Lições da Escola Sabatina Mundial – Estudos do Segundo Trimestre de 2010
Tema geral do trimestre: Saúde e Cura
Estudo nº 09 – Temperança
Semana de 22 a 29 de maio
Comentário auxiliar elaborado por Sikberto Renaldo Marks, professor titular no curso de Administração de Empresas da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ (RS)
Este comentário é meramente complementar ao estudo da lição original
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Ijuí – Rio Grande do Sul, Brasil
Verso para memorizar: "Seja a vossa moderação conhecida de todos os homens. Perto está o Senhor" (Fil. 4:5).
Introdução de sábado à tarde
"Beba com moderação" é o slogan inserido, por força de lei, em propagandas de bebidas alcoólicas. E moderação é o nosso assunto desta semana. O dicionário define moderação como: "Virtude de permanecer na exata medida; comedimento. Afastamento de todo e qualquer excesso." E temperança é assim definida: "Virtude que modera os desejos, as paixões. Sobriedade no consumo de alimentos e bebidas." Outro dicionário de sinônimos, em relação à temperança, se expressa assim: "1. Hábito de moderar os apetites sensuais, os desejos, as paixões; 2. Sobriedade no comer e no beber; 3. Comedimento, moderação; 4. Economia; parcimônia; modéstia".
No entanto, veja bem o seguinte. Nós, povo de DEUS (isso inclui todas as pessoas, de todas as igrejas, que bem logo se unirão na forma de um só povo de DEUS), temos um conceito bastante diferente que o vinculado ao slogan "beba com moderação". Para o povo de DEUS, temperança, ou moderação, não é simplesmente o uso limitado de cerveja, ou de qualquer outro alimento. Para o povo de DEUS, temperança tem outro significado, e envolve dois pontos importantes. No primeiro, significa evitar toda e qualquer ingestão que cause algum prejuízo ao corpo. Em segundo lugar, aqueles alimentos que são bons e recomendáveis nos serviremos com moderação. Ou seja, a moderação do povo de DEUS refere-se ao que é lícito comer e beber. A lição no dia de hoje cita o caso da moça que morreu porque exagerou na dose de água que bebeu. Nem a lição, nem a Bíblia, nem DEUS referem-se a moderar, por exemplo, no fumo, na droga, no álcool, ou seja lá no que for prejudicial. Nessas coisas não se modera, se evita. Quando nós, povo de DEUS nos referimos à temperança, ou moderação, ou equilíbrio, estamos falando das coisas que são lícitas, pois mesmo essas pode fazer mal se ingerirmos demais, ou se algum nutriente fizer falta. Vamos resumir o estudo de hoje numa frase: "equilíbrio no que é saudável e evitar tudo o que não é saudável."
- Primeiro dia: O primeiro ébrio da Bíblia
Noé é um bom referencial para nós. Ele não foi perfeito, como nenhum outro homem. Mas diferente de Enoque e de Daniel, ele cometeu ao menos um erro absurdo que resultou em grande fiasco. Após o dilúvio, ele que antes já fora um lavrador, plantou, entre outras culturas, uma vinha. Das uvas fez suco. Esse suco fermentou e se transformou em vinho. Não é razoável supor que Noé não conhecia a possibilidade desse suco se transformar em vinho, e de que seu efeito, ao bebê-lo, fosse a embriaguês. É evidente que antes do dilúvio já plantavam vinhas, colhiam uvas, comiam, e também delas fizessem suco. E parece óbvio que já houvesse a fermentação em tempos mais antigos, e que já tivessem se embriagado. Também não é pedir muito que ao menos em parte os grandes e poderosos homens, e as belas mulheres, de antes do dilúvio, que se perderam, fizessem suas festas regadas com vinho e bebedeira, e que mostrassem sensualidade por essa via. Se hoje a bebida alcoólica é um dos grandes males da sociedade, nesses tempos finais, antes do fim, provavelmente antes do dilúvio também o álcool fosse um grande mal, assim como foi nos dias de Ló. Há uma pista nesse sentido. Ellen G. White diz que os antediluvianos "alimentavam-se de carne, embora Deus ainda não houvesse dado ao homem qualquer permissão para ingerir alimento animal. Eles comiam e bebiam até que seu depravado apetite não conhecesse limites, e tornaram-se tão corrompidos que Deus não mais os pôde suportar. O copo de sua iniquidade estava cheio, e Ele purificou a Terra de sua contaminação moral por meio de um dilúvio" (Conselhos sobre saúde, 109). Ou seja, eles exageraram no que fora bom e lícito, além de comerem o que era proibido, a carne.
