O Senhor nunca nos pediu para celebrarmos anualmente o Seu nascimento. Ele expressou Seu desejo que celebrássemos a memória da SUA MORTE. Cada primeiro dia da semana (At 20:7), dia da Sua ressurreição -- dia da nova criação -- oferece a oportunidade àqueles que são novas criaturas em Cristo para se reunirem unicamente ao Seu precioso nome (Mt 18:20), fora do arraial ou sistema religioso adaptado ao desejo do homem (Hb 13:13), para anunciar "a morte do Senhor, até que venha ... Fazei isto ... em memória de mim" (I Corintios 11:25,26).
Pessoas como as Testemunhas de Jeová e alguns adventistas dos sétimo dia, não celebram o Natal, pelo fato de ele não ter sido uma criação dos cristãos primitivos, mas uma adaptação de festividade pagã, com reforço da incerteza a respeito da verdadeira data.
Se Jesus não nasceu em 25 de dezembro, então, porque foi escolhida esta data? Quem foi que a escolheu e com que propósito?
O elemento judaico que contribuiu para a confusão ou co-fusão, foi o Chanucá (Hanuká), chamada também de Festa do Templo Purificado ou Festa da Dedicação, das Luzes, dos Macabeus, da Iluminação ou ainda Festival da Rededicação. Esta festa é comemorada na mesma época (entre os meses de novembro e dezembro), só que em data fixa: oito dias a partir de 25 de kislev. Provavelmente a proximidade de datas e a fusão dos festejos pagãos de 21 de dezembro, com Chanucá, com início em 25 de kislev, tenha contribuído na confusão sobre a data de 25 de dezembro.
Realmente há uma convergência nada fortuita entre o Chanucá (Hanuká) judaico no dia 25 de kislev e o Natal da Cristandade no dia 25 de Dezembro. A primeira referência à festa de Hanuká vem no Livro apócrifo de Segundo Macabeus.
Desde a morte de Alexandre da Macedônia, no ano 323 a.e.c., os governantes gregos da Palestina fizeram contínuos esforços para forçar o povo judeu a abandonar sua fé e adotar as idéias e costumes gregos. A maioria do povo resistiu ao intento de divorciá-lo do judaísmo. Com o Rei Antioco da Síria, no ano 175 a.e.c. foi empregada a força para impor os costumes de vida gregos. Este rei começou a perseguir sistematicamente a todos os judeus que se negavam a deixar a prática do judaísmo; desmantelou e profanou o Templo de Jerusalém, obrigando-os a ajoelharem-se ante os ídolos que ali instalou.
Na pequena cidade de Modiin, o velho sacerdote Matatias, da família dos Hashmoneus, colocou-se, com seus cinco filhos à frente da revolta. Seguidos de um grupo de corajosos judeus, eles chegaram a bater seus inimigos, a princípio nos montes da Judéia e, mais tarde em toda a região, até Jerusalém. Esta foi a luta de um punhado de homens contra uma multidão, de fracos contra fortes. Eles venceram grandes exércitos sírios, possuidores de elefantes e máquinas de guerra. Como divisa, os judeus inscreveram em sua bandeira, estas palavras da Torá: "Quem é como Tu, entre os deuses, ó Senhor?" Das iniciais hebraicas destas palavras, formou-se o nome macabeu (macabi), como ficaram conhecidos os filhos de Matatias. Makevet, em hebraico, é martelo, alusão aos golpes assentados ao adversário. De acordo com outra teoria, Macabeu era o grito de guerra dos judeus contra os sírios.
Antíoco Epifanes era governador da Síria e ao invadir Jerusalém profanou o templo estabelecendo nele a sua forma de culto. Proibiu a religião judaica de ser praticada, ameaçando de morte quem desobedecesse esta ordem. Com a dominação helenística, os selêucidas proibiram a prática do judaísmo e profanaram o Templo, tentando impor a cultura e os costumes gregos. O templo recebeu o nome de "Júpiter Olympus"; o altar foi utilizado para sacrifícios pagãos e esses sacrifícios deveriam ser feitos todo o dia 25, porque era o dia que ele fazia aniversário. Os Sírios, portanto, instalaram no Templo judaico no dia 25 de kislev, o altar a Mitras, o pinheiro (tronco sagrado).
