Da glória ao pó
Sábado à tarde | Ano Bíblico: 2Sm 5-7 |
VERSO PARA MEMORIZAR: "Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado até que se achou iniquidade em ti" (Ez 28:15).
Leitura para o estudo desta semana: Jo 1:1-3; Cl 1:16, 17; Ez 28:12-19, Dt 8:1-18; Is 14:12-14; 2Co 11:14
O verso para memorizar desta semana deve ser um dos mais profundos em toda a revelação. Duas palavras cruciais se destacam: perfeito e iniquidade, com a última (iniquidade) incluída na primeira (perfeito). Isso significa que, contido na ideia de ser perfeito, de ter perfeição (mesmo no Céu!), estava o potencial para a iniquidade. Como a maldade poderia ser encontrada em um ser criado "perfeito", a menos que a perfeição possibilitasse isso? A iniquidade não poderia surgir em um ser criado perfeito, a não ser que o fato de ser "perfeito" incluísse essa possibilidade, o que obviamente aconteceu.
O que esse texto mostra é que, no Universo de Deus, o conceito de "perfeito" inclui liberdade moral, a capacidade de escolher entre o certo e o errado. Se não fosse assim, como a humanidade ainda poderia ser moral e livre? Uma empresa pode ser capaz de configurar programas que bloqueiam os funcionários de acessar pornografia, jogos de azar ou outros sites imorais na Internet, mas ninguém chamaria o programa em si de "moral" ou "livre".
O que temos, então, é um ser, Lúcifer, tão altamente exaltado, que mesmo suas vestes e sua cobertura receberam atenção especial nas Escrituras, porém ele abusou da sua liberdade e se afastou do Senhor. O que podemos aprender de seu erro trágico?
Seja um "Amigo da Esperança"! Ore por amigos que ainda não conhecem Jesus.
Ano Bíblico: 2Sm 8–10 |
O Criador de tudo
O Nosso Deus é o Criador. João 1:1-3 deixa claro que tudo que foi criado, ou seja, tudo que antes não existia, mas passou a existir, surgiu unicamente pela ação do Senhor.
1. Certa vez, alguém perguntou: "Por que há algo em lugar do nada?" Talvez essa seja a mais básica de todas as perguntas que já foram feitas. Como João 1:1-3 responde a essa pergunta?
Essa ideia é igualmente interessante à luz do que é conhecido como a Teoria do Big Bang, que ensina que nosso Universo, em vez de ser eterno, como muitos acreditaram durante milênios, passou a existir bilhões de anos atrás. Quer a teoria se verifique verdadeira ou falsa, muitos a têm visto como evidência de um Deus, um Criador, porque muita ciência, muita física, e muitas equações matemáticas foram necessárias para que o Big Bang houvesse ocorrido. E, como um cientista perguntou: "Quem soprou fogo nas equações?" Nós sabemos a resposta, não é mesmo?
Agora, os cientistas especulam também que há imensas áreas inteiramente fora da nossa visão, as quais são preenchidas com o que se chama de matéria escura e energia escura. O que isso deveria nos dizer, no mínimo, é que somos muito limitados em nossa visão do que realmente está lá fora.
2. Leia Colossenses 1:16, 17. O que mais e quem mais Jesus criou que, pelo menos na maior parte, estão além do que podemos ver a cada dia? Que lições devemos tirar disso sobre quanto precisamos ser humildes em relação ao nosso conhecimento da realidade?
Observe também naqueles versos que, não somente todas essas coisas foram criadas por Deus, elas também foram criadas "para Ele". O que isso poderia significar? Como podemos entender isso? O que deve significar para nós saber que também fomos criados "para Ele"?
Faça uma lista de amigos pelos quais você continuará orando. Deixe-a em lugar visível.
Ano Bíblico: 2Sm 11,12 |
Um ser belo e perfeito
Entre as criaturas de Deus, que antes não existiam, e depois passaram a existir, estava a hoste angelical. O principal entre os anjos era o ser criado chamado Lúcifer, cuja queda é contada em Ezequiel 28, na figura do rei de Tiro.
3. Que descrição de Lúcifer é dada em Ezequiel 28:12-19? Que tipo de cobertura ele tinha, e o que isso pode representar?
Descrevendo Lúcifer como o "filho da alva", Isaías 14:12 registra como Deus o retratou em seu estado de inocência. Em Ezequiel 28:12Deus o descreveu como "o sinete da perfeição"; a palavra perfeição poderia ser traduzida como "modelo". Em outras palavras: "Você era um exemplo de perfeição [NTLH]" (The SDA Bible Commentary, v. 4, p. 675).
Lúcifer também foi descrito como "estrela da manhã" ou "brilhante" (Is 14:12, NTLH). Em hebraico, htlel (brilhante) e seus equivalentes em línguas relacionadas geralmente eram aplicados ao planeta Vênus, quando aparecia em seu brilho inigualável como a estrela da manhã.
Imagine-se usando uma vestimenta, um manto, feito possivelmente de rubis, diamantes, topázio, berilo, ônix, jaspe, safira, esmeralda, crisólito e turquesa, engastados em ouro. Embora pudéssemos tentar visualizar as cores das vestes de Lúcifer (vermelho, amarelo, verde, azul-celeste, azul-esverdeada, verde-oliva), nossa visão terrena das joias celestiais e das cores majestosas jamais nos permitiria contemplar esse manto como os anjos podiam. Como um ser celestial, adornado com tanto esplendor e com a mais alta posição entre eles, Lúcifer certamente deve ter alcançado o respeito e a afeição de todos os outros anjos.
Os anjos desejavam agir de acordo com as ordens recebidas. Eles refletiam a beleza de seu Criador e O louvavam pelo privilégio de viver no paraíso de harmonia celestial. Seu constante louvor ao Criador inspirava amor desinteressado de uns para com os outros e, enquanto esse foi seu único desejo, viveram em um ambiente estável, inigualável e amoroso.
Nesse ambiente celestial reinaram harmonia, perfeição, amor e adoração, uma descrição que nós, como seres humanos, nem podemos imaginar.
Continue orando por seus amigos. Escolha um deles para convidar a ir à igreja no dia 16!
Ano Bíblico: 2Sm 13,14 |
A queda de um ser perfeito
Por mais difícil que seja para nós, com nossa visão limitada da realidade, imaginar isso, Lúcifer deve ter sido um ser de aparência incrível. Veja novamente a descrição dele em Ezequiel 28: sábio, formoso, vestido com todas aquelas pedras majestosas. Sua aparência era impressionante!
Se olharmos atentamente para Ezequiel 28:13, podemos notar um ponto interessante. Depois de falar de todos os ornamentos que estavam em seu manto, o texto diz: "No dia em que foste criado, foram eles preparados". O aspecto do revestimento e das vestes de Lúcifer simplesmente refletia sua posição exaltada. Como veremos ao longo deste trimestre, as roupas podem revelar muita coisa sobre nossa condição e posição. Assim, se o vestuário de Lúcifer sugeria alguma coisa, era o fato de que ele era um ser exaltado e encantador, poderoso e influente.
4. De acordo com Ezequiel 28:17, o que ocasionou a queda de Lúcifer? Que mensagem importante o texto traz para nós?
A ironia de tudo isso é que, por mais maravilhosos que fossem os trajes de Lúcifer, por mais bonita que fosse sua pessoa, por mais sábio que fosse ele, de onde provinha tudo isso? É claro, tudo que Lúcifer tinha, tudo que ele havia alcançado, e as maravilhosas "vestes" que o revestiam, tudo isso era proveniente unicamente de Deus. Mais uma vez, estamos falando de um ser criado: seu manto, sua beleza e sua sabedoria eram todos dons de Deus. Sem o Senhor, ele não teria possuído nada e não haveria sido nada. No entanto, de algum modo, o ser que viveu mais perto de Deus se esqueceu desse ponto importante.
5. Leia Deuteronômio 8:1-18. Que princípio encontramos ali, que se refletiu no que aconteceu com Lúcifer?
Especialmente em tempos de prosperidade e riqueza, como é fácil nos esquecermos de como dependemos do Senhor para tudo. Em termos práticos, o que podemos fazer diariamente para não cair na armadilha de olhar para nossas "vestes maravilhosas" (nossa sabedoria, nosso sucesso e nossa prosperidade, sejam quais forem as formas em que isso aconteça), e esquecer de como dependemos do Senhor para todas as coisas?
Convide um amigo para ir à igreja no dia 16. Disponha-se a buscá-lo em sua casa.
Ano Bíblico: 2Sm 15–17 |
Desejando ser Deus
"Permanecias no monte santo de Deus, no brilho das pedras andavas" (Ez 28:14).
Ezequiel usou uma figura de linguagem que representa a localização do governo de Deus ou do próprio Céu. Quando Ezequiel descreveu Lúcifer no monte de Deus, suas palavras mostraram a alta posição que Deus deu a esse ser criado e os privilégios que lhe foram concedidos. Outros exemplos na Bíblia indicam que uma experiência na montanha tinha grande significado. Por exemplo, Moisés subiu ao monte para se encontrar com Deus (Êx 19:20); Jesus e três de Seus discípulos se reuniram em uma alta montanha, onde Jesus foi transfigurado (Mt 17:1, 2).
"No brilho das pedras andavas" (Ez 28:14). Nesse verso novamente o profeta Ezequiel usa um simbolismo para indicar a presença de Deus: "pedras afogueadas". O Senhor apareceu a Moisés, Arão e os outros líderes desta forma: "E viram o Deus de Israel, sob cujos pés havia uma como pavimentação de pedra de safira, que se parecia com o céu na sua claridade" (Êx 24:10).