E o que aqui é fato? Que Noé, depois do dilúvio se embriagou a tal ponto que caiu aviltado no chão, como acontece com todos os bêbados. Agora faça uma avaliação. Será que Noé não sabia que estava se embebedando? Sabia sim. Não se fica bêbado de um segundo para outro, e sim, aos poucos. E sendo vinho, precisa beber muito para "cair na sarjeta". Noé bebeu muito, e estava gostando, pois se alcoolizou até perder os sentidos. Ele teve um daqueles momentos de fraqueza, vacilou, e provocou uma cena que naqueles tempos foi lamentável.
Quem fez isso? O grande pregador escolhido por DEUS, o homem por meio do qual a humanidade teve uma nova oportunidade. Foi o personagem que havia pregado por 120 anos; um fiel servo de DEUS, em que o Criador confiava e estimava, pois "Noé achou graça diante de DEUS" (Gên. 6:8). Isso nos ensina três coisas. Primeira, que os grandes servos de DEUS também podem ter momentos de fraqueza, podem cair, podem criar situações embaraçosas, e podem inclusive não se restabelecer mais, como foi com Saul. Segunda coisa a aprender, que DEUS valoriza o arrependimento, e quando há arrependimento o pecado perde seu poder. Foi assim com Noé, com Davi, com Elias, e outros. Os grandes continuaram sendo assim aos olhos de DEUS, não porque pecavam, mas porque se arrependiam. Nisso Noé nos serve de inspiração, pois ele foi grande amigo de DEUS até o final, e consta na galeria dos homens de fé, no livro de Hebreus. Por último, devemos aqui aprender que, mesmo sendo fácil obter o perdão, mesmo que DEUS valorize em alta conta o arrependimento, nunca vale a pena cair em erro, por causa das consequências. Olha só no que resultou a embriaguês de Noé. Um filho seu foi por ele amaldiçoado após ter-se gerado grande constrangimento na família. O mau resultado do fiasco nunca mais foi apagado. Um feio legado que acompanha a história de Noé. Como seria bem melhor se aquele incidente nunca tivesse ocorrido! Ou, se Noé não tivesse bebido!
- Segunda: O álcool hoje
Não precisava ter uma lei regulando o consumo de bebida alcoólica no trânsito. Só pelo bom senso qualquer cidadão deve saber que álcool e direção formam uma combinação fatal. Mas temos uma lei, uma das mais rigorosas do mundo. Em alguns outros países, o limite também é zero, como no Japão, um país ultra civilizado. No entanto, as mortes tendo como causa o álcool são muitas, e até aumentaram. "Pesquisa do Instituto Médico Legal de São Paulo revela que em cerca de 50% dos acidentes fatais ocorridos, existe o envolvimento de condutores ou pedestres alcoolizados" (Fatos e Estatísticas de Acidentes de Trânsito em São Paulo – 2000. Companhia de Engenharia de Tráfego – CET – São Paulo, Prefeitura Municipal de São Paulo). A nova Lei 11.705, de 19 de junho de 2008, que altera o Código de Trânsito Brasileiro, proíbe o consumo de praticamente qualquer quantidade de bebida alcoólica por condutores de veículos. A partir de agora, motoristas flagrados excedendo o limite de 0,2 grama de álcool por litro de sangue pagarão multa de 957 reais, perderão a carteira de motorista por um ano e ainda terão o carro apreendido. Ou seja, tolerância zero para álcool e direção. Para alcançar o valor-limite, basta beber uma única lata de cerveja ou uma taça de vinho. Quem for apanhado pelos já famosos "bafômetros" com mais de 0,6 grama de álcool por litro de sangue (equivalente três latas de cerveja) poderá ser preso. Essa é uma "lei seca" pois 0,2 grama de álcool por litro de sangue é a margem de erro do aparelho medidor, o etilômetro ou bafômetro.
O álcool tem efeito com sua concentração no sangue. Por exemplo, uma pessoa de 75 Kg e concentração de 0,03% de álcool no sangue terá uma sensação de relaxamento, leve tontura e pequena redução na velocidade dos reflexos. Com 0,09% a fala e os músculos serão afetados. Com 0,12% a capacidade de raciocínio lógico é reduzida, desaparecem as inibições e o autocontrole. Aos 0,18% estará bamba e terá dificuldade em ficar acordada. Com 0,5% corre risco de coma profundo e morte. Com 1% a parte do cérebro que controla a respiração deixa de funcionar e a pessoa morre.