Os dias em Dezembro ficam cada vez mais pequenos, até ao dia 21, chamado do solstício de Inverno e os povos orientais festejavam os dias que precediam e seguiam esta data, com o objetivo de apaziguar o sol e fazer com que este aparecesse de novo e tornasse o Inverno mais suave. Após o solstício os dias ficavam maiores e mais claros, significando luz, alegria e esperança de boas colheitas. Acendiam-se velas e grandes fogueiras para iluminar a noite e havia muita comida. O símbolo preferido do deus Mitras era uma árvore com folhas verdes durante todo o ano, ou seja, um grande pinheiro das serras do Líbano, que os Sírios instalaram no Templo judaico.
Neste contexto surge uma revolta que foi a comandada por Matatias, da linhagem dos hasmoneus. Depois de sua morte, seu filho Judá, conhecido como o Macabeu, obteve várias vitórias contra o exército selêucida, purificando o Templo. Foi só Antíoco sair para uma guerra que os judeus começaram a guerrear, liderados por Judá Macabeu. No decorrer do ano 164 antes da era comum, entrou em Jerusalém Yehuda (Judá) Macabeu, filho de Matatya (Matatias) e purificou o Templo do culto pagão aí instalado dois anos antes pelos Sírios. Qual o culto pagão que aí encontrou? O de Mitras, deus da luz solar, de origem persa, que nasceu a 25 de kislev (nome também deste mês no calendário solar sírio).
A festa de Hanuká está relacionada com este fato. Chanuc significa, em hebraico, inauguração. Refere-se, neste caso, reinauguração do Templo de Jerusalém, primeira medida reparadora adotada pelos heróicos lutadores após sua vitória sobre as hostes inimigas.
Diz a história que Judas Macabeu encontrou um vaso de cerâmica com azeite em quantidade suficiente apenas para um dia, mas, milagrosamente, ele durou oito dias. Por este motivo se acende muitas luzes nas casas e nas sinagogas. Durante os oito dias de festa as luzes permaneciam acesas. Mais tarde foi introduzida a prática de se acender uma vela diariamente.
A tristeza era proibida, por ser uma data feliz. Era o triunfo, a alegria da vitória. Na verdade a guerra no começo empatou e começaram as negociações, sendo que assim, o templo voltou a ser dos judeus. Pouco depois o templo já estava purificado com atos de adoração.
Ao verem profanada a Menorá (candelabro), os macabeus haviam apanhado oito lanas, esquecidas pelos sírios no interior do Templo e as tenham rodeado de troncos em cuja extremidade superior colocavam as lâmpadas, construindo assim, com "as mesmas armas do inimigo", um provisório símbolo do que foi ultrajado. Ato semelhante ao que os católicos fizeram com os templos, estátuas, ornamentos, rituais, vestes, festividades, etc pagãs.
II Macabeus 10:3,5-8: "Depois de terem purificado o Templo erigiram um novo altar; com o fogo saído de pederneiras ofereceram sacrifícios, após dois anos de interrupção; puseram o incenso, acenderam as lâmpadas e recolocaram os pães da proposição. No mesmo dia de aniversário da profanação do Templo pelos Sírios, isto é, no dia 25 do mês de kislev, fez-se, portanto a sua purificação. Celebraram esta festa com grande regozijo no espaço de oito dias, à semelhança da festa dos Tabernáculos, recordando-se que pouco antes tinham passado esta solenidade dos Tabernáculos nas montanhas e nas cavernas, como animais selvagens. Por esse motivo levavam etrogim, arba' minim, lulabim em honra de Aquele que lhes havia concedido a dita de purificar o Seu Templo. Decretaram por um édito público que "toda a nação judia celebrasse cada ano esta festa na mesma altura."
A festa que se veio a nomear depois de Hanuká era, portanto, uma segunda Sukkot (avessa à Torá e anulada pelos fariseus).
Para recordar a vitória dos Hashmoneus e o milagre do óleo, celebram a festa de Chanucá (inauguração), cujo nome refere-se à reinauguração do Templo, após a vitória.
Embora seja esta a explicação mais conhecida para a festa, sua existência remonta a tempos bíblicos: no dia 25 de Kislev, um ano após o Êxodo do Egito, foram concluídas as obras do Mishkan (Tabernáculo) no primeiro Santuário.