Apesar de todos os privilégios de Lúcifer, ele permitiu que maus pensamentos entrassem e corrompessem sua mente, pensamentos que finalmente levaram a ações, à rebelião e à ruína.
6. Isaías 14:12-14 traz outra descrição da queda de Lúcifer. Que princípios estão em jogo ali, e o que podemos aprender com eles, para aplicar em nossas próprias tentações e lutas?
Os antigos romanos geralmente acreditavam que, quando um imperador morria, tornava-se uma divindade, o que explica as palavras de Vespasiano ao morrer: "Oh, meu Deus, acho que estou me tornando um deus".
A tentação de fazer o papel de Deus pode ser mais sutil do que a maioria das pessoas imagina. Quando julgamos os motivos dos outros, quando assumimos as prerrogativas que não nos pertencem, quando tentamos controlar os outros de maneira inadequada, não estamos, em nosso próprio método, buscando assumir o papel de Deus?
Pense mais sobre o perigo que corremos, de buscar formas sutis que nos coloquem na posição de Deus. Como você pode ter feito a mesma coisa? Qual é, realmente, o único remédio para esse engano perigoso, mas muitas vezes sutil?
Já que vai convidar o amigo para estar na igreja no dia 16, por que não levá-lo para almoçar em sua casa? Convide-o!
Ano Bíblico: 2Sm 18,19 |
Satanás na Terra
"E não é de admirar, porque o próprio Satanás se transforma em anjo de luz" (2Co 11:14).
Como todos sabemos muito bem, a queda de Satanás não afetou o Céu apenas, mas a Terra também, e sua queda e rebelião no Céu se manifestam aqui na Terra no que chamamos de "grande conflito". Ele é real, amargo e envolve todos nós.
7. Qual é o assunto de Apocalipse 12:7-12? Que cuidado, e ao mesmo tempo, que esperança, podemos tirar desses versos?
Felizmente, por causa da cruz, por causa do que Jesus fez por nós ali, sabemos como tudo terminará. A vitória está garantida para todos os que estão cobertos pelo manto da perfeição de Cristo. Por isso, Satanás trabalha arduamente para impedir que o maior número possível de pessoas encontrem a justiça salvadora, que lhes garante um lugar na eternidade.
8. Leia novamente 2 Coríntios 11:14, prestando atenção ao contexto em que Paulo está escrevendo. Que mensagem importante devemos tirar dessa passagem para nós?
Satanás atua de várias formas para nos enganar, para nos afastar de um relacionamento de salvação com Cristo, e ele não reluta em usar outros professos cristãos para fazer exatamente isso. Na verdade, muitas vezes essa pode ser sua estratégia mais eficaz.
Perigos espirituais espreitam ao nosso redor (1Pe 5:8). É importante lembrarmos, entretanto, que estamos lidando com um inimigo derrotado: o diabo perdeu, sua ruína é certa, seu domínio acabará. No entanto, de nós mesmos, não podemos lutar com ele e vencer. Nossa única esperança e força são encontradas nAquele que já o derrotou, e esse é Jesus. Sua vitória é nossa, desde que a supliquemos para nós mesmos, com fé e obediência.
Quais são as maneiras sutis pelas quais o diabo pode, lenta mas seguramente, passo a passo, minar nossa fé, se não formos cuidadosos? Que escolhas do dia a dia podemos fazer para garantir que ele não tenha sucesso?
Adquira o livro Ainda Existe Esperança para entregar aos seus amigos.
Ano Bíblico: 2Sm 20, 21 |
Estudo adicional
Leia de Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 33-43: "Por que Foi Permitido o Pecado?" e p. 349: "O Tabernáculo e Suas Cerimônias";O Desejado de Todas as Nações, p. 464: "A Luz da Vida"; SDA Bible Commentary, v. 4, p. 675, 676.
Quando Satanás tenta denegrir e arruinar os filhos de Deus, Cristo Se interpõe. Embora tenham pecado, Cristo colocou sobre Si a culpa de seus pecados" (Ellen G. White, Parábolas de Jesus, p. 169).
"O pecado entrou no mundo pela rebelião daquele que esteve à frente dos santos anjos. Qual foi a razão de tão grande mudança, transformando um súdito nobre e honrado num apóstata? A resposta é dada: 'Elevou-se o teu coração por causa da tua formosura, corrompeste a tua sabedoria por causa do teu resplendor' (Ez 28:17). Se o Senhor não houvesse feito o querubim cobridor tão belo e tão semelhante à Sua própria imagem; Se Deus não tivesse concedido a ele honra especial; Se o Criador tivesse deixado algo incompleto quanto aos dons de beleza, poder e honra, então Satanás poderia ter tido alguma desculpa" (Ellen G. White, The General Conference Daily Bulletin, 2 de março de 1897).
Perguntas para reflexão:
1. Considere os conceitos de moralidade e liberdade. Pode haver verdadeira moralidade à parte da liberdade? As ações consideradas boas são realmente boas se são forçadas e se não provêm da livre escolha? Comente.
2. Não importando quanto Satanás tinha, isso não era suficiente. De que maneiras manifestamos a mesma atitude? Como podemos evitar esse caminho destrutivo?
Respostas sugestivas:
1: Deus tem vida e poder eternos. Ele traz vida e existência a tudo e todos, criando os seres e coisas onde não havia nada.
2: Jesus criou tudo que está nos céus e na Terra. Precisamos ser humildes porque conhecemos apenas uma parte da criação.
3: Querubim da guarda ungido, perfeito, sábio e belo. Era revestido com pedras preciosas e ouro, simbolizando a santidade e nobreza.
4: Exaltação e corrupção por causa da própria beleza e sabedoria. Devemos evitar que nossos dons e talentos nos façam cair.
5: Devemos ser gratos porque Deus nos guia, disciplina, sustenta e abençoa. Em seu orgulho, Lúcifer se esqueceu da fonte do seu brilho.
6: Lúcifer se deixou dominar pelo descontentamento, inveja e cobiça em relação a Deus. Podemos ser felizes em todas as circunstâncias.
7: O conflito entre Cristo e Satanás, que começou no Céu, foi definido na cruz. Nessa guerra, devemos confiar no sangue do Cordeiro.
8: Assim como Satanás se transforma em anjo de luz, seus seguidores tentam nos atrair para uma falsa luz.
http://www.cpb.com.br/htdocs/periodicos/licoes/adultos/2011/li222011.html
Texto-chave: Ezequiel 28:11-17
O aluno deverá...
Saber: Descrever as circunstâncias e as consequências do orgulho espiritual de Lúcifer e seus efeitos sobre a vida tanto no Céu como na Terra.
Sentir: Gratidão e humilde aceitação dos dons de Deus, em lugar de acalentar o orgulho espiritual, como fez Lúcifer.
Fazer: Honrar a supremacia de Deus e reconhecer que somos Sua propriedade, bem como todas as boas coisas que temos em nosso coração, tanto na forma de falarmos com Ele como ao falarmos dEle com os outros.
Esboço
I. Saber: A queda do melhor e mais brilhante
A. Como Lúcifer caiu de sua posição de maior honra e beleza? O que ele valorizou acima de Deus?
B. Quais foram as consequências de seu orgulho espiritual no Céu, bem como sobre a Terra? Qual será o resultado final?
II. Sentir: Orgulho versus humildade
A. Somos tentados a cair na mesma decadência espiritual que Satanás experimentou. Qual é nossa única esperança?
B. Como podemos incentivar atitudes de humildade e gratidão, e não de orgulho espiritual?
III. Fazer: Dar a Deus o que Lhe é devido
A. Uma vez que Deus é o criador e autor de nosso próprio ser, bem como de todas as bênçãos que desfrutamos, como devemos responder a Ele?
B. Por que é uma honra responder dessa maneira?
Resumo: Quando alimentou orgulho pelos seus dons e buscou mais do que Deus lhe havia dado, Lúcifer cultivou o mal em seu coração e encorajou a dúvida nos outros. Isso trouxe guerra no Céu e tragédia à Terra.
Ciclo do aprendizado
Motivação
Conceito-chave para o crescimento espiritual: A liberdade que Deus nos dá de escolhê-Lo e escolher o modo de vida que Ele deseja que tenhamos nos permite escolher o inverso. Deus não força Sua vontade sobre nós. Precisamos escolhê-Lo conscientemente todos os dias da vida.
Só para o professor: Enfatize que, embora Deus seja soberano, o que equivale a dizer que tudo está sujeito a Ele, em última análise, é necessário para Seus propósitos que escolhamos servi-Lo de vontade própria. Esse livre-arbítrio é uma condição necessária para a perfeição que Ele deseja que alcancemos. Dessa forma, é preciso que tenhamos a liberdade de fazer a escolha certa.
Condenado a dois anos de prisão por roubo no último ano da República Alemã de Weimar, Waldemar Debbler dirigiu-se ao tribunal. Ele explicou que o livre-arbítrio não existia e que sua educação, hereditariedade e ambiente tornaram impossível que ele fosse algo além do que ele era: um assaltante. Portanto, disse ele, o tribunal não tinha o direito moral de puni-lo.
O juiz respondeu dizendo que ele era determinista demais, e que o tribunal era igualmente obrigado a punir Debbler.
Debbler respondeu: "O destino exige que eu apele."
"Pode ser", retrucou o juiz, "mas o destino também exige que o recurso seja negado."
