois líderes, por meio dos quais, DEUS os guiava. Um líder quando peca, facilmente leva o povo todo junto para o pecado. Quem não for extremamente humilde diante de DEUS e dos homens, aqui já vai um conselho, fique longe de ser líder. Quem for dotado de algum orgulho, de alguma arrogância, de algum tipo de ambição, de presunção, antes de vir a ser líder, por favor, lute com DEUS e primeiro vença esses pontos fracos. Depois se torne líder. Pois se não fizer assim, facilmente se tornará um instrumento de satanás para levar outros aos mesmos pecados que não está buscando vencer. Nós devemos sempre olhar para JESUS, não para os homens, essa é a recomendação. Mas na realidade não é isso que acontece. As pessoas olham para seus líderes humanos, e esperam neles ver o exemplo de JESUS, para saberem como seria o Salvador se aqui estivesse em carne e osso.
A responsabilidade mais significativa de um líder é exemplificar em sua vida o que ele quer de seus liderados. Portanto, um líder espiritual, em nossa igreja, primeiro precisa obter muito conhecimento sobre a vontade de DEUS, ter por um tempo andado com DEUS como fez Enoque, ter-se espelhado em JESUS e ter assumido o Seu caráter. Depois, como servo, não com o estilo de chefe, ele pode realmente ser um líder que testemunha o que fala, sendo que, a sua fala é fundamentada na vontade de DEUS.
O povo de DEUS falhava. A cada pouco estava criando problemas, e veja bem, em assuntos que já não poderia mais falhar. Isto se chama "recaída". Já possuíam experiência quanto ao alimento, já sabiam que DEUS o providenciava, mas, cada vez que surgia algo relacionado com alimento, lá estavam eles perguntando a Moisés porque os tirou do Egito para virem morrer de sede naquele deserto. Confesso que eu não teria a paciência que DEUS teve com aquele povo (que bom que não sou DEUS). DEUS teve muita misericórdia com esse povo, como precisa ter conosco.
Hoje temos um povo, que DEUS guia, com a mesma misericórdia pelo deserto desse mundo. Agora não é mais por água que clamamos, e sim, pelo desejo de desfrutar do mundanismo do nosso Egito! Esse povo está entrando em uma fase de mudanças radicais. São duas grandes mudanças que já estão ocorrendo, embora ainda em pequena escala, mas elas se intensificarão até chegarem a um ponto máximo. A primeira mudança é a decorrente da sacudidura, que purificará o povo de DEUS, separando o trigo do joio. E é muito importante que todos fizessem um estudo o que afinal significa ser trigo e o que significa ser joio. Tem muito joio pensando sinceramente que é trigo, e muito trigo até pensando ainda ser joio.
A segunda mudança radical é a maciça entrada de pessoas na igreja. Isso também já está no início. São adoradores sinceros que estão descobrindo que a sua adoração, que sempre pensavam ser a DEUS, na verdade é a satanás. Estamos no início do cumprimento de uma profecia sem precedentes na história, quanto todos os servos de DEUS, que ainda se encontram em babilônia sairão dela. E para que estes recém entrantes não se decepcionem com a verdadeira igreja de CRISTO (muito do que hoje se faz nela é decepcionante), antes deles virem, ocorrerá a fortíssima sacudidura para tirar principalmente tudo o que se refere a adoração ao dragão, como a música rock (ritmo de dança com letra sagrada, ou pelo menos aparentemente sagrada) e todos os jogos, filmes, novelas, pinturas, adornos inúteis, etc., etc., que ainda persistem em nosso meio.
Porém, não adianta querer se iludir, e nem pense em algo assim, de que precisa sair da igreja para reformá-la, ou até para denunciá-la. Se fizer isso, estará fazendo a obra do inimigo. Leia o capítulo 66 do livro Testemunhos para Ministros e Obreiros Evangélicos. Ali está o plano de satanás contra a Igreja Adventista do Sétimo Dia. Esse plano está em execução, e muitos, dormindo, não o percebem, e acordarão, talvez, lá pela sétima praga. Ou seja, não vai haver outra igreja de CRISTO. Essa IASD é a sétima, e por ela CRISTO está e continuará anunciando a Sua mensagem sobre a Terra. Quem estiver combatendo a IASD, veja e reveja bem o que está fazendo. Se ainda não foi longe demais, trate logo de retornar, e não perca a sua vida para a eternidade.