A festa dura oito dias. Celebram ações de graça e, à noite, acendemos com uma vela auxiliar (shamash) um candelabro de oito braços (hanukiá ou menorát Chanucá). Na primeira noite acendem uma vela, e a cada seguinte adicionam mais uma, até a oitava noite, quando acendem todas as oito velas. Uma pequena flama é suficiente para alimentar a fé e, se a chama for pura, ver-se-á sua luz aumentar dia a dia. Por isso, Chanucá é chamada também Hag ha-Urim, a Festa das Luzes.
Foi com a queda dos selêucidas que a Judéia obteve sua independência. Com o governo dos hamoneus, são reconquistadas fronteiras, há uma consolidação política e o judaísmo floresce. Isto durou oitenta anos.
Houve um grande desgosto da parte dos fariseus para com os Macabeus, que se tinham tornado criminosos depois da primeira geração. Os fariseus queriam diminuir o «input» dos Macabeus na celebração desta festa, como também eliminaram os livros deles do cânone.
Os cristãos rejeitaram a festa de Hanuká e nada tiveram para pôr no seu lugar. Em Roma, já cristã, festejava-se o triunfo de Saturno sobre Júpiter. Saturno era um rei associado à idade de ouro de Roma e tornou-se o padroeiro de Roma. Festejavam-no nos dias 17 a 19 de Dezembro - próximos do solstício, portanto - dando presentes, acendendo velas em casa e grandes fogueiras na rua para iluminar as noites mais longas, e havia muita comida: as chamadas "Saturnálias" que deram mais tarde origem às festas natalícias. A Igreja condenava estas festas pagãs e tentaram aboli-las. Chegou, porém à conclusão que era preferível permiti-las para não privar o povo dos festejos e arriscar motins anti-eclesiásticos. Um Bispo imaginou dar um sentido cristão às Saturnálias, identificando-as com o nascimento de Jesus, que nasceu em data desconhecida.
Os Romanos tinham a "Festa da Saturnália" em honra de Saturno. Este festival era celebrado entre 17 e 23 de Dezembro. Nos últimos dois dias trocavam-se presentes em honra de Saturno. Em 25 de Dezembro era a celebração do nascimento do sol invencível (Natalis Solis Invicti).
Posteriormente, à medida que as tradições romanas iam sendo suplantadas pelas tradições orientais importadas, os maiores festejos realizavam-se em honra do deus Mitra, cujo nascimento se comemorava a 25 de Dezembro. O culto de Mitra, o deus do sol, da luz e da retidão, penetrou em Roma no 1º século AC. Mitra era o correspondente iraniano do babilônico Tamuz. A data entrou no calendário civil romano em 274, quando o Imperador Aureliano declarou aquele dia o maior feriado em Roma. A data assinalava a festa mitraista do Natalis Solis Invicti.
No ano 320, os sacerdotes romanos escolheram o mês de Dezembro, de forma a fazer coincidir a festa cristã com a dos celtas e saxões. Até essa data, não tinha aindo havido grandes preocupações em determinar o dia do nascimento de Jesus. No entanto, implantou-se de tal maneira que, em 529, o imperador Justiniano o impôs como feriado obrigatório. Em 567, o Concílio de Tour alargou o Natal aos doze dias que vão de 25 de Dezembro a 6 de Janeiro, a Epifânia, pelo que, na Idade Média, Natal não designava um só dia, como atualmente, mas todo esse período de doze dias. (Baptista, García - «Wicca, a velha religião do ocidente». Lisboa: Pergaminho, 1999).
O maior festejo da era pré-cristã em Roma era em honra do deus Mitras, que nasceu a 25 de kislev, em Roma designado Dezembro. (O culto do deus Mitras, que nascia e morria todos os anos, tem uma curiosa semelhança com o culto de Jesus.) Por isso o Imperador Aureliano declarara este dia o maior feriado romano.
No ano 63 a.C. se impôs o jugo romano, em substituição ao helênico. Foi quando penetrou ainda mais adentradamente no Ocidente a influência da religião persa, especialmente de Mitra, que teve mesmo um grande e belo altar em Metz, cidade romana na fronteira germânica. O natal cristão em 25 de dezembro, passou a esta data, porque nela se festejava o nascimento de Deus Mitra, - Natalis Solis Maximus.
A representação de Mitra como um jovem Deus, era feita vestido de uma túnica pendente do ombro esquerdo e sobre a cabeça um gorro frígeo (barrete vermelho), armado de punhal e sangrando um touro par abluções.