Como vimos acima, muitas vezes, na História, o livre-arbítrio humano tem sido seriamente questionado. No entanto, a maioria de nós continua a existir e agir como se tivéssemos a liberdade e a responsabilidade pelo livre-arbítrio. No sétimo dia da semana, nós, cristãos adventistas, vamos mais longe e dizemos que Deus nos deu o livre-arbítrio, e que nossa maior felicidade é essa liberdade para reconhecer e servir ao Deus que nos criou. O inverso traz infelicidade, mal e sofrimento, como se vê na livre decisão de Lúcifer de rejeitar Deus e Seu amor.
Comente com a classe: Se até Lúcifer pôde rejeitar o amor de Deus com os olhos totalmente abertos, existindo na presença do próprio Deus, que confiança podemos ter em nossos pensamentos e percepções quando nos desligamos da influência de Deus?
Compreensão
Só para o professor: Enfatize que Deus é a fonte de todas as coisas boas que existem, inclusive a liberdade de escolher ou rejeitar Sua orientação para nossa vida. Se optarmos por ignorar ou rejeitar Deus, abriremos as portas para o mal. A história de Lúcifer exemplifica essa triste verdade. Todos os seus dons eram provenientes de Deus, mas, quando ele tomou a decisão de rejeitar a Deus, esses mesmos dons foram pervertidos e postos a serviço do mal e da destruição.
I. A luz de todos os povos
(Recapitule com a classe Jo 1:1-5.)
O nome Lúcifer significa, em latim, "portador da luz", tradução das palavras do hebraico antigo e do grego que transmitem o mesmo conceito, geralmente em referência ao planeta Vênus, que era associado ao amanhecer. Não está totalmente claro se esse nome foi concebido originalmente para ser um nome próprio. Isaías 14:12, em que aparece pela primeira vez a passagem sobre Lúcifer, se dirige ao rei de Babilônia. Isso levou alguns estudiosos a afirmar que a figura de Lúcifer, como a conhecemos, não existe no Antigo Testamento. Como adventistas do sétimo dia, rejeitamos qualquer teologia que negue a existência literal de Satanás.
O rei de Babilônia era considerado e se considerava representante das divindades pagãs e, possivelmente, até mesmo uma divindade. Na mitologia dos povos do antigo Oriente Próximo, a Estrela da Manhã e o amanhecer eram considerados deuses. Os gregos e os romanos herdaram esses conceitos e os utilizavam frequentemente na linguagem poética, como quando Homero se refere à "Aurora de dedos rosados", ou Eos.
Duas coisas (pelo menos) acontecem nessa descrição. Em primeiro lugar, o ser que chamamos de Lúcifer está claramente associado não só à realeza pagã mas também ao sistema de culto pagão do qual dependia sua legitimidade. Por outro lado, tanto as expressõesportador de luz como estrela da manhã contêm pistas importantes sobre a natureza e função desse ser.
Ser portador de luz é uma tarefa muito importante. Mas levar a luz não é o mesmo que produzir ou dar origem à luz. Em sua existência anterior, como anjo no Céu, Lúcifer poderia ter sido "portador" da luz de Deus. Em algum ponto, aparentemente, ele veio a acreditar que era sua fonte ou, pelo menos, uma fonte. Imaginou-se igual a Deus e, em algum momento, Seu superior hierárquico.
A Estrela da Manhã, ou o planeta Vênus, é conhecida por ser o corpo mais brilhante do céu no início da noite e no amanhecer. Mas isso só acontece por estar em posição de captar a luz emitida pelo Sol em determinado ângulo. A luz não é inerente a ela, quando o Sol se põe. Assim é o radiante planeta Vênus. Da mesma forma, tendo Lúcifer saído de sob a influência de Deus, sua luz se apagou, e ele se tornou o que conhecemos como Satanás.
Pense nisto: A maioria de nós, em um momento ou outro, se decepcionou com alguém a quem considerava um modelo espiritual. Ou talvez crêssemos estar livres de velhos hábitos ou comportamentos que nos separem de Deus, apenas para cair novamente em um momento de imprudência. Que acontece quando começamos a acreditar inconscientemente que, de alguma forma, a força que temos é nossa, e não de Deus? Por que, para refletir a luz de Deus, precisamos fazer um esforço para permanecer em Sua presença e sob Sua influência?
II. O inimigo disfarçado
(Recapitule 2 Coríntios 11:14 com a classe.)
Segundo o filósofo grego Platão: "Preferir o mal ao bem não está na natureza humana". Então, por que existe o mal? Platão acreditava que surgia por causa da ignorância do que é bom. Naturalmente, não é isso que a Bíblia ensina sobre o mal ou sua origem, nem por que as pessoas fazem o mal. Embora, às vezes, as pessoas possam ser enganadas e achar que suas más ações sejam boas, ou pelo menos não tão más assim, permanece esta afirmação: o mal precisa se apresentar como sendo bom a fim de ser atraente para a maioria de nós. É por isso que Satanás ou Lúcifer precisa se apresentar como um anjo de luz.
A maioria das pessoas tem consciência e capacidade de raciocinar sob o ponto de vista moral. Essas são ferramentas poderosas, mas, por si sós, nem sempre são precisas. De fato, em um mundo corrompido pelo pecado, sem a orientação de Deus e de Sua Palavra, a linha de distinção entre o bem e o mal nem sempre é clara.
Assim, não é necessário que Satanás nos incite a cometer atos ou pensamentos inequivocamente maus. Ele pode fazer uso de coisas aparentemente boas ou neutras, mas que podem nos afastar da origem do bem, o próprio Deus.
Pense nisto: Vivemos em um mundo em que somos confrontados com escolhas, atividades e crenças que podem parecer boas ou inofensivas, ou podem ostentar o selo da aprovação da sociedade mas não correspondem àquilo que sabemos ser correto pela Palavra de Deus. Além disso, existem verdadeiras gradações de cinza entre o certo e o errado que geram grande perplexidade. Como podemos pedir a sabedoria de Deus para encontrar sentido nessas coisas?
Aplicação
Só para o professor: Use as seguintes perguntas e exercícios para explorar por que Deus criou os seres humanos com livre-arbítrio, tendo em vista o mal que pode resultar dele, ou já resultou. Enfatize a liberdade que Deus nos deu e a responsabilidade de usá-la corretamente.
Perguntas para consideração
A criação de Lúcifer – e o mal daí resultante – conduz às questões sobre presciência e predestinação. Sendo onisciente, Deus tem conhecimento prévio dos resultados das decisões de Suas criaturas. Será que isso significa que Ele nos predestinou a tomar essas decisões? Por quê? Se não, o que significam as referências da Bíblia à predestinação, como em Efésios 1:5, 11?
Por que as discussões sobre a natureza do mal e a realidade do diabo, ou Lúcifer, em particular, parecem levar sempre de volta à ênfase sobre Deus como criador? Como Lúcifer tentou questionar essa criação e, especialmente, a natureza dessa criação? (Cf. Gn 3).
Perguntas de aplicação
1. Em Ezequiel 28:13, são enfatizadas as vestes ou a cobertura de Lúcifer. Especificamente, o texto afirma que Deus cobriu Lúcifer com todas as pedras preciosas e outros itens que aumentavam sua beleza. De certa forma, isso leva ao ponto central em questão. Deus deu a Lúcifer as coisas que o tornavam belo e (no passado) bom, e Lúcifer passou a acreditar que, de alguma forma, ele próprio era a origem dessa beleza. Alguma vez você já foi tentado a acreditar que todos os dons ou boas qualidades que você tem são de algum modo seus próprios e que Deus não tem nenhum direito à sua utilização? O que a história de Lúcifer sugere sobre os resultados desse padrão de pensamento?
2. Como Satanás pode, às vezes, trabalhar com os cristãos e a própria igreja para fazer avançar seus propósitos? Como podemos evitar esse perigo, sem nos tornarmos críticos ou paranoicos?
Criatividade
Só para o professor: Nesta semana, examinamos os diversos fatores que levaram Lúcifer a abrigar os pensamentos e desejos que o fizeram abandonar seu relacionamento especial com o Deus que o criou. As seguintes atividades enfatizam o fato de que nós também estamos em perigo de ter um final semelhante, se nos esquecermos de honrar Deus e Lhe permitir que governe nossa vida.
Mencione que Lúcifer foi capaz de convencer um terço dos anjos a tomar seu lado na rebelião. Não é demais dizer que esses anjos o amavam muito e levaram muito a sério sua opinião. Pergunte a seus alunos se sua experiência espiritual está baseada principalmente no que eles sabem a respeito de Deus por meio da oração e do estudo ou a partir do que foi dito pelas pessoas a Seu respeito. Enfatize a importância de se conhecer a Deus por experiência própria.
Ou ainda:
A queda de Lúcifer começou com um pensamento. Todos temos pensamentos que preferiríamos não ter. Peça que os membros da classe contem como lidam (ou poderiam lidar) com pensamentos de ódio ou inveja ou pensamentos sobre o desejo de cometer ou entreter o pecado. Como poderiam afastá-los?
FONTE: http://www.cpb.com.br/htdocs/periodicos/licoes/adultos/2011/aux222011.html
Lição 2 – DA GLÓRIA AO PÓ
Introdução
Na definição do poeta Gonçalves Dias, viver é lutar. "A vida é combate, / Que os fracos abate, / Que os fortes, os bravos / Só pode exaltar."1 Há conflitos entre nações, etnias e grupos religiosos. Há guerra entre gerações. Há inclusive conflitos interiores. Existem momentos em que nosso desejo de segurança está em luta com nossos anseios por liberdade. Há divergências entre o sonho e a realidade, entre querer e poder.
