Adoração: do exílio à restauração
Texto-chave: Neemias 1:5-7
O aluno deverá...
Saber: Como a tendência para se conformar com as expectativas do mundo tem sido tão devastadora na história do povo de Deus.
Sentir: O desejo de ser firme na fidelidade e lealdade a Deus, como ocorreu com Sadraque, Mesaque e Abede-Nego.
Fazer: Identificar-se com a condição pecaminosa do povo de Deus, apresentando a Ele outras pessoas através da oração de intercessão.
Esboço
I. Saber: Perigos das concessões
A. Que pressões Daniel e seus amigos enfrentaram, para se adaptarem às expectativas sociais e culturais de Babilônia? Temos ainda hoje essas tentações?
B. Como a liderança traiu sua responsabilidade de manter Israel focalizado na adoração verdadeira?
C. Quais líderes arriscaram a vida para interceder por Israel e liderar seu povo ao arrependimento e obediência?
II. Sentir: Mesmo que Ele me mate
A. Que atitude tiveram Sadraque, Mesaque e Abede-Nego quando enfrentaram a exigência de Nabucodonosor para adorar sua imagem?
B. Qual deve ser nossa atitude diante de tentações semelhantes?
III. Fazer: Pecamos
A. Em suas orações, como Daniel e Neemias, homens piedosos e exilados, se identificaram com os pecados de sua nação infiel?
B. Que orações semelhantes poderíamos fazer hoje, por nossas famílias e pela igreja?
Resumo: Os exilados que retornaram a Jerusalém enfrentaram a tentação de negligenciar sua vigilância no serviço de Deus e de se conformar com os costumes do mundo. Enfrentamos tentações semelhantes hoje. Confissão, arrependimento e obediência ainda são requisitos para que a presença de Deus se manifeste entre Seu povo.
Sábado à tarde | Ano Bíblico: Lamentações |
VERSO PARA MEMORIZAR: "Vocês têm plantado muito, e colhido pouco. Vocês comem, mas não se fartam. Bebem, mas não se satisfazem. Vestem-se, mas não se aquecem. Aquele que recebe salário, recebe-o para colocá-lo numa bolsa furada" (Ageu 1:6, NVI).
Leituras da semana: Ne 1; Jr 29:10-14; Ez 8; Dn 3; Ag 1; Zc 1:1-6
De nossa perspectiva atual, mais de mil e novecentos anos após a destruição final do templo de Jerusalém, é muito difícil entender a importância do templo na vida política e religiosa da nação judaica. O templo era o ponto alto da adoração, o centro de sua identidade étnica e religiosa. Era o lugar em que o Senhor disse que habitaria, e do qual reinaria em Israel. Ali o seguidor do Senhor encontrava purificação, perdão, graça e reconciliação.
Muitas pessoas não acreditaram nas advertências proféticas de que o templo seria destruído por Babilônia, exatamente porque ele era, verdadeiramente, a casa do Senhor. Como o Senhor poderia permitir que Seu templo sagrado fosse destruído? Só podemos imaginar o choque que eles tiveram quando, de fato, como os profetas haviam advertido, os babilônios o devastaram. E ainda, mesmo em meio a toda a devastação, o Senhor prometeu que a nação seria restaurada, o templo, reconstruído, e Israel receberia outra oportunidade para cumprir seu destino profético.
Nesta semana, estudaremos algumas questões relacionadas à adoração durante o tempo do exílio e, então, a restauração prometida.
Ano Bíblico: Ez 1–3 |
"Filho do homem, você viu...?"
A apostasia não acontece da noite para o dia. Povos inteiros não se perdem completamente em um dia, uma semana, ou mesmo um ano. O processo é muito lento. Uma pequena mudança aqui, uma pequena concessão ali, um pouco menos de rigidez, a fim acompanhar o momento, ou para ser relevante, ou para se adequar melhor às tendências da sociedade e da cultura. Pouco a pouco, passo a passo e, depois de algum tempo, uma nação inteira está fazendo coisas que, talvez em uma ou duas gerações anteriores, teriam sido consideradas com horror. Esse foi o destino do antigo Israel e Judá; esse foi o destino do cristianismo em seus primórdios. Esse pode ser o destino de qualquer igreja, incluindo a nossa, que não guardar com zelo e cuidado as sagradas verdades e práticas que lhe foram dadas pelo Senhor.
1. Leia Ezequiel 8. O que estava acontecendo no templo sagrado, instituído pelo Senhor, o mesmo local em que o Senhor havia prometido colocar Seu nome? Como o povo, os líderes espirituais, poderiam ter caído em tal apostasia? Que lições podemos aprender desse episódio?
1: Prática de idolatria no templo; pecado nos afasta de Deus e tira a sensibilidade; envolvimento com falsa adoração leva ao fracasso.
Os pecados secretos, acariciados pelos sacerdotes e anciãos, foram as abomináveis e repugnantes práticas de adoração de sua cultura. Aqueles que deviam ter guiado o povo de Deus na verdadeira adoração, estavam adaptando essa adoração aos costumes pecaminosos e corruptos de seu tempo e ambiente, trazendo assim as abominações da cultura que os cercava ao sagrado santuário de Deus. Como é irônico que o exército babilônico trouxesse um fim à profanação do templo de Deus, e nesse caso, unicamente pela destruição dele.
2. Leia cuidadosamente Ezequiel 8:12. Que tipo de lógica e raciocínio esses anciãos estavam usando para justificar suas ações? O que poderia tê-los levado a essas conclusões falsas?
2: Diziam que adoravam falsos deuses porque Deus não via. Cegueira espiritual fazia com que imaginassem que o Senhor era cego.
Aquelas pessoas devem ter se afastado tanto do Senhor a ponto de acreditar que Ele não as via ou que não Se importava com suas práticas. O Senhor, que vez após vez mostrava Seu cuidado, Sua proximidade e Seu desejo de que elas obedecessem, agora havia abandonado a Terra, como eles pensavam? Precisamos ser cuidadosos, porque o pecado pode endurecer nosso coração e envenenar nossa mente, nos levando a justificar até as práticas mais horríveis.
Ano Bíblico: Ez 4–7 |
Adorando a imagem
Como temos abordado durante este trimestre, o teste final nos últimos dias trata da questão da adoração (Ap 14:1-12). Toda a humanidade estará dividida em um dos dois lados: os que adoram o Criador, aquele que fez os céus e a Terra, e os que adoram a besta e sua imagem. Embora essa sequência no quadro profético ainda deva se manifestar, pode-se argumentar que, mesmo agora, todo o mundo está dividido em um dos dois grupos: os que são fiéis ao Senhor e os que não são. Além disso, não há meio-termo: estamos de um lado ou do outro.
Com isso em mente, a história dos três jovens hebreus no livro de Daniel se torna bastante relevante. Não é apenas uma história dramática de um resgate sobrenatural dos fiéis seguidores de Jeová. Torna-se, em vez disso, um símbolo, um tipo, do teste de adoração que sobrevirá ao mundo pouco antes da segunda vinda de Cristo.
3. Leia Daniel 3. Compare a adoração da imagem ali com a adoração da imagem em Apocalipse 14. O que podemos aprender dessa história, que pode nos ajudar a entender a questão da marca da besta?
3: Governos humanos tentam obrigar os servos de Deus a adorar ídolos; Deus pede que não adoremos outros deuses.
O segundo mandamento, que proíbe a idolatria (Êx 20:4-6), estava em questão nessa ocasião; o quarto mandamento (Êx 20:8-11), a respeito do sábado, será a questão aparente nos últimos dias. O interessante é que esses dois mandamentos foram alterados e falsificados pelo poder da besta (Dn 7:25). Ambos os mandamentos estão ligados diretamente à adoração; o segundo proíbe a adoração de ídolos, enquanto o quarto mostra a razão pela qual não devemos adorar ídolos: porque o Senhor da natureza, e não a natureza em si, é o único que nos criou e redimiu (Dt 5:12-15).
Em ambos os casos, também, existe uma entidade político-religiosa terrena, que deseja receber a adoração e fidelidade devidas somente ao Senhor e, em ambos os casos, esse poder está disposto a recorrer à violência para conseguir essa "adoração".
Pense no significado de "adorar" alguma coisa. É sempre errado adorar outra coisa que não seja o Senhor? Por quê? Pode haver coisas que podemos adorar sem pecar, sem violar a lei de Deus? Pode dar exemplos? Como podemos ter certeza de que não estamos adorando algo ou alguém que não seja o Senhor?
Ano Bíblico: Ez 8–10 |
"Vejam aonde os seus caminhos os levaram"
4. O que Jeremias 29:10-14 fala sobre o caráter de Deus? Que esperança podemos tirar desse texto, para nosso contexto pessoal?
4: Deus é misericordioso; quer o nosso bem; deseja restaurar a vida do povo castigado; ele nos oferece paz e esperança.
Depois de setenta anos, como predito, o Senhor começou a trazer os exilados de volta à terra prometida. Israel devia receber outra oportunidade de cumprir seu destino profético.
O templo, o santuário, o lugar em que todo o plano da salvação era ensinado através de tipos e símbolos, certamente estava no centro dessa obra. Ali eram prefiguradas a obra e a missão do Messias, o qual poderia salvar o mundo (Jo 3:16; 2Co 5:19; Hb 8:1, 2).
No entanto, a obra de reconstrução do templo não foi tão tranquila nem tão rápida como devia ter sido. Forças internas e externas se colocaram no caminho, e a obra foi atrasada. Não era assim que o Senhor queria que acontecesse, por isso Ele falou através de Ageu, para que o povo soubesse do Seu desagrado.
5. Leia Ageu 1. O que desviava a atenção do povo da obra de Deus? O que tem desviado nossa atenção hoje? Como evitar esse problema?
5: O povo estava preocupado com suas casas luxuosas. Para evitar esse erro devemos colocar em primeiro lugar o reino de Deus.
Como é fácil permitir que trabalhos, desejos e mesmo necessidades materiais atrapalhem nossas responsabilidades espirituais. Deus fez com que eles soubessem que nunca teriam a verdadeira satisfação sem devoção a Ele e à obra que o Senhor lhes havia dado para fazer. Muito frequentemente, podemos cometer o mesmo erro, ficando tão envolvidos com as coisas do mundo que negligenciamos o que deveria ser o mais importante em nossa vida: nosso relacionamento com Deus. Talvez o Senhor esteja nos dizendo, quer coletivamente ou individualmente: "Vejam aonde os seus caminhos os levaram" (Ag 1:7, NVI).
Considere os seus caminhos. O que os seus caminhos, suas ações, as coisas que você faz ou deixa de fazer, dizem sobre seu relacionamento com o Senhor? Você pode ser culpado dos mesmos erros das pessoas descritas em Ageu? Por quê?
Ano Bíblico: Ez 11–13 |
Onde estão agora os seus antepassados?
A reconstrução do templo levou cerca de 12 anos. Esdras 5:1, 2 se refere a Zacarias como um dos "profetas de Deus, que os ajudavam". Sua ênfase, como a de Ageu, estava na glória que um dia habitaria o templo.
No entanto, como acontece muitas vezes com a profecia, as promessas não são incondicionais. Os seres humanos, que receberam o livre arbítrio, devem fazer a escolha de obedecer ao Senhor, de fazer o que Ele manda, não como meio de salvação, mas para mostrar os frutos e os benefícios da salvação.
A liberdade humana é uma pressuposição implícita ao longo das Escrituras. As pessoas têm a opção de escolher a quem desejam servir e adorar, e o cumprimento das promessas depende das escolhas que as pessoas fazem. A Bíblia está cheia de promessas maravilhosas para todo aquele que fielmente buscar e servir ao Senhor.
6. Que tema, encontrado em boa parte da Bíblia, aparece em Zacarias 1:1-6? Como a realidade da livre escolha humana é revelada no texto?
6: Rebeldia do povo diante da pregação; chamado ao arrependimento; eles poderiam aprender com os erros do passado.
Algumas das palavras mais duras nesse texto são encontradas no verso 5: "Onde estão agora os seus antepassados?" Em outras palavras, aprendam com os erros dos que viveram antes de vocês; não façam o que eles fizeram; aprendam com o passado, e com o que aconteceu antes de vocês.
É aqui que entra o ministério do pastor no púlpito. É aí que o pastor pode, na função de profeta, encaminhar as pessoas à guia do Senhor, às Suas promessas, e às condições dessas promessas. A pregação da Palavra não deve causar confusão teológica nem polêmica: ela deve ser cristocêntrica, apontando para o que o Senhor tem feito por nós, o que Ele Se dispõe a fazer por nós, e o que fará por nós, tudo sob a condição de nos achegarmos ao Senhor com fé e arrependimento. Isso era, essencialmente, o que Zacarias estava dizendo ao povo ali: arrependam-se, afastem-se de seus maus caminhos, aprendam com o passado e coloquem sua esperança no Senhor e nas Suas promessas para o futuro. Da mesma forma, hoje, com a revelação do significado do serviço do santuário (vida, morte e ministério sumo sacerdotal de Jesus), devemos nos aproximar do Senhor e adorá-Lo, em atitude de fé, arrependimento e obediência. É bom repetir que, embora a obediência não possa nos salvar (a salvação já ocorreu, na cruz), não existe salvação sem isso, independentemente de como nossa obediência possa ser imperfeita.