Muito antes do tempo de Cristo os pagãos adoravam o sol no dia 25 de Dezembro, na época do solstício de inverno (onde o sol fica mais distante da terra). Como em todos os feriados pagãos, era um período de generosidade e licenciosidade. Quando a Igreja Católica instituiu a celebração do nascimento de Cristo em 25 de Dezembro, próximo do ano 336 D.C., foi para substituir o festival do Sol Invictus introduzido pelo imperador Aureliano no 3º século. Foi considerada uma vitória do Cristianismo sobre o paganismo.
Assim quando o Imperador Constantino, que se tinha convertido ao cristianismo, manteve o culto ao deus Mitras, que representava o sol e a sabedoria, ao passo que Jesus representava a vida, a luz e a esperança. Então, em vez de se festejar o sol como antigamente, passar-se-ia a celebrar o nascimento de Jesus e a festa pagã seria absorvida pela nova festa cristã. Durante as invasões bárbaras no século V os povos nórdicos e germânicos que celebraram com muito empenho o solstício com rituais próprios, tomaram contato com o Natal romano (presépio), e sincretisaram-no com o festejo do solstício (árvore). O Natal foi proclamado festa cristã em 813, através do sínodo de Mogúncia (Mainz). Na Noruega, pelo rei Hakon "o Bom" em meados de 900 (a origem do bacalhau de Natal? Pois merece o cognome!). Lá para finais do século XI o Natal em 25 de Dezembro já era celebrado em toda a Europa ocidental, menos na Grécia. Na Europa oriental esta data nunca foi aceite até ao dia de hoje. O rei Alfredo, o Grande, da Inglaterra decretou 12 dias de Natal. No princípio do século XVI a festa tinha degenerado e retomado a sua primeira feição pagã, a tal ponto que surgiu a questão se não era melhor abolir esta festa de vez. A Reforma decidiu-se contra o Natal e Lutero decretou sua abolição. Na Escócia, o Natal foi oficialmente abolido em 1583, como sendo uma festa não histórica e não religiosa. As igrejas que continuaram a celebrá-lo eram fechadas.
Os Puritanos também proclamaram o Natal indecente e ilegal. Na Inglaterra, o Natal foi novamente legalizado, em 1660, com o regresso ao poder dos Stuart católicos. Só na Alemanha continuou-se sempre a celebrar Natal com grande gosto, tornando-se a festa alemã por excelência (em Auschwitz os exterminadores nazistas erigiram um imenso pinheiro frente às câmaras de gaz e entoaram Ô Tannenbaum para acompanhar a matança, com muita alegria). No século XIX os Americanos começaram a viver esta época com grande ternura, devido à maciça imigração germânica. Na Inglaterra foi a partir de 1837, quando a rainha Vitória subiu ao trono, que o país mudou radicalmente a sua atitude acerca do Natal. A rainha casou com o príncipe alemão Alberto, que introduziu pela primeira vez árvores de Natal na Inglaterra. Nos Países-Baixos, há décadas, não havia árvores de Natal e não se davam presentes. Não havia cânticos de Natal. O que se festejava entre os Holandeses não judeus (e, valha a verdade, também em muitas famílias holandesas judias) era o São Nicolau no dia 6 de Dezembro e na véspera (coincidindo com o barek 'alenu). Portanto o elo entre Hanuká e Natal é o solstício do inverno e os anos do deus Mitras em 25 de kislev ou 25 de Dezembro, que deram origem às duas festas.
Assim, quando Constantino assumiu, declarou todo o império cristão, abriu as portas para a entrada e permanência das heresias, algumas das quais vemos até hoje. A partir daí, todos os que simplesmente nasciam dentro dos limites do império se tornavam automaticamente cristãos. Já não era mais necessário fé, novo nascimento, vida de santidade. Devemos nos lembrar que o mundo de então era profundamente paganizado. E quando Constantino fez sua declaração de fé cristã, colocou o cristianismo em pé de igualdade com o paganismo. E os pagãos, que por decreto haviam se tornado cristãos, continuavam com seus costumes pagãos. E 25 de dezembro continuou a ser a maior das festividades idólatras, pois celebrava o "deus sol".