- Primeiro dia: Quando os gigantes caem
Como deve ser difícil e complicado ser DEUS! E ser o Senhor, Salvador do mundo, certamente não é menos complicado. Conduzir o Seu povo através dos séculos não deve ser nada fácil, embora haverá grande recompensa para DEUS. Mesmo DEUS demonstrando uma impressionante misericórdia, mesmo Ele dirigindo o povo, revelando a Sua misericórdia e o Seu amor, apesar de tudo isso, o povo, por pouco, por quase nada, ou mesmo por nada, prefere as coisas do mundo e arriscar a perda da vida eterna.
Nesta semana as atenções dos estudos se voltam para os dois maiores líderes das jornadas de Israel, por 40 anos, da saída da escravidão do Egito até a chegada a terra de Canaã. Por certo essa foi a mais difícil empreitada humana de toda a história, só perdendo para a condução do povo de DEUS, atualmente, da saída da escravidão desse planeta para a Nova Terra, a Canaã celestial.
O sucesso da grande caminhada dos israelitas dependia de dois níveis de liderança: de DEUS lá de Seu trono, e ele realmente se desincumbiu com perfeição, e dos dois líderes humanos aqui na Terra, e estes se saíram até muito bem, considerando serem seres humanos, sujeitos a todo tipo de falhas. Estes dois eram dirigidos por DEUS, portanto, na tarefa deles, quando necessitassem, poderiam se socorrer em DEUS, e eles o fizeram inúmeras vezes. Por pior que fosse a situação, não haveria nada que, pedindo a DEUS, não pudesse ser solucionado. Ali o impossível não existia. Quer dois exemplos? Um foi o caso ao se verem cercados pelo mar, pelas montanhas e pelo exército de Faraó. Situação impossível para os líderes humanos solucionarem. Mas não para DEUS, que de pronto os fez passar em seco, por dentro do mar. Outra situação foi a falta de alimento e de água no meio do deserto. No entanto, DEUS fez chover pão do céu e fez sair água da rocha. Seu pão e sua água nunca faltaram. Hoje se poderia dizer, com um DEUS assim por perto, qualquer um é capaz de levar a bom termo o maior desafio imaginável. Mas não é bem assim!
Vamos agora olhar o mesmo cenário sob outra ótica, a de satanás. Ele estava, evidentemente, sempre por perto. Para ele era uma tragédia se o projeto de DEUS, de transformar aquele povo, numa grande nação de sacerdotes. Ele precisava fazer alguma coisa. Tentou várias, todas deram errado, mas com graves conseqüências para o povo de DEUS. Mas uma quase deu certo, foi, como se diz por aí, "torrar a paciência de Moisés". Isso quer dizer, levar o povo a incomodá-lo tanto que viria a perder a cabeça, e cometer um erro qualquer, que poderia resultar numa tragédia nacional. Quando os líderes falham o povo se atrapalha todo, e se desencaminha para o erro.
Nós sabemos que uma pessoa tensa, aborrecida, comete erros mais facilmente. Foi a esse ponto que satanás levou Moisés, o ponto da perda da paciência. Hoje a ciência tem um nome especial para essa situação, chama de 'seqüestro neural'. Isto ocorre quando algum tipo de emoção se torna tão forte que domina a razão, então a pessoa age por impulso da emoção, e não mais sob o controle da razão. Algo assim aconteceu a Moisés.
Depois de décadas no deserto, depois de terem visto dezenas de vezes o poder de DEUS agir, sempre a seu favor, depois de terem vivido por muito anos sob a diária proteção de DEUS, depois de perceberem com clareza que o infinitamente poderoso DEUS os amava, quando outra fez faltou água, foram zangados a Moisés e Arão e perguntaram porque os haviam tirado do Egito, pois lá estavam eles num lugar sem água. Argumentavam que seria bem melhor se tivessem ficado no Egito do que estarem ali para morrer de sede no deserto. Veja só, para morrer somente de sede, pois o maná não tinha parado de cair.