Em geral, os efeitos físicos do álcool são:
ð O álcool é absorvido principalmente no intestino delgado. Dali chega ao sangue e desse ponto em diante nada mais impede seus efeitos sobre o corpo;
ð Os efeitos do álcool são percebidos em dois períodos, um que estimula e outro que deprime. No primeiro período pode ocorrer euforia e desinibição. Já no segundo momento ocorre descontrole, falta de coordenação motora e sono;
ð Os efeitos agudos do consumo do álcool são sentidos em órgãos como o cérebro, fígado, coração, vasos e estômago;
ð Redução dos reflexos, a reação fica mais lenta, a capacidade de avaliação do tempo, distância e velocidade se altera;
ð distúrbios visuais, visão turbada;
ð Uso prolongado pode gerar doenças nas vias orais, hepatite e outras doenças graves;
ð Em quantidades grandes gera danos definitivos no cérebro, com perda de neurônios;
ð Também provoca problemas cardíacos e aumento da pressão arterial;
ð Até desnutrição em casos mais graves;
ð Mal-formação congênita em fetos;
ð Até em pouca quantidade, o risco de se envolver em acidente aumenta quatro vezes;
ð De 8 a 12 horas após a bebedeira, vem a ressaca, com: dor de cabeça, náusea, tremores e vômitos. Isso ocorre devido ao efeito direto do álcool ou outros componentes da bebida. Ou pode ser resultado de uma reação de adaptação do organismo aos efeitos do álcool;
ð Os efeitos do uso prolongado do álcool são diversos. Dentre os problemas causados diretamente pelo álcool pode-se destacar doenças do fígado, coração e do sistema digestivo. Secundariamente ao uso crônico abusivo do álcool, observa-se: perda de apetite, deficiências vitamínicas, impotência sexual ou irregularidades do ciclo menstrual;
ð O uso regular do álcool torna a pessoa tolerante a muitos dos seus efeitos, sendo necessário maior consumo para o indivíduo apresentar os mesmos efeitos iniciais;
A dependência física ocorre em consumidores de grandes doses de álcool. Como já estão adaptados à presença do álcool, esses indivíduos podem sofrer sintomas de abstinência quando param de beber. Os sintomas de abstinência são:
ð nervosismo ou irritação, sonolência, sudorese, diminuição do apetite, tremores, convulsões e alucinações;
ð Pode-se desenvolver a dependência psicológica com um uso regular do álcool, mesmo que em pequenas quantidades. Nesse tipo de dependência há um desejo persistente de consumir álcool e sua falta pode desencadear quadros ansiosos ou mesmo de pânico;
ð O consumo de álcool durante a gravidez expõe a criança aos efeitos do álcool. O mais grave desses efeitos é a Síndrome Fetal pelo Álcool, cujas características incluem: retardo mental, deficiência de crescimento, deformidade facial e de cabeça, anormalidades labiais e defeitos cardíacos;
ð A taxa de recaída (voltar a beber depois de ter se tornado dependente e parado com o uso de álcool) é muito alta: aproximadamente 90% dos alcoólatras voltam a beber nos 4 anos seguintes a interrupção, quando nenhum tratamento é feito.
E há os efeitos emocionais, como:
ð Perda da inibição, uma pessoa alcoolizada pode se comportar de forma anormal, às vezes imoral, outras vezes, perda da vergonha, perda da consciência de perigo (como é o caso de motoristas alcoolizados que aceleram bem mais que na normalidade) etc.;
ð Pode gerar depressão, raiva, e até pode levar mais facilmente ao suicídio, ou a reações violentas;
ð Perda da memória ou da capacidade de memorização;
ð Afeta negativamente nas relações familiares;
ð Redução da produtividade no trabalho.
As pessoas bebem e fazem brincadeiras em relação a esse mau hábito. Por exemplo, muitos inventaram algumas formas de reduzir os efeitos do álcool, mas que não melhoram em nada esses efeitos. Veja algumas dessas invenções falsas:
Verdades e mentiras sobre a bebida
- "Vou tomar café forte" - Apesar de estimulante, o café de nada altera o estado de embriaguez.