Ano Bíblico: Ez 14-17 |
A oração de Neemias
Apesar de todas as promessas de restauração, havia problemas em Jerusalém. O povo enfrentava um obstáculo após outro, muitos deles como resultado de sua própria desobediência. O profeta Neemias, enquanto servia o rei persa, recebeu notícia sobre a situação ali e respondeu com jejum, pranto e oração. Seu entusiasmo e preocupação diante das dificuldades são claramente revelados no primeiro capítulo do livro que leva seu nome.
7. Leia a oração de Neemias 1, em resposta ao que ele ouviu, e comente:
(1) Por que Neemias, que, tanto quanto sabemos, foi fiel, incluiria a si mesmo entre os que haviam pecado contra o Senhor? Dn 9:5, 6
(2) Que tipo de oração é esse, e por que é tão importante? Êx 32:31-34; Tg 5:16
(3) De que modo a condicionalidade da profecia está revelada nessa oração?
4) Com base em que ele fez seu apelo ao Senhor, em favor do povo? Em outras palavras, por que o Senhor devia ouvir essa súplica? Gn 12:1-3; Êx 6:4, 5
7: (1) Neemias intercedeu pelo povo e se sentiu identificado com seus pecados. (2) Moisés orou pelo povo e ofereceu a própria vida para que fossem perdoados. (3) Se o povo transgredisse a lei, seria castigado; se confessassem e se arrependessem seriam restaurados. (4) Com base na aliança entre Deus e Abraão, que se estendeu a Israel. Eles ainda eram o povo de Deus.
Escreva uma oração de intercessão pela Igreja Adventista do Sétimo Dia, partilhe com a classe, e compare com a oração dos colegas. O que nossas orações dizem sobre nossa maneira de perceber as diversas necessidades espirituais da igreja? O que podemos aprender com cada uma dessas orações? O que as pessoas entendem ser a maior necessidade da igreja na atualidade? Ainda mais importante, como podemos ajudar a realizar as reformas que julgamos necessárias?
Ano Bíblico: Ez 18–20 |
Estudo adicional
Leia de Ellen G. White, Profetas e Reis, p. 551-566: "A Volta do Exílio"; p. 567-581: "Os Profetas de Deus os Ajudavam"; p. 607-617: "Esdras, o Sacerdote e Escriba"; p. 618-627: "Um Reavivamento Espiritual"; p. 661-668: "Instruídos na Lei de Deus"; p. 669-678: "Reforma".
"Os tempos de provação que estão diante do povo de Deus reclamam uma fé que não vacile. Seus filhos devem tornar manifesto que Ele é o único objeto do seu culto" (Ellen G. White, Profetas e Reis, p. 512)
"Há o constante perigo de que cristãos professos venham a pensar que, para exercer influência sobre os mundanos, necessitem se conformar até certo ponto com o mundo. Mas embora semelhante conduta pareça propiciar grandes vantagens, acaba sempre em perda espiritual" (Ellen G. White, Profetas e Reis, p. 570).
"Na obra de reforma a ocorrer hoje, há necessidade de homens que, como Esdras e Neemias, não dissimulem nem desculpem o pecado... não cubram o mal com o manto da falsa caridade... Eles se lembrarão também de que o Espírito de Cristo deve ser revelado naquele que repreende o mal" (Ellen G. White, Profetas e Reis, p. 675).
Perguntas para reflexão:
1. Que lições podemos aprender com nossos "pais e mães" na igreja? Ou seja, que importantes lições espirituais a própria história da Igreja Adventista do Sétimo Dia pode nos ensinar?
2. Quais são as maneiras pelas quais, como igreja, em nossos esforços para alcançar a cultura que nos cerca, corremos o risco de comprometer verdades fundamentais? Por que tantas vezes nos tornamos cegos, quando isso acontece?
3. Enquanto há sempre o perigo de nos comprometermos na tentativa de ser relevantes, há também o perigo de nos fecharmos em crenças ou práticas que, talvez, precisem ser refinadas ou alteradas. Como podemos saber o que é imutável e permanente, em contraste com o que pode e deve mudar com o tempo?
Respostas Sugestivas: 1: Prática de idolatria no templo; pecado nos afasta de Deus e tira a sensibilidade; envolvimento com falsa adoração leva ao fracasso. 2: Diziam que adoravam falsos deuses porque Deus não via. Cegueira espiritual fazia com que imaginassem que o Senhor era cego. 3: Governos humanos tentam obrigar os servos de Deus a adorar ídolos; Deus pede que não adoremos outros deuses. 4: Deus é misericordioso; quer o nosso bem; deseja restaurar a vida do povo castigado; ele nos oferece paz e esperança. 5: O povo estava preocupado com suas casas luxuosas. Para evitar esse erro devemos colocar em primeiro lugar o reino de Deus. 6: Rebeldia do povo diante da pregação; chamado ao arrependimento; eles poderiam aprender com os erros do passado. 7: (1) Neemias intercedeu pelo povo e se sentiu identificado com seus pecados. (2) Moisés orou pelo povo e ofereceu a própria vida para que fossem perdoados. (3) Se o povo transgredisse a lei, seria castigado; se confessassem e se arrependessem seriam restaurados. (4) Com base na aliança entre Deus e Abraão, que se estendeu a Israel. Eles ainda eram o povo de Deus.
FONTE: http://www.cpb.com.br/htdocs/periodicos/licoes/adultos/2011/li1032011.html
Ciclo do aprendizado
Motivação
Conceito-chave para o crescimento espiritual: Deus realiza a restauração e transformação dos seres humanos, reconciliando-os consigo por meio de Cristo.
Só para o professor: Seus alunos, sem dúvida, reconhecerão que essa história manteve a mídia paralisada por muitas semanas, no fim de 2009 e início de 2010. O objetivo aqui é examinar a questão da restauração, à luz das repetidas falhas de uma pessoa.
Tiger Woods. O nome que foi sinônimo da realeza do golfe se tornou um eufemismo para a infidelidade conjugal. A transformação começou com um acidente no começo da manhã e rapidamente se transformou em uma das mais rápidas quedas de um ícone da história moderna dos esportes. Quase do dia para a noite, Woods deixou de ser o "perfeito" jogador de golfe e homem de família e se tornou um pária social. Por quê? Ele havia quebrado seu voto conjugal com várias outras mulheres.
A condenação foi rápida e implacável. Pessoas especularam e filosofaram sobre sua saúde emocional e mental. Ele deixou de fazer muitos trabalhos publicitários. Outros se perguntavam como ele poderia ter traído uma mulher tão bonita, sem falar do impacto sobre seus filhos. Como um homem que parecia ter tudo poderia ter tomado decisões tão infelizes?
Comente com a classe: Perdidos na confusão das falhas pessoais de Woods, algumas pessoas examinaram a própria vida. Alguns cristãos consideraram o impacto de sua infidelidade para com Deus, que nunca falhou nem fez o mal contra eles. Por que Deus anseia nos ter de volta, embora tenhamos sido tão infiéis para com Ele?
Compreensão
Só para o professor: Mais profundo do que o pecado do transgressor é o amor de Deus por ele. A seção Compreensão desta semana examina os esforços de Deus para trazer de volta para a comunhão com Ele os rebeldes, os Seus amados do passado e do presente.
I. O outro templo
(Recapitule com a classe Ez 8 e 1Co 6:19, 20).
A lista de abominações que Deus mostrou a Ezequiel deve ter-lhe causado profunda angústia. Os israelitas não apenas estavam adorando deuses estranhos, mas haviam levado esses deuses à presença do único Deus verdadeiro. Para se ter uma ideia do abismo em que Judá e Israel haviam caído, basta ler Deuteronômio 6:4-9, que estabelece a adoração do único Deus. Ezequiel 8:16 é particularmente preocupante. O profeta viu 25 homens de costas para o templo para que pudessem adorar o sol.
Se o povo de Deus havia enchido o templo terrestre de Deus com deuses estranhos, o que dizer do templo do corpo deles? O apóstolo Paulo deixa claro que o nosso corpo é o templo do Espírito Santo (1Co 6:19) e que não pertencemos a nós mesmos. Pedro nos lembra de que "não foi mediante coisas corruptíveis... que [nós fomos] resgatados... mas pelo precioso sangue... de Cristo" (1Pe 1:18, 19). Se os líderes da nação judaica praticavam tal rebelião aberta contra Deus, como teria sido sua vida íntima?
Pense nisto: Jesus disse: "Nada há fora do homem que, entrando nele, o possa contaminar; mas o que sai do homem é o que o contamina" (Mc 7:15). Como a apostasia de Judá começou: com demonstrações públicas de rebelião ou concessões secretas em sua fé? Comente. A partir da experiência de Judá, que lição de advertência podemos aprender para nossa vida espiritual?
II. Satanás, nosso problema
(Recapitule com a classe Ag 1; Zc 1:1-6; Zc 3.)
Se você ainda não sabia, nós, seres humanos, temos um problema com Satanás. O diabo nunca permitirá que simplesmente caminhemos para os braços de Deus. Como temos discutido neste trimestre, Satanás quer ser adorado (Is 14:13), e Deus também quer (Ap 12:7). Essa foi uma razão pela qual Satanás trabalhou arduamente para atrasar a reconstrução do muro de Jerusalém e do templo do Senhor. É por isso também que ele trabalha incansavelmente para nos impedir de viver o destino pleno de Deus para nossa vida. Fazer isso significaria que ele não mais seria o objeto de nossa adoração.
O profeta Zacarias recebeu uma visão geral, em Zacarias 3, da verdadeira natureza do inimigo de nossa vida. Na presença de Deus, Satanás se dispôs a acusar e se opor a Josué, o sumo sacerdote. Mas Deus intercedeu: "O Senhor disse a Satanás: O Senhor te repreende, ó Satanás; sim, o Senhor, que escolheu a Jerusalém, te repreende; não é este um tição tirado do fogo?" (v. 2). Deus, então, mandou Seu anjo para remover as vestes sujas de Josué, símbolo da sua iniquidade, e vesti-lo em finos trajes (v. 4).
Josué representava o povo depois do exílio, desarraigado, esfarrapado e castigado. Entre o povo não havia muita coisa para se olhar, mas Deus o amava e queria restaurá-lo. Não foi por acaso que a visão de Zacarias apontou para o sacrifício de Jesus, que removeu nossa iniquidade, e nos vestiu com Sua justiça (1Co 1:30; 2Co 5:21; Rm 4:22-25). Essa cena revela a essência do evangelho.
Pense nisto: Os exilados que retornavam estavam tendo problemas para manter seu foco em Deus e Seus mandamentos. Ageu deixa claro que eles lutavam intensamente em busca de bens materiais que nunca poderiam tomar o lugar de Deus. O que significa estar no mundo, mas não ser do mundo? Como ter êxito dessa maneira (Jo 17:16, 17)?
III. Temos um ministério
(Recapitule com a classe Ne 1; 2Co 5:18-21.)
O amor de Neemias pelos exilados que retornavam é inspirador. Como a lição menciona, ele não apenas sentiu a dor deles (Ne 1:4), mas se posicionou com firmeza diante da situação. Neemias, então, apelou para que Deus abrisse um caminho pelo qual pudesse ajudá-los.
Desde que Caim perguntou: "Sou eu o responsável por meu irmão?" (Gn 4:9), a questão da nossa responsabilidade para com nossos irmãos e irmãs tem ecoado através do tempo. A resposta de Deus é um retumbante "Sim!" O apóstolo Paulo destaca essa realidade em 2 Coríntios, quando ele justifica seu apostolado. O Deus que nos reconciliou por meio de Cristo, nos chama a ajudá-Lo a reconciliar outros (2Co 5:18). "Portanto, somos embaixadores de Cristo, como se Deus estivesse fazendo o Seu apelo por nosso intermédio. Por amor a Cristo lhes suplicamos: Reconciliem-se com Deus" (v. 20, NVI).
Pense nisto: Perceba que Deus está tomando a iniciativa de reconciliar a humanidade consigo. Isaías 59:1, 2 deixa claro que o pecado causou uma separação, uma ruptura no relacionamento natural que existia entre Deus e a humanidade. Como essa ruptura afeta nossa adoração?
Aplicação
Só para o professor: Use as seguintes perguntas para gerar mais profunda reflexão e discussão sobre os esforços de Deus para Se reconciliar com os seres humanos caídos. É um fato impressionante que muitos escolherão se perder, em lugar de aceitar a oferta divina de perdão e restauração.
Perguntas para consideração
1. Romanos 12:2 diz: "Não vivam como vivem as pessoas deste mundo, mas deixem que Deus os transforme por meio de uma completa mudança da mente de vocês. Assim vocês conhecerão a vontade de Deus, isto é, aquilo que é bom, perfeito e agradável a Ele" (NVI). Dadas as tendências hereditárias e cultivadas para o pecado, com as quais muitos de nós lutamos, como Deus nos transforma?