Se você fosse DEUS, o que faria? Que povo indomável. Sabe o que eu faria? Dirigiria uma pergunta a eles, para afinal se decidirem, quem queria ir adiante para Canaã e quem queria voltar para o Egito. Levaria de volta os que quisessem o Egito, os entregaria ao respectivo faraó, para serem escravos, e conduziria a Canaã os outros. Mas DEUS, mais uma vez teve misericórdia, e em Sua interminável paciência, disse a Moisés, que diante do povo falasse para a rocha afim de que dela saísse água. Mas Moisés, a essa altura dos acontecimentos, estava zangado, e, impaciente, por vários motivos (e motivos havia), com palavras iradas, disse: "por ventura não tiraremos água dessa rocha?", bateu com a vara duas vezes, e a água jorrou.
Por quê saiu água, se Moisés havia desobedecido a DEUS, e feito de modo diferente do que fora instruído? Veja bem a delicada situação que ali se formou. Imagine se DEUS não faz sair água da rocha em razão da desobediência de Moisés. O que aconteceria? A autoridade de Moisés ali já estava outra vez por um fio, o povo estava em estado de rebeldia. Então, o erro de Moisés e o fracasso dele em obter a água levaria a um triunfo de satanás e o povo certamente se rebelaria de vez. A situação poderia sair do controle, e DEUS seria obrigado a agir com atos bem extremos para retomar o controle.
Analise a situação, falou o líder humano, mas o líder divino, mesmo assim, cumpriu a sua parte, em nome da governabilidade do líder humano sobre o povo. Leia e releia essa frase. DEUS teve que suportar a falha de seu servo. Hoje é assim também. Não são poucos os grandes líderes que falham, mas mesmo assim, JESUS não abandona a Sua igreja. E essas falhas jamais devem ser motivo para qualquer um de nós sair da igreja. insisto nesse ponto pois é o que me assunta, quantos agora saem decepcionados pro atos de líderes humanos. Gente, mais um pouco de paciência, e chegaremos ao final dessa guerra. E jamais devemos esquecer, em guerra sempre há inimigos infiltrados se fazendo passar por amigos, mas, por maneiras sutis, combatendo o povo de DEUS.
Quer um exemplo que poderia ter efeitos catastróficos, se O Senhor agisse com rigor demais? É a questão já sabida de todos, da música gospel (rock) em nosso meio. Ela tem uma única finalidade, formar uma cultura mundana para que os membros da Igreja Adventista se acostumem com o ambiente ecomênico, para facilitar a rendição de nossa igreja ao ecumenismo. Como essa música entrou em nossa igreja? Houve falha de alguns de nossos grandes líderes humanos, assim como daquela vez falhou Moisés. É uma profecia tão clara de Ellen G. White, mas, mesmo assim, eis aí o problema feito. Agora, na situação em que chegou o problema, a solução já escapou da capacidade dos homens resolverem, e o Senhor da obra o resolverá, por meio de um instrumento que Ele utilizará para resolver todos os problemas que de outra forma não sairão da igreja: a sacudidura. Muitos membros se perderão por essa falha, mas, fazer o quê, isto é uma guerra, e em guerra morre gente. As orientações proféticas sobre esse assunto são tão claras que não há como alguém errar, no entanto, um erro bobo tomou conta quase geral da igreja.
E Moisés, o grande líder? Agora estava sem moral para continuar conduzindo o povo. Veja a situação em que ele colocou a DEUS. Analise bem! DEUS fez jorrar água por meio de um meio errado. Isso deu uma mensagem ao povo bem assim: não faz mal se você comete um ou outro pequeno erro, DEUS atende mesmo assim! Entendeu bem essa frase? Essa é hoje a grande desculpa em quase todos os lugares: DEUS já não é mais tão exigente, Ele tolera pequenos desvios. Mas pensar assim é um tremendo engano.
Para reparar a situação, diante de todos, DEUS teve agora que castigar Moisés de um modo dramático: ele, que havia por 40 anos conduzido o povo rumo a Canaã, ele que sonhara com a entrada em Canaã, com a terra prometida, foi desqualificado por DEUS, e teve que, após olhar toda a terra, resignado, morrer às portas da pátria tão sonhada, pela qual lutara tanto, e fora fiel em tudo, menos numa ocasião. A lição disso é que, por pouco podemos deixar de alcançar o muito. Os fiéis do povo de DEUS, que se perderem, a muitos será por pequenas coisas. Devemos ser fiéis no pouco que temos responsabilidade aqui na Terra, e receberemos o muito que DEUS já tem preparado a nós.