- "Vou tomar banho frio" - Água fria apenas dá a sensação de "acordar" no instante da ducha. Os efeitos do álcool, porém, permanecem inalterados.
- "Vou tomar vento" - Os efeitos do álcool não se dissipam com um "ventinho". Só o passar do tempo elimina o álcool do organismo.
- "Vou comer antes de beber" - Os efeitos do álcool variam de pessoa para pessoa, mas uma coisa é certa: o álcool sempre produzirá alterações em sua percepção, ainda que você esteja muito bem alimentado.
- "Vou tomar um remédio" - A ciência não conseguiu produzir qualquer droga que elimine os efeitos do álcool, nenhum comprimido, nenhuma receita milagrosa.
- "Vou beber porque conheço o meu limite" - Ninguém está tão acostumado a beber a ponto de ficar livre dos efeitos do álcool. É difícil saber exatamente a hora de parar. Até porque a primeira função a ser comprometida pela bebida é a capacidade crítica.
- "Vou beber esse tipo de bebida porque é mais fraca." - Não existem bebidas fracas. O que determina o estado de alcoolemia é a quantidade de álcool ingerido. Ingerir 340ml de uísque ou cachaça não faz muita diferença. O certo é que, quem bebe, diminui os reflexos e não pode, de maneira alguma, dirigir.
- O único remédio é o tempo: As medidas citadas anteriormente apenas produzem bêbados despertos, mas tão bêbados quanto antes.
(http://www.consciencia.net/2003/07/12/transito2.html)
Veja aqui a equivalência entre bebidas com álcool | |||
Bebida | Porcentagem de álcool | Medida usual | Quantidade de álcool |
Cerveja "light" | 3,5% | 350 ml (1 lata) | 12 ml |
Cerveja comum | 4% | 350 ml (1 lata) | 14 ml |
Cerveja forte | 6% | 350 ml (1 lata) | 21 ml |
Vinho de mesa | 10% | 150 ml (1 taça) | 15 ml |
Vinho forte | até 20% | 150 ml (1 taça) | até 30 ml |
Aperitivo | 20% | 60 ml (1 dose) | 13 ml |
Pinga, Vodka | 40% | 60 ml (1 dose) | 24 ml |
Whisky | 45% | 60 ml (1 dose) | 27 ml |
Conhaque | 48% | 60 ml (1 dose) | 29 ml |
Licor | 52% | 30 ml (1 cálice) | 15 ml |
Uma lata de cerveja já é suficiente para reduzir a capacidade de dirigir com atenção. Vou relatar um fato que aconteceu comigo, recentemente. Ia de carro para outra cidade, e não sei porque o carro da frente parou sobre a pista. Foi algo repentino e inusitado. Estava atrás desse carro na distância regulamentar. Se estivesse dado uma olhada para o lado, teria batido, isso é certo. E se estivesse com pequena dose de álcool no corpo, também, pois os reflexos não seriam rápidos o suficiente. O nosso carro parou tão próximo do da frente que tive que dar ré para passar adiante.
Outro fato que aconteceu em nossa família. Nossa filha dirigia o carro numa pista de asfalto. Vinham carros pela frente, na pista oposta. Repentinamente o capô de um caminhão pequeno se levantou, e o motorista se atrapalhou e simplesmente parou sobre a pista. Atrás dele vinha um automóvel e um caminhão bitrem de 7 eixos. O carro pequeno freou fortemente para não bater, e o bitrem saiu para a pista oposta. Foi tudo muito rápido e ao mesmo tempo. A filha, com carteira recentemente obtida, com reflexo rápido, e com o poder de DEUS, retirou-se para o acostamento, e nada aconteceu. Mas se tivesse com um pouco de álcool no corpo...
Ficam duas perguntas. Tivesse eu, ou a filha, bebido uma cerveja, a história seria a mesma? E DEUS, nesse caso deveria ajudar e proteger?
Depois de ler tudo o que acima foi escrito, achou alguma coisa de positivo para justificar a ingestão de álcool? Nada, não é mesmo? Mas coisas negativas são muitas, e graves. Então, por que aumenta cada vez mais o consumo de bebida alcoólica? Alguém que quer controlar os seres humanos desse planeta sabe que por meio do álcool seu objetivo é facilitado. Afinal, como pode alguém enganar tantas pessoas, bilhões mundo afora, a apreciarem em tão grande intensidade que não podem dispensar algo tão nocivo? De fato, satanás tem poder; não o subestime.