2. O estudo desta semana mencionou o livramento miraculoso dos três notáveis hebreus na fornalha ardente de Nabucodonosor. Quando foi a última vez que você viu Deus agir para salvá-lo de alguma situação terrível?
Pergunta de aplicação
1. Às vezes a liberdade pode trazer sérios desafios, como foi visto na vida de Israel após o exílio. Explique o que você acha que o apóstolo Paulo quis dizer com esta declaração: "Irmãos, vocês foram chamados para a liberdade. Mas não usem a liberdade para dar ocasião à vontade da carne; pelo contrário, sirvam uns aos outros mediante o amor" (Gl 5:13, NVI).
2. Que impacto tem a contemplação de Jesus Cristo em nosso bem-estar mental, e nossa capacidade de compreender, apreciar e obedecer às ordens de Deus (2Co 3:18)?
Perguntas sobre testemunho
1. Quando o remanescente que retornou do cativeiro interrompeu a reconstrução do muro de Jerusalém e do templo do Senhor, que mensagem estava transmitindo às nações ao seu redor? Como Neemias foi capaz de permanecer na tarefa, em seu esforço para terminar o muro?
2. Ageu 1 deixa claro que o povo de Deus tinha se colocado acima dEle, e como resultado, nada do que faziam prosperava. Muitas pessoas no mundo ocidentalizado têm aceitado a crença errônea de que ter mais "coisas" trará mais felicidade. Como você faria para compartilhar a verdade de Ageu 1 com elas?
Criatividade
Só para o professor: A lição desta semana explora as mensagens dos profetas de Deus para o remanescente israelita que retornou do exílio. A atividade abaixo é destinada a tornar essas mensagens mais reais para os membros da classe.
Se você fosse escrever uma carta a um grupo de pessoas que tivessem se desviado ou esquecido seu chamado divino, o que você diria a elas? De que argumentos ou experiências você se valeria para se justificar? Partilhe sua resposta ou escreva uma carta real, individualmente ou como classe, lembrando-se de ser tão amoroso e encorajador quanto possível.
FONTE: http://www.cpb.com.br/htdocs/periodicos/licoes/adultos/2011/aux1032011.html
Lição 10 – ADORAÇÃO: DO EXÍLIO À RESTAURAÇÃO
Ruben Aguilar
Etimologicamente, o sentimento de adoração é um estado de prostração e de reverência. O conceito de adoração, no entanto, se amplia pela necessidade de identificar o ser a quem se deve adorar; conhecer as exigências da adoração adequada; destacar as formas variadas de adoração; permanecer no lugar estabelecido para evocar esse sentimento. No cenário do Antigo Testamento, o lugar da autêntica adoração, onde todos os critérios requeridos se manifestavam, era o Tabernáculo de Deus; mais tarde, o Templo de Jerusalém. A razão imperiosa para definir o lugar de adoração foi determinada por Deus, para que o Ser divino pudesse morar entre Seu povo.
O objetivo primário de manter um lugar apropriado para expressar adoração a Deus era o da renovação das promessas da Aliança. Deus faria de Abraão uma grande nação e lhe daria a terra por herança. Em palavras mais francas: Deus faria de Abraão uma nação próspera e que estivesse sob a proteção divina. A adoração no lugar determinado por Deus implica na expressão de fervorosa reverência com os ouvidos da humildade atentos para ouvir as promessas de Deus. Assim ocorreu em Siquém (Gn 12:6), em Manre (Gn 13:18), em Berseba (Gn 21:33) e em Betel (Gn 28:16-19).
No período da peregrinação, e sob a liderança de Moisés, o senso da presença de Deus devia acompanhar o passo lento dos que foram libertos. Esse sentimento era expresso na visualização constante do Tabernáculo de Deus. O serviço nesse lugar de adoração foi incrementado com o sacrifício contínuo do cordeiro; símbolo da morte do Salvador prometido. Mais tarde, o Tabernáculo foi substituído pela construção imponente do Templo de Salomão, que, ao ser concluído ficou cheio da glória do Senhor (1Rs 8:11). Em termos de religiosidade, o povo de Israel obteve favor desmedido com a construção do Templo de Jerusalém. Aquele era o lugar de adoração; ali podiam ter senso da presença de Deus; ali o povo podia ouvir com os ouvidos do espírito, as promessas da Aliança; ali o povo podia antever o sacrifício do Redentor para promover a salvação final. Mas a indiferença às prescrições divinas, a influência dos costumes e tendências idolátricas promovidas por outras nações, o desregramento dos líderes espirituais, levou historicamente, ao abandono da importância do Templo como símbolo de religiosidade. Fatidicamente, logo aconteceu a destruição do Templo e o exílio.
O EXÍLIO. "FILHO DO HOMEM, VOCÊ VIU...?"
A situação do povo de Deus nos séculos VIII e VII a.C. podia ser analisada através de dois condutos de observação: uma profética e outra histórica. Profeticamente, vários profetas insinuaram a destruição da cidade de Jerusalém e do seu Templo, por intervenção do poder babilônico. Historicamente, no entanto, isso não pareceria acontecer, pois Babilônia não passava de uma região sob o domínio do império Assírio. Profeticamente, o vaticínio mais pessimista sobre o destino de Jerusalém havia sido anunciado pelo profeta Jeremias durante 23 anos, desde o décimo terceiro ano de governo do rei Josias (Jr 25:30), finalizando essa mensagem, em forma de epílogo, com a invasão de Nabucodonosor (Jr 25:9) e o exílio de 70 anos (Jr 25:12).
O rei Josias, de Judá, governou durante 31 anos, em Jerusalém (2Cr 34:1), desde 640 a.C. A pregação de Jeremias teve início em 627 a.C. Os registros históricos desse período, auxiliados por documentos arqueológicos, narram o poderio do reino da Assíria alcançado no governo do rei Ashurbanipal. Sua capital, Nínive, estava embelezada com palácios, parques, museus, largas avenidas, em destaque a biblioteca real, e até um zoológico de raras espécies de animais era mantido. Seu domínio alcançava toda a região sul da Mesopotâmia, incluindo Babilônia; ainda no leste ocupava os territórios do Elam, incluindo a Pérsia e a Média; pelo lado ocidental do Eufrates, seu domínio se estendia até as fronteiras da Anatólia, o território da Síria e toda a Palestina, até o norte do Egito. Mas, segundo a previsão divina, tudo mudaria em pouquíssimo tempo.
Em 627, a.C. ocorreu a morte do rei Ashurbanipal. O império assírio ingressou numa crise de poder político que o levou a uma inevitável decadência. Nabopolasar, líder do pequeno reino da Babilônia, começou um movimento para se libertar do domínio assírio. Unido a Cyaxares, rei da Média, formou um exército que avançou pela margem oriental do rio Tigre até alcançar a cidade de Nínive e destruí-la, matando Shin-Shar-Ishkun, último rei assírio (611 a.C.). As previsões proféticas pareciam não se cumprir quando o faraó Neco, do Egito, atravessou a Palestina com um poderoso exército a fim de deter o crescimento do poder babilônico. Houve uma batalha às margens do rio Eufrates onde o exército de Nabopolasar foi destruído (609 a.C.). Então, o faraó Neco, dono da situação, acampou em Carquemis. Nabucodonosor, filho do rei babilônico derrotado, iniciou a reorganização do exército numa operação inimaginável, praticamente retirando das cinzas o que era imprescindível para uma campanha bélica. Em 606 a.C., ele dirigiu seus comandados pela margem ocidental do Eufrates e encontrou o exército egípcio do faraó Neco em Carquemis. A batalha foi denodada e o vencedor foi Nabucodonosor. Estimulado por essa façanha, o rei babilônico desceu pelos territórios da Palestina e ocupou várias cidades, entre elas, Jerusalém (2Rs 24:1). Esse foi o início do exílio.
Devido à rebelião de Jeoaquim, rei de Judá, Nabucodonosor realizou uma segunda invasão de Jerusalém (598 a.C.) e a destruiu (2Rs 24:2). Como consequência da rebelião de Zedequias, rei de Judá, onze anos mais tarde, Nabucodonosor comandou uma terceira invasão de Jerusalém (587 a.C) e destruiu o Templo ou a Casa do Senhor (2Rs 25:9). Assim ocorreu, exatamente como os profetas predisseram e lamentaram. O povo de Deus, não mais teria o lugar sagrado para manifestar sua adoração. Por que isso aconteceu?
A resposta a essa pergunta está na visão reveladora do profeta Ezequiel, que descreve no capítulo oitavo do seu livro os pecados abomináveis dos líderes do povo. As palavras do profeta não deixam dúvidas de que os principais descalabros morais dos líderes judeus eram a idolatria e a prostituição. O grau elevado dessa transgressão é colocado em destaque mediante a expressão que denota admiração inusitada: "Filho do homem, você viu o que os anciãos da casa de Israel fazem nas trevas...?" (Ez 8:12). O espírito libertino dos transgressores os levou a considerar seus vícios como atos escondidos dos olhos divinos, formulando a maldosa razão lógica aplicável só a seres limitados como são os homens comuns; "pois dizem: O Senhor não nos vê..." (Ez 8:12 u.p.).
O Templo de Jerusalém, que brilhava com esplendor pelo material dourado empregado nas suas paredes e móveis; e muito mais, pelo brilho celestial da Shekinah, símbolo da presença de Deus, foi considerado com desdém pelos líderes judeus, anulando dessa maneira a definição do Templo como lugar de adoração. A tendência religiosa era seguir os padrões de adoração das nações pagãs, caracterizadas pela idolatria e a prostituição. Os cultos idolátricos eram celebrados com práticas de pródiga sensualidade. Centenas e milhares de moças, falsamente chamadas de "sacerdotisas", eram usadas para concretizar o ritual de perversão. Mas Israel, imitando essa prática, foi além daquela pretensa mostra de religiosidade, estabelecendo nessas celebrações, pessoas do sexo masculino para dar mais realce à obscenidade. Foram identificados pelo tradutor bíblico como "prostitutos cultuais" (1Rs 14:24; 15:12). Nessas condições, o Templo perdeu toda significação como lugar de adoração a Deus, e devia ser retirado.
O EXÍLIO: ADORANDO A IMAGEM
A quantidade de manifestações religiosas, no passado e no presente, é de difícil enumeração. O princípio fundamental da existência de tais agrupamentos religiosos é a pretensão de serem verdadeiros. Se todas as religiões fossem verdadeiras, suas doutrinas seriam comuns, seus deuses praticamente seriam os mesmos, o fundamento e a finalidade delas seriam análogos. Mas isso não acontece. Só uma religião pode ser verdadeira e as outras, falsas em graus diferentes de fraudulência.
Vários critérios podem ser usados para diferenciar a religião verdadeira das que não o são. Mencionaremos dois critérios: o da temporalidade do grupo religioso; quer dizer que uma religião que existiu alguns anos e logo não tem vigência, não pode ter a característica de ser veraz. Outro critério: consciência da revelação divina; Nenhuma expressão religiosa surgida pelo esforço racional da mente ou impulso de algum tipo de sentimento pode ser verdadeira, pois precisa da revelação divina através de seus servos, os profetas. A religião do povo de Israel estava assentada sobre a revelação divina desde o período patriarcal. Deus Se revelou ao povo de Israel através das Suas mensagens e do Seu poder: na vida de Abraão, no Êxodo, na peregrinação pelo deserto, na posse da terra de Canaã, na vida de Elias enfrentando os sacerdotes de Baal, etc. O símbolo mais eloquente da religião de Israel como expressão verossímil era o Tabernáculo do Senhor ou o Templo de Jerusalém. Ali, o israelita podia exprimir sua adoração a Deus, consciente da Sua revelação.
Durante o período do exílio babilônico, o povo judeu estava desprovido do símbolo da sua religiosidade: o Templo. Seu sentimento de adoração ficou então mais anuviado pela autoridade vigente que impunha, mediante seu poder civil e religioso, a obrigatoriedade de adorar a imagem da religião babilônica. Assim tinha sido nos tempos pretéritos, quando os amigos de Daniel foram colocados em situação de testar sua fé, como adoradores da verdadeira entidade divina a quem é tributada essa adoração. Não era momento de balançar sentimentos de adoração entre duas forças antagônicas, que impõem a seus fiéis adoração e obediência; mas de confirmar a fé. Os três jovens hebreus passaram a prova declarando que eram adoradores do único Deus verdadeiro que Se revela através das Suas Leis e do Seu poder.
Apesar das ameaças proferidas, os jovens hebreus manifestaram sua profunda convicção da revelação divina e afirmaram que, mesmo que Deus não revelasse Seu poder naquelas circunstâncias, eles ainda assim continuariam a adorá-Lo. Mas o verdadeiro Deus Se revelou novamente mostrando Seu poder salvador ao livrar os jovens dos efeitos do fogo devorador.
A RESTAURAÇÃO: ONDE ESTÃO AGORA SEUS ANTEPASSADOS?