Outra lição disso é que líderes, quando falham, as conseqüências são bem superiores que as mesmas falhas, ou até piores, em liderados. A falha de um líder, dependendo de seu posto de liderança, pode colocar a perder todo povo. Esse foi o caso de Moisés. DEUS fez sair água, mas em conseqüência, teve que castigar Moisés, nessa sua única fraqueza, de um modo radical, para que o povo entendesse que a água que ali correu, em conseqüência de radical murmuração, custou a Moisés a perda da entrada em Canaã, sendo que eles, que o levaram a falhar, ali entraram e desfrutaram. Será que eles nunca pensaram nisso. Como é complicado ser líder de um povo que está sendo atacado por um inimigo implacável e muito sutil.
Que fique essa lição para todos nós, desses últimos dias. Devemos ter certeza que hoje satanás está muito mais ativo e esperto que nos tempos de Moisés, e não deixa de estar de olho em nossos líderes espirituais, de todos os lados buscando levá-los a errar.
É de lembrar que o bom Moisés, que se arrependeu daquela falha cometida diante do povo, pelo que recebeu castigo diante do povo, não muito depois de ter morrido, foi pelo próprio Senhor ressuscitado e levado para a Nova Terra celestial. Isso ele herdaria mesmo se fosse junto para a Canaã terrestre com todos os demais, pois se arrependera, mas DEUS amava tanto esse bom homem que resolveu antecipar-lhe a vida eterna.
- Segunda-feira: A morte de Arão
Arão estava com 123 anos, Miriã já havia falecido. Nem Arão nem Moisés poderiam entrar na terra prometida, pois sendo líderes, falharam na obediência de uma ordem de DEUS. Então, para que o restante do povo entrasse em Canaã, os dois grandes líderes deveriam morrer antes. A morte de Arão foi um momento de grande e triste emoção para o povo de Israel, e particularmente para Moisés, Arão e Eleazar.
DEUS deu uma ordem aos três, que subissem pelo Monte Hor, não muito alto, e se podia ver debaixo o que se passava ali em cima. Lá Moisés teve que cumprir a ordem de DEUS. Ali os três, principalmente Eleazar, sentiram o que é o pecado, e como é dramático para DEUS ser DEUS, que precisa agir diante do pecado, precisa deixar seus filhos morrerem uma vez pecando. Ali eles viram a responsabilidade de ser líder, e de influenciar o povo para o bem, ou para o mal.
Nos últimos dias, após o fechamento da porta da graça, quando não houver mais salvação, quando chegar o tempo da angústia de Jacó, muitos líderes religiosos que conheciam bem a verdade, mas que foram superficiais e que permitiam mundanismo na igreja, passarão por uma angústia de doer nos ossos. Eles sabem que muitos se perdem por sua negligência e sabem que eles mesmos estão perdidos e que a sua perdição foi motivada por aquela negligência que levou outros a se perderem. Aliás, esses outros, no tempo da grande angústia estarão caçando esses líderes para se vingar deles, que não os instruíram de modo correto. Agora estão, líderes e liderados, perdidos, para sempre. Ser líder espiritual exige muito mais que obediência na maior parte dos requisitos, exige obediência 100%.