O álcool (e outras drogas) merecem nossa atenção, como reformadores da saúde -nossa e das pessoas que são nossos semelhantes. Se não bebemos, é da nossa conta o fato de outros beberem, por dois motivos: podemos ser prejudicados pelos atos dos bêbados (até impostos temos que pagar por causa dos prejuízos que eles causam) e porque JESUS morreu por eles também.
- Terça: "Mas o álcool não é bom para o coração?"
O texto da lição de hoje foi taxativo e deixa a questão bem explicada. Aliás, lições assim tão práticas como estas são uma grande necessidade, pelo que são louváveis. Seria bom se sempre fossem assim.
Realizei pesquisas na internet sobre o assunto, e encontrei muitos artigos que defende a idéia de que um pouco de álcool é bom para o coração. Já vinha prestando atenção a esse assunto. Também há artigos que defendem tomar um pouco de café, pelos benefícios que produz contra a depressão, etc. Mas o meu médico com quem faço checape anual condena, tanto um pouco de álcool, fumo, café, e ele nem mesmo é cristão.
Mas vamos a uma reflexão prática. Em primeiro lugar, grande parte dessas pesquisas científicas são financiadas por interessados no assunto, que querem vender vinho, álcool, cerveja, café, etc. Nesse fato já temos motivos para desconfiar. Outro fato, a ciência não é neutra. O pesquisador também tem seus interesses, de querer provar algo que lhe dê notoriedade, de querer impactar, de ver seus artigos publicados, de provocar debates, de conseguir patrocínio, de conseguir prestígio e apoio popular. Se um pesquisador conseguir provar algum benefício, por exemplo, da cerveja, terá apoio da maciça maioria da população, e principalmente dos ricos fabricantes de cerveja. É assim que funciona. Estamos num mundo em que o pecado domina sobre as pessoas, e a ciência não é livre do poder do mal.
Outro ponto a considerar: O suposto efeito positivo de pequenas doses de álcool (que estão sendo contestadas, mas a contestação é fraca, não conta com verbas polpudas), sua divulgação, nunca vem acompanhada dos respectivos efeitos negativos, que sempre estão presentes e são muitos. Qual seria o motivo? Aliás, por que tanto interesse em pesquisar benefícios, logo do álcool? Já se esgotaram as possibilidades de pesquisar algo mais sério e benéfico? Quem conhece o método científico sabe o que tem por trás dessas pesquisas.
Mais um ponto curioso. Por que incentivam beber um pouco de álcool para proteger o coração, se uma boa e adequada alimentação produz resultados muito superiores, e exclui a necessidade desse pouco álcool, ou até das medicações? Ou seja, porque esses mesmos cientistas não se dão ao trabalho de promover bons hábitos alimentares e de exercício físico, para que as pessoas tenham corações saudáveis? Pergunto ainda, que espécie de cientistas são esses, que na verdade toleram maus hábitos para depois recomendar álcool para que o coração não tenha tanto colesterol? É dessa ciência que o mundo necessita? É ela que ajudará a resolver os crescentes problemas da sociedade? Com cientistas assim, não é de admirar que os planos de saúde sejam cada vez mais caros e os hospitais estejam cada vez mais lotados, e a sociedade esteja cada vez mais envolvida em problemas. Não temos nesse planeta uma atitude preventiva, e sim, curativa. Não cuidamos das causas de nossos problemas, buscamos tratar dos efeitos. O que esses cientistas estão a dizer? Dizem algo assim: coma carne gorda, depois, beba um pouco de álcool, e seu coração estará protegido. Você ainda acha que um planeta, onde os pesquisadores agem desse modo, tem futuro? Vê se não caia nessa. Muito do que a ciência diz vem de interesses particulares de lucro.
- Quarta: Temperança em todas as coisas
Podemos resumir a temperança em dois princípios básicos: o que evitar e o que equilibrar.
Devemos evitar tudo aquilo que é nocivo para o nosso corpo. Há coisas muito nocivas. Essas em geral o povo de DEUS evita. São as drogas como o álcool, o fumo, que são as chamadas drogas lícitas, e as proibidas, como a maconha, a mais leve, até a heroína, a cocaína, o crack, e outras piores ainda, que estão chegando ao mercado, como a merla, droga mais poderosa que o crack. As drogas prosperam por dois motivos: são lucrativas para quem vende e causam sensações psicológicas atraentes para quem usa, sempre formando dependência. Toda droga gera dependência, inclusive o mate e o café, duas drogas bem toleradas em nosso meio. Mas é droga, e quem delas não se libertar, é bem evidente que não poderá ter parte no Reino de DEUS.