Em 539 a.C., Ciro, rei dos medos e persas, destruiu a orgulhosa nação babilônica e, guiado pelo Deus que ele não conhecia (Is 45:5), resolveu libertar e permitir o retorno dos exilados a seus territórios originários respectivos, para que se cumprisse o que fora dito pelos profetas (Ed 1:1). O decreto emitido por Ciro era genérico na sua essência, pois permitia o livramento dos cativos de todas as nações; mas, por respeito ao povo judeu, tinha um caráter específico, pois determinava a reconstrução do Templo de Jerusalém, conforme o "Senhor, Deus dos Céus" assim o requeria (Ed 1:2, 3). O próprio soberano dos reinos conquistados se tornou o principal patrocinador do nobre empreendimento. Para isso, ele dispôs que tesouros fossem ofertados para a realização de tão sublime projeto (Ed 1:4), as despesas seriam pagas pelo reino, e os tesouros do Templo, arrebatados por Nabucodonosor, seriam devolvidos (Ed 6:4, 5). Tudo parecia ser favorável para concretizar a magna obra.
Na planície desértica da Mesopotâmia, os ventos que conduziam as partículas arenosas do solo se tornaram testemunhas de eventos negativos ao projeto divino. Ciro, o grande incentivador da construção do Templo de Jerusalém, caiu morto, atravessado pela ponta fatídica de uma flecha lançada na fragorosa batalha contra os Magetas, tribo oriental conduzida pela rainha Tomiris (530 a.C.). Seu filho primogênito, Cambises II, foi declarado seu sucessor. Era um jovem indolente, com ambição de poder egoísta, impulso que o levou a mandar assassinar seu irmão Bardidja, chamado também Smeridis. Cambises, inexperiente no manuseio das coisas do reino, demonstrou indiferença na continuação dos projetos de seu pai. Empreendeu conquistas territoriais chegando a ocupar o norte do Egito (522 a.C.), quando foi informado da usurpação do seu trono por parte do seu irmão Bardidja. Cheio de incertezas, preferiu tirar-lhe a vida, não suspeitando tratar-se de um falso usurpador. Então, Dario Histaspes ocupou o trono.
No lento início da construção do Templo, inimigos do povo judeu se levantaram para impedir que o magnífico edifício fosse erigido. A autoridade política que respondia por esse território diante do governo de Dario procurou impedir o prosseguimento da obra mediante carta acusadora enviada ao rei (Ed 5:3-17).
Os judeus que voltaram a Jerusalém foram afetados por essa névoa política, permitindo que a indiferença às coisas espirituais enchesse suas mentes conturbadas. A tendência era buscar o conforto pessoal construindo residências custosas em detrimento do interesse pela construção do Templo cujas ruínas ainda eram visíveis (Ag 1:4). O esforço para conseguir o bem material os levava ao extremo irresistível de trabalhar com denodo, recebendo como recompensa apenas o necessário para satisfazer a cobiça prazenteira. As palavras proféticas bem ilustram essa condição: "Tendes semeado muito e recolhido pouco; comeis, mas não chega para fartar-vos... e o que recebe salário, recebe-o para pô-lo num saquitel furado" (Ag 1:6).
Naquela condição anômala de comportamento social dos judeus, Deus, na Sua misericórdia, deixou ouvir Sua voz por intermédio dos profetas para estimulá-los a viver uma vida de esperança e satisfação real (Es 5:1). Uma severa admoestação foi pronunciada pelo profeta Zacarias, que recebeu a voz reveladora de Deus no segundo ano de governo do rei Dario (520 a.C.). Lembrando-se da indiferença dos antigos líderes do povo judeu que não inculcaram nas novas gerações a dependência do poder de Deus, o profeta destacou: "O Senhor Se irou em extremo contra vossos pais"; em seguida, os advertiu: "não sejais como vossos pais" que seguiram por "maus caminhos" e concluiu a reprimenda esclarecendo o fim funesto dos anciãos: "Onde estão eles?" (Zc 1:1-5).
A ação profética foi determinante para que o entusiasmo ressurgisse e os judeus reiniciassem a obra, liderados por Zorobabel e o sumo sacerdote Josué (Ag 1:12). A obra alcançou seu objetivo. Sobre a parte mais alta da colina de Moriá, resplandecia o Templo, não com o brilho refulgente do primeiro, mas com a esperança renovadora que só um lugar de adoração pode oferecer. A dedicação desse Templo foi um ato de regozijo apoteótico porque exaltava o nome do Senhor. Era o sexto ano do reinado de Dario (516 a.C.) quando o Templo já edificado, símbolo da presença divina, culminava com a promessa renovadora de Deus predita pelo profeta Jeremias: "Logo que se cumprirem para Babilônia setenta anos, atentarei para vós, ... tornando a trazer-vos para este lugar. ... Então Me invocareis. ... Buscar-Me-eis e Me achareis quando Me buscardes de todo o vosso coração" (Jr 29:10-13).
Assim, o Templo, novamente passou a cumprir sua função sublime de ser lugar de adoração.
FONTE: http://www.cpb.com.br/htdocs/periodicos/licoes/adultos/2011/com1032011.html
COMENTÁRIOS SIKBERTO MARKS
Lições da Escola Sabatina Mundial – Estudos do Terceiro Trimestre de 2011
Tema geral do trimestre: Adoração
Estudo nº 10 – Adoração: do exílio à restauração
Semana de 27 de agosto a 3 de setembro
Comentário auxiliar elaborado por Sikberto Renaldo Marks, professor titular no curso de Administração de Empresas da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ (Ijuí - RS)
Este comentário é meramente complementar ao estudo da lição original
www.cristovoltara.com.br - marks@unijui.edu.br - Fone/fax: (55) 3332.4868
Ijuí – Rio Grande do Sul, Brasil
Verso para memorizar: "Vocês têm plantado muito, e colhido pouco. Vocês comem, mas não se fartam. Bebem, mas não se satisfazem. Vestem-se, mas não se aquecem. Aquele que recebe salário, recebe-o para colocá-lo numa bolsa furada" (Ageu 1:6, NVI).
Introdução de sábado à tarde
Dois comentários sobre a lição de hoje: desempenho e mudança.
O desempenho é um conjunto de indicadores sobre o êxito de uma atividade ou de uma organização. Por exemplo, se uma loja perde vendas para as concorrentes, seu desempenho está comprometido, e logo terá problemas de sobrevivência. Precisa logo tratar de descobrir porque os clientes dão preferência às outras lojas. Assim também deve ser na igreja. Se uma comunidade religiosa batiza, mas os recém convertidos não permanecem nela, ou se grande parte abandona, o desempenho está com problemas. O alvo de batismo não é um bom indicador, pois ele só mede o desempenho até um momento: o ato do batismo. Ele não mede a permanência da pessoa na igreja. E essa permanência tem sido como o saquitel ou bolsa furada de Ageu 1:6. É preciso considerar essa questão.
O outro comentário é sobre a mudança. É evidente que nós pecadores precisamos mudar. Aliás, devemos nos submeter ao ESPÍRITO SANTO para que nos transforme. Mas, se acontecer como foi com o povo de DEUS nos tempos do profeta Jeremias, a casa vai cair. Os profetas avisaram que o templo poderia ser destruído, mas os reis e os sacerdotes não consideraram essas predições com o devido respeito. E o que aconteceu? O templo foi destruído. E por quem? Por Babilônia, justamente o sistema inimigo de DEUS.
Hoje a advertência não é mais contra a possível queda do templo, ou dos templos, e sim, contra a sacudidura. A profecia é bem suprida sobre esse evento, bem no momento em que a igreja estiver se reavivando e se empenhando para realizar a sua última tarefa: o Alto Clamor. Nesses dias vai ser emitido o decreto dominical, e ele servirá para sacudir terrivelmente a igreja, e ela será purificada. O trigo permanecerá e será fortalecido pelo reavivamento e reforma, mas o joio, que impedia o derramamento do poder do ESPÍRITO SANTO, ele sairá e se unirá com Babilônia, contra os adventistas que permanecerem na igreja. Para não ser sacudido, precisa tornar-se humilde e ser transformado em uma pessoa à semelhança de JESUS CRISTO.
Naqueles tempos eles estavam tendo baixo desempenho em suas atividades, porque não eram de todo fiéis a DEUS. A causa de baixo desempenho sempre foi a mesma, em qualquer época da história. Em nossos dias, nosso baixo desempenho missionário é porque ainda, muitos de nós, não deixou de coxear entre dois pensamentos: um pouco devotado a DEUS, e um pouco ao mundanismo. A sacudidura, assim como foi com a destruição do templo de Salomão, definirá essa situação.
- Primeiro dia: "Filho do homem, você viu...?"
A situação do reino de Judá era dramática. Jeoaquim, um dos filhos do bom rei Josias, reinou durante 11 anos (2Rs 23.34 – 24.7). Ele foi um mau rei, tornou o povo idolatria, praticou a injustiça, roubava, assassinava, extorquia, vivia em adultério, enfim, rejeitou totalmente ao Senhor (Jr 22.1-17). Jeoaquim, cujo reino fora conquistado pelos babilônios, resolveu rebelar-se contra Nabucodonosor, para não pagar mais os tributos exigidos. Mas, Nabucodonosor marchou contra Judá, e nos dias de seu filho Joaquim (Jeoaquim morreu no mês em que estava para ser atacado por Babilônia) Judá foi arrasada. Depois de um breve cerco a Jerusalém, Joaquim foi levado cativo com boa parte da população de Jerusalém, inclusive Ezequiel, em 597 a.C. (2Rs 24.8-12).
Ezequiel profetizou do exílio em babilônia. Dali DEUS, por meio dele, tentava evitar a destruição do templo de Jerusalém. Mas foi em vão. Bem logo Nabucodonosor viria contra Jerusalém, e seria para destruir a cidade e o templo do Senhor.
O que se passava lá no templo, que Ezequiel viu, por meio de visões, de longe? Os líderes religiosos confiavam no templo. Sejamos diretos, confiavam no prédio. Ali estava ainda a arca, embora, certamente não mais a glória de DEUS. Fora uma vez a habitação do Senhor. Portanto, eles já haviam perdido o principal, e estavam por perder o material, o físico, em que tanto confiavam.
E porque perderam a manifestação visível de DEUS sobre a arca do concerto, passaram a olhar para outros deuses, e dentro do templo. É de arrepiar o que Ezequiel escreveu em seu livro, no cap. 8:16. No átrio de dentro do templo estavam 25 homens, de costas para o templo, adorando o sol, virados para o oriente. Que situação de queda em direção à idolatria! Homens e mulheres adorando ídolos, no templo, ou em seus quartos. Ezequiel viu tudo isso em visão. Como chegaram a tamanha degeneração? A destruição do templo era iminente, e Ezequiel sabia disso.
A nação chegou a esse ponto ao longo de séculos. Foi uma sucessão de reis bons e reis maus. Cada rei bom fazia uma reforma, mas cada rei mau afundava o povo mais que o fizera o rei anterior. É como alguém que está se afogando em um rio: ele sobe à superfície algumas vezes, pode respirar, mas afunda outra vez. Cada vez que sobe à superfície, sai da água por menos tempo, até que desaparece submerso. O processo de degeneração da nação santa levou, digamos, desde a idolatria de Salomão (930 a.C.) até a queda de Jerusalém e do templo, diante de Babilônia, em 586 aC. Portanto, o processo de queda da nação durou em torno de 3,5 séculos, com altos e baixos. O Reino do Norte levou menos tempo até a sua queda, pois só teve baixos, todos os reis foram maus perante o Senhor. Durou apenas 208 anos, pois foi destruído pelos Assírios em 722 a.C..
Como ocorre o processo de degeneração de um povo? Do mesmo modo como de uma comunidade, de uma igreja, até de uma família, isto é, de qualquer organização social religiosa. Os líderes, ou parte deles se afastam de DEUS. No povo daqueles tempos, quem se afastou foram reis (nem todos) e sacerdotes (nem todos). E o povo os seguiu (nem todos). Notou alguma coisa? Alguns reis, alguns sacerdotes e parte do povo mantinha-se fiel a DEUS. Mas era minoria. Importante é que rei só havia um, portanto, ou o rei era mau, ou era bom. Líderes religiosos sempre houve poucos, e em épocas a maioria deles se afastava de DEUS. No tempo de JESUS, por exemplo, o Senédrio, composto por 72 membros, apenas dois deles se mantiveram fiéis ao Salvador: José de Arimatéia e Nicodemos.
É assim que ocorre a degeneração espiritual: líderes que se afastam de DEUS e liderados que os seguem. Uma comunidade de crentes não é só responsabilidade de líderes, ela deve ser suportada pelos liderados, ou seja, todos devem buscar, por sua iniciativa, a comunhão com DEUS e a fidelidade a Ele. O líder dos crentes não é um dos crentes, e sim, DEUS, coisa que poucos entendem bem. As pessoas tendem a seguir pessoas, e quando o líder que seguem comete erros, as pessoas erram juntas. Assim foi com Israel e com Judá, e levou séculos, mas chegaram ao fim.