A constatação das contradições que nos cercam faz muitos perguntarem: Estamos condenados a viver uma batalha sem fim? Qual é a fonte de todos esses conflitos?
Na antiga mitologia dos povos pagãos, há narrativas de conflitos entre deuses que promoveriam o ordenamento cósmico e deuses identificados como agentes da destruição. No Rig Veda, texto da mitologia hindu, o deus Indra luta contra o arquidemônio Vritra, dando forma ao mundo que se equilibraria indefinidamente entre a ordem e o caos. Lendas similares podem ser encontradas na mitologia egípcia e mesopotâmica, entre outras.2 Nessas narrativas, o bem e o mal estariam entrelaçados como fios de um mesmo tecido, e assim permaneceriam indefinidamente.
Na opinião de pensadores modernos, os conceitos de bem e mal são tão ultrapassados quanto os antigos mitos da fundação do cosmos. Diante da teoria de que o mundo é um palco exclusivo para os mais fortes, não há espaço para se discutir o que é bom ou mau a partir de uma moral única e transcendente. Na medida em que sobrevivem apenas os mais aptos, o que importa, na realidade, é ser forte ou fraco, ser apto ou incapaz.3
A visão bíblica contraria tanto os pensadores modernos quanto os antigos mitos pagãos. A revelação divina nos assegura que o mundo não é dos valentes (Sl 33:16; Jr 9:23-24) nem será um eterno campo de batalha entre a ordem e o caos, o bem e o mal. Vivemos um período de conflito que teve início e em breve terá fim. Apenas o bem é eterno (1Tm 6:16).
Iremos ver a seguir que, em comparação ao bem eterno, a Palavra de Deus revela que o mal era apenas uma possibilidade. Hoje, é uma realidade. Mas chegará o tempo em que ele será apenas um pequeno ponto na infinita linha da eternidade.
O mal como possibilidade
Enquanto as mitologias pagãs afirmam que o cosmos surgiu a partir da luta entre deuses beligerantes, a Bíblia assegura que o mundo foi criado como resultado do amor presente no coração da Divindade. Por meio da palavra divina, todas as coisas passaram a existir (Jo 1:1-3), tanto as coisas visíveis quanto os poderes espirituais que não podemos ver (Cl 1:16-17).
Sendo Deus o criador de todas as coisas, e considerando que Ele é caracterizado por grande bondade e amor (Sl 107:8, 15, 21; 1Jo 4:8, 16), como entender a existência do mal com o qual nos deparamos diariamente? Deus seria também o autor do mal?
A resposta bíblica assegura: "Longe de Deus o praticar Ele a perversidade, e do Todo-poderoso o cometer injustiça. [...] Na verdade, Deus não procede maliciosamente" (Jó 34:10 e 12). Assim, como entender o fato de que Deus não age de maneira maliciosa, mas criaturas Suas praticam o mal continuamente? Este é um dos grandes enigmas da fé. Mas o mistério pode ser parcialmente decifrado até os limites da revelação concedida.
A lei que rege o Universo é definida na Bíblia como "lei da liberdade" (Tg 1:25; 2:12). Embora a liberdade absoluta seja uma prerrogativa exclusivamente divina, visto que Deus é o único que conhece e sustenta todas as coisas, os seres criados foram feitos para viver em liberdade, com capacidade e possibilidade de pensar e agir por vontade própria. Uma das muitas definições de liberdade pode ser "o fato de estar em condições de agir ou de não agir segundo se escolha ou se queira"4. Ao povo hebreu, por exemplo, foi feito o desafio: "Escolhei hoje a quem sirvais" (Js 24:15). Toda possibilidade de escolha revela um grau de liberdade.
Antes da humanidade, os seres celestiais também foram criados para pensar e agir dentro de seu próprio grau de liberdade. A escolha fundamental para toda criatura é: unir-se à glória divina e brilhar como reflexo de Sua luz, ou se afastar dela rumo à escuridão (Dt 30:19). Enquanto no reino de Deus havia plena harmonia, e os seres criados conheciam somente o bem, o mal era apenas uma possibilidade, aberta pela liberdade de se escolher o afastamento do Criador.
O mal como realidade
Não é possível saber de que modo uma criatura perfeita de Deus poderia se sentir atraída a usar sua liberdade para o mal. Sabemos apenas que isso ocorreu em algum momento do passado. Usando a figura do "rei de Tiro", o profeta Ezequiel revela que o mal se tornou realidade no coração de Lúcifer. "Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado até que se achou iniquidade em ti" (Ez 28:15).
A iniquidade da qual a Bíblia fala não é um mal acidental ou involuntário, como a queda causada por um tropeço. Em seu sentido original5, é uma atitude voluntária de torcer a justiça (Sl 82:2). O Salmo 57 fala dos juízes que, em vez de julgar com justiça, concebem a iniquidade no coração. Esta, por sua vez, espalha-se por toda a Terra (Sl 58:2). A iniquidade age interiormente de forma silenciosa, mas em algum momento acaba explodindo em ações maléficas, que causam prejuízos não imaginados.
Mesmo sendo comparado à estrela da manhã (Is 14:12) e identificado como "o sinete da perfeição" (Ez 28:12), Lúcifer abriu o coração à iniquidade de forma consciente e voluntária. Por meio dessa ação, o mal, que antes era apenas uma possibilidade, se tornou realidade ativa na mente de uma criatura que tinha acesso direto ao trono de Deus. Assim, o mal não existe como um princípio eterno com poder em si mesmo, mas se realiza por meio de decisões e atitudes que se opõem à justiça divina.
Opondo-se a Deus, Lúcifer distorceu os dons divinos. Sua beleza e sabedoria deixaram de ser motivo de gratidão para ser motivo de orgulho. "Elevou-se o teu coração" (Ez 28:12). A exaltação indevida fez com que a criatura finita quisesse para si o poder infinito, fomentando um processo de cobiça e frustração. "Subirei acima das mais altas nuvens e serei semelhante ao Altíssimo", almejou Lúcifer em sua cobiça desmedida (Is 14:14). Porém, seu coração elevado se frustrou diante da sentença divina: "Serás precipitado para o reino dos mortos, no mais profundo do abismo" (Is 14:15).
A queda dos seres celestiais, conforme revela a Bíblia, foi o resultado da tentativa de se elevarem até onde só Deus pode estar. Foi uma tentativa obstinada, de natureza homicida (Jo 8:44), embora, desde o início, condenada ao fracasso.
Atualmente, há uma tendência até mesmo entre os estudiosos da Bíblia em minimizar ou renegar a existência e o papel de Satanás como adversário de Deus e tentador da humanidade. A história da queda dos seres celestiais é vista como mitologia que "ocorre na apocalíptica judaica e deixou vestígios também na tradição cristã".6
Porém, a evidência bíblica, no Antigo e também no Novo Testamento, assegura a existência de uma batalha pelo trono divino, a condenação e a queda dos anjos que "não guardaram seu estado original" (Ap 12:12; Jd 6). O perigo de renegar essa revelação inspirada está em atribuir a Deus as ações de seu adversário.
"Os contínuos danos entre nós não são explicados por nenhuma razão, exceto pelo fato de que a natureza do mal é destrutiva. Uma das maiores razões para o sucesso de Satanás está em sua habilidade de fazer o pior e continuar fora de cena porque, ironicamente, muitas mentes inteligentes atribuem o pior do trabalho do inimigo ao bondoso Deus."7
O mal como pequeno ponto na eternidade
O livre-arbítrio utilizado pela criatura para se voltar contra o Criador fez com que o mal passasse de possibilidade à realidade. Portanto, não seria a própria liberdade algo maléfico, pelo fato de conter em sua essência o risco da tragédia?