O povo assistia. Moisés, numa solenidade carregada de emoções, nos últimos momentos de vida, se despede de Arão. O seu filho também se despede. Então Moisés tira a veste sacerdotal de Arão e a coloca no filho dele, Eleazar. Foi a única transferência ainda em vida, do cargo de sumo sacerdote. Então Arão, ainda vivo, não era mais o sumo sacerdote, mas seu filho estava em seu lugar. Dá para imaginar a emoção e a dor de Arão e de Moisés? Isso estava no contexto do pecado desses dois diante de todo o povo, agora, diante de todo o povo Arão se despedia do sacerdócio, da vida e da possibilidade da entrada em Canaã, bem à sua frente. Literalmente morreu na praia. Dá para imaginar o que sentia Eleazar ao ser investido do sacerdócio de seu pai? Ele ali recebia uma lição de DEUS, de que fizesse tudo o que seu pai faz de correto, mas que não cometesse o erro de seu pai. E o ministrante, Moisés, o profeta de DEUS, sentia a repreensão da sua precipitação nervosa. E o povo, em profunda emoção, sentia uma dor intensa em seu íntimo, pois eles foram os responsáveis pala falha de seus dois líderes, que como instrumentos de DEUS, os haviam conduzido com sucesso no meio daquele deserto tenebroso. Logo mais eles todos entrariam em Canaã, mas lá não entraria nem Arão, nem Moisés. Culpa de quem? Em grande parte do povo reincidentemente rebelde.
Sendo Eleazar sacerdote, Arão se deita, e DEUS, solenemente, diante de Moises, Eleazar e de todo o povo,o faz dormir o sono da morte. Ele simplesmente deixa de respirar, e descansa em paz. Foram-se os sofrimentos a que tanto o povo o submetera. Então Moisés e Eleazar o enterram bem perto dali, em Mosserá (Deut. 10:6), e por 30 dias o povo chorou pela morte de Arão. Chorou pela dor que sentiam, pois eles foram os responsáveis por essa morte, e por esse homem querido, líder espiritual, ter sido tão dramaticamente castigado diante de todos, sem poder herdar a terra que manava leite e mel. Cheou perto, mas não chegou lá.
Quantos ministros hoje sofrem, ficam doentes, morrem mais cedo, porque o povo rebelde não lhe dá paz, não colabora, mas os critica e cria problemas sem fim! Quanta esposa de ministro fiel a DEUS, e os filhos, sofrem porque o povo é de dura cerviz! Quantos homens e mulheres, líderes de verdade, calejam seus joelhos por causa dos jovens e adultos indiferentes aos ensinamentos de santificação! Pois, quantos ministros perderão a vida eterna porque o povo foi tão duro em ser transformado, que eles perderam a capacidade de se manterem em pé, e caíram, para esta vida e para a vida eterna! Um dia tudo isto será revelado, então, quando já for tarde, todos, sem exceção, refletirão sobre os seus atos executados nos tempos em que ainda havia oportunidade de arrependimento.
Se há algo que devemos fazer para mudar nossa vida, o tempo de fazê-lo é hoje!
- Terça-feira: O pecado da ingratidão
E mais uma vez... Israel, rodeando a terra de Edom, ficou cansado de tanto caminhar fazendo uma grande volta, e a murmuração começou por alguns e tomou conta de quase todos. A queixa era a de sempre. Por quê nos tiraste da terra do Egito para nos levares a este deserto, onde não há pão nem água? E temos que comer esse pão do qual já estamos enjoados. Por quê, dentre esse povo, não apareceu ao menos um homem ou uma mulher para dizer: vamos hoje pedir a DEUS uma porção de frutas? Ou vamos pedir uma porção de cuca para cada um. Eles se especializaram em reclamar por qualquer motivo que os deixasse descontentes. E se tornaram tão incapazes de criatividade que nem em suas reclamações inovavam. Sempre reclamavam da mesma forma. É como uma goteira que pinga a noite toda, sempre no mesmo tom, sem parar. É de torrar a paciência!
Então DEUS falou a eles na linguagem que entendiam. Por meio de problemas eles entendiam mais facilmente que haviam errado, em caso contrário não entendiam.
Vieram umas serpentes venenosas e os picaram. E não passava muito tempo, as pessoas envenenadas iam morrendo. Vieram a Moisés dizer que haviam (outra vez) pecado contra DEUS e contra Moisés, e pediram que este orasse por eles. DEUS mais uma vez ouviu a oração, e mandou que Moisés fizesse uma serpente de bronze para que, quem fosse picado e olhasse para ela, vivesse. E assim foi.
A serpente de bronze foi um símbolo da cruz de CRISTO. "E, como Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do homem seja levantado;
Para que todo aquele que Nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna" (JOÃO 3:14 e 15).