Esse diagnóstico serve para nós, nos dias finais. Aliás, satanás sempre atacou o povo de DEUS por meio de atrativos do mundo, e sempre utilizou líderes (outra vez, nem todos) para conquistar e derrotar a igreja. Ele sabe que os membros em geral seguem líderes humanos. Poucos são os que seguem a recomendação "assim diz o senhor" ou "está escrito", ou "também está escrito" que JESUS utilizou contra satanás em Mateus 4:4 a 7. Uma comunidade de crentes deve apoiar os líderes, mas não apoiar-se neles. Vale dizer, os liderados devem buscar o conhecimento e ajudar os líderes a errarem menos e acertarem mais. Porém, a história tem comprovado que os liderados se apoiam nos líderes e assim todos afundam juntos.
Foi porque o povo de israel, nos dois reinos, seguiram cegamente seus líderes, que as duas nações foram destruídas, e a capital da casa de DEUS foi arruinada e o templo derrubado duas vezes por forças pagãs, inimigas de DEUS. Faltou sabedoria a todos. Faltou apego à palavra de DEUS. Faltou humildade aos líderes e conhecimento aos liderados. Quando líderes infiéis dirige um povo que não conhece suficientemente a DEUS, todos caminham juntos ao fracasso.
E nós hoje? A história é a mesma, porém, mais intensa. Dessa vez estaremos enfrentando a última batalha. Somos a geração final desse grande drama. O inimigo está atacando por meio da mundanização, para deixar a igreja morna. Muitos líderes estão se empenhando por introduzir práticas mundanas nos cultos, em especial no louvor. E corre uma polêmica sem precedentes dentro da igreja sobre esse assunto. Só em existir tal polémica já é uma vergonha para nós, chamado povo de DEUS. Estarmos assim divididos não se justifica, foi fracasso de grande parte da liderança religiosa, com apoio dos liderados, que apreciaram viver de modo mais liberal. Aí temos uma igreja morna, laudicéia. Mas, graças a DEUS, outros líderes vêm sendo levantados por DEUS, e estão promovendo, de alto a baixo na hierarquia da igreja, a partir da casa do pastor geral mundial, um reavivamento e reforma autênticos, que abrange a igreja no mundo inteiro, mas não a todos como se sabe por meio das profecias. Após algum tempo de oportunidade para adesão a esse reavivamento e reforma, vem a sacududira para mandar ao exílio em babilônia, a moderna babilônia mística, o joio que não se reaviva nem se reforma. Então sim, a igreja, purificada, se torna poderosa pela manifestação do ESPÍRITO SANTO, e será, em poucos dias concluída a obra que já está levando mais de um século e meio a passo muito lento por causa da mornidão. Uma coisa é certa e sabemos pelas profecias: esta Laudicéia é a última igreja de CRISTO. E não adianta atacá-la para destruí-la e muito menos fechar os olhos para não ver a situação. O que resolve é o reavivamento e a reforma, pois não podemos continuar como estávamos vindo até aqui. Precisa haver mudança, e o Senhor da obra efetuará essa mudança, e já começou a fazê-la. Vê se não fica fora, pois essa vai ser a última oportunidade. E para ficar de fora, e depois ser sacudido em direção dos inimigos da igreja, basta manter-se apegado ao mundanismo, que ainda tem bastante no seio da igreja. Em especial, nas famílias de muitos de nossos líderes.
- Segunda: Adorando a imagem
Existem duas formas de adoração falsa. Existem duas formas de praticar idolatria. Uma é a grosseira, outra é a sutil. A grosseira era praticada desde os tempos bem antigos até que chegou a idade moderna. Aí ela foi sendo abandonada, sendo apenas praticada nas culturas menos desenvolvidas, ou por pessoas menos esclarecidas. As pessoas que adquiriram mais conhecimento cultural e/ou científico em geral não praticam a modalidade de adoração grosseira de ídolos. Elas praticam, sem saber, a adoração sutil.
O que é a adoração grosseira? É, como foi exigido aos três companheiros de Daniel, que se ajoelhassem diante de uma estátua, e a adorassem. Hoje, só pessoas pouco esclarecidas fazem isso, pois é uma aberração para mentes cultas. E como é então a idolatria sutil? Nem parece adoração, aliás, tem muito cético e ateu que todos os dias praticam essa adoração, tão sutil que ela é. E, tem muito cristão que também pratica a tal idolatria sutil. E pode-se dizer mais, tem muito adventista do sétimo dia, que nem imagina, mas pratica a tal adoração de idolatria sutil.
Adoração não é só curvar-se diante de DEUS, ou de um ídolo. Adorar implica em confiar a tal ponto que se entrega a quem adora. Pode-se adorar por meio do 'servir', isto é, tendo alguém ou alguma coisa como "senhor" de nós. Pode ser por meio de atos, quando dedicamos tempo, capacidades, dinheiro, etc. a alguém ou algo em que confiamos. A adoração pode dar-se por meio dos pensamentos que vão em nosso coração, aqueles que nos dominam, e que formam o nosso caráter. Adoração também pode ser por meio de louvor, ou de canções, dedicadas a DEUS, mas que podem ser dedicadas a outras pessoas, a temas, até às drogas. Esse aí é o conjunto sutil de adoração.
Vamos exemplificar melhor. Por esses dias está havendo crescente adoração ás drogas e à violência. Como ela acontece? Fazem canções de apologia às drogas. Fazem filmes, novelas, revistas, e os noticiários estão cheios de exemplos, que influenciam na direção às drogas. E quem participa e assiste, esse está adorando drogas. Pode nem ser usuário e nem traficante, mas aprecia esse assunto, dedica tempo, dedica algo de si, gasta dinheiro por meio de equipamento e tempo, e assim por diante.
Outro exemplo. A idolatria a gente famosa, a celebridades. Quantos são os que adquirem revistas, assistem programas de TV, participam de conversas, etc., para de alguma forma estarem perto de famosos do mundo. Isso é adoração sutil.
Mais outro exemplo? A adoração da moda. Bem, existe moda, e moda, certo? Vez por outra aparece uma novidade no mercado que é boa, e portanto, devemos, ou podemos adotar. Mas precisamos ter em nossa mente os princípios bíblicos para saber distinguir o que é bom e conveniente, e o que devemos evitar. Atenção, a Bíblia não é um livro com uma lista de "pode e não pode". Ela não foi escrita para gente que se autodetermina burra. Ela foi escrita para gente inteligente, e não importa seu grau acadêmico. Há doutores que são incapazes de aproveitar a Bíblia para qualquer finalidade construtiva, e há analfabetos que poderiam ser doutores em sabedoria bíblica. Pois bem, pelo conhecimento bíblico nós seremos capazes de discernir o que é adequado a cidadãos do Reino de DEUS, e o que não é. Se tivermos conhecimento, e se o utilizarmos, então não pereceremos. Por esses princípios inteligentes saberemos discernir que alimento é bom, que roupa é boa, que lazer é bom, que filme é bom, e assim por diante. Saberemos escolher as coisas que vem do mundo, inclusive a moda, para só adorarmos a DEUS, e não a satanás. E assim venceremos, adorando quem merece ser adorado, porque é capaz de criar do nada, é capaz de sustentar a sua criação, e é capaz de nos reconstituir à perfeição.
- Terça: "Vejam aonde os seus caminhos os levaram"
Onde foi que a reincidente desobediência levou o povo de Israel? Ao cativeiro de Babilônia. De tanto que retornavam à idolatria, DEUS permitiu que a nação que deu origem a idolatria, Babilônia, e que se tornara a grande inimiga de DEUS, o império contrário ao Reino de DEUS na Terra, os capturasse e os dominasse, destruindo tudo. Agora eles estavam amargando 70 anos de dominação estrangeira.
Mas veja só que até nisso vemos o amor de DEUS. Essa não era uma dominação resultante meramente da vontade humana. DEUS permitiu que o povo dEle passasse por essa dificuldade, pois, Ele anunciara, antes de acontecer, que duraria 70 anos. E por meio de Daniel, antecipara que eles teriam, a partir do início da reconstrução do templo e dos muros da cidade, mais 490 anos para se decidirem a quem servir. E disse também que no final desse tempo, na última semana, JESUS viria a fim de convertê-los ao Seu reino. Portanto, o cativeiro estava acontecendo sob controle da autoridade de DEUS. Eles estavam sofrendo, mas se tratava de um sofrimento com causas e sob a administração do Rei do Universo. Contudo, chegaram a esse ponto por culpa deles, pois tivessem eles ouvido a voz dos profetas, estariam vivendo em meio a progresso espiritual e econômico.
Naquela situação, o que DEUS lhes disse? Está em Jeremias 29:10 a 14. Ele disse que tinha bons pensamentos a respeito deles, e que os estava ouvindo. Disse algo muito bonito: "buscar-Me-eis e Me achareis", "Eu vô-lo ouvirei", "farei mudar a vossa sorte", "congregar-vos-ei de todas as nações." Em especial, essa última parte se aplica também ao tempo do fim. Quando JESUS estiver voltando, Ele resgatará pessoas de todas as épocas, vindas de todos os lugares. Aliás, na mesa do Senhor estarão pessoas vindas de todos os lugares do planeta, como se pode ver em Lucas 13:29.
Mas eles teriam uma árdua tarefa a fazer. Deveriam reconstruir o templo e a cidade, principalmente os muros dela. Ali seria outra vez a sede do governo de DEUS, e nesse templo, o Senhor JESUS entraria, em pessoa, à semelhança dos seres pecadores. Naquela cidade o Salvador seria morto para que nós pudéssemos viver. Portanto, a cidade deveria ser reconstruída e o templo também, pois grandes maravilhas ainda aconteceriam nesse lugar.
Em nossos dias também nos é requerida uma grande obra. Agora não mais de grandes edifícios, pois isso agora é secundário, embora tenha a sua importância. Grandes edifícios bem logo serão todos destruídos. A grande obra a ser levada a cabo é a pregação do evangelho a todas as nações do mundo. Para isto, assim como eles deveriam reformar o templo e os muros de proteção, nós devemos reavivar a nossa vida espiritual e reformar nossos hábitos de vida. Antes de grandes eventos DEUS sempre tem chamado a uma reforma interior. O maior de todos os eventos está para acontecer nesse mundo, algo que jamais aconteceu aqui e nem em lugar algum do Universo. JESUS logo voltará viajando pelo meio das galáxias, e virá nos buscar, e com Ele irão todos os que se arrependeram de seus pecados. E nós, a Igreja Adventista do Sétimo Dia, já estamos nos preparando intensamente para a última advertência. Ao menos muitos de nós estão fazendo esse preparativo; outros estão iniciando, e outros ainda iniciarão. Muitos infelizmente não se prepararão, e descobrirão sua indolência quando tiver passada a oportunidade.
Que nós, que estudamos essas lições, não sejamos rebeldes a ponto de perdermos a vida eterna, mas obedientes a ponto de servirmos de motivação a outros para seguir a JESUS.
- Quarta: Onde estão agora os seus antepassados?
DEUS, por meio da palavra profética de Zacarias, disse ao povo no exílio, à geração que sucedeu os que foram levados cativos, que não fizessem como seus pais, avós e bisavós. Aqueles já haviam morrido, e eles foram os responsáveis pelo desastre nacional, seja espiritual, seja político. Foram eles que se desencaminharam de DEUS, adorando ídolos, cometendo muitos outros erros crassos. Por isso agora os seus descentes estavam no exílio. Mas, eles, os filhos das gerações que erraram tanto, agora Deus os chamava para retornarem à pátria, pela seguinte estratégia: "...tornai-vos para Mim, diz o Senhor dos Exércitos, e Eu Me tornarei para vós outros..." (Zac. 1:3). Era para eles fazerem o contrário do que fizeram seus antepassados. Deviam converter-se dos maus caminhos e das más obras, coisa em que seus pais não foram fiéis, e não atenderam os chamados dos profetas (ver Zac. 1:4).
Nós somos seguramente a última geração. Estamos nos últimos anos. A última crise já está se formando, em especial nos Estados Unidos e na Europa. Faltam poucos anos para vir o fim da história do pecado. Estamos na iminência de entrar na grande controvérsia. É uma questão de meses talvez. Se levar anos, serão poucos, bem poucos. Mas nós somos produto de gerações de pessoas desobedientes, estamos em meio a um mundo de debochadores de DEUS, numa sociedade contrária aos princípios divinos de vida. O apelo é até mais para nós que para aqueles filhos dos exilados que se encontravam em meio ao Império Persa. Nós somos a geração que fará o último convite para a salvação por CRISTO JESUS. Para isso receberemos poder especial da parte de DEUS, que nos concederá o poder do ESPÍRITO SANTO. Mas O ESPÍRITO SANTO será concedido à igreja, para a conclusão da pregação, quando nela, em todos os lugares do mundo, seus membros forem unânimes no modo de crer, de adorar e de louvar. Assim foi no Pentecostes. Os discípulos também só receberam o ESPÍRITO SANTO quando se tornaram unidos entre si. A evidência de que existe amor entre os irmãos é a ausência de qualquer tipo de divisão. Os pregadores na igreja, em especial aqueles que estudaram teologia, têm o dever de conduzir a igreja a essa unanimidade. E aqueles que estiverem promovendo divisões, convém repetir e tornar a repetir – uma das mais importantes causas de divisão se manifesta no louvor –, precisam resolver essa questão, urgentemente. Nossos líderes maiores estão muito lentos nesse sentido. Não há como DEUS dar o poder do alto enquanto estivermos divididos, uns dizendo e fazendo uma coisa, e outros, exatamente o contrário. O dramático é que isso acontece em meio ao ministério! Seja o que for que entre nós crie grupos antagônicos, deve ser equacionado com urgência. Se não for, por exemplo, a distribuição do livro "A grande esperança" estará fragilizada. Talvez o próprio DEUS tome providências se entre nós nada for feito, ou se nossas ações forem muito lentas. Isso ainda veremos. No Pentecostes foi do mesmo modo: só receberam poder do alto quando tiraram dentre eles algumas desinteligências, diz Ellen G. White, coisas como: desejo de poder, de primazia, de honras, etc. Hoje, do mesmo modo, todos aqueles que irão proclamar a última mensagem ao mundo, serão como um só ser humano, de tão unidos entre si, por estarem unidos a DEUS. Então o testemunho será coerente, não apenas teologicamente, mas coerente entre o que falam os mensageiros e o que vivem, e coerente entre o que vivem e o que DEUS é. E quem resistir e não se submeter ao poder transformador de DEUS, para deixar de estorvar a ação do ESPÍRITO SANTO, necessária para a conclusão dessa obra, será expurgado da igreja por meio da sacudidura.