Não é tão difícil evitar as coisas bem nocivas, mas é bem difícil, se bem que nunca impossível, evitar aquelas coisas que são ingeridas, e que causam problemas apenas a longo prazo. Aí entra o açúcar, o refrigerante adocicado, as bebidas gasosas, as bebidas artificiais ou com componentes químicos, os alimentos com conservantes prejudiciais, as margarinas com gorduras trans, e assim vai. As possibilidades são inúmeras. Estas coisas, na medida em que tivermos conhecimento, devemos também evitar. Afinal, somos o povo de DEUS, e a lição de Daniel e seus companheiros já foi por nós estudada à exaustão, e temos desenvolvido grande admiração por eles.
E o que devemos equilibrar? Tudo o que é bom e lícito, segundo o critério de DEUS (não o critério do mundo). Dias atrás aprendemos que beber água demais pode ser prejudicial, lembram? Pois bem, agora podemos fazer uma afirmação definitiva: tudo o que é bom, deixa de ser bom se for insuficiente ou se for demais. Portanto, temperança é, no final das contas, o quê? Deixar de lado tudo o que prejudica, seja muito, seja pouco, e ser equilibrado naquilo que é bom. Nada mais simples que isso.
- Quinta: Comprados por preço
Pois não pertencemos a nós mesmos, somos propriedade de DEUS, porque Ele nos criou e também porque Ele (em JESUS) nos comprou de volta na cruz. Quando Adão e Eva pecaram, na verdade não deixaram de pertencer a DEUS. Não há como não pertencer a DEUS. Mesmo não crendo nEle, mesmo rejeitando-O, o ser humano continua pertencendo a DEUS. Mesmo aquele que se entrega a satanás, pertence a DEUS. Até satanás tem dono, que é DEUS. Tudo o que existe, sempre pertence a DEUS. A Terra, as plantas, e tudo aqui sempre pertenceu a DEUS. Não há como trocar de dono pois não existe outro capaz de ser o dono. O inimigo se apossou da Terra e dos homens, e ele age aqui como se fosse o dono, mas não é. Os homens também agem como se não tivessem dono, mas é impossível não pertencer a DEUS. Ninguém consegue tomar algo dEle pois nada está para ser dado, transferido ou vendido. Como só há um Criador, só pode haver um proprietário.
O que Adão e Eva fizeram foi, pela desobediência, se vincular a outro poder, mas com isso não deixaram de pertencer a DEUS. Com o que fizeram tornaram-se mortais, pois pecaram, e quando JESUS morreu na cruz, ao pagar o preço de nossa vida, ele gerou o direito de nos salvar, de nos retirar do poder da morte para a vida, de nos libertar do direito de satanás em nos condenar à morte. Foi isso que custou tão caro a JESUS, pelo que sofreu em extremo para o pagamento.
Hoje pertencemos duplamente a DEUS. Somos Seus filhos e filhas porque nos criou. Ser filho ou filha é pertencer a DEUS. E também somos, ao mesmo tempo, os resgatados de JESUS. A Ele pertencemos porque nos criou e porque nos redimiu. Tanto pertencemos a Ele como podemos ter a vida de volta por Ele, pois pagou o preço para nos devolver a vida. Assim, tendo pago o preço, ele não quebra a lei de DEUS nos salvando para a eternidade, pois a lei diz que o salário do pecado é a morte. Foi o que DEUS disse lá no Éden.
Então, se é assim, nosso corpo, como é parte de nós (a outra parte é a própria respiração) não pode ser utilizado de maneira desleixada. DEUS é quem define como devemos utilizá-lo, (afinal, foi Ele quem nos fez), e o que podemos e o que não podemos fazer com nosso corpo. E Ele tem um grande critério para essas definições: que nosso corpo seja saudável, nos cause alegria, possa manter uma mente lúcida, e em especial, possa servir de habitação do ESPIRITO SANTO. Portanto, não pode ser verdade o que andam dizendo por aí, inclusive da parte de alguns na igreja, que "o corpo é meu, faço dele o que quiser". Até pode agir assim, mas está enganando a si mesmo. Nem também é verdade outra coisa que dizem: "se me sinto bem, posso fazer". Não é assim que funciona, pois tendo a consciência ou não tendo, de alguma maneira estaremos nos prejudicando. A vontade de DEUS a nosso respeito é boa, superior a tudo o que nós mesmos podemos imaginar, e Ele sabe o que é bom para nós. Se o Criador não souber, nós muito menos ainda.