Embora a liberdade implique risco, Deus prefere o risco à tirania. Ele é ao mesmo tempo livre e libertador. "Onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade" (2Co 3:17). O contrário também é verdadeiro: onde não há liberdade, o espírito satânico está presente. "Deus não força a vontade de Suas criaturas. Não pode aceitar homenagem que não seja prestada voluntária e inteligentemente. Uma submissão meramente forçada impediria todo verdadeiro desenvolvimento do espírito ou do caráter; tornaria o homem simples máquina." 8
Quando a justiça divina foi questionada no Céu, o poderoso Deus não reagiu declarando estado de sítio e baixando atos institucionais repressores. Ele deu tempo para que as razões pudessem ser discutidas e analisadas. Cada um dos seres celestiais precisaria tomar uma posição conscientemente e seguir o destino escolhido. "Se Deus tivesse exercido Seu poder para punir este sumo rebelde, os anjos desafetos não se teriam revelado; portanto, Deus tomou outra direção, pois queria manifestar distintamente a todo exército celestial Sua justiça e juízo."9
Pela maneira como lidou com o pecado no Céu, e continua agindo no presente, Deus mostra que prefere ser amado a ser temido. O temor a Deus, segundo a Bíblia, é antes um respeito amoroso do que medo e constrangimento. Disso podemos estar certos, visto que "o amor lança fora o medo" (1Jo 4:18). "O exercício da força é contrário aos princípios do governo de Deus; Ele deseja unicamente o serviço de amor; e o amor não se pode impor; não pode ser conquistado pela força nem pela autoridade. Só o amor desperta o amor."10
Por outro lado, a tirania se baseia no medo, na vergonha e na culpa. Na ótica do adversário de Deus, inspiração das tiranias terrenas, "é muito mais seguro ser temido do que ser amado". Isso porque "os homens têm menos receio de ofender a quem se faz amar do que a outro que se faça temer".11
Não temendo as ofensas e a rejeição, Deus assumiu o risco do amor. Quando ofendido, amou ainda mais, tomando sobre Si a ofensa e atribuindo ao pecador a Sua justiça (Rm 5:16). O desejo de Deus é de que Seu governo não seja uma imposição dogmática, mas uma realidade atrativa às emoções e ao intelecto. Desse modo, o amor age por meio do diálogo para alcançar a verdade mais profunda. De fato, por mais verdadeira que seja uma questão, "se não for ampla, frequente e intrepidamente discutida, será sustentada como um dogma morto, não como verdade viva".12
Ao invés de romper o diálogo com a humanidade pecadora, Deus o aprofundou por meio da cruz de Cristo, revelando Seu amor e desmascarando o ódio de Seu adversário. "[Na cruz] Satanás viu que estava desmascarado. Sua administração foi exposta perante os anjos não caídos e o Universo celestial. Revelara-se um homicida. Derramando o sangue do Filho de Deus, desarraigou-se Satanás das simpatias dos seres celestiais. Daí em diante sua obra seria restrita."13
Assim, com justiça e amor, Cristo destruiu as obras do diabo (1Jo 3:8). Pela vitória na cruz, podemos estar certos de que "contra Deus ninguém se levanta duas vezes!" (Naum 1:9, NTLH). Em breve o pecado será totalmente erradicado (Ap 21:4). A justiça de Deus permanecerá provada para sempre. O mal será apenas um ponto pequeno na infinita linha da eternidade.
Conclusão
Como resultado da criação, o mal existia como possibilidade, diante do livre-arbítrio concedido aos seres criados.
O uso equivocado da liberdade fez com que o mal se tornasse realidade no coração de Lúcifer e fosse disseminado onde a revolta contra Deus encontrasse espaço.
Na cruz, Deus revelou Sua justiça e amor, destruiu as obras do diabo e assegurou que o mal não se levantará outra vez.
1. DIAS, Antônio Gonçalves. Últimos Cantos. Rio de Janeiro: Tipografia de F. de Paula Brito, 1851. p. 39.
2. COHN, Norman. Cosmos, caos e o mundo que virá: as origens das crenças no Apocalipse. São Paulo: Companhia das Letras, 1996.
3. NIETZSCHE, Friedrich. O Anticristo e Ditirambos de Dionísio. São Paulo: Companhia das Letras, 2007, p. 11.
4. ABBAGNANO, Nicola. Dicionário de Filosofia. São Paulo: Martins Fontes, 2000. p. 608.
5. Andrews Study Bible.
6. BRAKEMEIER, Gottfried. O ser humano em busca de identidade: contribuições para uma antropologia teológica. São Leopoldo, RS: Sinodal; São Paulo: Paulus, 2002. p. 57
7. CAESAR, Lael. "Where in the world is Satan the devil?" Ministry, v. 82, n. 11, p. 9. [tradução do autor]
8. WHITE, Ellen G. Caminho a Cristo. Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 1990. p. 44.
9. WHITE, Ellen G. História da Redenção. Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 1996. p. 17.
10. WHITE, Ellen G. O Desejado de Todas as Nações. Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 1990. p. 22.
11. MAQUIAVEL, Nicolau. O Príncipe. São Paulo: Martins Fontes, 1996. p. 59.
12. MILL, John Stuart. Sobre a Liberdade. Petrópolis, RJ: Vozes. p. 70 e 71.
13. WHITE, Ellen G. O Desejado de Todas as Nações. Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 1990. p. 761.
Guilherme Silva é pastor e jornalista. Atua como editor-associado de livros na Casa Publicadora Brasileira.
FONTE: http://www.cpb.com.br/htdocs/periodicos/licoes/adultos/2011/com222011.html
Lições da Escola Sabatina Mundial – Estudos do Segundo Trimestre de 2011
Tema geral do trimestre: Vestes da graça
Estudo nº 02 – Da glória ao pó
Semana de 02 a 09 de abril
Comentário auxiliar elaborado por Sikberto Renaldo Marks, professor titular no curso de Administração de Empresas da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ (Ijuí - RS)
Este comentário é meramente complementar ao estudo da lição original
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Ijuí – Rio Grande do Sul, Brasil
Verso para memorizar: "Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado até que se achou iniqüidade em ti" (Ezequiel 28:15).
Introdução de sábado à tarde
Vamos imaginar duas famílias, cada uma delas tendo um filho, da mesma idade. Uma delas tem extremo cuidado com seu filho que chamaremos pelo apelido de zeca, mantendo um controle total sobre o que ele faz. Imaginemos que as crianças estejam com dez anos. Eles bloqueiam acessos não recomendados na internet e estão sempre de olho em tudo o que o zeca faz, para criar novas proibições. Além disso, dão boa educação, fazem cultos domésticos, estudam a Bíblia e outros bons livros, além de se envolverem em ações missionárias.
A outra família tem igual procedimento educacional com seu filho que chamaremos de zigo, mas não proíbem nada. Com relação às coisas negativas, debatem com o zigo sobre os perigos, mas ele é livre para escolher.
Qual a tendência de futuro desses dois meninos?
Antes de continuar, pois responderemos com base em casos reais que conhecemos, daremos um pequeno testemunho de nossa filha. Quando ela ainda tinha pequena idade, digamos uns seis anos, percebemos alguma curiosidade por programas de televisão impróprios. Não era nada preocupante, mas já agimos preventivamente. Preparamos a encenação e os três nos assentamos diante da televisão para assistir uma parte de algum filme ruim que passava. Evidentemente não era de natureza pornográfica, mas era violento, daqueles de ação. E fomos identificando e julgando as cenas. Ela percebeu. Isso durou uns dez minutos, e ela aprendeu o perigo que ali continha. Nunca proibimos, mas até hoje, já casada, não se interessa por filmes impróprios a filhos de DEUS.
Com base em casos que conhecemos, a tendência daquelas duas crianças, do Zeca e do zigo é a seguinte. Há forte possibilidade do Zeca, mesmo que não se afaste dos caminhos da verdade, de se tornar uma pessoa adulta dependente, sem capacidade de conduzir a sua vida. Pode não saber como educar seus próprios filhos. É como se vivesse dentro de uma caixa fechada, sempre precisando perguntar a alguém o que deve e o que não deve. Já o zigo tem tendência de ser uma pessoa com caráter melhor fundamentado tendo melhor capacidade de escolher certo, por conta própria. Porém, os dois sempre poderão errar nas escolhas, contudo, o zeca corre risco maior para esses erros. É o que demonstra a prática.
Mas há um ponto mais importante. O Zeca poderá ser uma pessoa limitada e infeliz, ou com restrições naturais em seu comportamento, por sua formação ter sido por meio de ênfase nas proibições, e não por meio de ênfase na educação quanto aos limites.
Temos aqui três possibilidades de educação: a que impõe limites por meio de proibições, a que impõe limites por meio da educação e a que não impõe limite algum. A opção intermediária é a melhor e mais eficaz nesse mundo. No entanto, em todos os casos poderão ocorrer falhas por parte das pessoas de um ou de outro modo educadas. Mas é de se notar facilmente que as que tiveram limites por meio de educação, e que tiveram liberdade de escolha, são pessoas mais preparadas para a vida, erram menos e são mais felizes. É o modo como DEUS trata suas criaturas.
Lúcifer foi provavelmente a primeira criatura feita por DEUS. É certo que era a criatura mais elevada em dotes de inteligência e responsabilidade. Era livre para escolher, como todas as demais criaturas com inteligência semelhante a DEUS. Portanto, tinha em si, uma especial capacidade de promover a felicidade dos outros, como é o propósito da Lei de DEUS.
Mas nesse ser criado superior, desenvolveu-se a cobiça de ser ainda mais do que lhe foi dado por DEUS. Ele se imaginou ser como DEUS, sentar-se no trono de DEUS. Isso se desenvolveu, a princípio só uma imaginação, que no entanto foi acariciado. Ele levou tais pensamentos adiante até que se tornou dependente deles, e se tornou também uma meta pela qual passou a lutar. Uma péssima meta, na verdade, uma obsessão. Embora Lúcifer soubesse bem o que estava fazendo, pois educação para isso teve, fez o que a princípio a sua própria consciência desaprovava, mas que, mais tarde, ela acatou. E aí, lá se foi Lúcifer para a desgraça, levando consigo uma enorme multidão de outros seres celestiais perfeitos. Todos eles tornaram-se pecadores e deverão ser mortos um dia desses.
- Primeiro dia: O Criador de tudo
Houve um tempo no passado em que não existia nada, só o vazio. O nada e DEUS. Eram os tempos da eternidade. Como foi isso não sabemos. Mas de uma coisa temos certeza, DEUS criou tudo o que existe, e o fez sem necessitar da matéria. Ele osou a Sua Inteligência e o Seu poder. O nada, o vazio, acompanhava a existência de DEUSS desde a eternidade. Então, quando DEUS criou, Ele ficou muito feliz, pois olhando e avaliando, exclamou: "eis que ficou muito bom!"