A Igreja Católica Romana absorveu a hierarquia, o ritualismo, a organização, as vestes, a cor vermelho-escarlate, os títulos, a deusificação do líder, a instituição de uma classe separada de pessoas (de sangue azul/realeza para clero), etc do império romano e com base nas crenças gregas foram incorporados os conceitos de purgatório e limbo.
Em meados do 3º século os cristãos porque os adoradores do sol celebravam duas festas durante o ano e eles achavam que deveriam ter também as suas, pois as escrituras chamam a Deus "um sol e escudo" (Salmos 84.11).
"Na fixação da data do nascimento de Cristo influíram, antes de mais, factores astrológicos. Primeiro começou-se por escolher as datas do equinócio da Primavera. Depois influíram também razões de índole escriturística, pois o profeta Malaquias chama ao Messias "o Sol da Justiça". (in Expresso 22 de Dezembro 1978 - Manuel Ferreira)
No ano de 354 começou-se a celebrar o Natal, mas cada qual na sua data. "A partir do ano de 354, alguns bispos latinos transferiram o dia de Natal de 6 de Janeiro para o 25 de Dezembro, data em que se celebrava um a festa mitraista, ou "nascimento do sol invicto". Os sírios e os armênios que continuaram com a data de 6 de Janeiro, acusavam os romanos de idólatras e adoradores do sol, alegando que a festa de 25 de Dezembro tinha inventada pelos discípulos de coríntios ". (in Encyclopedia Britannica).
"No ano de 406 foi fixada a data de 25 de Dezembro a fim de cristianizar grandes festas pagãs realizadas nesse dia." (in "Babilônia ontem e hoje" - Abraão de Almeida).
"A data do nascimento de Cristo viria a ser fixada no dia 25 de Dezembro, sobretudo por razões socio-culturais. A data provém do calendário civil romano e assinala a festa mitraista do "sol-invictus" introduzida em Roma pelo imperador Aureliano no ano 274. Esta festa teve muito êxito e popularidade porque se celebravam os sóis - os gênios da humanidade - as artes. No ano de 362 a festa era celebrada com muita pompa, como o atesta o "De solerege", escrito por Juliano o apóstata.
No século 4º os cristãos tinham já conquistado em Roma um espaço cultural muito amplo e assim iniciaram e realizaram com êxito o processo de recuperação eclesial da festa pagã.
Foi assim que no século 4º o 25 de Dezembro passou a ser a festa do "Dies Natalis Domini", por decreto do papa Libério.
De origem romana, esta festa estendeu-se às igrejas do império, mas com algumas dificuldades, sobretudo no Oriente, onde a Epifânia estava mais implantada.
Na África a festa de Natal impôs-se rapidamente graças às posições dos donatistas que recusavam a festa da Epifânia, comemoração do batismo de Cristo, também na Gália a festa de 25 de Dezembro se implantou com sucesso, como atestam as conclusões do concílio de Adge em 506.
Na Palestina e no Egito a festa demorou mais tempo a ganhar raízes. São do ano de 432 os primeiros testemunhos da festa de Natal em Alexandria; E só pelos anos 634 ou 638 é que a festa de 25 de Dezembro tomou forma definitiva em Jerusalém.
Em Constantinopla o Natal foi instituído por volta do ano de 386. Foi João Crisóstomo, ainda diácono, quem deu a grande novidade ao povo anunciando que naquele ano se começaria a celebrar em 25 de Dezembro a festa do nascimento de Cristo.
Mais tarde precisamente no ano 425, a festa passou a fazer parte dos dias em que eram proibidos os jogos.
Ao perigo da fazer o Natal uma festa socialmente bem aceite, mas muito diluída no paganismo se deve a advertência do papa Leão I, o Grande; (440 a 461), que no seu sermão 22 sobre a "natividade do Senhor" admoestava os cristãos a "não confundirem Cristo com os sóis naturais". (in Expresso, 22 Dezembro de 1978, Manuel Ferreira).
"Uma festa foi estabelecida em memória da nascimento de Cristo no século 4º. No século 5º a igreja ocidental deu ordem para que fosse celebrada para sempre no dia da antiga festividade romana em honra do nascimento do sol, por não se conhecer ao certo o dia exacto do nascimento de Cristo." (Enciclopédia Americana Edição 1944).
No ano 527 o imperador Justiniano mudou a sede do império para Roma. E com esta mudança houve sérias transformações na igreja, nomeadamente a primazia dada ao bispado - causa do grande cisma.