Que prejuízos podemos nos causar por usar mal nosso próprio corpo? Aqui vão alguns: doenças; beleza artificial (que não é beleza, é padrão comum e inferior); deformações; falsa percepção do que pode e do que não pode; sofrimento por danos causados ao corpo; mau funcionamento de certos órgãos; custo financeiro para tratamentos; menor duração da vida; qualidade de vida inferior; e assim vai. E que prejuízos o mau uso do corpo pode causar a outros? Nosso sofrimento gera sofrimento em outros; alguém pode ter de nos cuidar; custo ao plano de saúde, ou ao bolso, nosso e de outros; custo social de recursos desembolsados pelo governo, vindo de impostos (por exemplo, quem paga quando os fumantes adoecem e o SUS os trata?); mau testemunho e influência negativa; quando morre, falta que faz aos filhos e cônjuge; invalidez em outros, e assim vai.
Dizer, faço o que quero com meu corpo é, na verdade, produto de pouca inteligência, pois, se pudesse fazer isso sem se prejudicar, e sem prejudicar a alguém outro, ainda de certa forma se poderia aceitar, porém, agir assim mas causando às vezes grandes transtornos a si e a outros, e ao governo, isso, no mínimo, é irresponsabilidade, falando claro e franco.
- Aplicação do estudo – Sexta-feira, dia da preparação para o santo sábado:
Sendo o povo de DEUS não temos desculpa se não formos tão saudáveis como deveríamos ser se obedecêssemos as orientações desse DEUS. É fato sermos, em média, mais saudáveis que os de fora da igreja, mas, também é fato que essa média é puxada para baixo em grande intensidade por maus servos de DEUS. A falta de bons hábitos alimentares é bem frequente em nosso meio. É de entristecer ver significativo número de líderes redondos de gordura. O que há com esses homens que deveriam ser exemplos às ovelhas às quais ensinam? São pessoas que preferem as churrascarias aos restaurantes vegetarianos. Será que vai passar o trimestre dessas lições, e em tais pessoas nada vai mudar quanto a seus hábitos de saúde? E nós, leigos, será que temos que fechar os olhos aos seus hábitos condenáveis, para não atentar ao testemunho negativo? Tenhamos, por exceção, aqueles que são gordos por alguma disfunção, fiquem estes desculpados, mas os demais, sintam-se convocados à mudança dos hábitos sugeridos por estas lições. Ou, para quem afinal são as lições desse trimestre? A credibilidade precisa ser mantida não apenas por meio de palavras, mas de atos e fatos, de um modo de vida, de testemunho. O testemunho precisa estar em harmonia com as palavras, para que estas venham carregadas de poder. Um povo é, em grande parte, o que são seus líderes. A lição inseriu uma citação valiosa para nossa instrução e tomada de decisão. Aqui inserimos outras igualmente valiosas, de Ellen G. White.
"Conservai sempre em mente que o maior objetivo da reforma de saúde é assegurar o mais alto desenvolvimento possível da mente, alma e corpo." (Conselhos Sobre Saúde, 386)
"Não podemos amar o Senhor de todo o nosso coração, de toda a nossa alma e de todo o nosso entendimento e com todas as nossas forças enquanto estivermos amando nosso apetite, nossos gostos, mais do que amamos o Senhor. Estamos diariamente reduzindo nossa força para glorificar a 'DEUS', quando é certo que Ele reclama toda a nossa força, todo o nosso entendimento. Mediante nossos hábitos errôneos estamos debilitando o sustentáculo de nossa vida, e no entanto professando ser seguidores de 'CRISTO', preparando-nos para o toque final da imortalidade.