A atitude principal para que um crente em DEUS seja aproveitável à obra de DEUS, é substituir o "eu" (orgulho, prepotência, ser dominador, arrogância, etc.) pela humildade que CRISTO demonstrou quando viveu nessa Terra.
- Quinta: A oração de Neemias
Neemias era funcionário do rei Persa, na cidade de Susã. Por volta de 457 a. C., recebeu a visita de seu irmão Hanani, que viera de Jerusalém, caminhando por 1600 km. Já se passavam 80 anos desde que Zorobabel, sob o Rei Ciro, havia voltado para Jerusalém (em 537 a. C.) levando de volta os utensílios sagrados, a fim de reconstruir o templo, o altar, a cidade, e povoar o lugar outra vez. Eles conseguiram reconstruir o altar e o templo, e o restante das obras há muito estavam paradas, o pouco povo sofrendo em grande miséria, e os muros em ruínas. Era uma cidade fragilizada diante dos inimigos, um triste cenário a um DEUS todo poderoso, a cidade de Sua capital na Terra. A situação era de insegurança em relação aos inimigos por perto e de longe, diante dos povos que controlavam a região.
Neemias servia ao rei Artaxerxes na mesma cidade e palácio onde uma geração anterior a rainha Ester e seu tio Mordecai haviam agido corajosamente para salvar o povo judeu da trama de Hamã. O profeta ficou extremamente preocupado diante da situação onde tempos idos moravam seus pais, e onde eles estavam enterrados. Ele jejuou e orou a DEUS, e clamou para que DEUS agisse.
Passando os dias, o rei percebeu que o semblante de Neemias estava pálido e triste. Ao saber de tudo, o rei compadeceu-se de seu servo e seu povo, ordenou que ele mesmo fosse para Jerusalém, levando homens para o protegerem, e recomendações reais para favorecer a obra de Neemias. Esse foi o terceiro decreto para a reconstrução de Jerusalém, emitido em 457 a. C., data que vale para a contagem dos 2.300 anos proféticos do livro de Daniel.
O importante aqui, nesse estudo, é a oração de Neemias. Ele percebeu que não havia como reconstruir a cidade sem o poder de DEUS. Necessitavam do perdão e da unidade de ação. O povo ali estava empobrecido e desanimado. Não havia liderança local empreendedora, mas havia forte oposição externa de povos vizinhos. Eles sabiam da vontade de DEUS para a reconstrução da cidade, e faziam o possível para impedir. E até entre os do povo de DEUS havia pessoas para frustrar qualquer iniciativa. Era fácil deduzir que sem a participação de DEUS, nada seria feito.
Interessante e curioso: é essa a situação da Igreja Adventista hoje. Não temos muros a reconstruir, mas temos a última proclamação do evangelho a realizar. E estamos nos preparando para essa finalidade. Mas se levanta a oposição poderosa no mundo inteiro. As igrejas em geral estão se unindo contra essa proclamação. Em meados do mês de julho foi concluído o Código de Conduta sobre ações missionárias. Esse código, bastante subjetivo, aparentemente inofensivo, servirá não só para atrapalhar a pregação bíblica, mas também para impedir essa pregação. É que já chega o tempo de falar tudo, e é o que estamos fazendo. Grandes pregadores nossos estão na televisão, nos DVDs, e em palestras, com diplomacia e clareza, dizendo tudo o que deve ser dito. O mundo já está sendo avisado da breve volta de JESUS, e da necessidade de tomar uma decisão de sair ou de ficar em Babilônia. Essa pregação já está em andamento, e a oposição também já está se mobilizando. Em 2007, por exemplo, na reunião entre o papa, a ONU e o presidente americano, na época George Bush, houve o acordo de cooperação entre esses três poderes, dando-se início à Tríplice Aliança entre o falso protestantismo, o catolicismo e o espiritismo (ONU), de Apoc. 16:13 e 14. Também avança o Ecumenismo e o Diálogo Inter-religioso, para cercar o povo de DEUS e impedir a sua obra. Bem logo esses poderes entrarão em ação explícita. Precisamos, como nos dias de Neemias, lutar com a espada numa mão e com a outra, segurar em CRISTO, para pregar e falar o que deve ser dito.
Esse é o tempo do qual falavam os profetas, tempo que antecede a volta de JESUS. É o tempo em que Seu povo não pode ficar indolente, inativo, tem que se preparar trabalhando unido para que as pessoas tenham o conhecimento necessário e tomem a decisão, ou saem conscientemente de Babilônia e se salvem para sempre, ou ficam nela e se perdem para sempre.
- Aplicação do estudo – Sexta-feira, dia da preparação para o santo sábado:
É necessário ler e reler as três citações que Rosalie Haffner Zinke, autora das lições desse trimestre, selecionou para o estudo de hoje. Como falta levarmos a sério esses escritos proféticos, tão claros, simples e diretos. Teria a igreja evitado iniciativas oficiais com o intuito de alcançar pessoas que, imaginam alguns, só é possível com mundanismo. Esse movimento de utilizar métodos do mundo, que vem das igrejas populares que reúnem grandes massas para serem enganadas, está bastante forte em nosso meio. O intuito aparentemente é salvar, mas o efeito tende a ser o contrário. Querendo ou não querendo, há associação com aqueles que combatem abertamente o ESPÍRITO SANTO como terceira pessoa da Trindade, pois, utilizando tais métodos, desconfiam da eficaz ação do poder de DEUS. É como já aconteceu muitas vezes no passado: querer dar uma ajudazinha a DEUS. E quando por esses métodos alguns se convertem, já servem de justificativa para consagrar tais iniciativas. E pior, quando essas iniciativas têm a chancela oficial, poucos têm coragem de levantar a sua voz e oferecer denúncia. Mas aqui está a lição de hoje para fazê-lo.
É importante que se diga, e se reflita no seguinte: os membros mais novos, ou menos experientes, sempre olham para JESUS através da vida dos mais antigos, mais experientes e principalmente se são líderes. Do mesmo modo, líderes também olham para outros líderes, principalmente se são mais liberais, para copiarem os métodos que incluem conformação com o mundo, pois assim reúnem multidões. Mas é importante que se saiba, a IASD não é uma igreja popular, não é uma igreja de multidões. Essa igreja não irá salvar a maioria do mundo, e sim, uma minoria. Nossa tática de evangelização não são grandes massas, e sim, pela pregação por meio do poder do ESPÍRITO SANTO, levar o mundo inteiro a refletir sobre a diferença entre a verdade e o erro. Chama-se Alto Clamor, que já está iniciando. E, nesse grandioso empreendimento, um percentual bem pequeno decidirá por ser salvo, que quem vai operar a salvação dessas pessoas não serão os nossos métodos, e sim, o poder do alto.
Selecionamos mais três citações, de Ellen G. White, sobre esse assunto (uma é sobre a sacudidura), para serem acrescentados aos que a lição já disponibilizou. É alto tempo de nossos dirigentes superiores colocarem as coisas em seu lugar certo, antes que DEUS venha contra nós com a sacudidura. E é certo que ela virá, mas o que for reformado antes, escapará.
Satanás pensa assim: "Por meio daqueles que têm uma forma de piedade, mas não lhe conhecem o poder, podemos ganhar muitos que de outra maneira nos causariam grande mal. Os mais amantes dos prazeres do que amantes de Deus, serão os nossos mais eficientes auxiliares. Os que pertencem a essa classe, se forem mais aptos e inteligentes, servirão de chamariz para atrair outros para as nossas ciladas. Muitos não lhes temerão a influência, porque professam a mesma fé. Levá-los-emos então a concluir que as reivindicações de Cristo são menos estritas do que uma vez creram, e que pela conformação com o mundo exercerão maior influência sobre os mundanos. Assim se separarão de Cristo; então não terão forças para resistir ao nosso poder, e dentro de pouco tempo estarão prontos para ridicularizar o seu antigo zelo e devoção.
"Enquanto não for dado o grande golpe decisivo [decreto dominical e decreto de morte], devem nossos esforços contra os observadores dos mandamentos serem incansáveis. Devemos estar presentes em todos os seus ajuntamentos. Especialmente em suas grandes reuniões, nossa causa muito sofrerá, e devemos exercer grande vigilância, e empregar todas as nossas artes sedutoras para evitar que as almas ouçam a verdade e por ela sejam impressionadas" (Testemunhos para Ministros e Obreiros Evangélicos, 474, grifos acrescentados).
"Todos os que assim falsamente representam a Cristo estão imprimindo um molde errado à obra; pois encorajam os que com eles estão ligados a fazerem o mesmo. Por amor de sua alma, por amor àqueles que correm o risco de sua influência, devem eles resignar sua posição; pois no Céu aparecerá o registro de que o praticante do mal tem em suas vestes o sangue de muitas pessoas. Ele fez com que alguns ficassem exasperados, de tal modo que abandonaram a fé; alguns se têm imbuído dos seus próprios atributos satânicos, sendo impossível avaliar o dano a eles causado. Somente aqueles que manifestam que seu coração está sendo santificado pela verdade devem ser mantidos em posições de confiança na obra do Senhor" (Testemunhos para Ministros e Obreiros Evangélicos, 262, grifos acrescentados).
"Perguntei qual o sentido da sacudidura que eu acabava de presenciar e foi-me mostrado que fora causada pelo positivo testemunho motivado pelo conselho da Testemunha fiel, aos laodiceanos. Esse testemunho terá o seu efeito sobre o coração do que o recebe, levando-o a exaltar a norma e declarar a positiva verdade. Alguns não suportarão esse claro testemunho. Opor-se-lhe-ão e isto causará uma sacudidura entre os filhos de Deus.
"O testemunho da Testemunha fiel não foi atendido nem pela metade. O solene testemunho do qual depende o destino da igreja foi subestimado, se não rejeitado por completo. Esse testemunho tem que operar arrependimento profundo, e todos os que de fato o receberem, obedecer-lhe-ão e serão purificados" (Testemunhos Seletos, v1, 60, grifos acrescentados).
escrito entre 28/07 e 02/08/2011 - revisado em 03/08/2011
corrigido por Jair Bezerra
Declaração do professor Sikberto R. Marks
O Prof. Sikberto Renaldo Marks orienta-se pelos princípios denominacionais da Igreja Adventista do Sétimo Dia e suas instituições oficiais, crê na condução por parte de CRISTO como o comandante superior da igreja e de Seus servos aqui na Terra. Discorda de todas as publicações, pela internet ou por outros meios, que denigrem a imagem da igreja da Bíblia e em nada contribuem para que pessoas sejam estimuladas ao caminho da salvação. O professor ratifica a sua fé na integralidade da Bíblia como a Palavra de DEUS, e no Espírito de Profecia como um conjunto de orientações seguras à compreensão da vontade de DEUS apresentada por elas. E aceita também a superioridade da Bíblia como a verdade de DEUS e texto acima de todos os demais escritos sobre assuntos religiosos. Entende que há servos sinceros e fiéis de DEUS em todas as igrejas que no final dos tempos se reunirão em um só povo e serão salvos por JESUS em Sua segunda vinda a este mundo.
FONTE: http://www.cristovoltara.com.br/
COMENTÁRIOS BRUCE CAMERON
Adoração - Lição 10 - Adoração: Do Exílio à Restauração - (I Reis 8; Ezequiel 8 e 9; Jeremias 29)
Introdução: às vezes parece que Deus não é real? Ou que, se Ele é real, não está muito preocupado conosco? Ou que, se Ele está preocupado, está deixando de fazer Seu trabalho, por razões que não compreendemos? Quando isso acontece, quem você culpa? Todas as perguntas que acabei de fazer colocam a culpa em Deus. Descobrir de quem é a culpa é uma questão complexa, que geralmente depende dos fatos. Mas deveríamos sempre questionar a nossa atitude, se estamos culpando a Deus. Vamos mergulhar em nosso estudo da Bíblia e aprender mais acerca do exílio do povo de Deus, e da atitude que deveríamos ter com relação a Deus!