- Quarta-feira: Serpentes abrasadoras
Já notou que para fazer reclamações sem sentido geralmente as pessoas são pouco criativas, ou não possuem criatividade alguma? É verdade, por exemplo, é bem comum em críticas entre casais as causas serem coisas banais e repetitivas, em muitos casos, situações que, com um mínimo de bom senso se resolveriam. Assim foi com os israelitas. Eles reclamavam sempre do mesmo modo: "ah porque nos tiraste da terra do Egito para nos levar a este deserto..." Moisés já devia estar farto de ouvir essas palavras. E, note bem, eles falavam isto enquanto estavam indo para a pátria deles, tendo saído de uma nação que não era deles.
Vamos aprender uma coisa com os israelitas: há maneiras educadas de reivindicar algo. Ora, se existem maneiras educadas de se pedir qualquer coisa, de fazer uma reclamação ou uma critica (que muitas vezes devem ser feitas), sendo o motivo razoável ou não sendo, façamo-lo com educação.
Vamos imaginar, se os israelitas agissem assim, uma coisa é certa: DEUS os trataria com delicadeza e por certo, sempre que pedissem algo razoável, Ele os atenderia. Podemos ter certeza disso pois Ele os atendeu até mesmo por meio de reclamações e murmurações desrespeitosas. Quanto mais DEUS os atenderia se pedissem com educação!
Em relação às jornadas do povo de Israel, nós hoje podemos nos comparar como estando a ponto de atravessar o Jordão. Do outro lado já é a Nova Terra prometida, aguardada pelos servos de DEUS desde Adão e Eva. E nós estamos vendo os sinais da proximidade da santa cidade, a Nova Jerusalém, para onde iremos com o nosso Salvador muito prestes a retornar. Nem por um minuto devemos cair na tentação de querer as coisas dessa Terra como os israelitas queriam as coisas do Egito. Que coisas o Egito de hoje nos oferece, e que nos seduz a ponto de as trocarmos pela Nova Terra? São coisas que, embora nos escravizem, com o tempo, tal como agem as drogas, nos dominam os desejos, e nos tornamos dependentes delas. Alguns exemplos: modas que visam chamar atenção ao corpo, a si mesmo, que são imorais, prejudicam a saúde do corpo, são sexualmente apelativas, muitas vezes de mau gosto, esquisitas e que deformam o corpo (como as calças de cós baixo), etc. Vamos ficar só na vestimenta. Mas o Egito moderno tem seduções que se contam aos milhares. Devemos ser inteligentes e saber distinguir o que interessa para a vida eterna e o que atrapalha a opção por ela. Dos israelitas que saíram do Egito, só uns poucos foram inteligentes para desejarem a Canaã prometida, a maioria sempre desejava retornar ao Egito, razão porque morreram no deserto, e muitos deles bem diante da terra que receberiam por herança. Essa é uma experiência que não vale a pena repetir, mas a decisão certa é uma questão de inteligência espiritual.
- Quinta-feira: Primeiras conquistas
Mal haviam murmurado contra Moisés e contra DEUS, obtiveram, pelo poder de DEUS, duas grandes vitórias, uma contra o rei Seom, rei dos amorreus, e outra contra Ogue, rei de Basã. Tomaram todas as cidades deles, muitas fortificadas.
No caso dos amorreus, DEUS nem tinha determinado que fossem derrotados e eliminados. Ele determinou que Israel passasse por eles em paz. Para esse fim, pediram permissão para passar. Não tocariam nas plantações nem nas águas, passariam respeitosamente pela estrada real, sem sair dela. Mas Seom saiu com seu povo para atacar Israel. O que aconteceu? Israel, sem ter defesas, sem estar preparado para guerra, pois suas armas eram instrumentos rústicos, e não tinham fortificações para se abrigar, venceu, e os desbaratou, e ainda tomou todas as suas cidades.
Então, Ogue se movimentou e resolver atacar Israel. Por certo seus estrategistas imaginaram que seria mais fácil do que para Seom, pois agora Israel estaria enfrentando uma segunda guerra, pensavam que estivesse fragilizado da primeira. Mas foi o contrário, estes foram eliminados da face da Terra, e também suas cidades todas foram tomadas. Eles subestimaram o DEUS de Israel, que lutava por eles, contra os deuses dos cananeus que valiam nada.