Este imperador decretou então ditatorialmente que se celebrasse a festa do Natal a 25 de Dezembro.
Com a aprovação dada por Constantino para a guarda do domingo, dia em que os pagãos adoravam o Sol, e como a influência do maniqueísmo pagão que identificava o filho de Deus como o Sol físico, proporcionou a esses pagãos do século IV, agora "convertidos" em massa ao "cristianismo" o pretexto necessário para chamar a festa de 25 de dezembro (dia do nascimento do deus-Sol) de dia do nascimento do filho de Deus.
O livro, "História Eclesiástica" de Eusébio de Cesaréia, a partir do livro X, descreve as ações de Constantino em prol da Igreja. Seus decretos imperiais mostram um imperador ecumênico (aquele que gosta de agradar a gregos e troianos), semi-convertido, preocupado mais com política do que com coisas espirituais. Isto é, mostrado as escancaras, veja: "QUE QUALQUER DIVINDADE E PODER CELESTIAL QUE POSSA EXISTIR SEJA PROPÍCIO A NÓS... É ASSIM QUE PODEMOS CONCEDER AOS CRISTÃOS E A TODOS IGUALMENTE A LIVRE ESCOLHA DE SEGUIR O TIPO DE ADORAÇÃO QUE QUISEREM"
25 de dezembro era uma data "pagã, de origem solar... A Saturnal dos Romanos a precedia" (Nelson's Encyclopedia). Era ainda a data "da antiga festa Romana em homenagem ao Sol" (celebrando o nascimento do deus-Sol), segundo a American Encyclopedia. "A Saturnal era uma festa de prazeres desenfreados... A data do Natal foi fixada na mesma época" (M de Beugnot - História, Vol 2, pág. 265). "A Igreja... voltando ao paganismo... precisava ter suas festas, e acabou por dar nomes cristãos às festas pagãs já existentes... identificando o Natal à pior das festas pagãs... fixaram para aquela data o nascimento de Cristo. (Aquela data) representava um dos piores princípios do paganismo -- o poder reprodutivo da natureza... A Igreja criou as festas chamadas cristãs, para substituir as pagãs... paganizando o Cristianismo... a fim de manter satisfeitas as mentes carnais do povo" (J. N. Darby - Col. Writtings, Vol. 29). Agostinho registrou que o povo estava tão determinado a ter festas que o clero se sujeitou a isso!
"Em algumas terras bragantinas começam as festas de natal no dia 13 de Dezembro com bailados acompanhados de constantes libações nineácias. Na noite de consoada (24 de Dezembro) esfusia o entusiasmo por toda a parte. A lareira é bem fornida de lume de que se guarda o melhor tição para acender pelo ano adiante quando surjam trovoadas para evitar que danifiquem os frutos. Vai-se depois à "missa do galo" e beija-se o deus-menino. Seguem-se os festejos de santo Estevão a 26 de Dezembro; de S.João, a 27; de S. Silvestre, a 31; do ano-novo, a 1 de Janeiro; e dos Reis a 6.
Estes usos derivaram da Saturnália celebrada pelos romanos durante 8 dias, começados a 17 de Dezembro convivendo fraternalmente ricos e pobres e sendo estes servidos à mesa por aqueles num ambiente de igualdade entre os homens, em memória da idade áurea simbolizada por Saturno.
A esta folgança agregaram-se as Juvenais, festas celebradas pela gente moça no dia 24 de Dezembro, com lautas patuscadas, além de que no dia 21 do mesmo mês se sacrificava a Vênus, cujos cultos sempre tiveram muito de brincalhões (malícias, sensualidade, erotismo, etc).
Estes costumes atingiram o apogeu na Idade Média com a "festa dos loucos" que era celebrada por clérigos de ordens menores, diáconos e sacerdotes, durante 12 dias, ou seja: desde o dia de Natal ao dia de Reis.
"As grandes fogueiras e a lenha estão relacionadas com os ritos de fogo, celebrados em tempos anteriores ao cristianismo, no solstício do Inverno, como culto propiciatório ao Sol." E assim foi que "o Natal" se enraizou em nosso mundo Ocidental!