"Meu irmão e minha irmã, tendes uma obra a fazer que ninguém pode fazer por vós. Despertai de vossa letargia, e 'CRISTO' vos dará vida. Mudai vosso modo de viver, de comer e de beber, e vosso sistema de trabalho. Enquanto continuardes no caminho que tendes seguido por anos, não podereis discernir com clareza coisas eternas e sagradas. Vossas sensibilidades estão embotadas, e vosso intelecto obscurecido. Não tendes estado a crescer em graça e no conhecimento da verdade como é vosso privilégio. Não tendes crescido em espírito, mas aumentado em trevas." (Conselhos Sobre Regime Alimentar, 45)
"Oxalá todo o filho de 'DEUS' tivesse a impressão da necessidade de ser sábio na comida, no vestuário, no trabalho, de modo que faça a melhor obra para a causa de 'DEUS'." (Serviço Cristão, 247)
"Era o desígnio de 'DEUS' que a razão governasse os apetites e que estes atendessem à nossa felicidade. E quando são regulados e dirigidos por uma razão santificada, são santidade ao Senhor." (Orientação da Criança, 378)
"Entre os que aguardam a vinda de 'CRISTO', a alimentação cárnea será finalmente abandonada; a carne deixará de fazer parte de seu regime alimentar. Devemos ter sempre esse fim em vista, e esforçar-nos por trabalhar firmemente em sua direção. Não posso imaginar que na prática de comer carne, estamos em harmonia com a luz que 'DEUS foi servido dar-nos." (Or. Criança, 383)
"Repetidas vezes me foi mostrado que 'DEUS está fazendo Seu povo voltar ao Seu desígnio original, isto é, não se alimentar da carne de animais mortos. Ele quer que ensinemos ao povo um modo melhor. (...) Se o uso da carne for abandonado, se o gosto não for educado nessa direção, se for incentivada uma inclinação para as frutas e os cereais, logo será como 'DEUS' no princípio designou que fosse. Seu povo não usará carne alguma." (Or. da Criança, 383)
"Tem havido constante afastamento da reforma de saúde, e como resultado Deus é desonrado por grande falta de espiritualidade." (Conselhos Sobre Saúde, 572)
"Os cereais, bem como frutas, nozes e verduras, contêm todas as propriedades nutritivas necessárias a formar um bom sangue." (Or. da Criança, 384)
"A obediência às leis da saúde deve tornar-se assunto de acurado estudo, pois a ignorância voluntária nessa questão é pecado." (Or. Criança, 392-393)
"A abstinência de todo alimento e bebida prejudiciais é o fruto da verdadeira religião. Aquele que está perfeitamente convertido abandonará todo hábito e apetite prejudiciais." (Evangelismo 263)
"O uso de alimento que não produz bom sangue, é procedimento contrário às leis de nosso organismo físico, e constitui violação da lei de 'DEUS'." (Evangelismo, 266)
"Muitos que são agora só meio convertidos quanto à questão de comer carne, sairão do povo de Deus, para não mais andar com ele." (Conselhos Sobre Regime Alimentar, 382)
"Em certos casos de doença ou exaustão, poderá ser considerado melhor usar alguma carne, mas grande cuidado deve ser tomado para adquirir carne de animais sadios. Tem chegado a ser questão muito séria se é seguro usar de algum modo alimento cárneo nesta época do mundo. Melhor nunca usar carne, do que usar a carne de animais que não sejam sadios" (Conselhos Sobre Regime Alimentar, 394).
"Quando não me foi possível obter o alimento de que necessitava, comi um pouco de carne algumas vezes; mas estou ficando cada vez mais atemorizada de fazê-lo" (Conselhos Sobre Regime Alimentar, 394).
escrito entre: 14/04 a 21/04/2010 - revisado em 21/04/2010
corrigido por: Jair R. Bezerra
Declaração do professor Sikberto R. Marks
O Prof. Sikberto Renaldo Marks orienta-se pelos princípios denominacionais da Igreja Adventista do Sétimo Dia e suas instituições oficiais, crê na condução por parte de CRISTO como o comandante superior da igreja e de Seus servos aqui na Terra. Discorda de todas as publicações, pela internet ou por outros meios, que denigrem a imagem da igreja da Bíblia e em nada contribuem para que pessoas sejam estimuladas ao caminho da salvação. O professor ratifica a sua fé na integralidade da Bíblia como a Palavra de DEUS, e no Espírito de Profecia como um conjunto de orientações seguras à compreensão da vontade de DEUS apresentada por elas. E aceita também a superioridade da Bíblia como a verdade de DEUS e texto acima de todos os demais escritos sobre assuntos religiosos.