Mais uma vez aqui vemos a forma absurda que os seres humanos atentam para o poder do DEUS Criador. Ouviram os relatos desse DEUS, mas, como acontecia com os próprios israelitas, duvidavam de Seu poder, e pensavam que poderiam derrotar um povo cujo DEUS afundou o exército de faraó no Mar Vermelho. O homem, seja crente em DEUS, seja adepto de outro deus, é influenciável pelo poder de satanás, e tende a duvidar do DEUS verdadeiro, e a confiar mais no que não é confiável. É a tal natureza humana, que sempre tem forte tendência para errar, e praticamente nenhuma inclinação natural para acertar. Aqui está mais uma lição para nós. Cuidemos para que sejamos mais confiantes em DEUS. Se não confiarmos n'Ele, em quem nos iremos estribar?
- Aplicação do estudo – Sexta-feira, dia da preparação para o santo sábado:
As serpentes venenosas (abrasadoras porque possivelmente matavam em pouco tempo) eram cobras do deserto. Estavam por lá, mas DEUS as mantinha afastadas do povo de Israel. Quando mais uma vez murmuraram, querendo o Egito, DEUS retirou Sua proteção, e elas invadiram o arraial, apareceram de todos os lados, e picaram a muitos, que foram morrendo. DEUS mostrou que sendo eles obedientes a Ele, estavam protegidos, e mostrou que suas reclamações não faziam nenhum sentido. Mostrou também que eles poderiam pedir a DEUS o que quisessem, mas que o fizessem de modo educado, não com desejos das coisas do mundo.
As serpentes passaram a significar o perigo de querer o Egito, as coisas do mundo, viver num ambiente assim sem a proteção de DEUS é um risco constante de vida, principalmente da vida eterna. Clamando eles pelo perdão, pela intercessão de Moisés, DEUS mandou que se fizesse uma réplica daquelas serpentes, e que fosse levantada para que, quem estivesse picado por alguma serpente viva, olhando para a réplica, sarasse e não morresse.
Nesse fato estava DEUS ilustrando o ato de JESUS ao ser levantado na cruz, e quem n'Ele cresse, seria liberto da morte eterna, viveria para sempre. E qual é a lógica daquela serpente de metal? Bem, antes de tudo, o que ela não significa. Ela nada tem a ver com adoração a um objeto, nada tem a ver com idolatria. Aquele ato de olhar para a serpente de metal era simbólico, um ato de obediência a uma ordem de DEUS, era um ato simbólico com efeitos reais. Por ter sido uma ordem de DEUS, em hipótese alguma fica liberado a qualquer um de nós fabricar algum objeto e fazer o mesmo, pedir ao povo que olhe para esse objeto para ser salvo. Isso só DEUS pode fazer.
E então o que significava aquela serpente? Qual a sua lógica? É bem fácil. Assim como uma serpente parecida com aquelas que estavam matando o povo serviu para livrá-lo, assim, do meio do povo mortal, que influencia para a morte, sairia o Salvador do mundo. Ele seria um mortal, um que nasceria de ser humano, sujeito a pecado e a todas as tentações desse mundo, contudo, venceria essas tentações e fraquezas da raça humana, e mais, libertaria, erguido na cruz, a todo aquele que viesse a crer n'Ele.
escrito entre: 17/10/2009 a 23/10/009 - revisado em 23/10/2009
Declaração do professor Sikberto R. Marks
O Prof. Sikberto Renaldo Marks orienta-se pelos princípios denominacionais da Igreja Adventista do Sétimo Dia e suas instituições oficiais, crê na condução por parte de CRISTO como o comandante superior da igreja e de Seus servos aqui na Terra. Discorda de todas as publicações, pela internet ou por outros meios, que denigrem a imagem da igreja da Bíblia e em nada contribuem para que pessoas sejam estimuladas ao caminho da salvação. O professor ratifica a sua fé na integralidade da Bíblia como a Palavra de DEUS, e no Espírito de Profecia como um conjunto de orientações seguras à compreensão da vontade de DEUS apresentada por elas. E aceita também a superioridade da Bíblia como a verdade de DEUS e texto acima de todos os demais escritos sobre assuntos religiosos.