A criação ao menos faz sentido. A teoria da evolução entende que a explosão do Big Bang se deu a partir de uma bola muito densa de matéria. Mas de onde veio essa bola cheia de energia? Ela não veio do nada por si só, pois isso é impossível. No entanto, a criação, por um ser inteligente, na verdade também não veio do nada, ela foi idealizada por um Ser inteligente que a criou a partir do nada. Mas DEUS existia, e desde sempre. É mais razoável crer num ser vivo que existia desde a eternidade que acreditar em matéria morta energizada que existia desde a eternidade.
O Universo é incrivelmente complexo. Funciona por meio de uma infinidade de leis que deixam tudo bem equilibrado. Só no nosso planeta, a atmosfera, para garantir condições de vida, requer um sistema equilibrado de condições que é inimaginável ter-se isto formado ao acaso. Há muitas equações e leis embutidas em todas as coisas para que elas funcionem. E isso vem da inteligência. Por exemplo, um automóvel moderno é algo bem complexo, mas nem se compara com uma simples mosca. Esse automóvel jamais algum ser humano admitiria ter-se formado ao acaso, mas as coisas muito mais complexas, isso sim. É tudo para negar a existência de um Ser superior.
DEUS é infinito. Podemos ter certeza de que aquilo que os mais poderosos telescópios conseguem ver no Universo é apenas uma minúscula parcela do que existe, se é que o Universo tem alguma fronteira. E DEUS é maior ainda. Há limites para a ciência e para o homem que por si só é limitado. Não podemos aceitar que o homem mortal com seus instrumentos possa alcançar e medir o tamanho do que DEUS criou. Seria muita pretensão. Os homens podem aperfeiçoar seus instrumentos, e assim descobrirão cada vez mais, mas nunca chegarão com seus aperfeiçoamentos a um dia poder afirmar: não há mais nada além do que estamos vendo. O problema é que o homem imagina com base no pouco que sabe, aquilo que se passa tão distante de onde está, onde quase nada pode ver, e elabora explicações do que é a realidade ali. Mas um pouco antes da fronteira do que se está vendo, nela e depois dela, qualquer explicação que se tente dar estará sujeita a graves erros. O tamanho da capacidade do ser humano caído em pecado é insuficiente para explicar o que DEUS fez, principalmente quando o que se tenta explicar está muito fora do alcance. Então o homem entra em especulações que levam a erros grosseiros, mas que são incontestáveis, pois quem o fizer, está em igual situação de errar quanto quem formulou alguma teoria nessas condições tão inseguras. Portanto, no campo da ciência, nesse assunto, há que se ter cuidado, pois o que é dito pode ser uma grosseira bobagem.
Um dia iremos aprender de DEUS mesmo sobre o que Ele fez, e teremos a eternidade para estudar isso, e ainda assim, o estudo não será jamais concluído.
Nos estudos de segunda-feira até quinta-feira decidimos deixar que DEUS mesmo fale por meio de Sua profetisa. Na sexta-feira comentamos um pouco essas citações selecionadas. É importante entender o estado em que Lúcifer foi criado, o que ele queria mais do que lhe foi dado, o que ele fez e a que situação chegou. É importante isso pois o pecador, que já é um ser caído, tem a tendência natural de seguir por esse mesmo caminho: em vez de humildade, exaltação própria. E é isso que devemos evitar.
- Segunda: Um ser belo e perfeito
"Enquanto todos os seres criados reconheceram a lealdade pelo amor, houve perfeita harmonia por todo o Universo de Deus. Era a alegria da hoste celestial cumprir o propósito do Criador. Deleitavam-se em refletir a Sua glória, e patentear o Seu louvor. E enquanto foi supremo o amor para com Deus, o amor de uns para com outros foi cheio de confiança e abnegado. Nenhuma nota discordante havia para deslustrar as harmonias celestiais. Sobreveio, porém, uma mudança neste estado de felicidade. Houve um ser que perverteu a liberdade que Deus concedera a Suas criaturas. O pecado originou-se com aquele que, abaixo de Cristo, fora o mais honrado por Deus, e o mais elevado em poder e glória entre os habitantes do Céu. Lúcifer, "filho da alva", era o primeiro dos querubins cobridores, santo, incontaminado. Permanecia na presença do grande Criador, e os incessantes raios de glória que cercavam o eterno Deus, repousavam sobre ele. "Assim diz o Senhor Jeová: Tu és o aferidor da medida, cheio de sabedoria e perfeito em formosura. Estavas no Éden, jardim de Deus; toda a pedra preciosa era a tua cobertura. ... Tu eras querubim ungido para proteger, e te estabeleci; no monte santo de Deus estavas, no meio das pedras afogueadas andavas. Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado, até que se achou iniqüidade em ti." Ezeq. 28:12-15.
"Pouco a pouco Lúcifer veio a condescender com o desejo de exaltação própria. Dizem as Escrituras: "Elevou-se o teu coração por causa da tua formosura, corrompeste a tua sabedoria por causa do teu resplendor." Ezeq. 28:17. "Tu dizias no teu coração: ... acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono. ... Serei semelhante ao Altíssimo." Isa. 14:13 e 14. Se bem que toda a sua glória proviesse de Deus, este poderoso anjo veio a considerá-la como pertencente a si próprio. Não contente com sua posição, embora fosse mais honrado do que a hoste celestial, arriscou-se a cobiçar a homenagem devida unicamente ao Criador. Em vez de procurar fazer com que Deus fosse o alvo supremo das afeições e fidelidade de todos os seres criados, consistiu o seu esforço em obter para si o serviço e lealdade deles. E, cobiçando a glória que o infinito Pai conferira a Seu Filho, este príncipe dos anjos aspirou ao poder que era a prerrogativa de Cristo apenas" (O Desejado de todas as nações, 35).
"Até à morte de Jesus, o caráter de Satanás não fora ainda claramente revelado aos anjos e mundos não caídos. O arqui-apóstata se revestira por tal forma de engano, que mesmo os santos seres não lhe compreenderam os princípios. Não viram claramente a natureza de sua rebelião.
"Era um ser admirável de poder e glória o que se pusera em oposição a Deus. De Lúcifer, diz o Senhor: "Tu és o aferidor da medida, cheio de sabedoria e perfeito em formosura." Ezeq. 28:12. Lúcifer fora o querubim cobridor. Estivera à luz da presença divina. Fora o mais elevado de todos os seres criados, e o primeiro em revelar ao Universo os desígnios divinos. Depois de pecar, seu poder de enganar tornou-se consumado, e mais difícil o descobrir-lhe o caráter, em virtude da exaltada posição que mantivera junto do Pai" (O Desejado de todas as nações, 758, 759).
- Terça: A queda de um ser perfeito
"Lúcifer, no Céu, antes de sua rebelião foi um elevado e exaltado anjo, o primeiro em honra depois do amado Filho de Deus. Seu semblante, como o dos outros anjos, era suave e exprimia felicidade. A testa era alta e larga, demonstrando grande inteligência. Sua forma era perfeita, o porte nobre e majestoso. Uma luz especial resplandecia de seu semblante e brilhava ao seu redor, mais viva do que ao redor dos outros anjos; todavia, Cristo, o amado Filho de Deus, tinha preeminência sobre todo o exército angelical. Ele era um com o Pai, antes que os anjos fossem criados. Lúcifer invejou a Cristo, e gradualmente pretendeu o comando que pertencia unicamente a Cristo.
"O grande Criador convocou os exércitos celestiais para, na presença de todos os anjos, conferir honra especial a Seu Filho. O Filho estava assentado no trono com o Pai, e a multidão celestial de santos anjos reunida ao redor. O Pai então fez saber que, por Sua própria decisão, Cristo, Seu Filho, devia ser considerado igual a Ele, assim que em qualquer lugar que estivesse presente Seu Filho, isto valeria pela Sua própria presença. A palavra do Filho devia ser obedecida tão prontamente como a palavra do Pai. Seu Filho foi por Ele investido com autoridade para comandar os exércitos celestiais. Especialmente devia Seu Filho trabalhar em união com Ele na projetada criação da Terra e de cada ser vivente que devia existir sobre ela. O Filho levaria a cabo Sua vontade e Seus propósitos, mas nada faria por Si mesmo. A vontade do Pai seria realizada nEle.
"Lúcifer estava invejoso e enciumado de Jesus Cristo. Todavia, quando todos os anjos se curvaram ante Jesus reconhecendo Sua supremacia e alta autoridade e direito de governar, ele curvou-se com eles, mas seu coração estava cheio de inveja e rancor. Cristo tinha sido introduzido no especial conselho de Deus, na consideração de Seus planos, enquanto Lúcifer não participara deles. Ele não compreendia, nem lhe fora permitido conhecer, os propósitos de Deus. Mas Cristo era reconhecido como o soberano do Céu; Seu poder e autoridade eram os mesmos de Deus. Lúcifer pensou em si mesmo como o favorito entre os anjos no Céu. Tinha sido grandemente exaltado, mas isto não despertou nele louvor e gratidão ao seu Criador. Aspirava à altura do próprio Deus. Gloriava-se na sua altivez. Sabia que era honrado pelos anjos. Tinha uma missão especial a executar. Tinha estado perto do grande Criador e o resplendor incessante da gloriosa luz que cercava o eterno Deus tinha brilhado especialmente sobre ele. Pensava como os anjos tinham obedecido a seu comando com grande entusiasmo. Não era seu vestuário belo e brilhante? Por que devia Cristo ser assim honrado acima dele?