O Natal é, portanto, a mesma velha festividade pagã de adoração ao Sol. A única diferença é que mudou foi o nome. A celebração do nascimento de Jesus Cristo é oriunda dos costumes pagãos antigos e foi adaptada devido à apostasia (mistura do cristianismo com as crenças pagãs) da igreja, a qual foi pouco a pouco introduzindo os rituais das religiões primitivas coexistentes.
O nascimento neste mundo é um ato carnal e sabemos que tudo o que se celebre relativo a ele é da vontade da carne. Mas Jesus não é mais segundo a carne; e deve ser adorado e solenizado como Ele é atualmente. "Assim que daqui por diante a ninguém conhecemos segundo a carne, e, ainda que tenhamos conhecido Cristo segundo a carne, contudo agora já não O conhecemos deste modo." 2 Cor. 5:16
A palavra significa Natalício = Aniversário, que teve sua origem na Igreja Católica Romana, e desta, se estendeu ao protestantismo e ao resto do mundo. O natal foi introduzido na Igreja durante o século IV, proveniente do paganismo, pois nos ensinamentos de Jesus e dos apóstolos não recebemos ordem para comemorar o Natal. Veja a Enciclopédia Católica (edição 1911) o que diz: "A festa do Natal não estava incluída entre as primeiras festividades da Igreja, os primeiros indícios dela são provenientes do Egito; os costumes pagãos relacionados com o princípio do ano se concentram na festa do Natal".
A Enciclopédia Britânica Americana, edição 1944 diz: "O natal, de acordo com muitas autoridades, não se celebrou nos primeiros séculos da Igreja Cristã. O costume do cristianismo era não celebrar o nascimento de Jesus Cristo, mas a Sua morte. Em memória do nascimento de Cristo se instituiu uma festa no quarto século. No século quinto a Igreja ocidental deu ordem de que fosse celebrada para sempre (e no mesmo dia da antiga festividade romana, em honra ao nascimento do deus sol, já que não se conhecia a data exata do nascimento de Cristo") [grifos nossos].
A comemoração do nascimento de Jesus foi introduzida no Século IV a partir de Constantino e estabelecida oficialmente na Igreja a partir do Século V. Isso porque, o costume não era celebrar o nascimento de Jesus Cristo, mas sua morte. Veja a Enciclopédia Americana, Edição 1944 ("O Natal, de acordo com muitas autoridades, não se celebrou nos primeiros séculos da Igreja Cristã. O costume do Cristianismo não era celebrar o nascimento de Jesus Cristo, mas sua morte - a Comunhão instituída por Jesus no Novo Testamento é uma comemoração da sua morte").
A mesma afirmativa encontramos na Enciclopédia Britânica, edição de 1946, que afirma ainda que "o Natal não constava entre as antigas festividades da Igreja... Não foi instituída por Jesus Cristo nem pelos apóstolos, nem pela autoridade bíblica. Foi tomada mais tarde do paganismo".
A Enciclopédia Católica, em sua edição de 1911, afirma que "a festa do Natal não estava incluída entre as primeiras festividades da Igreja... os primeiros indícios dela são provenientes do Egito... os costumes pagãos relacionados ao início do ano se concentram na festa do Natal".
Vale aqui ressaltar então, que pelo menos nos primeiros 300 anos a Igreja não celebrou o Natal. Isso é mais da metade da idade do Brasil. É quase uma vez e meia o tempo em que o Brasil se tornou independente de Portugal. Em todo esse tempo os cristãos não viram qualquer necessidade nem ensino que os levasse à celebração do Natal.
A razão da adoção do dia 25 de dezembro é que desejaram que a data coincidisse com a tradicional festa pagã dos romanos dedicada "ao nascimento do sol inconquistado", que comemorava o solstício do inverno. No mundo romano, a Saturnália, comemorada em 17 de dezembro, era um período de alegria e troca de presentes. O dia 25 de dezembro era tido também como o do nascimento do misterioso deus iraniano Mitra, o Sol da Virtude. No Ano Novo romano, comemorado em 1º de janeiro, havia o hábito de enfeitar as casas com folhagens e dar presentes às crianças e aos pobres. Acrescentaram-se a esses costumes os ritos natalinos germânicos e célticos, quando as tribos teutônicas penetraram na Gália, na Grã-Bretanha e na Europa central. A acha de lenha, o bolo de Natal, as folhagens, o pinheiro, os presentes e as saudações comemoram diferentes aspectos dessa festividade. Os fogos e luzes são símbolos pagãos de ternura e vida longa.