I. Contexto
A. Lembre-se de que estudamos como o rei Davi estava dançando de prazer enquanto trazia a Arca de Deus para Jerusalém (II Samuel 6:12-15). O filho de Davi, o rei Salomão, construiu o Templo de Deus em Jerusalém e colocou a Arca dentro dele (I Reis 8). Vamos ler uma parte da oração do rei Salmão para a dedicação do Templo e da Arca. Leia I Reis 8:46-49. Como foi a oração de Salomão a respeito de pecado e castigo? (Ele relaciona os dois.)
1. Qual é a maneira de escapar do castigo? (Voltar-se para Deus "de todo o seu coração".)
B. Leia I Reis 8:59-61. De acordo com Salomão, qual é o propósito desta oração? (Que Deus e Seu povo tivessem um relacionamento tal que todos os habitantes da terra soubessem que "o Senhor é Deus e que não há nenhum outro.")
1. É este o objetivo da tua vida?
II. Oração Secreta
A. Leia Ezequiel 8:1. Ezequiel diz que está em sua casa com as autoridades de Judá. O que isto sugere? (Ele deve estar participando de algum tipo de reunião administrativa ou religiosa.)
1. O que quer dizer ter "a mão do Soberano, o Senhor, [vindo] sobre mim"? (O Espírito Santo estava vindo a Ezequiel.)
B. Leia Ezequiel 8:2-4. Ezequiel é tomado pelo Espírito Santo em uma visão. Para onde esta visão o leva? (Para a capital, Jerusalém, e para o portão norte do Templo – o mesmo Templo dedicado por Salomão para a glória de Deus.)
C. Leia Ezequiel 8:5-6. As pessoas estão adorando o ciúmes? (Não. Êxodo 20:5 diz às pessoas para não adorarem falsos deuses, pois Jeová é um Deus "zeloso" (que tem ciúmes).)
1. Estamos falando apenas acerca de uma pessoa adorando um ídolo? (Não. Deus diz que "a nação de Israel" está fazendo coisas repugnantes.)
2. O Comentário de Keil e Delitzsch sobre o Antigo Testamento diz que os animais sacrificais eram levados através deste portão para serem oferecidos como sacrifício. O que isto sugere acerca da natureza deste pecado? (Que em vez de confiarem em Deus na sua adoração, as pessoas agora estavam confiando em falsos deuses.)
D. Leia Ezequiel 8:7-11. Ezequiel vê o que está acontecendo ao alargar um buraco no muro do Templo. O que você acha que este simbolismo quer dizer? (Esta não é uma adoração pública. Ezequiel está olhando através de um buraco, o qual ele alargou até fazer uma porta. Esta adoração estava sendo feita a portas fechadas.)
1. Leia Números 11:16. Você acha que Ezequiel estava observando setenta homens? Ou será que o termo "setenta autoridades" é simbólico? (Este número parece se referir aos setenta homens que eram líderes em Israel durante o Êxodo. Portanto, penso que {este número} é simbólico de toda a liderança da nação.)
E. Pense nestes textos {que acabamos de ler}. O que devemos concluir a respeito da adoração de Judá durante este período? (Ezequiel está tendo uma grande reunião com a liderança, e Deus mostra a ele que eles estão adorando secretamente a outros deuses. Todo o propósito do Templo está sendo corrompido.)
1. Como podemos aplicar esta advertência {para nós} hoje? Tenho plena certeza de que não estão ocorrendo práticas "secretas" de adoração na minha igreja, mas e nas nossas casas? Estamos adorando outros deuses através da televisão, Internet, revistas ou livros?
2. Estamos corrompendo a mensagem de que o verdadeiro Deus é Aquele a quem toda a glória é devida?
F. Leia Ezequiel 8:12. Por que essas pessoas estão secretamente se afastando de Deus? (Ou eles acham que Deus não se importa ("o Senhor abandonou o país"), ou que Deus não sabe ("o Senhor não nos vê").)
1. Será que as pessoas que adoram outros deuses através da televisão, Internet, revistas ou livros porque acham que Deus não se importa ou não sabe? Ou será que isto é apenas uma aplicação errada – a lição não se aplica realmente a nós hoje?
G. Vamos explorar a natureza do problema um pouco mais. Leia Ezequiel 8:16-18. O que você acha que significa voltar as costas para o Templo e se prostrar na direção do sol? (Eles estavam adorando a natureza. Voltaram as suas costas para o verdadeiro Deus e, em vez disso, adoraram o que Ele havia feito. Isto corrompe todo o propósito do Templo.)
1. "Pondo o ramo perto do nariz" não é uma frase com a qual eu esteja familiarizado, mas já ouvi {as expressões} "empinar o nariz {ou "torcer o nariz"}. O que mais essas pessoas estão fazendo? (Eles estão prejudicando seus vizinhos e adorando a natureza. O objetivo original era trazer glória a Deus, através das boas obras do povo.)
2. Como Deus responde? (Deus irá executar justiça.)
III. O Sinal
A. Leia Ezequiel 9:1-2. Que grupo! Quem são esses homens armados? (Guardas armados do templo e um escriba.)
B. Leia Ezequiel 9:3-4. Qual é a base para receber o sinal?
C. Leia Ezequiel 9:5-6. Nós decidimos que o problema da adoração era amplamente disseminado porque as "setenta" autoridades eram simbólicas de toda a liderança. Por que o juízo começa no templo de Jerusalém? (Estas seriam as pessoas que estavam na liderança. Elas estavam mais próximas do sistema de adoração.)
1. Note o padrão para o juízo em Ezequiel 9:4. Quem sobrevive aos juízos de Deus? (Aqueles que "suspiram e gemem por causa de todas as práticas repugnantes que são feitas".)
a. Isto é consistente com a justificação pela fé? (Na semana passada decidimos que a justificação pela fé está ligada a uma atitude correta. Aqueles que sobreviveram ao juízo o fizeram por causa de sua atitude. Eles estavam perturbados com o pecado.)
(1) Esta é uma lição que se aplica a nós hoje? (Sim. Vamos que as pessoas estavam envolvidas em atividades más, mas quando chegamos à execução do juízo, a decisão levou em conta a sua atitude.)
D. A Bíblia relata em II Reis 25 a destruição pela Babilônia do Templo construído por Salomão. O Templo não trazia mais glória a Deus. Os juízos preditos por Ezequiel e outros aconteceu. Você se lembra que as pessoas diziam que Deus não sabia ou não se importava? Vemos que, de fato, Deus sabe e se importa, porque Ele advertiu as pessoas do juízo e então o executou. Vamos nos voltar em seguida para a atitude de Deus a respeito disto.
IV. A Visão de Deus
A. Leia Jeremias 29:12-14. O que acabamos de ler em Ezequiel parece muito severo. Qual é o plano principal de Deus para nós? (Deus deseja nos abençoar, não nos prejudicar. Mesmo com a destruição do Templo pelos babilônios, e a morte e cativeiro do povo de Deus, Deus lhes diz que os resgatará em setenta anos.)
B. Leia Jeremias 29:12-14. Que tipo de atitude Deus está procurando aqui? (Ele quer que Seu povo O busque de todo o coração.)
1. Leia novamente Ezequiel 8:18. O que faz a diferença na disposição de Deus para ouvir?
C. Que relacionamento existe entre a atitude de "suspirar e gemer" de Ezequiel 9:4 e a atitude de "Me procurar e Me achar" de Jeremias 29:13? (Se o teu objetivo na vida é dar glória a Deus através do teu relacionamento com Ele, então o problema do pecado no Templo seria muito perturbador.)
V. A Reação do Justo
A. Leia Neemias 1:4-7. Quando Neemias ouve falar do juízo de Deus sobre Jerusalém, faz esta oração. O que você acha que são os elementos importantes desta parte da oração de Neemias? (Ele reconhece o verdadeiro Deus, que é um Deus de amor. Ele confessa o pecado.)
1. Você consegue imaginar uma oração na qual Neemias acusaria Deus de ser negligente ou descuidado por causa da destruição do templo e do povo de Deus?
B. Vamos continuar com a oração de Neemias. Leia Neemias 1:8-9. Que elemento importante da oração encontramos aqui? (Neemias se recorda das instruções de Deus e de Suas promessas. Note o objetivo: "estabelecer o Meu nome". O objetivo é a glória de Deus.)
C. Leia Neemias 1:10-11. Onde Neemias coloca a parte da oração acerca de si mesmo? (No final!)
D. Você consegue ver na oração de Neemias a atitude de "suspirar e gemer" e o elemento de "Me procurar e Me achar"? (Sim. É a fusão dessas duas atitudes que Deus deseja de nós.)
E. Amigo, você possui o tipo de atitude de Neemias? Está infeliz acerca do problema do pecado? Está buscando a Deus de todo o teu coração, para o propósito de dar glória a Ele? Se não, por que não se arrepender e pedir ao Espírito Santo que transforme a tua atitude?
VI. Próxima Semana: Em Espírito e Verdade
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Direito de Cópia de 2011, por Bruce N. Cameron, J.D. Todas as referências das Escrituras são da Bíblia de Estudo na Nova Versão Internacional (NVI), editada em 2003 pela Editora Vida – São Paulo, a menos que indicado de outra forma. As citações da NVI são usadas com permissão. As respostas sugestivas encontram-se entre parênteses.
Para receber semanalmente estes comentários diretamente no teu endereço de e-mail, acesse:http://br.groups.yahoo.com/subscribe/BruceCameron ouhttp://feeds.feedburner.com/ComentariosBiblicosBruceCameron
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Levi de Paula Tavares 04:13 0 comentários
Marcadores: (2011-03) Adoração, Adoração (2011-03)
FONTE: http://brucecameron.blogspot.com/
COMENTÁRIOS GILBERTO THEISS
Comentário da Lição da Escola Sabatina – Lição 10 – 3º Trimestre 2011 (27 de agosto a 03 de setembro)
Comentário: Gilberto G. Theiss
SÁBADO, 27 DE AGOSTO - Adoração: do exílio à restauração - (Ag 1:6)
O povo de Israel havia se afastado de Deus e consequentemente trazido sobre eles mesmos a maldição da desobediência. Deus havia feito muitas promessas a seu povo escolhido, mas eles não atenderam suas reivindicações. Deus pretendia honrar e exaltar seus filhos e deixou claro este propósito através de seus profetas. No entanto, Israel passara pelo processo de secularização e seus costumes religiosos começaram a ser contaminados pela cultura da época. A nação escolhida, gradativamente virara as costas para Deus e os valores e princípios religiosos foram permeados de costumes pagãos. Os mandamentos de Deus foram esquecidos e as advertências do Senhor, através dos profetas, foram pronunciadas contra o povo.
O exílio não foi uma maldição determinada por Deus, mas uma conseqüência por seus atos de abandono à verdadeira adoração. Em nossos dias podemos estar correndo os mesmos riscos. Por esta razão é que devemos olhar para o passado com o objetivo de projetar nosso presente isentando-o das experiências que fizeram do povo de Deus uma nação fracassada e apóstata. O secularismo sempre existiu e foi uma das marcas que fizeram do povo de Israel uma nação cada vez menos comprometida com a verdade e com Seu Deus. O que você tem a aprender com isto?
DOMINGO, 28 DE AGOSTO - "Filho do homem, você viu...?" - (Ez 8)
Ser relevante tem sido a nota tônica das pregações contemporâneas. Muitos têm ensinado que nossa mensagem precisa ser mais relevante e com isto muitos princípios tem sido inseridos em zonas de risco. Na verdade, embora muitos não percebam, nossa mensagem é a única mensagem relevante. Ser relevante não é descer a verdade ao nível dos costumes pagãos, mas trazer os pagãos ao nível de nossas mensagens. O secularismo e o relativismo sempre existiram. Não é uma invenção de nosso século. O povo de Israel também viveu em um tempo secularizado e relativizado, e foi exatamente isto que foi capaz de arruinar o povo levando-os a justificar meios de adoração que na verdade estavam bem distantes do ideal de Deus. O relativismo e o secularismo quando absorvido pelos professos cristãos, leva-os às práticas profanas com aparência de inofensivas e mais adequadas ao tempo. Não é correto pensar que novos métodos de culto e de pregação sejam errados, mas, é necessário fazer um avanço bastante meticuloso sempre filtrando nossos métodos com a revelação. É possível e certamente muito fácil praticar um falso culto e oferecer uma música ou práticas inadequadas e ainda ter em mente a mais pura sensação de ter feito o certo.
Mesmo os adventistas do sétimo dia não ficam de fora da possibilidade de tal gravidade de apostasia, pois se ocorreu com o povo de Israel, significa que até mesmo o Israel espiritual poderá ser seriamente comprometido pela falsa concepção de adoração. A maior evidência desta possibilidade é que a revelação alerta para uma futura sacudidura. Ellen White declara que: "permanecer em defesa da verdade e justiça, quando a maioria nos abandona; ferir as batalhas do Senhor quando são poucos os campeões; eis a nossa prova. Naquele tempo devemos tirar calor da frieza dos outros, coragem de sua covardia, e lealdade de sua traição" (Testemunhos Seletos, v.2, p. 31). Deus está santificando Sua igreja, mas, se isto não ocorrer Ele a santificará na marra através da sacudidura.