"Ele deixou a imediata presença do Pai, insatisfeito e cheio de inveja contra Jesus Cristo. Dissimulando seu real propósito, convocou os exércitos angelicais. Introduziu seu assunto, que era ele mesmo. Como alguém agravado, relatou a preferência que Deus dera a Jesus em prejuízo dele. Contou que, dali em diante, toda a doce liberdade que os anjos tinham desfrutado estava no fim. Pois não havia sido posto sobre eles um governador, a quem deviam de agora em diante render honra servil? Declarou que os tinha reunido para assegurar-lhes que ele não mais se submeteria à invasão dos direitos seus e deles; que nunca mais ele se prostraria ante Cristo; que assumiria a honra que lhe devia ter sido conferida e que seria o comandante de todos aqueles que se dispusessem a segui-lo e obedecer a sua voz.
"Houve controvérsia entre os anjos. Lúcifer e seus simpatizantes lutavam para reformar o governo de Deus. Estavam descontentes e infelizes porque não podiam perscrutar Sua insondável sabedoria e verificar o Seu propósito em exaltar Seu Filho e dotá-Lo com tal ilimitado poder e comando. Rebelaram-se contra a autoridade do Filho" (História da redenção, 13 a 15)
- Quarta: Desejando ser DEUS
"Lúcifer poderia ter permanecido no favor de Deus, ser amado e honrado por toda a hoste angélica, exercendo suas nobres faculdades, a fim de abençoar outros e glorificar o seu Criador. Mas, diz o profeta: "Elevou-se o teu coração por causa da tua formosura, corrompeste a tua sabedoria por causa do teu resplendor." Ezeq. 28:17. Pouco a pouco Lúcifer veio a condescender com o desejo de exaltação própria. "Estimas o teu coração como se fora o coração de Deus." "E tu dizias: ... Acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono, e no monte da congregação me assentarei. ... Subirei acima das mais altas nuvens, e serei semelhante ao Altíssimo." Ezeq. 28:6; Isa. 14:13 e 14. Em vez de procurar fazer com que Deus fosse supremo nas afeições e lealdade de Suas criaturas, era o esforço de Lúcifer conquistar para si o seu serviço e homenagem. E, cobiçando a honra que o infinito Pai conferira a Seu Filho, este príncipe dos anjos aspirou ao poder cujo uso era prerrogativa de Cristo, unicamente." (O Grande Conflito, 494).
"Lúcifer dissera: "Serei semelhante ao Altíssimo" (Isa. 14:12 e 14); e o desejo de exaltação própria levara conflito às cortes celestiais, e banira uma multidão das hostes de Deus. Houvesse na verdade Lúcifer desejado ser semelhante ao Altíssimo, e nunca teria perdido o lugar que lhe fora designado no Céu; pois o espírito do Altíssimo manifesta-se em abnegado ministério. Lúcifer desejava o poder de Deus, mas não o Seu caráter" (O Desejado de todas as nações, 435).
"Satanás caiu por causa de sua ambição de ser igual a Deus. Desejava participar dos conselhos e propósitos divinos, dos quais foi excluído por sua própria incapacidade, como ser criado que era, de compreender a sabedoria do Infinito Deus. Foi esse orgulho ambicioso que o levou à rebelião, e por esse mesmo meio procura ele causar a ruína do homem" (Testemunhos Seletos, 307).
"O pecado originou-se na busca dos próprios interesses. Lúcifer, o querubim cobridor, desejou ser o primeiro no Céu. Procurou dominar os seres celestes, afastá-los de seu Criador, e receber-lhes, ele próprio, as homenagens. Portanto, apresentou falsamente a Deus, atribuindo-Lhe o desejo de exaltação própria. Tentou revestir o amorável Criador com suas próprias más características" (O Desejado de Todas as Nações, 21 e 22).
"Sempre que a ambição e o orgulho são tolerados, a vida é maculada; pois o orgulho, não sentindo necessidade, cerra o coração para as bênçãos infinitas do Céu" (Profetas e Reis, 60).
"A soberba é um terrível aleijão no caráter. "A soberba precede a ruína". Isto é verdade na família, na igreja e na nação" (Testimonies, vol. 4, 377).
"O povo de Deus deve ser sujeito um ao outro. Deve aconselhar-se um com o outro, para que a deficiência de um seja suprida pela suficiência do outro" (Beneficência Social, 202).
"Deus aborrece o orgulho, e... todos os orgulhosos, e todos os que procedem impiamente, serão como palha, e o dia que está para vir os consumirá" (Mensagens aos Jovens, 128).
""Aprendei de Mim", disse Cristo, "que sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para a vossa alma." Mat. 11:29" (Testimonies, vol. 4, 376).
"Subirei acima das mais altas nuvens, e serei semelhante ao Altíssimo." Ezeq. 28:6; Isa. 14:13 e 14. Em vez de procurar fazer com que Deus fosse supremo nas afeições e lealdade de Suas criaturas, era o esforço de Lúcifer conquistar para si o seu serviço e homenagem. E, cobiçando a honra que o infinito Pai conferira a Seu Filho, este príncipe dos anjos aspirou ao poder cujo uso era prerrogativa de Cristo, unicamente" (O grande conflito, 494).
"Se bem que toda a sua glória proviesse de Deus, este poderoso anjo veio a considerá-la como pertencente a si próprio. Não contente com sua posição, embora fosse mais honrado do que a hoste celestial, arriscou-se a cobiçar a homenagem devida unicamente ao Criador. Em vez de procurar fazer com que Deus fosse o alvo supremo das afeições e fidelidade de todos os seres criados, consistiu o seu esforço em obter para si o serviço e lealdade deles. E, cobiçando a glória que o infinito Pai conferira a Seu Filho, este príncipe dos anjos aspirou ao poder que era a prerrogativa de Cristo apenas" (Patriarcas e profetas, 35).
- Quinta: Satanás na Terra
"Houve um tempo em que Satanás andou em comunhão com Deus, Jesus Cristo e os santos anjos. Era grandemente exaltado no Céu, e radiante na luz e glória que lhe vinham do Pai e do Filho, mas tornou-se desleal e perdeu sua elevada e santa posição como querubim cobridor. Tornou-se o antagonista de Deus, um apóstata, e foi excluído do Céu. ... Convocou todos os poderes do mal para cerrar fileiras em torno do seu estandarte, a fim de formarem uma desesperada confederação maligna para coligar-se contra o Deus do Céu. Trabalhou perseverante e decididamente para perpetuar sua rebelião e levar os membros da família humana a se afastarem da verdade bíblica e permanecerem sob sua bandeira.
"Tão logo o Senhor criou nosso mundo por intermédio de Jesus Cristo e colocou Adão e Eva no Jardim do Éden, Satanás anunciou seu propósito de conformar à sua própria natureza o pai e a mãe de toda a humanidade, e de uni-los às suas próprias fileiras de rebelião. Estava decidido a apagar da posteridade humana a imagem de Deus, e a traçar sobre a alma a sua própria imagem no lugar da imagem divina. Adotou métodos de engano através dos quais realizaria seu propósito. É chamado o pai da mentira, acusador de Deus e daqueles que mantêm sua lealdade a Ele, um homicida desde o princípio. Exerceu todas as faculdades ao seu dispor para induzir Adão e Eva a cooperarem com ele na apostasia, e foi bem-sucedido em trazer a rebelião para o nosso mundo. ...
"Geração após geração, ao longo das eras, tem Satanás reunido agentes humanos através dos quais pode executar seus diabólicos propósitos e conseguir a realização de seus planos e artimanhas na Terra. A grande e pútrida fonte do mal tem estado a fluir continuamente por meio da sociedade humana. Embora incapaz de expulsar a Deus de Seu trono, Satanás O tem acusado com atributos satânicos e reivindicado como seus os atributos de Deus. ... Por meio da astúcia da serpente, por meio de suas tortuosas práticas, tem atraído a si a homenagem que os seres humanos deveriam prestar a Deus, e tem estabelecido seu satânico trono entre o adorador humano e o Pai divino"" (CRISTO triunfante, MM, 2002, p. 10).
"O escritor do Apocalipse prediz o banimento de Satanás, e a condição de caos e desolação a que a Terra deve ser reduzida; e declara que tal condição existirá durante mil anos. Depois de apresentar as cenas da segunda vinda do Senhor e da destruição dos ímpios, continua a profecia: "Vi descer do céu um anjo que tinha a chave do abismo, e uma grande cadeia na sua mão. Ele prendeu o dragão, a antiga serpente, que é o diabo e Satanás, e amarrou-o por mil anos. E lançou-o no abismo, e ali o encerrou, e pôs selo sobre ele, para que não mais engane as nações, até que os mil anos se acabem. E depois importa que seja solto por um pouco de tempo." Apoc. 20:1-3.
"Que a expressão "abismo" representa a Terra em estado de confusão e trevas, é evidente de outras passagens. Relativamente à condição da Terra "no princípio", o relato bíblico diz que "era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo". Gên. 1:2. A profecia ensina que ela voltará, em parte ao menos, a esta condição. Olhando ao futuro para o grande dia de Deus, declara o profeta Jeremias: "Observei a Terra, e eis que estava assolada e vazia; e os céus, e não tinham a sua luz. Observei os montes, e eis que estavam tremendo; e todos os outeiros estremeciam. Observei e vi que homem nenhum havia e que todas as aves do céu tinham fugido. Vi também que a terra fértil era um deserto, e que todas as suas cidades estavam derribadas." Jer. 4:23-26.