São preceitos pagãos incorporados ao Cristianismo. Somente mudaram os nomes dos deuses pagãos, como era de praxe (hábito, costume, etc) os romanos fazerem ao incorporarem um novo deus à coleção do panteão. Os cristãos substituíram a antiga festa romana do solstício de inverno pela do Natal, de arraigada tradição familiar e associada à festa do Ano Novo. A festa do Natal foi instituída oficialmente pelo bispo romano Libério no ano 354. Na verdade, a data de 25 de dezembro não se deve a um estrito aniversário cronológico, mas sim à substituição, com motivos (símbolos, nomes, artefatos, ornamentos, temas, etc) cristãos, das antigas festas pagãs. As primeiras celebrações da festa na colina vaticana -- onde os pagãos tributavam homenagem às divindades do Oriente (inclusive com sacrifícios [assassinatos] humanos, em especial, dos primitivos cristãos) e onde atualmente é o Vaticano-- expressam o sincretismo da festividade, de acordo com as medidas de assimilação religiosa adotadas pelo imperador romano Constantino.
Em dezembro era celebrada a festa das Saturnais, dedicada ao deus Saturno, que durava cerca de quatro dias ou mais. Segundo criam os pagãos romanos, este deus habitava no Lácio - nome proveniente de ter ele se escondido naquela região - Lateré - que significa esconder-se, ocultar-se. E tendo sido recebido pelos homens, lhes ensinou a agricultura, trazendo, segundo a lenda, a chamada "Idade do Ouro".
As Saturnais procuravam repetir esse período, fazendo uma espécie de feriado, quando ninguém trabalhava, os tribunais e escolas eram fechados, havendo nessa festa um fato importante: "os escravos recebiam permissão temporária para fazer tudo o que lhes agradasse, e eram servidos pelos amos."
Anteriormente, era coroado um rei, que fazia o papel de Saturno, quando "usufruía de todas as prerrogativas daquele deus durante um tempo e depois morria, por sua própria mão ou sacrificado." Esta festa era uma espécie de carnaval e se dava na época do inverno.
Baal, um deus adorado pelos cananeus, cujo nome significa "senhor", era considerado o deus das montanhas, das tempestades e da chuva. Simbolizava a plenitude da vida e em sua mão estava o poder de provocar as chuvas, o nascimento das fontes e a fertilidade da terra.
Quando o Império Romano conquistou várias partes do mundo antigo, essa divindade acabou entrando no panteão romano, através de escravos importados e mercenários sírios, tendo grande aceitação principalmente porque os romanos procuravam "novas experiências espirituais"
No seu culto eram imoladas (sacrificadas) crianças e adolescentes, a ponto de seus rituais serem proibidos pelo imperador Adriano (76-138 DC). Então sua prática passou para a clandestinidade e, posteriormente, como as religiões egípcias, seus cultos foram depurados e desligados das tradições bárbaras. Logo, se transformaram em "severos códigos morais", elevando-se à "sabedoria dos mistérios".
Um outro deus - Mitra - deus indo-iraniano - era muito apreciado no exército romano, onde apenas homens participavam em recintos fechados - grutas - chamados de "Mithraeum" ou "Spelaeum", muito comum dentro de Roma. Era uma religião de iniciação secreta, com graus semelhantes aos existentes na maçonaria.
Mitra era adorado como deus-sol, e comemorado entre os dias 24 e 25 de dezembro, quando, segundo a lenda, teria nascido de uma enorme rocha. Seu nome, de raiz indo-européia, significa: "troca", "contrato" e "amizade", justamente como é considerado "amigo de todos".
Como Baal e Mitra já eram conhecidos dos romanos, Aureliano (212-275 DC), imperador de Roma, estabeleceu, no ano de 273 dC. o dia do nascimento do Sol em 25 de dezembro - "Natalis Solis Invicti" - que significa: "nascimento do Sol invencível".
Foi a partir desse ponto que todas as forças do paganismo se uniram, não somente para enfatizar o culto ao Sol, mas também para fazer prevalecer um dos pontos que unia as várias religiões pagãs de diversos povos. Muito coincidentemente os deuses pagãos faziam aniversário no mesmo dia, o que tornou a data muito respeitada, aprazada, querida e venerada por muitos.
CONTINUA...