SEGUNDA, 29 DE AGOSTO - Adorando a imagem - (Dn 3; Ap 14)
Daniel 3 apresenta uma das histórias mais fascinantes de confronto entre o que é verdadeiro e falso. A adoração era o tema central em um clímax de obediência ou desobediência. Os três amigos de Daniel foram inseridos em um duelo que lhes custaria a própria vida caso, teimosamente, permanecessem fiéis ao Deus que serviam em detrimento dos deuses babilônicos e do próprio rei. Apocalipse 14 apresenta uma mensagem que ecoará até os confins da terra e despertará, em breve, a ira do dragão, de seus anjos e de seus seguidores na terra. Assim como no passado, uma imagem será levantada. Não será uma imagem física como foi no caso de Nabucodonosor, mas uma imagem do poder pagão simbolizado por esta mesma estátua. A lei dominical, o sinal da besta será levantado em breve como sinal do poder do paganismo, do baal e mitraismo moderno. Todos terão que tomar uma decisão escolhendo o lado que ficarão nesta grande controvérsia.
Em Daniel 3, a estátua erigida possuía 60 côvados de altura e 6 de largura. O número 60 simbolizava o deus maior em Babilônia e o número 6 o deus menor. Somando a estes, havia o número 600 que era símbolo de toda a conjuntura religiosa pagã daquele reino. Isto lhe faz lembrar de algo? 600 + 60 + 6 = 666. Apocalipse 13:15-17 nos ensina que a besta teria um número e teria um sinal. O número é representação máxima do paganismo. O domingo, sinal da besta, é a representação máxima da contrafação. Adoração verdadeira x adoração falsa lutarão pela supremacia de nossas decisões em pleno tempo do fim. Para enfrentar essa adversidade, os cristãos de nosso século precisarão possuir as mesmas qualidades que tiveram os jovens hebreus de Daniel 3. A prova será muito dura e a nossa decisão precisará ser mais do que um simples 'eu aceito'. Os jovens da narrativa, por suas fidelidades, tiveram a oportunidade de pregar para toda a nação babilônica. Interessante notar que, o poder da pregação do evangelho advém de nosso testemunho. A pregação se torna poderosa e alcança as multidões com poder, somente quando nossa vida é coerente com a mensagem que pregamos. Toda a nação foi evangelizada quando este três jovens resolveram testemunhar de sua fé mesmo em situação probante. Da mesma forma, a pregação do evangelho somente alcançará o mundo todo em nossos dias, quando o povo de Deus viver a verdade presente. O poder do evangelho ultrapassará fronteiras e todos serão alcançados por um evangelho vivido, praticado e testemunhado. A revelação nos ensina que "O mundo ficará convencido, não pelo que o púlpito ensina, mas pelo que a igreja vive [...] O ministério anuncia do púlpito a teoria do evangelho; a piedade prática da igreja demonstra seu poder" (Serviço Cristão, p.51).
É interessante notar que, os jovens hebreus saíram da fornalha sozinhos. O poderoso anjo ali permaneceu. Talvez Ele tenha permanecido na fornalha para nos ensinar que, muitos outros, inclusive em nosso século, seriam lançados nas fornalhas das aflições da vida por serem fiéis a Cristo. Deus espera que nós decidamos entrar na fornalha. Se assim acontecer, saiba que Ele, ali, estará nos esperando. Precisamos começar a orar constantemente pedindo a Deus o poder da presença do Espírito Santo em nossas vidas. Hoje precisamos cultivar fé em Deus e permitir a transformação de nosso caráter à semelhança de Jesus. Lembre-se que "O caráter é um poder. O testemunho silencioso de uma vida sincera, desinteressada e piedosa, exerce influência quase irresistível. Manifestando em nossa vida o caráter de Cristo, com Ele cooperamos na obra de salvar almas. Somente revelando em nossa vida o Seu caráter é que podemos com Ele colaborar. E quanto mais vasta a esfera de nossa influência, tanto maior bem podemos fazer. Quando os que professam servir a Deus seguirem o exemplo de Cristo, praticando na vida diária os princípios da lei, quando todos os seus atos testemunharem de que amam a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmos, então a igreja terá o poder de abalar o mundo" (Parábolas de Jesus, p. 339-441).
TERÇA, 30 DE AGOSTO - "Vejam aonde os seus caminhos os levaram" - (Jr 29:10-14)
Deus sempre ofereceu compaixão ao seu povo. Embora tenham colhido muitas conseqüências de seus maus atos, o Senhor sempre esteve presente atuando em suas vidas para trazer-lhes de volta ao caminho que conduz a salvação. O povo havia virado as costas para Deus ignorando seus conselhos e repreensões; por conseqüência foram escravizados por 70 anos ficando sob o julgo Babilônico. Em 605, 579 e 586 a.C, foram os anos de maiores intervenções babilônicos em Judá aprisionando e levando cerca de dez mil judeus para Babilônia, entre eles Daniel e seus amigos. Depois de diversos apelos, ao fim do exílio, Deus trás o seu povo de volta para fundamentar novamente a adoração a Ele. O imperador persa Ciro, em 537 a.E.C., invadiu e dominou todo império babilônico, liberando os judeus para voltarem para sua terra natal. Isso se deveu a política de Ciro para regiões conquistadas, que permitia governos locais, mantendo suas religiões e costumes. Os judeus eram livres para voltar para a Palestina, mas mesmo assim, muitos decidiram ficar na Babilônia e aproveitar as boas condições econômicas, sociais ao invés de viajar até Jerusalém, onde não havia quase nenhuma riqueza. Muitos dentre os judeus preferiram as vantagens terrenos do que retornar a Jerusalém para adorar a Deus. Os demais, quando chegaram, decidiram construir as muralhas da cidade antes do Templo. Os inimigos do rei Zorobabel enviaram, então, uma carta ao rei da Pérsia dizendo que os judeus tramavam uma rebelião. Dário, rei da Pérsia, interviu, impedindo a construção da muralha. Sem Templo e sem cidade fortificada, Jerusalém não podia manter sua independência. Este fracasso fez com que acelerasse a construção do Templo, que a autoridade do rei fosse diminuída e que o poder recaísse sobre o sumo-sacerdote do Templo, terminado no ano de 516 a.C.
Passou-se um tempo sem que a presença do Templo surtisse algum efeito. Veio, da Babilônia, um homem muito respeitado, sacerdote e escriba – um educador: Esdras. Ele não sabia das verdadeiras condições dos judeus na Palestina e ficou assustado ao descobrir que estes não sustentavam devidamente o Templo e se casavam com estrangeiras livremente. Reuniu-se com os dirigentes e firmou-se líder do povo. Pediu que os judeus expulsassem as esposas estrangeiras de seus lares e exortou-os a retornar ao judaísmo puro. Esdras não teve sucesso, pois pediu demais dos judeus, eles não estavam dispostos a desfazer suas famílias. Decepcionado, Esdras retirou-se da vida pública.
Lentamente, chegaram, à Babilônia, notícias ruins sobre a situação na Judéia. Isto entristeceu Neemias, judeu que era conselheiro do rei. Pediu permissão para afastar-se do cargo e foi para a Palestina com o cargo de governador militar. Quando chegou, concluiu que os povos vizinhos estavam deliberadamente impedindo os judeus de manterem sua religião. Concluiu que precisava expulsá-los. Para isso decidiu reparar e terminar a muralha. Desconsiderou as advertências dos dirigentes sobre possíveis ataques amonitas e samaritanos. Estimulou o povo a realizar a tarefa e, para rechaçar ataques, armou os operários, de modo que os construtores trabalhavam com uma espada a seu lado.
Neemias fechou as portas do Templo, onde ocorria o comércio, do pôr-do-sol de sexta-feira até o pôr-do-sol do sábado, para impedir que mercadores não-judeus fizessem comércio nesse dia. Houve protestos, mas os comerciantes se acostumaram. Ele também institui um imposto para a manutenção do Templo e fez cumprir as leis da Torah sobre a propriedade da terra e sobre os escravos. Com a ajuda de Esdras, estabeleceu a Torah como constituição da nação judaica e povoou a cidade de Jerusalém. Esdras institui a leitura da Torah em todo Shabat. Com isso terminaram seu trabalho. O sucesso destes dois líderes parecia duvidoso. Esdras morreu e Neemias teve que voltar para seu cargo na Babilônia. A população voltou, então, a práticas pagãs e corruptas. Neemias foi, mais uma vez, para a Judéia. Sua segunda estada foi muito mais curta e, aparentemente, apenas sua aparição fez com que o povo voltasse aos ideais de Moisés, de uma vez por todas. Como o povo de Israel, nós podemos cometer os mesmos erros. A pergunta que surge seria: Onde nossos caminhos estão nos levando? Nossos estudos, trabalhos, recreações, lazeres estão nos afastando do Senhor ou nos aproximando dele?
QUARTA, 31 DE AGOSTO - Onde estão agora os seus antepassados? - (Zacarias 1:1-6)
Melhor do que aprendermos com os nossos próprios erros seria aprender comos erros dos outros. A história do passado é uma enciclopédia de provérbios para a vida. Através dos inúmeros erros de pessoas, povos e nações do passado, podemos absorver suas experiências e aplicar em nossas vidas no presente. A história de Israel nos é de grande auxílio hoje e por esta razão não há motivos para justificarmos nossos erros do presente. A falta de experiência e a imaturidade podem ser grandes impecílios para muitas pessoas de hoje, especialmente quando não dão atenção aos ensinamentos e experiências dos mais velhos.
Deus nos deu liberdade incondicional. Portanto, somos livres para escolher o que desejamos e o que achamos ser o melhor. No entanto, é sempre essencial lembrar que, a liberdade que o todo poderoso nos concede é permeada de critérios de responsabilidade. As decisões que tomamos, inevitavelmente, nos conduzirão a conseqüências boas ou más. Basta escolhermos e fatalmente seremos visitados pelas conseqüências. Isto significa que temos liberdade incondicional, porém, liberdade com responsabilidades que nos sobrevirão mais cedo ou mais tarde. O povo de Judá pagaram caro por suas decisões inconseqüentes e colheram muito sofrimento por suas escolhas erradas. Nós, de igual forma, corremos os mesmos riscos. Não estamos livres nem das escolhas que precisamos fazer diariamente e muito menos de suas conseqüências.
QUINTA E SEXTA, 1 DE SETEMBRO - A oração de Neemias - (Dn 9:5-6; Êx 32:31-34; Tg 5:16; Gn 12:1-3; Êx 6:4,5)
Neemias se entristeceu pela condição de seu povo e de imediato pranteou por eles. O lamento de Neemias, promulgado através da oração, deve ser nossa oração em pleno século XXI. Este homem amava a Deus, a verdade e a missão de seu povo. Este era um grandioso motivo para se entristecer e jejuar com oração e súplica diante de Deus. Da mesma forma, todos nós hoje, devemos ter o mesmo sentimento que houve em Neemias. Devemos prantear e clamar ao Senhor com oração e jejum pedindo-lhe sua graça, bondade e poder Sua igreja e Seu povo. Se amamos a Deus, a igreja, o povo e a missão desta igreja, naturalmente teremos o mesmo sentimento de Neemias. Nosso clamor precisa se mais forte diante de Deus e nossa intercessão por Sua igreja mais calorosa. O grande problema é que, temos facilidade para ficar questionando, reclamando e criticando. No entanto, se despendêssemos da mesma energia para clamar e interceder ao Senhor por Sua igreja como fazemos para criticar e reclamar, quantas situações poderiam ser melhores? Quantas orações poderiam ter sido respondidas e consequentemente quantos problemas poderiam ter sido resolvidos? Creio que seríamos mais bem sucedidos em nossos questionamentos se o fizéssemos exclusivamente a Deus. Ele é o maior interessado em ver a igreja e a obra em condições favoráveis.
Gilberto G. Theiss, nascido no estado do Paraná, é membro da Igreja adventista do Sétimo dia desde 1996. Crê integralmente nas 28 doutrinas Adventista como consta no livro "Nisto Cremos" lançado pela "Casa Publicadora Brasileira". Foi ancião por 3 anos na Igreja Adventista do Sétimo dia da cidade Nova Rezende/MG e por 6 anos na Igreja Central de Guaxupé/MG. Foi Obreiro bíblico na mesma cidade e hoje, além de ser coordenador do curso básico de reforço teológico para líderes de igreja pelo site www.altoclamor.com, está Bacharelando no Seminário Adventista Latino-Americano de Teologia. Gilberto G. Theiss é autor de alguns livros e é inteiramente submisso e fiel tanto a mensagem bíblico-adventista quanto a seus superiores no movimento Adventista como pede hebreus 13:17. Toda a mensagem falada ou escrita por este autor é filtrada plenamente pelo que rege a doutrina bíblica-adventista do sétimo dia. Contato: gilbertotheiss@yahoo.com.br
Postado por Gilberto Theiss às Quinta-feira, Agosto 25, 2011 0 comentários Links para esta postagem
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3º Trimestre de 2011 - Adoração Comentário da Lição 10 - Adoração: do exílio à restauração | |||||
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