"Aqui deverá ser a morada de Satanás com seus anjos maus durante mil anos. Restrito à Terra, não terá acesso a outros mundos, para tentar e molestar os que jamais caíram. É neste sentido que ele está amarrado: ninguém ficou de resto, sobre quem ele possa exercer seu poder. Está inteiramente separado da obra de engano e ruína que durante tantos séculos foi seu único deleite" (O grande conflito, 658 e 659).
- Aplicação do estudo – Sexta-feira, dia da preparação para o santo sábado:
Qual foi a causa da queda de Lúcifer?
Analisemos o verso que explica essa impressionante queda. "Elevou-se o teu coração por causa da tua formosura, corrompeste a tua sabedoria por causa do teu resplendor" (Ezequiel 28:17). A resposta está nesse verso. A causa da queda de Lúcifer é a mesma da que muitos seres humanos também caem, e perdem e vida eterna. Inclusive membros do povo eleito, em todos os tempos, inclusive no tempo atual.
Qual é então a causa dessa queda? Numa leitura rápida, se poderia chegar a conclusão que a causa foi a formosura e o resplendor com que Lúcifer foi criado. Mas não foi essa a causa. Se fosse, quem deveria ser culpado pela desgraça desse anjo, de milhões de outros anjos e da raça humana seria DEUS, não Lúcifer, pois o Criador teria exagerado na beleza desse ser. Quase dá para chegar a essa conclusão pelo seguinte: "Elevou-se o teu coração por causa da tua formosura." A expressão "por causa" parece dizer que Lúcifer que ele se envaideceu em razão da beleza que possuía, e por isso, facilmente se conclui ser também essa a causa da queda. Mas não é, não culpemos a DEUS.
A causa da queda de Lúcifer é "elevou-se o teu coração", ou seja, ele olhou no espelho errado, onde se via a si próprio, e não a DEUS. Nesse espelho ele via o "eu", não o Criador que lhe havia criado. Então ele pensava: "como sou belo" e deixou de pensar "como DEUS o fez belo". Ele focou em si mesmo, e vendo-se formoso, se tornou orgulhoso por deixar de dar glórias a DEUS que o criou assim, e passou a querer lutar por mais, para ele, para ser ainda mais.
Uma das características da perfeição é realmente a beleza. Tudo o que DEUS fez, estando na perfeição, é belo. DEUS também é assim, indescritivelmente formoso. E pelo texto que lemos, Lúcifer vendo-se tão formoso, queria ser ainda mais formoso, queria ser tal como DEUS era, ou seja, como JESUS. E queria mais ainda, desejava ter o poder de JESUS, o direito d'Ele ser adorado. Queria ser acima do que era, queria o máximo, ele queria ser "semelhante ao Altíssimo". Lúcifer queria ser DEUS! ou, no mínimo, como DEUS. Olhando muito para si mesmo, apreciando muito o "eu", perdeu, aos poucos, a capacidade de se espelhar em DEUS, e perdeu também a capacidade de ser humilde, de ser servo, querendo ser o maioral de todos. Queria poder, pelo que os homens até hoje lutam e provocam destruição e morte. É a incessante luta pelo poder, ou por status, ou por se destacar entre os demais, e aí vale tudo, desde vestuário diferenciado até pinturas pelo corpo, automóveis caros e outros itens de enaltecimento do "eu".
Hoje ainda se diz, ou se age como Lúcifer. Ele disse: "serei semelhante ao Altíssimo", e hoje se diz: "serei semelhante aos meus ídolos". Dias atrás estávamos em veraneio, um descanso de 5 dias em umas águas termais, e falávamos com uma das pessoas que trabalham no local. Então ele disse qual era o sonho de seus filhos: serem jogadores de futebol de time grande. Meninas querem ser modelo, senão miss. Outras querem ser artistas de televisão ou cinema, ou então, cantoras. E assim por diante. As pessoas se espelham onde aparece o "eu", não onde possam ver DEUS, para se tornarem semelhantes a Ele no caráter. Estamos aqui tratando do que continua sendo a principal causa de queda de seres humanos para a perda da vida eterna, o foco no "eu". Foi assim que tudo começou. Não é por menos que um dos mandamentos trata exatamente disso: "Não cobiçarás".
A queda de Lúcifer afetou o Céu e a Terra, e repercutiu em todo o Universo. Há uma apreensão no Universo sobre o desfecho desse grande conflito, assim como houve por ocasião da crucificação de JESUS. Nesse desfecho satanás usa das estratégias mais astutas que se possa imaginar. Ou, como a lição explica ligeiramente na parte de quinta-feira, ao dizer que "ele não reluta em usar outros professos cristãos para ... nos afastar de um relacionamento de salvação com CRISTO." Do livro "Testemunhos para ministros e obreiros evangélicos" cuja leitura se recomenda fortemente, tiraremos umas citações que devem servir de alerta a todos quantos tenham sincero desejo de serem salvos. Sugiro ao menos a leitura imediata, com reflexão e oração, do sub-capítulo desse livro: "Ciladas de satanás, entre as páginas 472 a 475), pois nessas poucas páginas está a estratégia de satanás contra a Igreja Adventista para estes últimos dias. É importante ter conhecimento dessa estratégia, pois ingenuamente podemos estar sendo um agente dele, e nem saber disso.
"Mas antes de adotarmos estas medidas extremas, devemos exercer toda a nossa sabedoria e sutileza para enganar os que honram o verdadeiro sábado e engodá-los. Podemos separar muitos de Cristo, pela mundanidade, luxúria e orgulho. (...) Fazei com que se preocupem mais com o dinheiro do que com a edificação do reino de Cristo e a disseminação das verdades que odiamos, e não precisamos temer-lhes a influência, pois sabemos que toda a pessoa egoísta e cobiçosa cairá em nosso poder, e finalmente se separará do povo de Deus. "Por meio daqueles que têm uma forma de piedade, mas não lhe conhecem o poder, podemos ganhar muitos que de outra maneira nos causariam grande mal. Os mais amantes dos prazeres do que amantes de Deus, serão os nossos mais eficientes auxiliares. Os que pertencem a essa classe, forem mais aptos e inteligentes, servirão de chamariz para atrair outros para as nossas ciladas. Muitos não lhes temerão a influência, porque professam a mesma fé. Levá-los-emos então a concluir que as reivindicações de Cristo são menos estritas do que uma vez creram, e que pela conformação com o mundo exercerão maior influência sobre os mundanos. Assim se separarão de Cristo; então não terão forças para resistir ao nosso poder, e dentro de pouco tempo estarão prontos para ridicularizar o seu antigo zelo e devoção" (Testemunhos para ministros, 473 a 475).
Satanás seduziu, lá no Céu, no princípio da rebelião, excelentes anjos voltando-os contra DEUS. E de cada três anjos, um caiu em sua conversa. Atualmente ele está seduzindo pessoas, muitas delas de dentro da igreja, para servirem de "chamariz" a outras pessoas, também de dentro da igreja, principalmente as que recém foram batizadas, a viverem um estilo de vida um pouco do Céu e um pouco da Terra. É só olhar num culto qualquer da igreja, e facilmente se verá essas pessoas, infelizmente, servindo como instrumentos de satanás, e a maioria nem sabe o que está fazendo. Muitos desses maus exemplos são pessoas influentes na igreja, tem altos cargos, outros buscam se espelhar nelas, e seguem seu mau testemunho. E repetimos, em muitos casos se trata de efeito de pouco zelo pelas cosias santas de DEUS, e demais preocupação com a vaidade forjada por intermédio do poder da mídia. E esta, como profetizado no livro citado, é uma das estratégias de satanás contra a igreja nesses últimos dias. E ela está em pleno andamento, causando muitas baixas entre o povo de DEUS.
Não me compete condenar as pessoas, mas alertar, e isto faço. Não me compete tratar desse assunto e tomar decisões, para isto existe a liderança da igreja. Nesses comentários, me compete expor claramente, o quanto possível em minha insignificância, segundo os escritos, qual o caminho da salvação, que é estreito, não largo, e a perfeita distinção do caminho da perdição. Depois disso, cada um que tome a sua decisão pessoal, se pela mistura de mundo com igreja (pensando que ainda assim obterá a salvação), se pela purificação para a vida eterna. "Vossos próprios caminhos, vossa própria vontade, vossos maus hábitos e práticas, devem ser abandonados, se quiserdes prosseguir no caminho do Senhor. Aquele que quer servir a CRISTO não pode acompanhar as opiniões do mundo ou satisfazer-lhe as normas" (O maior discurso de CRISTO, 139, grifos acrescentados).
escrito entre: 22/02/12 a 28/02/2011
revisado em 29/02/2011
Declaração do professor Sikberto R. Marks
O Prof. Sikberto Renaldo Marks orienta-se pelos princípios denominacionais da Igreja Adventista do Sétimo Dia e suas instituições oficiais, crê na condução por parte de CRISTO como o comandante superior da igreja e de Seus servos aqui na Terra. Discorda de todas as publicações, pela internet ou por outros meios, que denigrem a imagem da igreja da Bíblia e em nada contribuem para que pessoas sejam estimuladas ao caminho da salvação. O professor ratifica a sua fé na integralidade da Bíblia como a Palavra de DEUS, e no Espírito de Profecia como um conjunto de orientações seguras à compreensão da vontade de DEUS apresentada por elas. E aceita também a superioridade da Bíblia como a verdade de DEUS e texto acima de todos os demais escritos sobre assuntos religiosos. Entende que há servos sinceros e fiéis de DEUS em todas as igrejas que no final dos tempos se reunirão em um só povo e serão salvos por JESUS em Sua segunda vinda a este mundo.